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Controle de Constitucionalidade

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Controle de Constitucionalidade 
Princípio da Supremacia Constitucional
A Constituição Rígida é aquela que possui um processo mais dificultoso de alteração, passando por maiores solenidades. A ideia de controle emana da rigidez, onde a Constituição ocupará o topo de um escalonamento normativo, caracterizando-se como norma de validade para as demais atos normativos do sistema. É a lei suprema do Estado pois nela encontra-se a sua própria estruturação e a organização de seus órgãos. Nela se encontram as normas fundamentais do Estado e desse princípio decorre o principio da compatibilidade vertical das normas – onde as normas de grau inferior somente valerão se forem compatíveis com as normas de grau superior, pois a incompatibilidade vertical é sempre favorável à normas de grau superior.
Sem o controle de constitucionalidade não haveria harmonia no ordenamento jurídico, devendo as demais normas obediência à Constituição – Unidade do Ordenamento Jurídico.
A inconstitucionalidade constitui vício aferido no plano da validade. Reconhecida a invalidade, tal fato se projeta para o plano seguinte, que é o da eficácia: Norma inconstitucional não deve ser aplicada. A lei declarada inconstitucional pelo STF, seja em ação direta, seja incidentalmente, com a subsequente suspensão pelo Senado Federal, não deverá mais ser aplicada, mas não há um ato formal que a elimine do mundo jurídico. Embora ela passe a ser lei morta, não é retirada expressamente de vigência. Portanto, o reconhecimento de inconstitucionalidade da norma não se confunde, em causas e efeitos, com a sua revogação. Pois a revogação consiste na retirada de uma norma do mundo jurídico, operando no plano de existência dos atos jurídicos. Como regra, decorrerá de nova manifestação de vontade do próprio órgão que a havia editado, e seus efeitos somente se produzem para o futuro, ex nunc. A declaração de inconstitucionalidade, ao revés, é competência judicial, e , de ordinário, os seus efeitos serão retroativos, não serão admitidos efeitos válidos a lei inconst. , devendo todas as relações jurídicas constituídas com base nela voltar ao status quo ante (algumas situações irreversíveis recebem tratamento de caráter excepcional).
Teoria da Nulidade: O ato legislativo, por regra, uma vez declarado inconstitucional , deve ser considerado (doutrina majoritária) como Nulo, e por isso, desprovido de força vinculativa. – Influência do sistema norte-americano, onde a lei inconstitucional, porque contraria uma norma superior, é considerada absolutamente nula, e por isso ineficaz, pelo que o juiz que exerce o poder de controle, não anula, mas meramente declara nulidade da lei inconstitucional. A decisão tem eficácia declaratória de situação pré-existente. O vício de insconst. é aferido num plano de validade. Decisão que declara a inconst. produz efeitos retroativos (ex nunc) e desprovido de força vinculativa. A invalidação dos atos praticados com base nessa lei são ab initio, atingindo-a do berço: a lei não entra num plano de eficácia porque não produz efeitos, nasceu morta.
Teoria da Anulidade da Norma Inconstitucional: No sistema austríaco, influenciado por Kelsen, a Corte Constitucional não declara uma nulidade, mas anula uma lei que até o presente momento era válida e eficaz. A Corte tem o poder discricionário de dispor que a anulação da lei opere a partir de uma data posterior de seu pronunciamento, contanto que este diferimento de eficácia constitutiva do pronunciamento não seja superior a um ano. O vício de inconstitucionalidade é aferido no plano da eficácia, a lei produz efeitos até a sua anulação. É erga omnes por isso se preservam os efeitos produzidos até então.
Posteriormente, houve uma flexibilização desses princípios, permitindo no caso da Áustria uma retroatividade a partir da decisão de anulidade e no caso dos EUA, analisa-se os efeitos que poderão permanecer válidos em cada caso.
Assim, para Kelsen, o controle de constitucionalidade não seria propriamente uma atividade judicial, mas uma função constitucional, que melhor se caracterizava como atividade legislativa negativa. Idealizador do controle concentrado em um tribunal constitucional, considerava que a lei institucional era valida até que uma decisão da corte viesse a pronunciar a sua inconstitucionalidade, antes disso, Juizes e tribunais não poderiam deixar de aplica-la . Após a decisão da corte constitucional, a lei seria retirada do mundo jurídico ,a inconstitucionalidade não geraria uma nulidade, mas tão somente a anulabilidade do ato, produzindo apenas efeitos ex nunc, sem retroagir no momento do nascimento da lei
Flexibilização da teoria da nulidade no Direito Brasileiro
Prevalece no Brasil, em sede doutrinária e jurisprudencial, com chancela no STF, o entendimento de que lei inconst. é nula de pleno direito e que a decisão tem eficácia retroativa, restando inválidos todos os atos praticados com base na lei impugnada. Contudo, essa teoria da nulidade é atenuada em nome de alguns valores, como boa fé, justiça e segurança jurídica.
Um exemplo é o entendimento de que em nome da proteção da coisa julgada, a declaração de inconst. com eficácia erga omnes, não desconstitui automaticamente a decisão baseada na lei que veio a ser invalidada e que transitou em julgado, sendo cabível ação rescisória, se ainda não decorrido o prazo legal. Caso se tenha operado a decadência para a rescisão, já não será possível desfazer o julgado.
A teoria da ineficácia ab initio não é absoluta, pois que os efeitos concretos que a norma produziu não podem ser suprimidos, sumariamente, por simples obra de um decreto judicial. Trata-se da técnica de modulação dos efeitos da decisão e que permite a melhor adequação da declaração de inconstitucionalidade, assegurando , por consequência, outros valores também constitucionalizados como o da segurança jurídica, do interesse social e da boa fé.
A mitigação do princípio da nulidade no controle concentrado e no controle difuso- Art. 27 da lei n. 9868/99 e art. 11 da Lei n. 9882/99 > Ao declarar a inconstitucionalidade do ato normativo ou da lei, tendo em vista razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social, poderá o STF, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela somente tenha eficácia a partir do seu transito em julgado em outro momento que seja fixado.
Pag 292- Espécies de Inconstitucionalidade 
Saber se uma norma infraconstitucional padece do vício de inconstitucionalidade, o que poderá ocorrer em razão de ato comissivo ou por omissão do poder público. A inconstitucionalidade por ação (positiva ou por atuação) enseja a incompatibilidade vertical de atos inferiores (leis ou atos do Poder Público) com a Constituição, e de modo inverso, em inconst. por omissão, decorre da inércia do legislativo na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada, a omissão pressupõe a violação da lei constitucional pelo silêncio legislativo, ou seja, surge quando algum responsável legislativo deixa de produzir as normas de eficácia contida ou limitada – lacunas, Mora (atraso)- Para estas cabe Mandado de Injunção e ADO. (violação por omissão)
A nova Carta concebeu dois remédios jurídicos para enfrentar atos omissivos: o mandado de injunção (art 5 LXXI) para a tutela incidental e in concreto de direitos subjetivos constitucionais violados devido a ausência de norma reguladora, e a ação de inconstitucionalidade por omissão (art 103 §2) para controle por via principal e em tese das omissões normativas. Essa omissão se dará em relação às normas constitucionais de organização e em relação à normas definidoras de direitos. Em relação a normas programáticas, onde se prevê genericamente a atuação do Poder Público, sem especificar a conduta adotada, não é possível falar em omissão inconstitucional, salvo se a inércia inviabilizar providências ou prestações correspondentes ao mínimo existencial.
Síndrome da Ineficácia das Normas Constitucionais- Teoria apresentada por José Afonso da Silva, onde fala que aquelas normas de eficácia limitada,que possuem aplicação mediata e necessitam de outras normas que as especifique (o que muitas vezes é definido pelo próprio texto da norma) como é o caso dos direitos sociais, não podem deixar de ser aplicadas pelo Judiciário por motivos de ato omissivo do poder legislativo no que tange a sua aplicação mediata. Sendo possível combater essa síndrome da inefetividade das normas ,pelo entendimento do STF, através da Ação Direta por Omissão faz-se um apelo ao legislador , constituindo-o em mora, enquanto o Mandato de Injunção, seria um importante instrumento de concretização dos direitos fundamentais, e instrumento de combate ao silêncio legislativo (natureza mandamental).
O STF não aceita a Tese de Inconstitucionalidade Superveniente (alteração na jurisprudência ou da mudança substancial das circunstâncias fáticas sobre as quais incidia a norma), as leis anteriores devem ser filtradas à luz da nova constituição, para sabermos se são constitucionais ou não, quando a matéria for compatível são recepcionadas, quando incompatível serão não recepcionadas. No caso de não recepção constitucional, matéria de direito intertemporal e que pode ser aplicado por qualquer juiz de direito, dispensando-se, as cautelas inerentes ao processo de declaração de inconstitucionalidade. 
A Inconstitucionalidade por Ação pode ser :
FORMAL: Ocorre quando a lei ou o ato normativo infraconstitucional contiver algum vício em sua forma, ou seja, no processo legislativo de sua elaboração, ou ainda em razão de sua elaboração por autoridade incompetente. Incidem propriamente sobre o ato normativo em si, independente do seu conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização: viciado é o ato, nos seus pressupostos, no procedimento de sua formação ou na sua forma final (também chamada de nomodinâmica) 
Formal Orgânica: inobservância da competência legislativa para elaboração do ato.
Formal Propriamente dita: decorre da inobservância do devido processo legislativo. Vício no procedimento de elaboração da norma verificado na fase iniciativa ou nas fases posteriores.
Vício formal subjetivo: se verifica na fase iniciativa. Passando pela iniciativa privativa, exclusiva ou reservada, onde uma autoridade competente é a única responsável por deflagrar, dar início ao processo legislativo da referida matéria. Se outra autoridade senão esta dá início, estaremos diante de um vício formal subjetivo insanável, e a lei será inconstitucional.
Vício formal Objetivo: se verifica nas demais fases do processo legislativo, posteriores a fase iniciativa. Por exemplo: se uma lei complementar for votada por quórum de maioria relativa quando deveria ser votada por quórum de maioria absoluta, previsto no art. 69 da CF 88. Outro exemplo é se houver a violação ao princípio do bicameralismo federativo (os projetos de lei federal devem ser aprovados em suas Casas do Congresso – câmara dos deputados e senado federal) e se eventualmente o projeto de lei for modificado em sua substância pela casa revisora, terá a emenda que voltar para análise da Casa iniciadora, sob a pena de configurar vício formal objetivo.
O processo legislativo completo compreende iniciativa, deliberação, votação, sanção ou veto, promulgação e publicação. O vício mais comum ocorre no tocante a iniciativa das leis, somente o titular da competência reservada poderá deflagrar o processo legislativo naquela matéria (inconstitucionalidade total por vício de iniciativa) Ou quando uma lei complementar dispor sobre temas de lei ordinária, de quórum de votação diferente e etc.
O controle judicial não é aplicado na tramitação de projetos, salvo quando se trate de proposta de emenda constitucional violadora de cláusula pétrea, além de ser extremamente restritiva na discussão judicial das questões regimentais em geral, referidas como interna corporis. 
Formal por Violação a pressupostos objetivos do ato normativo: Se relaciona com os pressupostos, constitucionalmente considerados como elementos determinantes de competência dos órgãos legislativos em relação a certas matérias (pressupostos objetivos). Assim, são elementos externos ao procedimento de formação das leis e que a sua falta gera a inconstitucionalidade formal, já que esses pressupostos do ato legislativo devem ser entendidos como elementos vinculados do ato legislativo. Ex.: a edição de medida provisória sem a observância dos requisitos da relevância e urgência ou a Criação de Município por lei estadual sem a observância dos requisitos do art. 18 § 4°.
Vício MATERIAL: De conteúdo, substancial ou doutrinário. Diz respeito à matéria, ao conteúdo do ato normativo. Assim, o ato normativo que afronta os preceitos ou princípios constitucionais deve ser declarado inconstitucional, por possuir um vício material. Não interessando o procedimento de elaboração da espécie normativa, mas o seu conteúdo. Uma inconstitucionalidade substantiva entre lei/ato normativo e a Constituição, podendo entrar em confronto com uma regra const. Ou com um princípio constitucional. O controle material de constitucionalidade pode ter como parâmetro todas as categorias de normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas. (também chamada inconst. nomoestática). 
O controle material pode ter como parâmetro todas as categorias de normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas. Nada impede a coexistência em um mesmo ato legislativo, inconst. formal e material, vícios distintos que podem estar cumulativamente presentes, produzindo a mesma consequência jurídica: a invalidade da norma e a paralisação de sua eficácia. Há uma única situação em que o caráter formal ou material da inconstitucionalidade acarretará efeitos diversos: quando a inconst. se der entre uma nova Constituição – ou uma emenda constitucional – e norma infraconstitucional pré-existente. Pois sendo a inconstitucionalidade de natureza material, a norma não pode subsistir, ficam automaticamente revogadas. A incompatibilidade formal, quando a inovação introduzida apenas mudou a regra de competência ou a espécie normativa apta a tratar da matéria... nesse caso, a norma preexistente, se for materialmente compatível com o novo ordenamento constitucional, é recepcionada, passando a se submeter ad futurum, à nova disciplina.
(Uma lei pode padecer de vício formal, material ou ambos)
Vicio de Decoro Parlamentar: Questiona-se a declaração da inconstitucionalidade de emendas constitucionais onde, for comprovada corrupção no ato de sua votação através de esquemas de compra de votos para favorecer interesses específicos. Trata-se de caso de vicio de decoro parlamentar, que nos termos do art. 55 § 1°, se consolida no abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou percepção de vantagens indevidas (vício na formação de vontade no procedimento legislativo. (Tese de Lenza, o STJ ainda não se posicionou em anular os votos corrompidos isoladamente ou decidir pela inconstitucionalidade)
***Estado de coisas inconstitucional:
ADPF 347
Inconstitucionalidade por arrastamento ou consequente: Ocorre quando a declaração de inconstitucionalidade de uma norma impugnada se estende aos dispositivos normativos que apresentam com ela uma relação de conexão ou interdependência. Nesses casos, as normas declaradas inconstitucionais servirão de fundamento de validade (vertical) para aquelas que não pertenciam ao objeto de ação, em razão da instrumentalidade entre a norma considerada principal e a dela decorrente. É a inconstitucionalidade de um ato normativo em virtude da declaração da inconstitucionalidade de outra lei. Ex: Alterações de Medidas Provisórias – Lei de conversão da medida provisória (ADI 4.048/DF). Ex2: Lei Delegada e declaração de inconstitucionalidade da resolução que autoriza o presidente a criar a Lei Delegada – Art 68 CF/88.
A extensão da declaração de inconstitucionalidade a dispositivos não impugnados expressamente na ADI, faz com que esses dispositivos decorrentes não devam ser mantidos no sistema jurídico , declarada ainconstitucionalidade da norma que lhe servia de fundamento de validade. Assim, se em determinado processo de controle concentrado de constitucionalidade for julgada inconst. a norma principal, em futuro processo, outra norma dependente daquela que foi declarada pela ADI em processo anterior também estará exposta a vício por arrastamento, atração, devido a relação de instrumentalidade que entre elas existe.
Inconstitucionalidade Parcial e Total: Parcial – Ocorre quando partes da lei (artigos ,alíneas, parágrafos) podem, isoladamente, serem declarados inconstitucionais, permitindo a vigência de todo o resto da lei. E Total- Quando a lei inteira é considerada inconstitucional, incompatível com a Constituição.
MOMENTO DE ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE
Controle Prévio ou Preventivo
Ocorre anteriormente à conversão de um projeto de lei em lei, e visa impedir que um ato inconstitucional entre em vigor. O órgão de controle, nesse caso, não declara a nulidade da medida mas propõe a eliminação de eventuais inconstitucionalidades.
É realizado durante o processo legislativo de formação do ato normativo. Logo no momento da apresentação de um projeto de lei, o iniciador, a pessoa que deflagrar o processo legislativo, em tese, já deve verificar a regularidade material do aludido projeto de lei. Ocorre antes da promulgação da lei, pois após a promulgação ela integra o ordenamento e esse controle não pode mais acontecer.
Legislativo: 
. As Comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania são responsáveis pelo controle no processo legislativo de modo que um parecer da CCJ impugnando pela inconstitucionalidade, leva ao arquivamento de um projeto de lei, As Comissões Parlamentares são responsáveis pela distinção da matéria e pela emissão de pareceres (No Plenário das Casas também ocorrem as discussões sobre a constitucionalidade de projetos, podendo ser feitas durante as votações). Tal controle nem sempre se verifica a todos os projetos de atos normativos, citando a sua incoerência, por exemplo, sobre projetos de medidas provisórias, resoluções dos Tribunais e decretos. Em se tratando apenas de uma declaração de inconstitucionalidade parcial do projeto, a Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o vício. No entanto, a regra geral estabelece que quando a Comissão emitir parecer pela inconst. e injuridicidade de qualquer proposição, ela será rejeitada e arquivada definitivamente , por despacho do Presidente do Senado, salvo se não for unânime e se houver recurso interposto por no mínimo 1/10 dos membros do Senado, manifestando-se favoráveis ao processamento. Portanto, as CCJ’s avaliam os projetos material e formalmente e emitem pareceres, que, declarando inconstitucionalidade, serão terminativos.
Executivo:
Quando um projeto de lei e aprovado, o Chefe do Executivo poderá sanciona-lo ou vetá-lo (Art. 66 CF/88). As justificativas do veto podem ser a sua inconstitucionalidade (jurídico) ou a contrariedade ao interesse público (veto político) . O veto nos termos do artigo se dará da seguinte forma: será apreciado em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento, podendo, pelo voto de maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em votação ostensiva (aberta, não-secreta) ser rejeitado, produzindo, neste caso , os mesmos efeitos que a sanção. Derrubado o veto, o projeto será enviado ao Presidente para promulgação da lei no prazo de 48 horas (Pelo presidente do senado ou pelo vice), podendo ser objeto de controle repressivo. Se o veto for mantido, o projeto será arquivado, consagrado o princípio da irrepetibilidade.
Judiciário: 
Incide sobre a PEC ou projeto de lei em tramitação nas Casas Legislativas, e objetiva garantir ao parlamentar o respeito ao devido processo legislativo, vedando a sua participação em procedimento conflitantes com as regras da constituição. Trata-se de um controle exercido, no caso concreto, pela via de exceção ou defesa, ou seja , de modo incidental.
A legitimação para a impetração do Mandato de Segurança é exclusiva do Parlamentar, na medida em que o direito público subjetivo de participar de um devido processo legislativo pertence aos membros do Legislativo.
Assim, se verifica a possibilidade, através do controle preventivo jurisdicional de constitucionalidade, de o parlamentar, com a impetração de um Mandado de Segurança, provocar o Poder Judiciária, para que este analise eventuais inconstitucionalidades que estiverem presentes durante o processo legislativo. 
A Jurisprudência do STF nega a legitimidade ativa a terceiros não-parlamentares, ainda que invoquem a condição de futuros destinatários da futura lei ou EC, sob a pena de indevida transformação em controle preventivo em abstrato. A perda superveniente de titularidade do mandato legislativo desqualifica a legitimação ativa do congressista, perdendo a sua legitimidade necessária para a instauração e prosseguimento da causa perante o STF.
É a possibilidade excepcional da participação do judiciário por mandado de segurança impetrado por parlamentar, visando impedir o ato ilegal e abusivo de tramitação irregular de projeto de lei, não lhe cabendo, a extensão do controle sobre aspectos discricionários concernentes às questões políticas e aos atos interna corporis.
Em relação a projeto de lei, o STF restringiu o controle preventivo apenas para a hipótese de violação do devido processo legislativo, não se admitindo a discussão sobre a matéria, buscando assim, resguardar a regularidade jurídico-constitucional do procedimento, sob a pena de violar a separação de poderes. Em relação à PEC, o controle será mais amplo, abrangendo não apenas a regularidade do procedimento, mas também a matéria, permitindo o trancamento da tramitação da PEC que tentar abolir cláusula pétrea. (pelo princípio da inércia o judiciário só atua se for instigado para tal).
CONTROLE POSTERIOR OU REPRESSIVO:
Será realizado sobre a lei, e não mais sobre um projeto. Os Órgãos de Controle verificarão de a lei ou ato normativo possui um vício formal ou material. Esses órgãos variam de acordo com o sistema de controle adotado pelo Estado, podendo ser político, jurisdicional ou híbrido. Tem a finalidade de afastar a incidência de uma norma constitucional (que pode se realizar por via de controle difuso ou concentrado).
É aquele realizado sobre lei que já está em vigor, e destina-se a paralisar sua eficácia. De regra é desempenhado pelo Poder Judiciário, por todos os seus órgãos, em procedimentos variados. Há alguns mecanismos de atuação repressiva pelo Legislativo (como a possibilidade de sustar atos normativos exorbitantes editados pelo Executivo) e pelo Executivo (como a recusa direta em aplicar norma inconst.).
Político: Ocorre em Estados onde um órgão distinto dos três poderes é que exerce o controle, tal órgão é o garantido da Supremacia Constitucional. Esse sistema é comum em países europeus como Portugal, Espanha e França, sendo o controle normalmente realizado por Cortes ou Tribunais Constitucionais. (Parlamento)
No Brasil, são exemplos de controle jurídico, o Veto do Executivo a projeto de lei inconstitucional (veto jurídico) , e rejeição de projeto de lei na CCJ.
Jurisdicional: Controle realizado pelo Judiciário, tanto através de um órgão único (controle concentrado) como por qualquer Juiz ou Tribunal (controle difuso/ podem ser juízes probatórios ou de juizado especial). No ordenamento brasileiro adota-se como regra o Controle de Constitucionalidade Repressivo Jurídico de leis ou atos normativos já editados, para retirá-los do ordenamento. 
Impera no Brasil, um controle misto, uma vez que pode ser realizado tanto pelo Judiciário , tanto de forma concentrada como por qualquer juiz ou tribunal. Sendo importante ressaltar que os controles concentrado e difuso são realizados com autonomia, ou seja, se já houver decisão no controle concentrado, mesmo em sede de medida cautelar, poderá haver repercussão sob o controle difuso.
Há apenas duas exceções onde o controle repressivo será praticadopelo Poder Legislativo:
Art 48 V CF88, que estabelece competência exclusiva para o Congresso Nacional interromper os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. Esse controle ocorre através do decreto legislativo expedido pelo Congresso Nacional (o presidente não poderá tomar para si a função de legislador extrapolando os limites estabelecidos pelo Congresso à lei delegada , disciplinando além da matéria ). Ao Chefe do Executivo compete regulamentar uma lei expedida pelo Legislativo, e tal procedimento é feito por decreto presidencial; se no momento de regulamentar a lei o Chefe do Executivo extrapolá-la , disciplinando além do limite nela definido, esse ‘a mais’ pode ser afastado pelo Legislativo por meio de decreto legislativo. No fundo, esse controle é de legalidade e não de inconstitucionalidade, pois o que se verifica é em que medida o decreto regulamentador extrapola os limites da lei. O mesmo ocorre se na elaboração de lei delegada, que ocorre através de resolução que especifica o conteúdo e os termos do seu exercício, o Presidente extrapolar os limites dessa resolução, poderá o Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo, afastar o referido ato que exorbitou os limites da delegação legislativa.
Art 62- Quando o presidente edita medida provisória, ela terá vigência e eficácia imediata por força de lei (em caso de relevância e urgência), pelo prazo de 60 dias, sujeitando-se a aprovação pelo Congresso. Se houver rejeição da MP pelo Congresso, e tal se der por razão de uma eventual inconstitucionalidade apontada no parecer da Comissão temporária mista, estará exercendo o controle de constitucionalidade repressivo, pois retirará do ordenamento a MP inconstitucional. (pode ser por via de ADI ou por controle do legislativo). Medida provisória que se inicia pela publicação para depois ser remetida ao congresso nacional, antes é formada uma comissão que irá avaliar a relevância e constitucionalidade. Como não são dotadas de força definitiva, há a possibilidade de apreciação judicial posterior
Possibilidade de o Chefe do executivo impedir que o ato normativo seja aplicado: Responsável pela gerência da coisa pública, deve impedir que leis inconstitucionais produzam efeito no âmbito administrativo e procurar os meios jurídicos. Apenas caso INEXISTA manifestação do poder judiciário sobre.
Antes da Constituição de 88, que ampliou a legitimação ativa para o ajuizamento de ADI, os Chefes do Executivo (presidente, governadores e prefeitos) não tinham competência para ajuizar ação buscando, em controle concentrado , discutir a constitucionalidade da lei. Nesse primeiro momento, doutrina e jurisprudência consolidaram o entendimento de que o Chefe do Executivo poderia deixar de aplicar uma lei por entende-la inconst., podendo enquanto superior hierárquico fazer com que seus subordinados também não a cumprissem. Isso porque a análise de inconst. da lei não era monopólio do Judiciário, embora tivesse o seu controle final sobre a aplicação ou não da lei, como um intérprete final. A partir da CF/88 ampliou-se a legitimação para ajuizamento de ADI (expandida pra ADC pela EC n 43/2004) não mais se admitiria o descumprimento de lei inconstitucional pelo Chefe do Executivo (o art 103 não cita os prefeitos).
Quanto ao órgão judicial que exerce o controle, ele pode ser:
O sistema difuso de controle significa a possibilidade de qualquer juiz ou tribunal competentes realizarem o controle de constitucionalidade, permite-se portanto que qualquer juiz ou tribunal o reconhecimento da inconst. de uma norma, e sua consequente não aplicação ao caso concreto levado a conhecimento da corte; isto decorre da supremacia constitucional e do poder de interpretação dos juízes, e todos os órgãos judiciários, inferiores ou superiores, estaduais ou federais tem esse poder de controle sob os casos levados a julgamento. O sistema concentrado o controle se dará por um (ou por um número limitado) órgão que possua uma competência originária para tal (é o modelo dos tribunais constitucionais europeus, como Áustria e frança) de modo que a declaração de inconst. no caso concreto proferida pela Suprema Corte é obrigatória a todos os juízes e tribunais, e subordinando-os à tese jurídica estabelecida, produz efeitos gerais, em face de todos – erga omnes – O juiz constitucional no tribunal constitucional declara juízo acerca de uma lei não a partir de uma natureza judicial, mas operando como um legislador negativo, por ter poder de retirar uma norma do sistema (o perfil desses juízes estava mais próximo de Homens do Estado, pois não era querido que esse órgão integrasse uma estrutura do Poder Judiciário.
Quanto à forma ou modo de controle judicial:
No sistema de controle pela via incidental (via de exceção ou defesa) o controle será exercido como questão prejudicial a premissa lógica do pedido principal. Diz-se controle incidental ou incidenter tantum a fiscalização constitucional desempenhada por juízes e tribunais na apreciação dos casos concretos submetidos a sua jurisdição: é o controle exercido quando o pronunciamento acerca da constitucionalidade ou não de uma norma faz parte do itinerário lógico do raciocínio jurídico a ser desenvolvido. A declaração incidental é feita no exercício normal da função jurisdicional, que é a de aplicar a lei contenciosamente. (Há ligação com outro litígio). Também é referido com controle por via de exceção ou defesa, porque normalmente a inconst. é invocada pela parte demandada, para escusar-se do cumprimento da norma que reputava inválida – não apenas isso, mas pode ocorrer também como fundamento de pretensão do autor, por exemplo, no emprego de mandado de segurança, seja individual ou coletivo.
Obs: No Brasil, controle incidental e difuso não se confundem, mas se superpõe, de modo que o controle incidental é exercido de modo difuso. Somente com a ADPF, criada pela lei n. 9.982/99, passou a se admitir uma hipótese de controle incidental concentrado.
No sistema de controle pela via principal (abstrata ou via de ação) a análise da constitucionalidade da lei será o objeto principal, autônomo e exclusivo da causa. É o controle exercido fora de um caso concreto, independente de uma disputa de partes, tendo como objeto de discussão a validade da lei em si. Ou seja, não se cuida da tutela de direitos subjetivos em casos, mas busca-se a harmonia constitucional eliminando incompatibilidades. Não há Lide e nem Partes, e a legitimação para fazer esse controle pela proposta de ADI é limitada a determinados órgãos e entidades.
O sistema difuso é exercido pela via incidental (influência norte-americana) enquanto o sistema concentrado é exercido por via principal (influência austríaca).
No Direito Brasileiro, como exceção à regra do controle concentrado e abstrato de constitucionalidade, pode-se pensar uma situação na qual o controle será concentrado (em órgão de cúpula, com competência originária) mas incidental, discutindo-se a questão de constitucionalidade como questão prejudicial ao objeto principal de lide. Como é o exemplo do art. 102,I “D” que estabelece ser competência originária do STF processar e julgar o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra os atos do Presidente, das Mesas da Câm. Dos Dep. E Senado Federal, do TCU, do Procurador geral e do próprio STF.
O modelo brasileiro admite uma forma Híbrida ou Mista, de modo que combina o controle por via incidental e difuso com o controle por via principal e concentrado, implantado com a EC n 16/65. Trazendo inovações como: a ampliação da legitimação ativa para propositura de ADI (art 103) , introdução de mecanismos de controle omissivo com ação direta (art 103 § 2°) e o mandado de injunção (Art. 5°, LXXI), a recriação da ADI em âmbito estadual, referida como representação de inconstitucionalidade (Art 125 § 2°), a previsão de um mecanismo de ADPF (ART. 102 §1°), e a limitação dorecurso extraordinário às questões constitucionais (art. 102 III).
Assim, o controle principal e concentrado pode ser exercido: perante o STF quando se tratar de ADI ou ato normativo federal ou estadual em face da CF , perante o Tribunal de Justiça do Estado quando se tratar de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da CF (ART. 125 §2°). Outra inovação fora o fim do monopólio do Procurador Geral da República em relação a propositura de ADI, podendo ser deflagrado por outros legitimados (Presidente, Mesas do Senado, da Câmara dos Deputados e das Assembleias Legislativas, Governador, Procurador Geral, Conselheiro Federal da OAB e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional).
A Lei 9.868/99 veio disciplinar o processo e julgamento, perante o STF, tanto da ADI como da ADC e a Lei 9.882/99 pretendeu regulamentar o processo de julgamento da ADPF nos termos do §2° art 102 da CF, que até então permanecera como letra morta. A ação direta interventiva foi mantida como mecanismo de fiscalização concreta da constitucionalidade (e não abstrata, como na ação genérica) , embora em sede de ação direta (Art 36, III) , seu papel institucional é o equacionamento e solução de um problema federativo.
Portanto, há no Brasil um controle incidental, exercido de modo difuso por todos os juízes e tribunais e o controle principal, por via de ação direta, de competência concentrada no STF.
CONTROLE DIFUSO
Conceito: Chama-se de controle difuso aquele que é difundido por todo o Poder Judiciário, podendo ser exercido por qualquer juiz em qualquer grau de jurisdição, desde que o faça no julgamento de um caso concreto. É também chamado de controle incidental, pois o pedido posto à apreciação do Judiciário não é a declaração de inconstitucionalidade, que figura como causa do pedido ou fundamento do pedido; o que se pede é a tutela de um bem da vida, por exemplo, a liberdade, o patrimônio etc., assim, o fundamento do pedido é a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. No controle difuso não há ações específicas como há no concentrado (ADI,ADC,ADO,ADPF) , qualquer ação cabível no caso concreto pode ser utilizada para a realização do controle difuso . 
Também é chamado de:
a) controle concreto: pois é realizado durante o julgamento de um caso concreto
b) Por via de exceção: a declaração de inconstitucionalidade é uma exceção processual e deve ser enfrentada pelo juiz antes do julgamento de mérito
c)Por via de defesa: era assim chamado por ser comumente usando como matéria de defesa; atualmente, porém, pode ser usado tanto pela defesa quanto pela acusação, indistintamente.
d)Subjetivo: pois há partes em litígio; diferentemente do concentrado, que é objetivo, não havendo partes.
No controle difuso, as decisões são inter partes, ou seja, vinculam apenas as partes que litigaram em juízo. Vale salientar que com a repercussão geral, súmulas vinculantes e outras mudanças recentes cada vez mais decisões de controle difuso têm se aproximado das do controle concentrado (erga omnes). Esse fenômeno vem sendo chamado pela doutrina de abstrativização do controle difuso. Ressalta-se que como a lei declarada inconstitucional é nula, em regra, as decisões serão retroativas (ex tunc), invalidando a norma desde a sua promulgação .
Observações: Apesar de que o STF admite a modulação temporal dos efeitos da decisão, ou seja, que a norma seja declarada inconstitucional sem a atribuição de efeitos retroativos se no caso concreto estiverem presentes: a) razões de segurança jurídica ou b)excepcional interesse social, podendo o STF, por voto de 2/3 dos seus ministros atribuir efeitos ex nunc (Desde então) ou pro futuro. O STF também reconhece a possibilidade de controle de constitucionalidade feito pelo TCU, pela súmula 347 (permitindo a apreciação da constitucionalidade das leis e atos do poder público ao TCU).
Há ainda controvérsias sobre o controle exercido por outros órgãos, como o TCU, o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público, para que apliquem ou determinem aos órgãos e entes controlados a não aplicação das normas que reputem inconst. Para o TCU, a Súmula 347 diz que o TCU, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. Algumas decisões do STF, consideram o CNJ incapaz para o controle e que não lhe cabe invalidar os atos dos tribunais, cabendo ao conselho apenas verificar se o ato administrativo se ajusta à lei , devendo mantê-lo em caso positivo, ainda que repute inconst. a norma em que se funda.
Nas casas legislativas existem as CCJ’s, que se manifesta acerca das propostas de emenda constitucional e dos projetos de lei apresentados, sob a ótica de compatibilidade com a CF. O pronunciamento da CCJ é passível de revisão pelo plenário da casa legislativa.
Se o Chefe do poder executivo veta um projeto de lei, total ou parcialmente, cabe ao Congresso Nacional, em sessão conjunta, apreciar o ato , podendo rejeitar o veto, por maioria absoluta dos deputados e senadores, em voto secreto. O juízo legislativo se impõe sobre o do Executivo e converte o projeto em lei.
O legislativo revoga leis, mediante juízo discricionário de conveniência e oportunidade, ao passo que o Judiciário as invalida por meio de vício de inconst. Ou seja, somente o Judiciário pode pronunciar a inconst. de uma lei em vigor, colhendo retroativamente as situações sob a sua égide, enquanto que o Legislativo revoga leis, retirando-a do ordenamento, com efeitos ex nunc, sem afetar a validade dos atos praticados sob a vigência da norma revogada. Não podem os órgãos legislativos anular ou declarar nulidade de atos normativos com uma intenção retroativa.
Observação Importante: 
Na hipótese de o Supremo Tribunal declarar a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em sede de recurso extraordinário, remeterá a matéria ao Senado Federal, para que este suspenda a execução da referida lei (art. 52, X, da CF). Caso o Senado Federal efetive a suspensão da execução da lei ou do ato normativo declarado inconstitucional pelo STF, agregará aos efeitos anteriores a eficácia erga omnes e ex nunc. 
Suspender a execução da lei não pode significar retirar a eficácia da lei. Caso contrário, não haveria diferença, em nosso sistema, entre o controle concentrado e o controle difuso. Suspender a vigência ou a execução da lei é como revogar a lei.
 Pode-se agregar ainda outro argumento: a suspensão da lei somente pode gerar efeitos ex nunc, pela simples razão de que a lei está suspensa (revogada), à espera da retirada de sua eficácia. Daí a diferença entre suspensão/revogação e retirada da eficácia. Sem eficácia, a lei fica nula; sendo nula a lei, é como se nunca estivesse existido. Dito de outro modo, quando se revoga uma lei, seus efeitos permanecem; quando se a nulifica, é esta írrita, nenhuma. 
Histórico: 
O controle difuso surgiu nos EUA em 1803 com o julgamento do caso William Marbury versus James Madison, no qual o juiz John Marshall afirmou a supremacia das normas constitucionais no ordenamento jurídico, fixando-se primeiramente a tese fundamental de que os atos normativos em geral não podem ser editados em desconformidade com o disposto na lei magna. Assentou-se naquele caso que cabe ao Poder Judiciário decidir quando e em que medida determinado ato viola Constituição.
John Adams, presidente derrotado na eleição por Thomas Jefferson, decidiu, antes de ser sucedido pelo Jefferson, nomear diversas pessoas ligadas ao seu governo como juízes federais, destacando-se William Marbury, cuja comissão para o cargo de juiz de paz do condado de Washington fora assinada por Adams, sem ter-lhe sido entregue.
Quando Thomas Jefferson tomou posse, o seu secretário de Estado, James Madison, seguindo as orientações do novo presidente, recusou-se a entregar os atos de investidura àqueles que não haviam recebido. Entre os juízes de paz nomeados e não empossados estava William Marbury, que propôs ação judicial (writ ofmandamus) em 1801, para ter reconhecido o seu direito ao cargo. O Pedido foi formulado com base em uma lei de 1789 (the judiciary act), que havia atribuído à suprema corte competência originária para processar e julgar ações daquela natureza. Contudo, o Congresso, agora de maioria republicana, veio a revogar a lei de reorganização do Judiciário Federal, extinguindo os cargos que haviam sido criados e destituindo seus ocupantes.
Jefferson considerava ilegítima qualquer decisão da Corte que ordenasse ao governo a entrega dos atos de investidura, e sinalizava que não iria cumpri-la, a partir do início de 1802, a Câmara deflagrou o processo de impeachment de um juiz federalista, em uma ação política que ameaçava entende-se até os Ministros da Suprema Corte.
Marbury v. Madison foi a primeira decisão na qual a Suprema Corte afirmou seu poder de exercer o controle de constitucionalidade, negando aplicação a leis que, de acordo com sua interpretação, fossem inconstitucionais. 
Entendendo o direito à investidura do cargo para Marbury, o writ of mandamus, como ordem para a prática de determinado ato, foi examinado por Marshall como possibilidade de se emiti-lo a um agente do Poder Executivo. Sustentou, então, que havia duas categorias de atos do Executivo que não eram passíveis de revisão judicial: os atos de natureza política e aqueles que a Constituição ou a lei houvessem atribuído a sua exclusiva discricionariedade. Fora essas duas exceções, onde a Constituição e a lei impusessem um dever ao Executivo, o Judiciário poderia determinar seu cumprimento. Estabeleceu, dessa forma, a regra de que os atos do poder executivo são passíveis de controle jurisdicional, tanto quanto a sua constitucionalidade quanto a sua legalidade.
Diante do conflito entre lei e constituição, questiona-se a possibilidade da Suprema Corte deixar de aplicar, por inválida, uma lei inconstitucional. Anunciando como razões três grandes fundamentos que justificam o controle judicial de constitucionalidade: a supremacia da constituição, a nulidade da lei que contrarie a constituição, o poder judiciário como intérprete final da constituição... e se a constituição, e não o ato ordinário, deve reger o caso ao qual ambos se aplicam.
A Suprema Corte americana estabeleceu assim a sua competência para exercer também o controle sobre atos, leis e decisões estaduais em face da Constituição e das leis federais.

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