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PSICOLOGIA DISTURBIOS PSICOSSOMATICOS

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ALINE DE SOUZA GIMENES, C836JD-2 
ANA CLARA CAETANO JUNQUEIRA, C85FAF1 
ANA CLARA DOS SANTOS RIBEIR, N826EC-9O 
BRUNA LARISSA CHAVES, N927GB-6 
DÉBORA FERNANDA DOS SANTOS MAIA, N883HC-4 
ERIKA FABIANA RAMOS, C947HF-0 
FRANCISCO DAVI MARQUES, N996EE-8 
GABRIEL LEAL ARAÚJO BRANDÃO, C940EC-O 
KEILA LOURENÇO RAMOS, N793EG-6 
MATEUS HENRIQUE SILVA MELO, N878BE-3 
MARIA LUÍZA PEREIRA PIMENTEL, C872AA-9 
MARINA APARECIDA GONÇALVES DE MORAIS, N887FF-0 
 
DISTÚRBIOS PSICOSSOMÁTICOS 
Úlcera, dispepsia, colite, gastrite, constipação, psicogênica crônica, diarreia 
psicogênica crônica. 
Trabalho de Psicologia- Distúrbios 
psicossomáticos de graduação 
em Nutrição apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP. 
Orientador: Prof. Rodrigo Pereira 
D’Onofrio. 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2016 
RESUMO 
O presente estudo tem por objetivo informar sobre os principais distúrbios 
psicossomáticos que são acarretados pelos processos psicológicos e mentais 
do indivíduo desajustados das funções somáticas, sendo eles úlcera, 
dispepsia, colite, gastrite, constipação, psicogênica crônica, diarreia 
psicogênica crônica. 
Distúrbios estes onde pessoa tem as disfunção e lesões nos órgãos do 
corpo, devido ao mau uso e ao efeito degenerativo, e descontroles dos 
processos mentais. Estes distúrbios ocorrem por inúmeras causas, inclusive, 
alterações na dinâmica familiar. 
 
Palavra-chave: Distúrbio psicossomático, úlcera, dispepsia, colite, gastrite, 
constipação psicogênica crônica, diarreia psicogênica crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÚMARIO 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................05 
1.1. Objetivo geral............................................................................................06 
1.2. Objetivo especifico...................................................................................06 
2 DISTURBIOS PSICOSSOMATICOS.............................................................07 
2.1. Úlcera.......................................................................................................08 
2.1.1. Características.......................................................................................08 
2.1.2. Etiologia.................................................................................................08 
2.1.3. Diagnóstico............................................................................................09 
2.1.4. Tratamento............................................................................................09 
2.2.Dispepsia..................................................................................................10 
2.2.1. Características.......................................................................................10 
2.2.2. Etiologia.................................................................................................10 
2.2.3. Diagnóstico............................................................................................11 
2.2.4. Tratamento............................................................................................11 
2.3. Colite........................................................................................................12 
2.3.1. Características.......................................................................................12 
2.3.2. Etiologia.................................................................................................12 
2.3.3. Diagnóstico............................................................................................12 
2.3.4. Tratamento............................................................................................13 
2.4. Gastrite....................................................................................................14 
2.4.1. Características.......................................................................................14 
2.4.2. Etiologia.................................................................................................14 
2.4.3. Diagnóstico............................................................................................14 
2.4.4. Tratamento............................................................................................15 
2.5. Constipação psicogênica crônica.........................................................16 
2.5.1. Características.......................................................................................16 
2.5.2. Etiologia.................................................................................................16 
2.5.3. Diagnóstico............................................................................................16 
2.5.4. Tratamento............................................................................................17 
2.6. Diarreia psicogênica crônica.................................................................18 
2.6.1. Características.......................................................................................18 
2.6.2. Etiologia.................................................................................................18 
2.6.3. Diagnóstico............................................................................................19 
2.6.4. Tratamento............................................................................................19 
 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................20 
4 REFERENCIA ................................................................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O presente monógrafo descreve os distúrbios psicossomáticos, que são 
acarretadas pelos processos psicológicos e mentais do indivíduo desajustados 
das funções somáticas, sendo eles úlcera, dispepsia, colite, gastrite, 
constipação, psicogênica crônica, diarreia psicogênica crônica. 
Úlcera- Ulcera é o nome genérico que se dá a interrupção na 
continuidade do tecido cutâneo- mucoso, acarretando alterações na estrutura 
anatômica ou função fisiológica dos tecidos afetados. (Nieto Y.,2012) 
Dispepsia- designada por má digestão ou gastrite, é caracterizada por 
sintomas relacionados ao aparelho digestório superior. (Ford AC, Moayyedi P.) 
(FBG) 
Colite- inflamação crônica com a presença de ulcerações na mucosa do 
intestino grosso. (Baldassano RN, Piccoli DA,1999) 
Gastrite- A gastrite é a inflamação da mucosa gástrica de longa duração, 
pode permanecer por meses ou anos e os seus sintomas são de intensidade 
variável. (Carpenter HA, Talley NJ,1995) 
Constipação Psicogênica Crônica- A constipação psicogênica crônica é 
uma doença crônica, é associada à frequência de evacuações (Ambrogini-Jr O, 
Miszputen SJ, Rodriguez TN.,2012) 
Diarreia Psicogênica Crônica- A diarreia é caracterizada por evacuações 
frequente, no mínimo três vezes ao dia, com fezes liquidas, com um perda 
excessiva de líquidos, eletrólitos, especialmente sódio e potássio, ocorre a 
perda de gordura. A diarreia pode ser tanto aguda quanto crônica. O fator 
determinante para seu diagnóstico é o tempo de duração dos sintomas. ( FINE 
KD & ESCHILLER LR,1999) 
O monógrafo está subdividido em seis subcapitulo, com o proposito de 
permitir melhor compreensão e assimilação do conteúdo. 
 
 
1.1. Objetivo geral 
Descrever os distúrbios psicossomáticos a partir da apresentação de 
alguns conceitos. 
 
1.2. Objetivo especifico 
Caracterizar a patologia; 
Descrever os sintomas; 
Demostrar a etiologia da patologia; 
Descrever o tratamento;2 DISTÚRBIOS PSICOSSOMATICOS 
As doenças psicossomáticas surgem como consequência de processos 
psicológicos e mentais do indivíduo desajustados das funções somáticas e 
viscerais e vice-versa. 
Caracterizam-se as possibilidades de distúrbios de função e de lesão nos 
órgãos do corpo, devido ao mau uso e ao efeito degenerativo, e descontroles 
dos processos mentais. 
Diferenciam-se neste ponto das doenças mentais, em que o mau 
desempenho não é opcional. Distúrbios emocionais desempenham papel 
importante, precipitando início, recorrência ou agravamento de sintomas, 
distinguindo das doenças puramente orgânicas. Porém, elas podem se 
transformar em doenças crônicas ou ter com um curso fásico. Tendem a 
associar-se com outros distúrbios psicossomáticos. 
Isso pode ocorrer numa família, em diferentes períodos da vida de um 
paciente ou em certos ambientes de trabalho e até de lazer. Mostram grandes 
diferenças de incidência nos dois sexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1. Ulcera 
2.1.1. Característica 
Ulcera é o nome genérico que se dá a interrupção na continuidade do 
tecido cutâneo- mucoso, acarretando alterações na estrutura anatômica ou 
função fisiológica dos tecidos afetados. (Nieto Y.,2012) 
A ulcera pode ser classificada de acordo com a causa ( cirúrgica, ou não 
cirúrgica), segundo o tempo (aguda ou crônica) e de acordo com a 
profundidade, (epiderme, derme, subcutâneo e tecidos mais profundos, como 
músculos, tendões, ossos e outros), em grau I,II,III,IV. 
Grau I - ocorre um comprometimento da epiderme; a pele se encontra 
íntegra, mas apresenta sinais de hiperemia, descoloração ou endurecimento. 
Grau II- ocorre a perda parcial de tecido envolvendo a epiderme ou a 
derme; a ulceração é superficial e se apresenta em forma de escoriação ou 
bolha. 
Grau III- existe comprometimento da epiderme, derme e hipoderme 
(tecido subcutâneo). 
Grau IV- comprometimento da epiderme, derme, hipoderme e tecidos 
mais profundos. 
As ulcera são denominadas de acordo com o local em que se encontra, 
quando no estomago é denominada ulcera gástrica, quando no duodeno, 
ulcera duodenal, no esôfago, ulcera esofágicas. (ROBINS E COTRAN, 2010) 
Os principais sintomas apresentados são náuseas, vômitos, mal-estar, 
anorexia, hemorragia, melena, dor no estomago ou abdominal e perda de peso. 
(ROBINS E COTRAN, 2010). 
 
2.1.2. Etiologia 
A etiologia tem diversas causas, abuso de álcool, excesso de cafeína, chá 
mate chá preto, tabagismo, uso crônico de acido acetilsalicílico (AAS), 
estresse, excesso de secreção acida e pepsina, predisposição hereditária, mas 
a principal é a bactéria H. pylori. (ROBINS E COTRAN, 2010). 
 
2.1.3. Diagnóstico 
O diagnostico de úlcera é feito através de exames, como a endoscopia 
que serve como um importante determinante para o tratamento e o prognóstico 
da doença, no caso da úlcera gástrica, duodenal, esofágica. (MAROTTA K, FLOCK 
MH, 1993) 
Este exame envolve a passagem de um tubo flexível de pequeno 
diâmetro através da boca para assim a examinação do local da “úlcera”, 
contendo uma fonte de luz na ponta para que através dele seja analisados 
problemas nos determinados órgãos, neste processo é também feita a retirada 
de biópsias que são os pequenos fragmentos para a análise, o que é feito 
através de uma sedação com o paciente sem dor ou desconforto. A endoscopia 
é o método mais conhecido e utilizado pelos médicos. (MAROTTA K, FLOCK MH, 
1993) 
 
2.1.4. Tratamento 
O tratamento clinico é realizado através da utilização de antiácidos, isso 
de antibióticos na presença de H. pylori, em caso de sensibilidade ao acido 
acetilsalicílico suspender o uso de aspirina e derivado. (ROBINS E COTRAN, 2010). 
O tratamento cirúrgico é recomendado quando a ulcera é complicada por 
hemorragia, perfuração ou quando o paciente é incapaz de seguir o tratamento 
proposto. (Pierik EG, van Urk H, Hop WC, Wittens CH,1997) 
O tratamento dietoterápico tem por objetivo recuperar a mucosa e o 
estado nutricional do paciente, além da reeducação nutricional visando à 
correção dos maus hábitos alimentares. (MAROTTA K, FLOCK MH, 1993) 
 
 
2.2 Dispepsia 
2.2.1 Características 
A dispepsia geralmente designada por má digestão ou gastrite, é 
caracterizada por sintomas relacionados ao aparelho digestório superior, (Ford 
AC, Moayyedi P.) na região epigástrica, entre o umbigo e o tórax. (FBG) 
Os sintomas que a caracterizam são sempre sintomas relacionados ao 
aparelho digestório superior, sendo persistentes, como a dor ou queimação na 
região epigástrica, dificuldade de digestão, saciedade precoce, plenitude pós-
prandial que consiste na sensação desagradável de persistência prolongada 
dos alimentos no estômago, a azia, a regurgitação, a disfagia e a odinofagia; 
inespecíficos como a eructação excessiva e a aerofagia; ou ainda os de base 
fisiopatológica mais ampla como as náuseas, eructação e distenção do 
abdômen superior. (Vakil N, van Zanten SV, Chang L, Toth G, Sherman J, Fraser M, et al.) 
Além disso, os sintomas apresentam duração mínima de 3 meses (12 
semanas), contínuos ou intermitentes, e apresentam no mínimo 6 a 12 meses. 
(Drossman DA; Tack J, Talley NJ, Camilleri M, et al.) 
O aparecimento de sintomas dispépticos é um dos problemas clínicos 
mais frequentes, afetando mais de 15% da população ocidental dependendo do 
país estudado. No Brasil, estudos epidemiológicos mostraram que em torno de 
40% da população apresentam sintomas dispépticos. (FBG) 
A dispepsia pode ser diferenciada pela dispepsia funcional, é uma 
desordem gastrointestinal, está associada ao uso de vários medicamentos, 
automedicação, absenteísmo e perda de produtividade (condição sempre 
benigna), já dispepsia orgânica (úlceras, tumores, cálculos biliares, etc.), 
dispepsia não diagnosticado e dispepsia tipo refluxo. (Drossman DA; Tack J, Talley 
NJ, Camilleri M, et al.) 
 
2.2.2. Etiologia 
O aparecimento da dispepsia ou sintomas dispépticos pode estar 
associado a vários distúrbios do trato gastrointestinal superior, em 
particular doenças que afetam o estômago e duodeno, como a ulceram péptica 
gástrica ou duodenal, doença do refluxo gastrointestinal, gastrites, neoplasias 
do trato gastrointestinal superior, doença do trato biliar e dispepsia funcional. 
Porém, a maioria dos casos é causada pela infecção do estômago por uma 
bactéria, o Helicobacter pylori.(FBG) 
 
2.2.3. Diagnóstico 
Segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia o exame mais 
importante para esclarecer o diagnóstico é a endoscopia digestiva alta se 
observa diretamente o revestimento interno do esôfago, estômago e duodeno. 
Exames laboratoriais (sangue e parasitológico de fezes) e ultrassons 
abdominais também são importantes no esclarecimento destes sintomas, estes 
testes permitem avaliar alguns órgãos que circundam o estômago, como 
pâncreas, fígado, vesícula e vias biliares. 
 
2.2.4. Tratamento 
Com anteriormente citado o sintomas da dispepsia são persistentes, a 
avaliação médica é necessária. O paciente deve aumentar a frequência de 
refeições de 5 a 8 vezes por dia, evitar refeições volumosas, reduzir o consumo 
de alimentos gordurosos, condimentados, ácidos, café, álcool e de qualquer 
outro alimento que provoque sintomas, não fumar. (FBG) 
A dispepsia funcional é uma enfermidade crônica e recorrente. Os 
sintomas podem voltar a surgir, mas variam de intensidade e frequência. Em 
muitos casos, isto não torna necessária a realização de novos exames, 
podendo ser repetido o tratamento que anteriormente havia resolvido o 
sintoma. (FBG) 
 
 
 
2.3 Colite 
2.3.1 Característica 
Colite ulcerativadefinida como uma inflamação crônica com a presença 
de ulcerações na mucosa do intestino grosso.(Baldassano RN, Piccoli DA,1999) 
Os principais sintomas são perda de peso, dor ou cólicas abdominais, 
diarreia, febre, melena e sangramento retal.(ROBBINS E COTRAN, 2010) 
 
2.3.2. Etiologia 
A sua etiologia é desconhecida, mas por ser desencadeado através do 
estresse, distúrbios autoimunes e predisposição genética.(Pardi DS, Smyrk TC, 
Tremaine WJ, et al., 2002) 
 
2.3.3. Diagnóstico 
Para confirmar a suspeita clínica da doença é utilizada a colonoscopia. A 
endoscopia é mais sensível do que os exames contrastados no que se refere à 
extensão da doença. Quando há forte suspeita de colite e os achados à 
sigmoidoscopia ou ao enema opaco são negativos, a colonoscopia com 
múltiplas biópsias pode determinar presença e intensidade da inflamação no 
cólon, bem como possibilitar a visualização da mucosa do íleo terminal. 
Associadamente, a colonoscopia com biópsias é eficaz à realização do 
diagnóstico diferencial entre colite de Crohn e retocolite ulcerativa, bem como 
na avaliação de outras formas de colite (actínica, isquêmica e microscópica). 
(Alves PRA, 1990) 
Ainda que a avaliação endoscópica não esteja correlacionada com a 
atividade da doença (American Society for Gastrointestinal Endoscopy 1958), a 
avaliação colonoscopia de anastomoses intestinais pode estar relacionada com 
a possibilidade de recidiva da doença após tratamento cirúrgico (Price AB, 1978). 
O estudo histológico das biópsias obtidas por colonoscopia possibilita a 
comprovação diagnóstica, o diagnóstico diferencial entre colite de Crohn e 
retocolite ulcerativa, bem como diagnosticar displasia e câncer nos casos de 
colite de longa evolução. (American Society for Gastrointestinal Endoscopy 1958) 
 
2.3.4 Tratamento 
O tratamento clinico é realizado com o uso de antibióticos e anti- 
inflamatórios ou cirúrgico 
O tratamento dietoterápico é idêntico a doença de Crohn, visa recuperar o 
estado nutricional e diminuir os sintomas. 
O paciente deve aumento o fracionamento de quatro a seis refeições 
diárias e diminuir o volume. Reduzir o consumo de cafeína, evitar a ingestão de 
álcool e açucares simples, fazer o uso de triglicerídeo de cadeia media e 
consumir alimentos antioxidantes. 
Quando a diarreia deve ser pobre em resíduos, fibras insolúveis, e 
aumento o consumo de fibras solúveis. Dependendo a evolução da doença, se 
faz necessária à suplementação com vitaminas e minerais, ou mesmo fazer o 
uso de suplementos por via oral, nutrição enteral ou parenteral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4. Gastrite 
2.4.1 Característica 
A gastrite é a inflamação da mucosa gástrica de longa duração, pode 
permanecer por meses ou anos e os seus sintomas são de intensidade 
variável. (Carpenter HA, Talley NJ,1995) 
As gastrites podem ser aguda ou crônica. (Robbins e Contran,2010) 
As Gastrites agudas permitem uma abordagem mais simplificada, por 
serem de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um 
agente causador, já as gastrites crônicas tem como principal fator etiológico o 
Helicobacter pylori, como prevalência, tem distribuição universal e aumenta 
conforme a idade.(Miszputen S,2007) 
Os sintomas são dor e queimação na região epigástrica, náuseas e 
vômitos, mal-estar, anorexia, podendo ocorrer hemorragia digestiva. (Robbins e 
Contran,2010) 
 
2.4.2 Etiologia 
A etiologia da doença pode ser ocasionada por infecção da bactéria 
Helicobacter pylori, abuso de álcool, excesso de café, chá mate ou chá preto, 
cigarro, o uso crônico de acido acetilsalicílico (AAS), e maus hábitos 
alimentares, principalmente o elevado consumo de industrializados e 
refrigerante. (SHIMOYAMA, T, CRABTREE, ) 
 
2.4.3. Diagnóstico 
O diagnóstico da gastrite aguda é baseada na historia clínica, em geral é 
desnecessário os exames. (Robbins e Cotran,2010) 
A endoscopia digestiva é indicada somente quando há suspeita de 
complicações, é um exame que permite a visualização diretamente da mucosa, 
mostrando alterações de algum tipo de gastrite.(Cohen H, Laine L,1995) 
Já a gastrite crônica é diagnosticada fundamentalmente, histológico, por 
exame microscópico de fragmentos da mucosa coletas por pinça de biópsia 
que passa através do endoscópio. (Mégraud F,1997) 
 
2.4.4. Tratamento 
O tratamento clínico é realizado através da retirada do agente que esta 
causando a inflamação e o uso de antiácidos e bloqueadores.(Genta RM, Hammer 
HW, Grahan DY,1993) 
Já o tratamento dietoterápico tem como objetivo recupera a mucosa 
gástrica, aliviar os sintomas e fazer uma reeducação nutricional, no tratamento 
deve ser inserido com frequência e diminuir o volume das refeições. Devem ser 
evitados líquidos em refeições principais, alimentos gordurosos, como frituras e 
restringir condimentos excitantes, como pimenta, cafeína, álcool, chocolate, 
chá-mate chá-preto.(Genta RM, Hammer HW, Grahan DY,1993) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 Constipação psicogênica crônica 
2.5.1. Característica 
A constipação psicogênica crônica é uma doença crônica, é associada à 
frequência de evacuações, e pode ser definida nas situações seguintes: 
(Ambrogini-Jr O, Miszputen SJ, Rodriguez TN.,2012) 
 Esforço para defecar em mais de 25% das evacuações; 
 Fezes endurecidas ou sibilos em mais de 25% das evacuações; 
 Sensação de evacuações incompleta; 
 Sensação de obstrução/ bloqueio fecal; 
 Realização de manobras para facilitar a evacuação; 
 Menos de três evacuações por semana. 
A constipação pode ser classificada como funcional quando não há 
patologia que justifique a constipação, ou orgânica quando há uma patologia 
que justifique. (Ambrogini-Jr O, Miszputen SJ, Rodriguez TN.,2012) 
 
2.5.2. Etiologia 
A etiologia da constipação funcional esta relacionada à uma dieta pobre 
em fibras ou líquidos, falta de atividade física, estresse, uso de laxantes, 
envelhecimento, gravidez e inibição do reflexo defecatório. Já a constipação 
crônica está relacionada a doenças endócrinas, como diabetes mellitus e 
hipotireoidismo, doenças neurológicas, como doenças vasculares do intestino, 
doenças intestinais, como colite, doença celíaca, úlcera, distúrbios 
psicológicos, como depressão, ansiedade e o uso de medicamentos, como 
anti- hipertensivos. (Müller-Lissner S, Tack J, Feng Y, Schenck F et al.,2012) 
 
2.5.3. Diagnóstico 
O diagnóstico é realizado por ajuda de um especialista gastroenterologia, 
os critérios gerais utilizados são permanência durante pelo menos 3 meses 
durante um período de 6 meses, pelo menos uma de cada quatro evacuações 
cumpre com critérios específicos, ausência de fezes, ou, rara a vez, fezes de 
consistência diminuída. Os critérios específicos ( presença de dois ou mais), 
esforço de evacuar , fezes fragmentadas ou endurecidas, sensação de 
evacuação incompleta, sensação de obstrução anorretal ou bloqueio. (Miszputen 
SJ.,2007) 
O diagnóstico é realizado com base no histórico médico e um correto 
exame e valoração de laboratório. O exame proctológico completo é de 
importância na avaliação da consistência fecal bem como para afastar defeitos 
do assoalho pélvico. (Miszputen SJ.,2007) 
 
2.5.4. Tratamento 
O tratamento para a constipação requer mudança de hábitos alimentares 
e na realização de atividade física. O tratamento dietoterápico visa restabelecer 
o transito intestinal e estabelecer a reeducação nutricional, com uma dieta rica 
em fibras alimentares e líquidos. (Quilici FA, Miszputen SJ, Quilici LCM,2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.6Diarreia psicogênica crônica 
2.6.1. Característica 
A diarreia é caracterizada por evacuações frequente, no mínimo três 
vezes ao dia, com fezes liquidas, com um perda excessiva de líquidos, 
eletrólitos, especialmente sódio e potássio, ocorre a perda de gordura.( FINE KD 
& ESCHILLER LR,1999) 
A diarreia pode ser tanto aguda quanto crônica. O fator determinante para 
seu diagnóstico é o tempo de duração dos sintomas.(FINE KD & ESCHILLER 
LR,1999) 
Diarreia aguda apresenta sintomas por poucos dias. Já à diarreia crônica 
persiste por cerca de três a quatro semanas e pode indicar desde a síndrome 
do intestino irritado até condições mais graves, como doença de Crohn e 
colites ulcerosas.(CHRISTENSEN J.,1994) 
 
2.6.2. Etiologia 
A etiologia da diarreia aguda está relacionada a infecções (bacterianas, 
parasitas, vírus, fungos), alimentos contaminados, medicações, ingestão 
recente de açúcar não absorvível, isquemia intestinal, impactação Fecal, 
inflamação pélvica. (LOCKE GR III; PEMBERTON JH & PHILLIPS SF,2000) 
Já a etiologia da diarreia crônica está relacionada a síndrome do intestino 
irritável, doença inflamatória e intestinal, isquemia do intestino, infecção 
crônica, parasitose, infecção por fungos, enterite por radiação, síndrome da 
má- absorção, medicação, álcool, diverticulite, operações previas, 
gastrointestinais, doenças endócrinas, impactação fecal, envenenamento por 
metais pesados, abuso de laxativos, incontinência anal, colite microscópica, 
amiloidase, alergia a alimentos.(LOCKE GR III; PEMBERTON JH & PHILLIPS SF,2000) 
 
 
 
2.6.3. Diagnóstico 
Para que seja diagnosticada a diarreia são necessários alguns exames 
complementares, são necessárias algumas informações sejam obtidas através 
do paciente, como duração dos sintomas, outras manifestações, a idade e o 
sexo.(CHRISTENSEN J.,1994) 
O exame físico é realizado na observação clínica, para caracterizar os 
sinais de desidratação, má absorção e a desnutrição presente no paciente, 
outros dados importantes são, assa abdominal, edemas e o exame anorretal.( 
FINE KD & ESCHILLER LR,1999) 
 
2.6.4. Tratamento 
O tratamento clínico é realizado através de medicamentos, como 
antibióticos. (LOCKE GR III; PEMBERTON JH & PHILLIPS SF,2000) 
O tratamento dietoterápico visa recuperar e manter o estado nutricional, 
diminuir a diarreia, paciente é orientado a seguir uma dieta sem resíduos e 
aumentar o consumo de água. (LOCKE GR III; PEMBERTON JH & PHILLIPS SF,2000) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os distúrbios psicossomáticos: ulcera, dispepsia, colite, gastrite, 
constipação psicogênica crônica, diarreia psicogênica crônica são decorrentes 
de doenças psicológicas como o estresse e principalmente pela bactéria 
Helicobacter pylori, e a má alimentação. O tratamento exige uma equipe 
medica multidisciplinar, para o diagnóstico da doença o mais precoce possível, 
para um tratamento eficácia que muitas vezes prolongado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. REFERÊNCIA 
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