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Trabalho Metodologia - CONTRATOS DE AMOR

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CONTRATOS DE AMOR
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 CAPÍTULO I
3 CAPÍTULO II
4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS
1- INTRODUÇÃO
O trabalho foi realizado através de uma pesquisa acerca do método indutivo confirmatório, e do método dedutivo hipotético. A pesquisa teve o intuito de aprofundar nossos conhecimentos com relação aos tipos de uniões existentes hoje, como casamento, União Estável, divórcio e recasamento. Tendo esse tema em pauta, têm-se aspectos muito relevantes, pois se observa em nossa pesquisa, como os casamentos estão diminuindo, os divórcios aumentando, por qual motivo a União Estável está em alta, e o recasamento, atualmente, também gera grande procura. Mesmo sabendo que o contrato do casamento não deu certo uma vez, por que os brasileiros tentam se casar ou buscar a felicidade em contratos jurídicos? 
2 - CAPÍTULO I
Casamento, segundo José L. C. De Oliveira e Francisco J. F. Muniz, tanto significa o ato de celebração do matrimônio, como a relação jurídica que dele se origina, a relação matrimonial. O sentido da relação matrimonial melhor se expressa pela noção de comunhão de vidas, ou comunhão de afetos. O art. 1.511, CC, declina a finalidade de casamento: estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. Já o art. 1.565, CC, prevê que homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.
Paulo Lins e Silva, em sua obra “O casamento como contrato de adesão”, conceitua o casamento também como um contrato de adesão, pois efeitos e formas estão previamente estabelecidos na lei, não havendo espaço para a vontade dos noivos, que se imitam a dizem ‘’sim’’ diante da autoridade civil, e o que tem o alcance da concordância com os deveres do casamento. Orlando Gomes, por sua vez, aponta o casamento como um contrato sui generis, um contrato diferente, com características especiais, ao qual não se aplicam as disposições legais dos negócios patrimoniais. O Estado admite duas formas de casamento, o civil e o religioso com efeitos civis. 
Segundo dados do IBGE, atualmente no Brasil, os casamentos estão com uma redução na duração muito relevante. O que antes durava 17 anos, está com o tempo médio de 15 anos ou menos. O Acre é o Estado onde os casamentos duram, em média, menos tempo. No Estado da Região Norte, entre a União Oficial e o divórcio, o espaço de tempo médio é de 11 anos. No Distrito Federal, Amapá e Roraima, os casamentos duram em média 13 anos. Por outro lado, Maranhão e Rio Grande do Sul têm as uniões mais duradouras. Nesses Estados, a média dos casamentos é de 17 anos.
 A idade média do homem ao se divorciar, passou de 44 para 43 anos, entre 1984 e 2014, enquanto a das mulheres era de 40, nos dois casos. Para os homens, a menor idade média, em 2014, foi observada no Acre: 41 anos. Entre as mulheres, a menor idade média, de 38 anos, foi verificada nos Estados de Rondônia e do Acre.
Segundo a pesquisa “Estatísticas do Registro Civil 2014”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil registrou 341,1 mil divórcios em 2014, ante 130,5 mil registros em 2004. É um salto de 161,4% em dez anos. 
Pode-se concluir, então, que o típico contrato, que os autores mesmo citam está a cada dia enfraquecido, justamente pela facilidade atual de concluir o divórcio, abrindo mão do contrato do casamento. A taxa ter aumentado de forma tão relevante, na avaliação do IBGE, a elevação sucessiva, ao longo dos anos, do número de divórcios concedidos, revela “uma gradual mudança de comportamento da sociedade brasileira, que passou a aceitá-lo com maior naturalidade e a acessar os serviços de Justiça de modo a formalizar as dissoluções dos casamentos”.
Quando se trata do divórcio, segundo Maria Berenice Dias, só há possibilidade de requerer divórcio por um ou ambos os cônjuges, após dois anos de separação. A separação só é concedida após um ano das núpcias, isto quando os dois desejam a separação. Quando apenas um deseja, o outro terá que atribuir a culpa pelo fim da união ou comprovar a ruptura da vida em comum há mais de um ano, como dispõe o art. 1.572, CC. Voltando para o divórcio, o art. 1.582, CC, afirma que o divorcio é uma das causas do termino da sociedade conjugal, além de ter condão de dissolver o casamento.
A ação de divórcio tem como único fundamento a cessação da vida em comum por mais de dois anos, a mesma pode ser cumulada com pedido de alimento e partilha de bens, o ultimo caso é aplicado quando há patrimônio, se os cônjuges não conseguirem resolver a partilha com uma separação consensual dos mesmos. Não chegando a um consenso, os bens vão para inventário e do arrolamento.
Nas últimas três décadas (de 1984 a 2014), o número de divórcios cresceu de 30,8 mil para 341,1 mil, com a taxa geral de divórcios passando de 0,44 por mil habitantes na faixa das pessoas com 20 anos ou mais de idade, em 1984, para 2,41 por mil habitantes em 2014. A maior incidência de divórcios em 2014 deu-se no Distrito Federal (3,74 por grupo de mil) e a menor no Amapá (1,02).
O divórcio está em direção oposta ao casamento, pelo mesmo ter justamente esse significado. Como os dados acima constam, atualmente, o divórcio vem crescendo e o numero de casamentos diminuindo. 
União Estável, segundo Rodrigo de Cunha Pereira, a medida que este tipo de união é regulamentada, vai ganhando contornos de casamento. Com isso, vai deixando de ser uma união livre, para ser uma união amarrada a regras impostas pelo Estado, sendo contraditório, pois ao mesmo tempo em que os cônjuges não querem a intervenção do Estado, busca-se sua interferência para dar legitimidade e proteger a parte economicamente mais fraca.
Maria Berenice Dias aponta que o Código Civil reproduziu a legislação existente, reconhecendo a União Estável como a convivência duradora, pública, e contínua de um homem e uma mulher, estabelecida com o objetivo de constituir uma família, como disposto no artigo 1.723, CC.
A certidão de União Estável também não altera o Estado Civil, mais uma diferença do matrimonio. De acordo com a Lei Nº 9.278/96, no caso da União Estável, a escritura é registrada em um cartório de notas e não altera o estado civil – ou seja, os dois continuam solteiros. Já o casamento, registrado no cartório de registros públicos, altera o estado civil e faz do cônjuge um “herdeiro necessário”, que não pode ficar sem ao menos parte da herança. Assim como no casamento convencional, os noivos podem escolher o regime de bens (comunhão parcial, comunhão total ou separação total) e mudar o sobrenome.
Enquanto de 2010 a 2014 os casamentos tiveram alta de 21%, as Uniões Estáveis subiram 161%, segundo a Associação dos Notários e Registradores do Paraná (Anoreg-PR). Em números absolutos, porém, o casamento ainda supera a União Estável. Em 2014 houve 61.470 casamentos no estado (incluindo os homoafetivos) ante 10.544 Uniões Estáveis.
A procura pela União Estável está grande, porém, ainda em todo o país não houve a superação do casamento. Cita-se nesse quesito a questão cultural, pois a União Estável ainda é vista por alguns com preconceito. Não somente, segundo a Professora de psicologia social da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Neuzi Barbarini, a simbologia do casamento faz com que as pessoas se sintam mais presas se fizeram essa opção, mesmo com a facilitação do divórcio. De acordo com ela, ‘’as pessoas não têm mais paciência de lidar com as diferenças do parceiro. “Optam pela União Estável, que dá proteção jurídica, mas não têm a relação cultural do casamento associada”. Tendo em vista esta questão, pode-se relacioná-la com o crescimento em comparação ao casamento.
3 - CAPÍTULO II
A configuração nas relações amorosas na contemporaneidade mudou em relação à concepção que se tinha no século XVII, na qual o modelo predominante nas relações era o amor romântico.Para Antony Giddens (1993), as ideias sobre esse amor estavam associadas à subordinação da mulher ao lar e ao seu relativo isolamento do mundo exterior, acreditava-se na complementaridade entre gêneros, que estava ligada a felicidade duradora. A mulher era vista como a doméstica do lar, responsável pela criação e o homem como o pai, provedor do lar. 
A partir do século XX, a concepção de amor romântico foi perdendo força e a partir deste momento, as mulheres começaram a pensar e questionar por seus direitos e questões como maternidade, e relações homem-mulher começaram a ser discutidas. A mulher que antes era vista como uma subordinada ao marido começou a se tornar independente e começa a assumir papéis que antes eram ocupados por seus parceiros. Para Giddens, é a partir deste momento que se inicia a concepção do amor confluente, que pode ser considerado puro, na qual as pessoas envolvidas permanecem juntas enquanto a relação às agrada e enquanto ambas as partes estão satisfeitas. 
A mudança da concepção do amor romântico para o amor confluente na sociedade contemporânea, principalmente nos últimos vinte anos, tem como um dos fatores a globalização que traz consigo a facilidade de comunicação, a tecnologia, o consumismo capitalista, a competitividade.
A facilidade de comunicação através da internet, segundo um estudo realizado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), o namoro virtual está alterando as dinâmicas e resultados do próprio casamento. Segundo o estudo feito com 19.131 pessoas entrevistadas, cerca de um terço se conheceram por sites de relacionamento, o que pode ser explicado pelo fato de a internet ser considerada uma extensão da vida cotidiana e para Bauman (2004), a internet dá as pessoas uma sedução de liberdade, por ser um espaço ilimitado de comunicação e de expressão do indivíduo, um dos valores supremos da pós-modernidade.
O consumismo capitalista está ligado à busca do indivíduo a dedicação aos estudos, inserção ao mercado de trabalho, qualificação profissional para elevação salarial, o que faz com que muitos jovens que antes casavam cedo, acabem por esperar uma melhor estabilidade financeira. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a média de idade entre os cônjuges femininos e masculinos em 1974, 1984 e 1994, no país, era de 26 anos para os homens e de 23 anos para as mulheres. Entre 2004 e 2014, as idades médias apresentaram um acréscimo de três anos, tanto para os homens, como para as mulheres, pontuando 33 anos para eles e 30 anos para elas, ao fim do período.
Outro fator que o capitalismo traz como valor é a competitividade, a instantaneidade, na qual os indivíduos atuais se tornou questionador, impaciente, instável e que por isso é incapaz de viver com frustrações. Observa-se que a taxa de divórcio aumentou em 161,4% de 2004 para 2014 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), característica do amor confluente, que presume a igualdade de doação dos envolvidos e quando um não executa sua função, essa união pode se dissolver.
4 - CONCLUSÃO
Após a análise de dados estatísticos, elaboração de hipóteses e conclusões sobre o panorama das relações amorosas nas últimas décadas, pode-se afirmar que a realização deste trabalho contribuiu para a uma melhor visão do grupo acerca de o que é transmitido pelo senso comum e de como as coisas realmente são. A pesquisa, a investigação a colocação de indagações levou as integrantes a uma experiência enriquecedora. 
Quando se fala de um assunto do qual se tem o verdadeiro conhecimento, verdadeiro esse no sentindo de ser afastado, ou melhor, desmistificado do senso comum, é possível que haja melhores discussões sobre este, bem como rupturas com ideais tradicionais e, na maioria das vezes, incorretos. A comprovação também é algo que possibilita que o tema seja discorrido da melhor maneira. Tudo se encontra em constante mudança e é por este motivo que se deve sempre procurar a construção de novos pontos de vista, e a realização deste trabalho foi fundamental neste ponto. A partir desde, o entendimento da configuração atual ficou mais claro. 
Em um primeiro momento, foram apresentados dados estatísticos sobre os tipos de uniões, especificando cada uma delas, demonstrando em quais regiões acontecem mais, ente outros aspectos. Na segunda etapa, foram conceituados os tipos de amor segundo o sociólogo criador da Teoria da Estruturação, Anthony Guiddens: o Romântico e o Confluente. Por conseguinte, o grupo chegou ao consenso de que, assim como discutido em sala, o amor é um fato social, sendo assim, este não é algo natural, mas um fenômeno que varia no tempo e no espaço.
Por esse motivo é que foram analisadas as mudanças nos números e situações, nas quais as pessoas mantêm os relacionamentos ao longo das últimas duas décadas. Objetivou-se nesse trabalho, trazer somente verdades, afastando os resquícios do senso comum e apresentando uma análise com embasamentos científicos acerca de um tema que vem desconstruindo ideais, como o de que o casamento deve ser algo duradouro, por exemplo. As mudanças que vêm ocorrendo estão sendo motivadas pelas características da modernidade, que tem como principal aspecto rupturas, mudanças na forma de ver o mundo. O papel da mulher em sociedade está mudando e, sendo assim, esta não quer ser somente a esposa, a mãe. Além dessas tarefas, de uns tempos para cá, a inclusão do papel de profissional da mulher foi um fator que possibilitou a mudança nos números das formações ou desintegrações de família. 
A questão do amor romântico e o confluente, também discutido nas laudas anteriores, se embasam por estes mesmos fundamentos. Deixa-se, aqui, a satisfação do grupo em ter alcançado o que foi almejado com a proposta do trabalho que foi uma experiência conhecedora sobre as uniões existentes.
5 - REFERÊNCIAS
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005.
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Concubinato e União Estável. Imprenta: São Paulo, Saraiva, 2012.
GIDDENS, Anthony. Transformações da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. Oeiras: Celta Editora, 2001.
Casais que se conhecem na internet podem ser mais felizes, diz estudo. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/06/mais-de-30-dos-casamentos-nos-eua-comecam-na-internet-diz-estudo.html> Acesso em: 10 de maio de 2016
Certidão de União Estável não altera estado civil. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2012/03/certidao-de-uniao-estavel-nao-altera-estado-civil> Acesso em: 20 de maio de 2016
Em 10 anos, taxa de divórcios cresce mais de 160% no País. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/11/em-10-anos-taxa-de-divorcios-cresce-mais-de-160-no-pais> Acesso em: 23 de maio de 2016
Estatísticas do Registro Civil 2014. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/135/rc_2014_v41.pdf> Acesso em: 10 de maio de 2016
IBGE: casamentos duram menos no Brasil; tempo médio é de 15 anos. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/brasil/ibge-casamentos-duram-menos-no-brasil-tempo-medio-e-de-15-anos,3f6d256715c03410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html> Acesso em: 20 de meio de 2016
Número de uniões estáveis cresce mais que o de casamentos. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/numero-de-unioes-estaveis-cresce-mais-que-o-de-casamentos-djx8oeb14jyi8tf1qetc45uuu> Acesso em: 23 de maio de 2016

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