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ALINE DE SOUZA GIMENES, C836JD-2 ANA CLARA CAETANO JUNQUEIRA, C85FAF1 ANA CLARA DOS SANTOS RIBEIR, N826EC-9O BRUNA LARISSA CHAVES, N927GB-6 DÉBORA FERNANDA DOS SANTOS MAIA, N883HC-4 ERIKA FABIANA RAMOS, C947HF-0 FRANCISCO DAVI MARQUES, N996EE-8 GABRIEL LEAL ARAÚJO BRANDÃO, C940EC-O KEILA LOURENÇO RAMOS, N793EG-6 MATEUS HENRIQUE SILVA MELO, N878BE-3 MARIA LUÍZA PEREIRA PIMENTEL, C872AA-9 MARINA APARECIDA GONÇALVES DE MORAIS, N887FF-0 DISTÚRBIOS PSICOSSOMÁTICOS Úlcera, dispepsia, colite, gastrite, constipação, psicogênica crônica, diarreia psicogênica crônica. Trabalho de Psicologia- Distúrbios psicossomáticos de graduação em Nutrição apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Prof. Rodrigo Pereira D’Onofrio. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2016 RESUMO O presente estudo tem por objetivo informar sobre os principais distúrbios psicossomáticos que são acarretados pelos processos psicológicos e mentais do indivíduo desajustados das funções somáticas, sendo eles úlcera, dispepsia, colite, gastrite, constipação, psicogênica crônica, diarreia psicogênica crônica. Distúrbios estes onde pessoa tem as disfunção e lesões nos órgãos do corpo, devido ao mau uso e ao efeito degenerativo, e descontroles dos processos mentais. Estes distúrbios ocorrem por inúmeras causas, inclusive, alterações na dinâmica familiar. Palavra-chave: Distúrbio psicossomático, úlcera, dispepsia, colite, gastrite, constipação psicogênica crônica, diarreia psicogênica crônica. SÚMARIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................05 1.1. Objetivo geral............................................................................................06 1.2. Objetivo especifico...................................................................................06 2 DISTURBIOS PSICOSSOMATICOS.............................................................07 2.1. Úlcera.......................................................................................................08 2.1.1. Características.......................................................................................08 2.1.2. Etiologia.................................................................................................08 2.1.3. Diagnóstico............................................................................................09 2.1.4. Tratamento............................................................................................09 2.2.Dispepsia..................................................................................................10 2.2.1. Características.......................................................................................10 2.2.2. Etiologia.................................................................................................10 2.2.3. Diagnóstico............................................................................................11 2.2.4. Tratamento............................................................................................11 2.3. Colite........................................................................................................12 2.3.1. Características.......................................................................................12 2.3.2. Etiologia.................................................................................................12 2.3.3. Diagnóstico............................................................................................12 2.3.4. Tratamento............................................................................................13 2.4. Gastrite....................................................................................................14 2.4.1. Características.......................................................................................14 2.4.2. Etiologia.................................................................................................14 2.4.3. Diagnóstico............................................................................................14 2.4.4. Tratamento............................................................................................15 2.5. Constipação psicogênica crônica.........................................................16 2.5.1. Características.......................................................................................16 2.5.2. Etiologia.................................................................................................16 2.5.3. Diagnóstico............................................................................................16 2.5.4. Tratamento............................................................................................17 2.6. Diarreia psicogênica crônica.................................................................18 2.6.1. Características.......................................................................................18 2.6.2. Etiologia.................................................................................................18 2.6.3. Diagnóstico............................................................................................19 2.6.4. Tratamento............................................................................................19 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................20 4 REFERENCIA ................................................................................................21 1 INTRODUÇÃO O presente monógrafo descreve os distúrbios psicossomáticos, que são acarretadas pelos processos psicológicos e mentais do indivíduo desajustados das funções somáticas, sendo eles úlcera, dispepsia, colite, gastrite, constipação, psicogênica crônica, diarreia psicogênica crônica. Úlcera- Ulcera é o nome genérico que se dá a interrupção na continuidade do tecido cutâneo- mucoso, acarretando alterações na estrutura anatômica ou função fisiológica dos tecidos afetados. (Nieto Y.,2012) Dispepsia- designada por má digestão ou gastrite, é caracterizada por sintomas relacionados ao aparelho digestório superior. (Ford AC, Moayyedi P.) (FBG) Colite- inflamação crônica com a presença de ulcerações na mucosa do intestino grosso. (Baldassano RN, Piccoli DA,1999) Gastrite- A gastrite é a inflamação da mucosa gástrica de longa duração, pode permanecer por meses ou anos e os seus sintomas são de intensidade variável. (Carpenter HA, Talley NJ,1995) Constipação Psicogênica Crônica- A constipação psicogênica crônica é uma doença crônica, é associada à frequência de evacuações (Ambrogini-Jr O, Miszputen SJ, Rodriguez TN.,2012) Diarreia Psicogênica Crônica- A diarreia é caracterizada por evacuações frequente, no mínimo três vezes ao dia, com fezes liquidas, com um perda excessiva de líquidos, eletrólitos, especialmente sódio e potássio, ocorre a perda de gordura. A diarreia pode ser tanto aguda quanto crônica. O fator determinante para seu diagnóstico é o tempo de duração dos sintomas. ( FINE KD & ESCHILLER LR,1999) O monógrafo está subdividido em seis subcapitulo, com o proposito de permitir melhor compreensão e assimilação do conteúdo. 1.1. Objetivo geral Descrever os distúrbios psicossomáticos a partir da apresentação de alguns conceitos. 1.2. Objetivo especifico Caracterizar a patologia; Descrever os sintomas; Demostrar a etiologia da patologia; Descrever o tratamento;2 DISTÚRBIOS PSICOSSOMATICOS As doenças psicossomáticas surgem como consequência de processos psicológicos e mentais do indivíduo desajustados das funções somáticas e viscerais e vice-versa. Caracterizam-se as possibilidades de distúrbios de função e de lesão nos órgãos do corpo, devido ao mau uso e ao efeito degenerativo, e descontroles dos processos mentais. Diferenciam-se neste ponto das doenças mentais, em que o mau desempenho não é opcional. Distúrbios emocionais desempenham papel importante, precipitando início, recorrência ou agravamento de sintomas, distinguindo das doenças puramente orgânicas. Porém, elas podem se transformar em doenças crônicas ou ter com um curso fásico. Tendem a associar-se com outros distúrbios psicossomáticos. Isso pode ocorrer numa família, em diferentes períodos da vida de um paciente ou em certos ambientes de trabalho e até de lazer. Mostram grandes diferenças de incidência nos dois sexos. 2.1. Ulcera 2.1.1. Característica Ulcera é o nome genérico que se dá a interrupção na continuidade do tecido cutâneo- mucoso, acarretando alterações na estrutura anatômica ou função fisiológica dos tecidos afetados. (Nieto Y.,2012) A ulcera pode ser classificada de acordo com a causa ( cirúrgica, ou não cirúrgica), segundo o tempo (aguda ou crônica) e de acordo com a profundidade, (epiderme, derme, subcutâneo e tecidos mais profundos, como músculos, tendões, ossos e outros), em grau I,II,III,IV. Grau I - ocorre um comprometimento da epiderme; a pele se encontra íntegra, mas apresenta sinais de hiperemia, descoloração ou endurecimento. Grau II- ocorre a perda parcial de tecido envolvendo a epiderme ou a derme; a ulceração é superficial e se apresenta em forma de escoriação ou bolha. Grau III- existe comprometimento da epiderme, derme e hipoderme (tecido subcutâneo). Grau IV- comprometimento da epiderme, derme, hipoderme e tecidos mais profundos. As ulcera são denominadas de acordo com o local em que se encontra, quando no estomago é denominada ulcera gástrica, quando no duodeno, ulcera duodenal, no esôfago, ulcera esofágicas. (ROBINS E COTRAN, 2010) Os principais sintomas apresentados são náuseas, vômitos, mal-estar, anorexia, hemorragia, melena, dor no estomago ou abdominal e perda de peso. (ROBINS E COTRAN, 2010). 2.1.2. Etiologia A etiologia tem diversas causas, abuso de álcool, excesso de cafeína, chá mate chá preto, tabagismo, uso crônico de acido acetilsalicílico (AAS), estresse, excesso de secreção acida e pepsina, predisposição hereditária, mas a principal é a bactéria H. pylori. (ROBINS E COTRAN, 2010). 2.1.3. Diagnóstico O diagnostico de úlcera é feito através de exames, como a endoscopia que serve como um importante determinante para o tratamento e o prognóstico da doença, no caso da úlcera gástrica, duodenal, esofágica. (MAROTTA K, FLOCK MH, 1993) Este exame envolve a passagem de um tubo flexível de pequeno diâmetro através da boca para assim a examinação do local da “úlcera”, contendo uma fonte de luz na ponta para que através dele seja analisados problemas nos determinados órgãos, neste processo é também feita a retirada de biópsias que são os pequenos fragmentos para a análise, o que é feito através de uma sedação com o paciente sem dor ou desconforto. A endoscopia é o método mais conhecido e utilizado pelos médicos. (MAROTTA K, FLOCK MH, 1993) 2.1.4. Tratamento O tratamento clinico é realizado através da utilização de antiácidos, isso de antibióticos na presença de H. pylori, em caso de sensibilidade ao acido acetilsalicílico suspender o uso de aspirina e derivado. (ROBINS E COTRAN, 2010). O tratamento cirúrgico é recomendado quando a ulcera é complicada por hemorragia, perfuração ou quando o paciente é incapaz de seguir o tratamento proposto. (Pierik EG, van Urk H, Hop WC, Wittens CH,1997) O tratamento dietoterápico tem por objetivo recuperar a mucosa e o estado nutricional do paciente, além da reeducação nutricional visando à correção dos maus hábitos alimentares. (MAROTTA K, FLOCK MH, 1993) 2.2 Dispepsia 2.2.1 Características A dispepsia geralmente designada por má digestão ou gastrite, é caracterizada por sintomas relacionados ao aparelho digestório superior, (Ford AC, Moayyedi P.) na região epigástrica, entre o umbigo e o tórax. (FBG) Os sintomas que a caracterizam são sempre sintomas relacionados ao aparelho digestório superior, sendo persistentes, como a dor ou queimação na região epigástrica, dificuldade de digestão, saciedade precoce, plenitude pós- prandial que consiste na sensação desagradável de persistência prolongada dos alimentos no estômago, a azia, a regurgitação, a disfagia e a odinofagia; inespecíficos como a eructação excessiva e a aerofagia; ou ainda os de base fisiopatológica mais ampla como as náuseas, eructação e distenção do abdômen superior. (Vakil N, van Zanten SV, Chang L, Toth G, Sherman J, Fraser M, et al.) Além disso, os sintomas apresentam duração mínima de 3 meses (12 semanas), contínuos ou intermitentes, e apresentam no mínimo 6 a 12 meses. (Drossman DA; Tack J, Talley NJ, Camilleri M, et al.) O aparecimento de sintomas dispépticos é um dos problemas clínicos mais frequentes, afetando mais de 15% da população ocidental dependendo do país estudado. No Brasil, estudos epidemiológicos mostraram que em torno de 40% da população apresentam sintomas dispépticos. (FBG) A dispepsia pode ser diferenciada pela dispepsia funcional, é uma desordem gastrointestinal, está associada ao uso de vários medicamentos, automedicação, absenteísmo e perda de produtividade (condição sempre benigna), já dispepsia orgânica (úlceras, tumores, cálculos biliares, etc.), dispepsia não diagnosticado e dispepsia tipo refluxo. (Drossman DA; Tack J, Talley NJ, Camilleri M, et al.) 2.2.2. Etiologia O aparecimento da dispepsia ou sintomas dispépticos pode estar associado a vários distúrbios do trato gastrointestinal superior, em particular doenças que afetam o estômago e duodeno, como a ulceram péptica gástrica ou duodenal, doença do refluxo gastrointestinal, gastrites, neoplasias do trato gastrointestinal superior, doença do trato biliar e dispepsia funcional. Porém, a maioria dos casos é causada pela infecção do estômago por uma bactéria, o Helicobacter pylori.(FBG) 2.2.3. Diagnóstico Segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia o exame mais importante para esclarecer o diagnóstico é a endoscopia digestiva alta se observa diretamente o revestimento interno do esôfago, estômago e duodeno. Exames laboratoriais (sangue e parasitológico de fezes) e ultrassons abdominais também são importantes no esclarecimento destes sintomas, estes testes permitem avaliar alguns órgãos que circundam o estômago, como pâncreas, fígado, vesícula e vias biliares. 2.2.4. Tratamento Com anteriormente citado o sintomas da dispepsia são persistentes, a avaliação médica é necessária. O paciente deve aumentar a frequência de refeições de 5 a 8 vezes por dia, evitar refeições volumosas, reduzir o consumo de alimentos gordurosos, condimentados, ácidos, café, álcool e de qualquer outro alimento que provoque sintomas, não fumar. (FBG) A dispepsia funcional é uma enfermidade crônica e recorrente. Os sintomas podem voltar a surgir, mas variam de intensidade e frequência. Em muitos casos, isto não torna necessária a realização de novos exames, podendo ser repetido o tratamento que anteriormente havia resolvido o sintoma. (FBG) 2.3 Colite 2.3.1 Característica Colite ulcerativadefinida como uma inflamação crônica com a presença de ulcerações na mucosa do intestino grosso.(Baldassano RN, Piccoli DA,1999) Os principais sintomas são perda de peso, dor ou cólicas abdominais, diarreia, febre, melena e sangramento retal.(ROBBINS E COTRAN, 2010) 2.3.2. Etiologia A sua etiologia é desconhecida, mas por ser desencadeado através do estresse, distúrbios autoimunes e predisposição genética.(Pardi DS, Smyrk TC, Tremaine WJ, et al., 2002) 2.3.3. Diagnóstico Para confirmar a suspeita clínica da doença é utilizada a colonoscopia. A endoscopia é mais sensível do que os exames contrastados no que se refere à extensão da doença. Quando há forte suspeita de colite e os achados à sigmoidoscopia ou ao enema opaco são negativos, a colonoscopia com múltiplas biópsias pode determinar presença e intensidade da inflamação no cólon, bem como possibilitar a visualização da mucosa do íleo terminal. Associadamente, a colonoscopia com biópsias é eficaz à realização do diagnóstico diferencial entre colite de Crohn e retocolite ulcerativa, bem como na avaliação de outras formas de colite (actínica, isquêmica e microscópica). (Alves PRA, 1990) Ainda que a avaliação endoscópica não esteja correlacionada com a atividade da doença (American Society for Gastrointestinal Endoscopy 1958), a avaliação colonoscopia de anastomoses intestinais pode estar relacionada com a possibilidade de recidiva da doença após tratamento cirúrgico (Price AB, 1978). O estudo histológico das biópsias obtidas por colonoscopia possibilita a comprovação diagnóstica, o diagnóstico diferencial entre colite de Crohn e retocolite ulcerativa, bem como diagnosticar displasia e câncer nos casos de colite de longa evolução. (American Society for Gastrointestinal Endoscopy 1958) 2.3.4 Tratamento O tratamento clinico é realizado com o uso de antibióticos e anti- inflamatórios ou cirúrgico O tratamento dietoterápico é idêntico a doença de Crohn, visa recuperar o estado nutricional e diminuir os sintomas. O paciente deve aumento o fracionamento de quatro a seis refeições diárias e diminuir o volume. Reduzir o consumo de cafeína, evitar a ingestão de álcool e açucares simples, fazer o uso de triglicerídeo de cadeia media e consumir alimentos antioxidantes. Quando a diarreia deve ser pobre em resíduos, fibras insolúveis, e aumento o consumo de fibras solúveis. Dependendo a evolução da doença, se faz necessária à suplementação com vitaminas e minerais, ou mesmo fazer o uso de suplementos por via oral, nutrição enteral ou parenteral. 2.4. Gastrite 2.4.1 Característica A gastrite é a inflamação da mucosa gástrica de longa duração, pode permanecer por meses ou anos e os seus sintomas são de intensidade variável. (Carpenter HA, Talley NJ,1995) As gastrites podem ser aguda ou crônica. (Robbins e Contran,2010) As Gastrites agudas permitem uma abordagem mais simplificada, por serem de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um agente causador, já as gastrites crônicas tem como principal fator etiológico o Helicobacter pylori, como prevalência, tem distribuição universal e aumenta conforme a idade.(Miszputen S,2007) Os sintomas são dor e queimação na região epigástrica, náuseas e vômitos, mal-estar, anorexia, podendo ocorrer hemorragia digestiva. (Robbins e Contran,2010) 2.4.2 Etiologia A etiologia da doença pode ser ocasionada por infecção da bactéria Helicobacter pylori, abuso de álcool, excesso de café, chá mate ou chá preto, cigarro, o uso crônico de acido acetilsalicílico (AAS), e maus hábitos alimentares, principalmente o elevado consumo de industrializados e refrigerante. (SHIMOYAMA, T, CRABTREE, ) 2.4.3. Diagnóstico O diagnóstico da gastrite aguda é baseada na historia clínica, em geral é desnecessário os exames. (Robbins e Cotran,2010) A endoscopia digestiva é indicada somente quando há suspeita de complicações, é um exame que permite a visualização diretamente da mucosa, mostrando alterações de algum tipo de gastrite.(Cohen H, Laine L,1995) Já a gastrite crônica é diagnosticada fundamentalmente, histológico, por exame microscópico de fragmentos da mucosa coletas por pinça de biópsia que passa através do endoscópio. (Mégraud F,1997) 2.4.4. Tratamento O tratamento clínico é realizado através da retirada do agente que esta causando a inflamação e o uso de antiácidos e bloqueadores.(Genta RM, Hammer HW, Grahan DY,1993) Já o tratamento dietoterápico tem como objetivo recupera a mucosa gástrica, aliviar os sintomas e fazer uma reeducação nutricional, no tratamento deve ser inserido com frequência e diminuir o volume das refeições. Devem ser evitados líquidos em refeições principais, alimentos gordurosos, como frituras e restringir condimentos excitantes, como pimenta, cafeína, álcool, chocolate, chá-mate chá-preto.(Genta RM, Hammer HW, Grahan DY,1993) 2.5 Constipação psicogênica crônica 2.5.1. Característica A constipação psicogênica crônica é uma doença crônica, é associada à frequência de evacuações, e pode ser definida nas situações seguintes: (Ambrogini-Jr O, Miszputen SJ, Rodriguez TN.,2012) Esforço para defecar em mais de 25% das evacuações; Fezes endurecidas ou sibilos em mais de 25% das evacuações; Sensação de evacuações incompleta; Sensação de obstrução/ bloqueio fecal; Realização de manobras para facilitar a evacuação; Menos de três evacuações por semana. A constipação pode ser classificada como funcional quando não há patologia que justifique a constipação, ou orgânica quando há uma patologia que justifique. (Ambrogini-Jr O, Miszputen SJ, Rodriguez TN.,2012) 2.5.2. Etiologia A etiologia da constipação funcional esta relacionada à uma dieta pobre em fibras ou líquidos, falta de atividade física, estresse, uso de laxantes, envelhecimento, gravidez e inibição do reflexo defecatório. Já a constipação crônica está relacionada a doenças endócrinas, como diabetes mellitus e hipotireoidismo, doenças neurológicas, como doenças vasculares do intestino, doenças intestinais, como colite, doença celíaca, úlcera, distúrbios psicológicos, como depressão, ansiedade e o uso de medicamentos, como anti- hipertensivos. (Müller-Lissner S, Tack J, Feng Y, Schenck F et al.,2012) 2.5.3. Diagnóstico O diagnóstico é realizado por ajuda de um especialista gastroenterologia, os critérios gerais utilizados são permanência durante pelo menos 3 meses durante um período de 6 meses, pelo menos uma de cada quatro evacuações cumpre com critérios específicos, ausência de fezes, ou, rara a vez, fezes de consistência diminuída. Os critérios específicos ( presença de dois ou mais), esforço de evacuar , fezes fragmentadas ou endurecidas, sensação de evacuação incompleta, sensação de obstrução anorretal ou bloqueio. (Miszputen SJ.,2007) O diagnóstico é realizado com base no histórico médico e um correto exame e valoração de laboratório. O exame proctológico completo é de importância na avaliação da consistência fecal bem como para afastar defeitos do assoalho pélvico. (Miszputen SJ.,2007) 2.5.4. Tratamento O tratamento para a constipação requer mudança de hábitos alimentares e na realização de atividade física. O tratamento dietoterápico visa restabelecer o transito intestinal e estabelecer a reeducação nutricional, com uma dieta rica em fibras alimentares e líquidos. (Quilici FA, Miszputen SJ, Quilici LCM,2011) 2.6Diarreia psicogênica crônica 2.6.1. Característica A diarreia é caracterizada por evacuações frequente, no mínimo três vezes ao dia, com fezes liquidas, com um perda excessiva de líquidos, eletrólitos, especialmente sódio e potássio, ocorre a perda de gordura.( FINE KD & ESCHILLER LR,1999) A diarreia pode ser tanto aguda quanto crônica. O fator determinante para seu diagnóstico é o tempo de duração dos sintomas.(FINE KD & ESCHILLER LR,1999) Diarreia aguda apresenta sintomas por poucos dias. Já à diarreia crônica persiste por cerca de três a quatro semanas e pode indicar desde a síndrome do intestino irritado até condições mais graves, como doença de Crohn e colites ulcerosas.(CHRISTENSEN J.,1994) 2.6.2. Etiologia A etiologia da diarreia aguda está relacionada a infecções (bacterianas, parasitas, vírus, fungos), alimentos contaminados, medicações, ingestão recente de açúcar não absorvível, isquemia intestinal, impactação Fecal, inflamação pélvica. (LOCKE GR III; PEMBERTON JH & PHILLIPS SF,2000) Já a etiologia da diarreia crônica está relacionada a síndrome do intestino irritável, doença inflamatória e intestinal, isquemia do intestino, infecção crônica, parasitose, infecção por fungos, enterite por radiação, síndrome da má- absorção, medicação, álcool, diverticulite, operações previas, gastrointestinais, doenças endócrinas, impactação fecal, envenenamento por metais pesados, abuso de laxativos, incontinência anal, colite microscópica, amiloidase, alergia a alimentos.(LOCKE GR III; PEMBERTON JH & PHILLIPS SF,2000) 2.6.3. Diagnóstico Para que seja diagnosticada a diarreia são necessários alguns exames complementares, são necessárias algumas informações sejam obtidas através do paciente, como duração dos sintomas, outras manifestações, a idade e o sexo.(CHRISTENSEN J.,1994) O exame físico é realizado na observação clínica, para caracterizar os sinais de desidratação, má absorção e a desnutrição presente no paciente, outros dados importantes são, assa abdominal, edemas e o exame anorretal.( FINE KD & ESCHILLER LR,1999) 2.6.4. Tratamento O tratamento clínico é realizado através de medicamentos, como antibióticos. (LOCKE GR III; PEMBERTON JH & PHILLIPS SF,2000) O tratamento dietoterápico visa recuperar e manter o estado nutricional, diminuir a diarreia, paciente é orientado a seguir uma dieta sem resíduos e aumentar o consumo de água. (LOCKE GR III; PEMBERTON JH & PHILLIPS SF,2000) 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os distúrbios psicossomáticos: ulcera, dispepsia, colite, gastrite, constipação psicogênica crônica, diarreia psicogênica crônica são decorrentes de doenças psicológicas como o estresse e principalmente pela bactéria Helicobacter pylori, e a má alimentação. O tratamento exige uma equipe medica multidisciplinar, para o diagnóstico da doença o mais precoce possível, para um tratamento eficácia que muitas vezes prolongado. 4. REFERÊNCIA Nieto Y. Protocolo terapéutico de la úlcera péptica. Medicine. 2012;11:179-82 Pierik EG, van Urk H, Hop WC, Wittens CH. Endoscopic versus open subfascial division of incompetent perforating veins in the treatment of venous leg ulceration: a randomized trial. J Vasc Surg. 1997;26:1049-54. Marotta K, Floch MH. Diet and nutrition in ulcer diases. Med. Clin. North Am.1993;77:88-17 Ford AC, Moayyedi P. Current guidelines for dyspepsia management. 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