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Apostila Desenho Técnico para Engenharia

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Professor Wendley Souza
- UFC -
SOBRAL 
DESENHO
 
 
Professor Wendley Souza 
DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA
 
 
ENGENHARIA 
2 
 
 
 
 
Produção e organização de 
Aderaldo Ricarte Guedes 
Gélyson Dias Uchôa 
Wendley Souza da Silva 
 
 
Contatos: 
 www.wendley.com 
 wendley@ufc.br 
 
 
 
QR-Codes: 
 
 
Sobral, dezembro de 2008 
3 
 
Índice 
 
UNIDADE 1 
AULA 01 ......................................................................................................................... 4 
1. Introdução ao curso ................................................................................................... 5 
2. Materiais necessários ................................................................................................. 5 
3. Definições básicas ...................................................................................................... 6 
 3.1. O que é “visão espacial”? ................................................................................... 6 
 3.2. O desenho (técnico) e a Engenharia .................................................................. 6 
 
AULA 02 ......................................................................................................................... 8 
4. Classificação dos desenhos ........................................................................................ 9 
 4.1. Classificação ...................................................................................................... 11 
5. Formatação do papel ............................................................................................... 11 
6. Normas técnicas brasileiras – ABNT ..................................................................... 12 
 
UNIDADE 2 
AULA 03 ....................................................................................................................... 15 
7. Legendas ................................................................................................................... 16 
 
UNIDADE 3 
AULA 04 ....................................................................................................................... 18 
8. Conceito de Projeção ............................................................................................... 19 
9. Elementos da projeção ............................................................................................ 19 
10. Classificação das Projeções ................................................................................... 20 
11. Épura ...................................................................................................................... 25 
 
AULA 05 
12. Vistas principais ..................................................................................................... 27 
 Exercícios resolvidos ............................................................................................. 29 
 Exercícios propostos ............................................................................................. 29 
13. Comparações entre as Projeções do 1° e do 3° Diedros ..................................... 31 
14. Vistas auxiliares ..................................................................................................... 32 
15. Representação de detalhes repetitivos ................................................................. 34 
 Exercícios resolvidos .............................................................................................. 35 
 
AULA 06 ....................................................................................................................... 36 
16. Perspectiva cilíndrica ortogonal ........................................................................... 37 
17. Processo do sólido envolvente ............................................................................... 37 
 Exercício proposto ................................................................................................. 37 
4 
 
AULA 07 ....................................................................................................................... 39 
18. Cotagem .................................................................................................................. 40 
 Verificando o entendimento ................................................................................... 41 
19. Cortes ...................................................................................................................... 43 
 Exercícios resolvidos .............................................................................................. 45 
 
UNIDADE 4 
AULA 08 ....................................................................................................................... 46 
20. Introdução .............................................................................................................. 47 
21. Tela de abertura ..................................................................................................... 48 
22. Comandos iniciais .................................................................................................. 48 
 Exercício proposto ................................................................................................. 56 
 
AULA 09 ....................................................................................................................... 57 
23. Sistemas de coordenadas ....................................................................................... 58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
NOTA DE AULA 
No. 01 
 
UNIDADE 1 
Introdução 
 
AULA 
Introdução ao curso, materiais necessários e definições básicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Wendley Souza 
 UFC -
SOBRAL 
DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA 
 
6 
 
1. Introdução ao curso 
Apresentação e discussão do plano de ensino da disciplina. 
Sistema de avaliação e notas. 
2. Materiais necessários 
Com o uso cada vez mais freqüente do computador no auxílio na elaboração de 
desenho, parte dos instrumentos convencionais deixou de ser usado. Apenas alguns 
deles ainda continuam sendo úteis na preparação de rascunhos e esboços. A seguir 
listamos aqueles ainda úteis: 
 
_ Lápis 0,5 ou 0,7mm HB; 
_ Borracha; 
_ Compasso; 
_ Transferidor; 
_ Par de esquadros simples; 
_ Régua graduada (preferencialmente escalímetro) 
 
Estes instrumentos devem ser adquiridos por cada aluno. 
 
Neste tópico, serão apresentados alguns dos instrumentos, acessórios e materiais 
convencionais (Figura 1), com comentários sobre seus usos atualmente, após o 
surgimento de meios computacionais usados com a mesma finalidade e os instrumentos, 
acessórios e materiais utilizados atualmente. 
 
 
Figura 1 
7 
 
3. Definições básicas 
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a 
representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes 
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da 
arquitetura. 
Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações 
escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem 
gráfica universal da engenharia e da arquitetura. 
Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a 
interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exigem treinamento específico, 
porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. 
Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional épossível entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura 
plana. 
Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar 
o que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma 
figura plana é chamada visão espacial. 
 
3.1. O que é “visão espacial”? 
Visão espacial é um ‘dom’ que, em princípio, todos temos; dá a capacidade de 
percepção mental das formas espaciais. Perceber mentalmente uma forma espacial 
significa ter o sentimento da forma espacial sem estar vendo o objeto. 
Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o sentimento da forma espacial de um copo, 
de um determinado carro, da sua casa etc. Ou seja, a visão espacial permite a percepção 
(o entendimento) de formas espaciais, sem estar vendo fisicamente os objetos. 
Apesar da visão espacial ser um dom que todos têm, algumas pessoas têm mais 
facilidade para entender as formas espaciais a partir das figuras planas. 
A habilidade de percepção das formas espaciais a partir das figuras planas pode ser 
desenvolvida a partir de exercícios progressivos e sistematizados. 
 
3.2. O desenho (técnico) e a Engenharia 
Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos de engenharia, a 
viabilização de boas idéias depende de cálculos exaustivos, estudos econômicos, análise 
de riscos etc. que, na maioria dos casos, são resumidos em desenhos que representam o 
que deve ser executado ou construído ou apresentados em gráficos e diagramas que 
mostram os resultados dos estudos feitos. 
Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está intimamente 
ligado à expressão gráfica. O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada 
não só para apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem 
substituir cálculos complicados. 
Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o 
ensino de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer modalidade 
de engenheiro, pois, além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias 
8 
 
concebidas por alguém sejam executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o 
raciocínio, o senso de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de organização. 
Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia irá 
depender de uma forma ou de outra, do desenho técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
NOTA DE AULA 
No. 02 
 
UNIDADE 1 
Introdução 
 
AULA 
 Classificação dos desenhos, formatação do papel e normas técnicas brasileiras 
 
 
 
 
 
 
Professor Wendley Souza 
 UFC -
SOBRAL 
DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA 
 
10 
 
4. Classificação dos desenhos 
O desenho não é necessariamente um fim em si mesmo, podendo vir a assumir uma 
função. Entre as várias modalidades de desenho, incluem-se: 
• Desenho técnico - Uma forma padronizada e normatizada de desenho, voltado à 
representação de peças, objetos e projetos inseridos em um processo de 
produção. 
 
 
• Desenho arquitetônico - Desenho voltado especialmente ao projeto de arquitetura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
• Ilustração - Um tipo de desenho que pretende expressar alguma informação, 
normalmente acompanhado de outras mídias, como o texto. 
 
 
• Croquis ou esboço - Um desenho rápido, normalmente feito à mão sem a ajuda de 
demais instrumentos que não propriamente os de traçado e o papel, feito com a intenção 
de discutir determinadas idéias gráficas ou de simplesmente registrá-las. Normalmente 
são os primeiros desenhos feitos dentro de um processo para se chegar a uma pintura ou 
ilustração mais detalhada. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
4.1. Classificação 
O desenho técnico é classificado: quanto aos aspectos geométricos, quanto ao grau de 
elaboração, quanto ao grau de pormenorização, quanto ao material empregado, quanto à 
técnica de execução e quanto ao modo de obtenção. 
Aspectos Geométricos 
Quanto aos aspectos geométricos, o desenho técnico se classifica em desenho projetivo: 
vistas ortográficas e perspectivas; desenho não projetivo: diagramas, esquemas, ábacos 
ou nomograma, fluxogramas, organogramas e gráficos; 
Grau de Elaboração 
Quanto ao grau de elaboração, o desenho técnico se classifica em esboço, desenho 
preliminar, croqui e desenho definitivo. 
Grau de Pormenorização 
Quanto ao grau de pormenorização, o desenho técnico se classifica desenho de 
componente, desenho de conjunto e detalhe. 
Material Empregado 
Quanto ao material empregado, o desenho técnico se classifica em desenho a lápis, 
desenho a giz, desenho a lápis a carvão, desenho com computador ou com outro 
material adequado. 
Técnica de Execução 
Quanto à técnica de execução, o desenho técnico se classifica em desenho à mão livre, 
com instrumentos ou à máquina. 
Modo de Obtenção 
Quanto ao modo de obtenção, o desenho técnico se classifica em original e reprodução. 
5. Formatação do papel 
Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são padronizados. A série 
mais usada de formatos é originária da Alemanha e conhecida como série DIN-A 
(Deutsch Industrien Normen-A), cuja base é o formato A0 (A no. Zero), constituído por 
um retângulo de 841 mm x 1189 mm = 1m², aproximadamente. 
O padrão internacional: ISO 216 
O padrão internacional para tamanho de papéis ISO 216 é baseado no padrão alemão 
DIN. Partindo do sistema métrico, o formato-base é uma folha de papel medindo 1m² de 
área (A0). O grande trunfo é a proporção entre os lados do papel, a mesma em todos os 
tamanhos do padrão, aproximadamente igual a 1 (raiz quadrada de 2, igual a 1,4142…), 
que tem a propriedade de se manter quando a folha é cortada pela metade ou dobrada. 
Sucessivos cortes definem a série A de tamanhos A1, A2, A3, A4…, cujas medidas são 
arredondadas na ordem dos milímetros. 
13 
 
Manter a mesma proporção entre diferentes tamanhos, propriedade inexistente nos 
formatos tradicionais de papel, facilita a ampliação e redução de um tamanho para o 
outro e a confecção de folhetos e brochuras com duas páginas em cada folha, na qual o 
tamanho do papel deve ser na série, de uma ordem acima do tamanho da página, p.ex., 
folhas A3 são dobradas para fazer brochuras A4. 
Onde vigora o padrão ISO, a grossura e densidade de um papel são expressas em 
gramas por metro quadrado (g/m²), unidade batizada de gramatura e padronizada na 
norma ISO 536. Gramaturas comuns no dia-a-dia são 75g/m² e 90g/m². 
 
 
 
 
FORMATO DIN / ISO 216 
Série Principal 
(Medidas em mm) 
 
Símbolos Dimensões 
A 0 841 x 1189 
 A 1 594 x 841 
A 2 420 x 594 
A 3 297 x 420 
A 4 210 x 297 
A 5 148 x 210 
A 6 105 x 148 
A 7 74 x 105 
A 8 52 x 74 
A 9 37 x 52 
A 10 26 x 37 
A 11 18 x 26 
A 12 13 x 18 
 
 
 
6. Normas técnicas brasileiras - ABNT 
NBR 6409 – Tolerâncias geométricas – Tolerâncias de forma, orientação, posição e 
batimento – generalidades, símbolos, definições e indicação em desenho. 
Objetivo: 
Esta Norma estabelece os princípios gerais para indicação das tolerâncias de forma, 
orientação, posição e batimento, e, ainda, as definições geométricas apropriadas. 
 
 
 
NBR 6492 – Representação de projetos de arquitetura 
14 
 
Objetivos: 
a) Esta Norma fixa as condições exigíveis para a representação gráfica de projetos de 
arquitetura, visando a sua boa representação; e 
b) Esta Norma não abrange critérios de projeto, que são objeto de outras normas ou 
legislação específicas de municípios ou estados. 
NBR 7191 – Execução de desenhos paraobras de concreto simples ou armado 
Objetivo: 
Esta Norma fixa as condições especiais que devem ser observadas na execução de 
desenhos técnicos para obras de concreto simples e armado. As condições gerais e os 
significados nesta Norma são fixados pela NBR 5984. 
NBR 8196 – Emprego de escalas em desenho técnico 
Objetivo: 
Esta norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações 
desenhos técnicos e documentos semelhantes. 
NBR 8402 – Execução de caráter para escrita em desenho técnico 
Objetivo: 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e 
documentos semelhantes. 
NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Largura das linhas 
Objetivo: 
Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos 
técnicos e documentos semelhantes. 
NBR 8404 – Indicação do estado de superfície em desenho técnico 
Objetivo: 
Esta Norma fixa os símbolos e indicações complementares para a identificação do 
estado de superfície em desenhos técnicos. 
NBR 10067 - Princípios grais de representação em desenho técnico 
Objetivo: 
Esta Norma fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. 
NBR 10068 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões 
Objetivos: 
a) Esta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-
impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos; e 
b) Esta Norma apresenta também o leiaute da folha do desenho técnico. 
NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico 
Objetivo: 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para 
desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos conteúdos, nas falhas de 
desenho técnico. 
NBR 10647 – Desenho técnico 
15 
 
Objetivo: 
Esta Norma define os termos empregados em desenho técnico. 
NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico 
Objetivo: 
Esta Norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os 
desenhos técnicos. 
NBR 12298 - Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico 
Objetivo: 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em desenho 
técnico 
NBR 13142 – Dobramento de cópia de desenho técnico 
Objetivo: 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópias de padrão de 
desenho técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Wendley Souza
 UFC -
SOBRAL 
DESENHO
 
NOTA DE AULA 
No. 03 
 
UNIDADE 2 
Desenho à mão livre 
 
AULA 
Legendas 
 
 
 
Professor Wendley Souza 
DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA
16 
 
ENGENHARIA 
17 
 
7. Legendas 
Na maior parte das legendas dos desenhos técnicos, empregam-se as letras de traço 
simples. Levando em consideração a conhecida ilusão de ótica, segundo a qual uma 
linha horizontal situada no meio de um retângulo aparenta estar mais abaixo, as letras B, 
E, K, S, X, A e os números 3 e 8 serão sempre desenhados com a parte superior menor 
que a inferior. 
A habilidade no traçado das letras só é obtida pela prática contínua e com perseverança. 
Não é, pois, uma questão de talento artístico ou mesmo de destreza manual. 
O primeiro requisito para o traçado das letras é a maneira correta de segurar o lápis ou 
lapiseira. A pressão deve ser firme e uniforme sobre o lápis, mas sem calçá-lo, a fim de 
não produzir sulcos no papel. A ponta do grafite deve estar a uma distância dos dedos 
de aproximadamente 1/3 do comprimento do lápis. Desta maneira, a mão desliza com 
mais suavidade e evita pressões exageradas no papel. 
Na execução das letras e algarismos são utilizadas pautas traçadas levemente, com um 
lápis bem apontado. Estas pautas são constituídas de três linhas paralelas. Uma para a 
base da letra, outra para a parte superior das maiúsculas e a terceira para a parte superior 
das minúsculas. 
A prática do desenho de letras e algarismos deve ser executada em períodos de curta 
duração, mas freqüentes. 
Toda folha desenhada deve possuir no canto inferior direito' um quadro destinado à 
legenda, constando do mesmo, além do título do desenho, as indicações necessárias à 
sua interpretação. 
Da legenda devem constar as seguintes Indicações, além de outras julgadas 
convenientes: nome da repartição, firma ou empresa; título do desenho; escalas; 
unidades em que são expressas as dimensões; número da folha, para classificação e 
arquivamento; datas e assinaturas dos responsáveis pela execução; verificação e 
aprovação; indicação de "substitui a" ou "substituído por", quando for o caso. 
Temos a seguir um quadro que mostra as dimensões recomendadas para alguns 
formatos de papel: 
Formatos Largura Altura 
A0, A1 e A2 175 50 
A2, A3 e A4 120 35 
A4 e A5 90 25 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
NOTA DE AULA 
No. 04 
 
UNIDADE 3 
Desenho com instrumentos 
 
AULA 
Sistemas de projeções 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Wendley Souza 
 UFC -
SOBRAL 
DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA 
 
20 
 
8. Conceito de Projeção 
Representação de um objeto num plano, segundo Aurélio Buarque de Holanda. 
A linguagem falada ou escrita, em muitos casos, carece de clareza, como é o caso da 
definição acima. O conceito fica mais claro com a ilustração gráfica mostrada na Figura 
1.1 abaixo. 
 
 
Imaginemos o ponto (A) no espaço e o observador (O), também no espaço, olhando 
para o para o ponto (A). Prolongando-se o segmento de reta (O) (A), este intercepta o 
plano (a) no ponto A. O ponto A é a representação do ponto (A) no plano (a), portanto, 
sua projeção. Observe a seguinte convenção: 
• Uma letra entre parêntese representa um objeto no espaço. (A), por exemplo; 
• Uma letra sem parêntese representa a projeção de um objeto no plano. A, por 
exemplo. 
9. Elementos da projeção 
É fundamental definir os elementos da projeção, visto que a classificação das projeções 
depende do arranjo geométrico desses elementos. Diferentes arranjos dão origem a 
diferentes tipos de projeção; 
(A) ⇒ É o ponto de espaço a ser representado no plano (a); 
(O) ⇒ É o observador no espaço; 
 A ⇒ É a projeção do ponto (A); 
(O)(A) ⇒ É a projetante ou raio visual; 
(a) ⇒ É o plano de projeção. 
 
 
 
 
21 
 
10. Classificação das Projeções 
A Figura 1.2 mostra as projeções de dois objetos representados pelos segmentos de reta 
(A) (B) e (C) (D). Na Figura 1.2(a) o observador se encontra a uma distância 
 
 
finita do plano (a), resultando na projeção cônica. Na Figura 1.2(b), o observador está a 
uma distância infinita do plano de projeção (a), fazendo com que as projetantes se 
tornem paralelas, na direção (d), resultando na projeção cilíndrica ou paralela. Percebe-
se que arranjos diferentes dos elementos que compõem a projeção resultam em 
projeções diferentes. Desta forma, alterando-se as posições relativas destes elementos, 
pode-se chegar à classificação das projeções mostrada no Quadro 1.1. 
Como foi visto, a diferença entre a projeção cônica e a paralela (ou cilíndrica) é a 
distância do observador (O) ao plano de projeção (a). A diferença entre a projeção 
oblíqua e a ortogonal é a inclinação das projetantes em relação ao plano de projeção (a). 
Na projeção paralela oblíqua, as projetantes são inclinadas em relação ao plano de 
projeção (a), como ostra a Figura 1.3(a). Na projeção paralela ortogonal, as projetantes 
são perpendiculares ao plano de projeção (a), como mostra a Figura 1.3(b). 
 
Projeção Oblíqua 
A projeção oblíqua se classifica em cavaleira, militar e outros tipos de projeção. Nesta 
disciplina, estudaremos apenas as projeções oblíquascavaleira e militar. A diferença 
entre as projeções cavaleira e militar é que, no caso da projeção cavaleira, a projeção se 
dá no plano vertical, e no caso da projeção militar, a projeção se dá no plano horizontal. 
Em ambas, o objeto (sólido envolvente) tem uma face paralela ao plano de projeção. 
 
 
22 
 
Projeção Ortogonal 
Como mostra o Quadro 1.1, a projeção ortogonal se classifica em vistas ortográficas, 
projeções cotadas, projeção mongeana e axonometria. Esta se classifica em isometria, 
dimetria e trimetria. 
Vistas Ortográficas 
Figuras resultantes de projeções paralelas ortogonais do objeto sobre planos de projeção, 
convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a forma do mesmo com 
seus detalhes. Neste tipo de projeção, o objeto (sólido envolvente) tem suas faces paralelas 
aos planos de projeção. A Figura 1.4 mostra um exemplo de projeção paralela ortogonal (vista 
ortográfica), onde é usado apenas um plano de projeção. 
Projeções Cotadas 
Figuras resultantes da projeção paralela ortogonal de um objeto sobre um único plano. Neste 
tipo de projeção, o objeto fica representado por sua projeção no plano e um número junto à 
projeção. Este número é a cota do objeto, ou seja, a distância do objeto ao plano. 
A Figura 1.5 ilustra este conceito. 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
Projeções Mongeanas 
Figuras resultantes da projeção de um objeto em dois planos ortogonais. A Figura 1.6 
ilustra este conceito. 
 
25 
 
Axonometria 
É o tipo de projeção paralela ortogonal em que o objeto fica representado por sua projeção 
em um único plano e que o objeto (sólido envolvente) não tem nenhuma de suas faces 
paralela ao plano de projeção. Ela se classifica em isometria, dimetria e trimetria. A Figura 1.7 
ilustra este conceito. 
 
26 
 
Axonometria Isométrica 
A axonometria é isométrica quando as três faces do objeto (sólido envolvente) formam 
ângulos iguais com o plano de projeção (_). 
Axonometria Dimétrica 
A axonometria é dimétrica quando apenas duas faces do objeto (sólido envolvente) 
formam ângulos iguais com o plano de projeção (_). 
Axonometria Trimétrica 
A axonometria é trimétrica quando as três faces do objeto (sólido envolvente) formam 
ângulos diferentes com o plano de projeção (_). 
11. Épura 
Épura é uma técnica de representação geométrica bidimensional para formas 
tridimensionais. A épura é muito usada em Geometria descritiva e em Desenho técnico, 
para representar com precisão o volume de um sólido. 
A técnica da épura consiste em projetar, sobre dois planos bissetores dispostos 
ortogonalmente, as projeções horizontal e vertical do objeto, por meio de pontos 
correlacionados nos dois planos. As coordenadas dos pontos projetados (chamadas de 
abscissa, cota e afastamento) são marcadas entre os planos e a linha de terra ou 
charneira (intersecção entre os planos) para identificar onde o ponto de fato se localiza 
no objeto. 
 
 
 
 
 
 
27 
NOTA DE AULA 
No. 05 
 
UNIDADE 3 
Desenho com instrumentos 
 
AULA 
Vistas Principais e Auxiliares 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Wendley Souza 
 UFC -
SOBRAL 
DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA 
 
28 
 
12. Vistas principais 
As formas de alguns objetos necessitam, para uma exata visualização, de mais de duas 
projeções. Por isso, o desenho técnico utiliza o chamado sólido envolvente, que é um 
paralelepípedo composto pelos dois planos pertencentes aos diedros e mais outros 
quatro, com o propósito de possibilitar sei projeções, ao invés de somente duas. 
As projeções nestes planos são chamadas de vistas ortográficas. São elas: de frente, a 
superior, a lateral direita, a lateral esquerda, a inferior e a posterior. 
O objeto será colocado no interior do sólido envolvente, para se obter as projeções. 
Nesta ocasião, a vista de frente deve ser a principal. Esta vista, projetada no plano 
vertical, que fica imóvel na planificação, reforça mais ainda sua escolha, para comandar 
a posição das outras vistas. 
Por esta razão, quando se pensa obter as vistas ortográficas de um objeto, é conveniente 
que se faça uma análise criteriosa do mesmo, a fim de que se eleja a melhor posição 
para a vista de frente. 
Para a escolha, esta vista deve ser: 
a) Aquela que mostre a forma mais característica do objeto; 
b) A que indique a posição de trabalho do objeto, ou seja, como ele é encontrado, 
isoladamente ou em conjunto; 
c) Se os critérios acima continuarem insuficientes, escolhe-se a posição que mostre a 
maior dimensão do objeto e possibilite o menor número de linhas invisíveis nas outras 
vistas. 
Obtidas as vistas, os contornos e arestas visíveis são desenhados com linha grossa 
contínua. As arestas e contornos que não podem ser vistos da posição ocupada pelo 
observador, por estarem ocultos pelas partes que lhe ficam a frente, são representados 
por linha média tracejada (linha invisível). 
Escolha das vistas... 
Nem sempre será necessário fazer seis vistas para representar qualquer objeto. Porém, 
quaisquer que sejam as vistas utilizadas, as suas posições relativas obedecerão às 
disposições definidas pelas vistas principais. Na maioria dos casos, o conjunto formado 
pelas vistas de frente, vista superior e uma das vistas laterais é suficiente para 
representar, com perfeição, o objeto desenhado. 
No 1º diedro é mais difundido o uso da vista lateral esquerda, resultando no conjunto 
preferencial composto pelas vistas de frente, superior e lateral esquerda, que também 
são chamadas, respectivamente, de elevação, planta e perfil. 
Não importa o número de vistas utilizadas, o que importa é que o desenho fique claro e 
objetivo. 
O desenho de qualquer peça, em hipótese alguma, pode dar margem a dupla 
interpretação. 
 
29 
 
Projeções ortogonais no 1º diedro 
 
 
Projeções ortogonais no 3º diedro 
 
30 
 
 
Exercícios resolvidos: 
 
 
Exercícios propostos: 
Dadas as perspectivas faça o esboço das três vistas que melhor representam as peças. 
Para desenvolver a visão espacial todo o esforço deve ser concentrado na automação do 
raciocínio para os rebatimentos convencionados do 1º diedro. A automação do 
raciocínio para os rebatimentos significa que, quando se olha para um conjunto de vistas 
deve-se, automaticamente, estar associando (enxergando) a peça, ou as superfícies que a 
compõem, em suas diferentes posições. 
 
31 
 
Na maioria das vezes não se consegue enxergar todos os detalhes da peça, mas é 
possível analisar individualmente cada superfície, e entender suas posições espaciais em 
cada vista. 
Visando ajudar o desenvolvimento da visão espacial, os exercícios propostos devem ser 
resolvidos seguindo a seguinte metodologia: 
1. Considerando a direção indicada, olhando para a perspectiva, faça o desenho 
da vista de frente; 
2. Não se esqueça que o desenho da vista de frente, apesar de ser bidimensional, 
representa uma peça tridimensional e existe uma terceira dimensão que está 
escondida pelas projeções ortogonais; 
3. Olhando para a vista de frente, mas com o sentimento da forma espacial da 
peça, sem olhar para as perspectivas, faça a vista superior. 
4. Confira as duas vistas com a perspectiva dada; e 
5. Também sem olhar para a perspectiva, a partir da vista de frente, desenhe a 
vista lateral mais conveniente. 
 
 
Tome como vistas de frente as direções indicadas e, analisando cuidadosamente os 
rebatimentos, faça o esboço das seis vistas principais de cada peça dada abaixo: 
 
32 
 
13. Comparações entre as Projeções do 1° e do 3° Diedros 
Visando facilitar o estudo e o entendimento dos dois sistemas de projeções ortogonais, 
normalizados como linguagem gráfica para o desenho técnico,serão realçadas as 
diferenças e as coincidências existentes entre o 1º e o 3º diedros a seguir. 
1. Quanto à vista de frente: 
Tanto no 1° como no 3° diedro, deve-se escolher como frente o lado que melhor 
representa a forma da peça, respeitando sua posição de trabalho ou de equilíbrio. 
2. Quanto às posições relativas das vistas: 
A figura abaixo mostra as vistas principais do 1° e do 3° diedros. Para facilitar a 
comparação, nos dois casos, a vista de frente corresponde ao mesmo lado do 
objeto. Como é mantida a mesma frente, conseqüentemente, todas as outras 
vistas são iguais, modificando somente as suas posições relativas. 
 
 
 
 
33 
 
 
Observem que no 1º diedro, olha-se a peça por um lado e desenha-se o que se está 
vendo do outro lado, enquanto no terceiro diedro, o que se está vendo é desenhado no 
próprio lado donde se está olhando a peça. 
 
14. Vistas auxiliares 
Devido à utilização de projeções ortogonais, em nenhuma das vistas principais as 
superfícies inclinadas aparecem representadas em suas verdadeiras grandezas. A figura 
abaixo mostra três vistas de um objeto com superfície inclinada, observe que em 
nenhuma das três vistas aparece, em verdadeira grandeza, a forma da parte inclinada do 
objeto. 
 
34 
 
A representação da forma e da verdadeira grandeza de uma superfície inclinada só será 
possível fazendo a sua projeção ortogonal em um plano paralelo à parte inclinada. Ou 
seja, faz-se o tombamento da peça perpendicularmente à superfície inclinada, como 
mostrado abaixo: 
 
O rebatimento mostrado na Figura 7.2 é resultante da projeção ortogonal em um plano 
auxiliar paralelo à face inclinada do objeto e perpendicular ao plano que recebeu a 
projeção da vista de frente. A projeção feita no plano auxiliar é chamada de vista 
auxiliar. 
As vistas auxiliares são empregadas para mostrar as formas verdadeiras das superfícies 
inclinadas contidas nos objetos representados. 
Como o desenho técnico tem como objetivo representar com clareza as formas espaciais 
dos objetos, não tem sentido prático desenhar as partes das vistas que aparecem com 
dimensões fora das suas verdadeiras grandezas. Desta forma, a ABNT recomenda a 
utilização de vistas parciais, limitadas por linhas derupturas, que representam somente 
as partes que aparecem as formas verdadeiras dos objetos, conforme mostrado mais 
abaixo. 
As vistas auxiliares, como são localizadas em posições diferentes das posições 
resultantes das vistas principais, devem ter o sentido de observação indicado por uma 
seta designada por uma letra, que será usada para identificar a vista resultante daquela 
direção. 
35 
 
 
As vistas auxiliares, além de representar a forma do objeto com maior clareza, permitem 
que as cotas sejam referenciadas às verdadeiras grandezas das dimensões cotadas: 
 
15. Representação de detalhes repetitivos 
Os detalhes ou elementos que aparecem repetidamente nos objetos podem ser 
representados de forma simplificada, conforme mostrado na figura abaixo. A quantidade 
e a especificação dos detalhes ou elementos repetidos são feitas na cotagem ou por 
anotações específicas. 
36 
 
 
Exercícios resolvidos 
 
 
37 
NOTA DE AULA 
No. 06 
 
UNIDADE 3 
Desenho com instrumentos 
 
AULA 
Perspectivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA 
 
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16. Perspectiva cilíndrica ortogonal 
Perspectiva é o desenho que mostra os objetos da maneira como eles são vistos, na 
realidade. 
A rigor, a visualização esta não se consegue, porque este desenho é feito com um ponto 
de vista e lançado sobre uma superfície plana, enquanto que a imagem real é binocular e 
obtida numa superfície curva do olho. 
Nesse contexto, perspectiva passa ser, então, representar objetos sobre uma superfície 
plana, chamada quadro. A técnica da perspectiva fundamenta-se em procedimentos tais, 
que a imagem final se aproxima o mais possível da realidade e a sua obtenção se faz 
coerentemente com os sistemas usuais de projeção. 
O sistema de projeção usado até agora foi o cilíndrico ortogonal e o princípio que 
norteia o estudo da perspectiva neste sistema baseia-se na projeção do objeto sob 
diversas inclinações. 
17. Processo do sólido envolvente 
Dadas as vistas principais de um objeto, parte-se de um ponto que representa o vértice 
frontal do sólido envolvente e traçam-se os três eixos, que farão entre si ângulos de 
120º. 
Em seguida, constrói-se o paralelepípedo com as maiores dimensões de comprimento, 
largura e altura, segundo a visibilidade desejada para os três planos. 
Analisando as vistas ortográficas, fazem-se cortes no sólido envolvente de acordo com 
as formas e dimensões dadas nas referidas vistas, adaptando, separadamente, cada vista 
no seu plano, até que se tenha o objeto desejado. 
Exercício proposto: 
 
A partir das seguintes vistas, desenhe isometricamente os objetos utilizando escala 1:1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
NOTA DE AULA 
No. 07 
 
UNIDADE 3 
Desenho com instrumentos 
 
AULA 
Cotagem e cortes 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Wendley Souza 
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DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA 
 
41 
 
18. Cotagem 
Geralmente, por ocasião da fabricação é necessário fornecer ao operário a forma e as 
dimensões do objeto a ser fabricado. Estes dados, imprescindíveis à execução, servirão 
também para a verificação da obra, através do chamado controle de qualidade. 
As dimensões mostradas no D.T. recebem o nome de cota e a técnica de lançá-las é 
chamada de cotagem ou dimensionamento. As cotas são colocadas dentro ou fora dos 
desenhos, com a máxima de clareza. A linha de cota é fina e traçada sempre paralela à 
dimensão representada. 
 
 
É importante ressaltarmos ainda que as cotas horizontais são registradas da esquerda 
para a direita; as verticais, de baixo para cima e as inclinadas, de modo a facilitar a 
leitura. 
Algumas regras básicas de cotagem (tópicos) 
1. Cotas menores devem ficar no interior das maiores 
2. As cotas são expressas em mm, sem a necessidade da apresentação da 
unidade. Caso queiramos inserir uma cota em outra unidade, devemos tornar o 
símbolo da unidade explícito 
3. Linhas de centro de circunferências podem ser usadas como linhas de 
extensão, mas nunca como linhas de cota 
4. Temos 5 formas de expressar cotas em circunferências (sempre referenciando-
se o diâmetro) 
42 
 
5. Arcos de circunferências são cotados pelo raio, com única seta (sempre com 
centro indicado) 
6. Existem 3 formas de cotagem em chanfros 
7. Cotagem de ângulo 
8. Cotagem de raios cujo centro estão fora do desenho 
9. Sinais ø ∆ □ 
Verificando o entendimento 
1º) 
 
Analise o desenho anterior e determine as dimensões básicas: 
a) comprimento da peça? 
b) largura da peça? 
c) altura da peça? 
Resposta: 
Para obter a cota do comprimento, você deve ter somado: 52 +12 + 12 = 76. Para obter 
a cota da largura, você deve ter somado: 12 + 12 = 24. E, finalmente, para obter a cota 
da altura da peça você deve ter somado: 20 + 15 = 35. 
 
 
 
43 
 
2º) 
 
 
Escreva as cotas pedidas do objeto anterior: 
a) comprimento, altura e espessura da peça? 
b) diâmetro dos furos? 
c) cotas indicadas a partir da face de referência A: ....., ......, ....., ......? 
d) cotas indicadas a partir da face de referência B: ....., ....., ....., .....? 
e) cotas de localização do recorte? 
Respostas: 
a) 65 mm, 30 mm e 5 mm 
b) 6 mm 
c) 10 mm, 25 mm, 40 mm, 50 mm 
d) 10mm, 15 mm, 20 mm; 
e) 50 mm e 15 mm 
44 
 
19. Cortes 
Nem sempre objetos representados por vistas ortográficas são facilmente interpretados 
(geralmente devido a detalhes internos). 
Quando estes detalhes são importantes para a fabricação, é conveniente que se tornem 
visíveis. 
Para tanto, usa-se a técnica do corte, que é a representação, onde uma das partes do 
objeto é supostamente cortada e removida. 
 
Hachuras 
A finalidade das hachuras é indicar as partes maciças, evidenciando as áreas de corte. 
São constituídas de linhas finas, eqüidistantes e traçadas a 45° em relação aos contornos 
ou aos eixos de simetria da peça, conforme mostra a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
45 
 
Quando a área a ser hachurada for muito grande pode-se colocar as hachuras 
acompanhando os contornos da peça. 
 
Havendo necessidade de fazer qualquer inscrição na área hachurada, devem-se 
interromper as hachuras para deixar bem nítida a inscrição feita, como mostra a figura. 
 
Convenções complementares 
Existem normas específicas que permitem a utilização das hachuras para indicar o tipo 
do material da peça. A figura abaixo mostra algumas hachuras convencionadas para 
representar o tipo de material utilizado na construção da peça. 
 
Tipos de cortes 
- Pleno ou total 
- Meio-corte 
- Parcial 
Eixos, parafusos, nervuras, porcas, rebites, arruelas, polias etc., não devem ser 
hachurados, mesmo quando situados na linha de corte. 
46 
 
Exercícios resolvidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
NOTA DE AULA 
No. 08 
 
UNIDADE 4 
CAD 
 
AULA 
Comandos I 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA 
 
48 
 
20. Introdução 
Sendo o AutoCAD um programa com grande número de comandos e opções, e 
considerando sua interface não muito amigável, além destas notas de aula, é altamente 
recomendável que prestem bastante atenção na explicações que com certeza muitos 
"truques" e dicas farão diferença na produtividade e na qualidade de seus serviços. 
Alguns conceitos básicos 
CAD - A sigla CAD vem do inglês "Computer Aidded Design" que significa 
Desenho Assistido por Computador. Na verdade são programas (softwares) para 
computador específico para geração de desnhos e projetos. 
CAE – “Computer Aidded Enginner” – Esse por seguinte é uma etapa que 
realiza em “protótipos”, exercer em desenhos virtuais as cargas e esforços cuja 
tal peça vai sofrer em seu o trabalho ou sua utilização. 
CAM - A sigla CAM também vem do inglês "Computer Aidded Manufacturing" 
que significa Fabricação Assistida por Computador. Esse um passo posterior ao 
CAD, (na Mecânica) se caracteriza pela geração de códigos específicos 
interpretáveis por máquinas operatrizes utilizadas na fabricação de peças. 
GIS – (Geografic Information Sistem” Sistema de geoprocessamento – Sistema 
para processar e gerar imagens cartográficas, mapeamento e elaboração de bases 
cartográficas e bancos de dados. 
AutoCAD - O AutoCAD é um programa (software), que se enquadra no 
conceito de tecnologia CAD é utilizado mundialmente para a criação de projetos 
em computador. Na verdade, AutoCAD é o nome de um produto, assim como 
Windows, Office (Word, Excel,...), etc. Existem outros softwares de CAD como 
MicroStation, VectorWorks, IntelligentCad; para modelamento tridimensional e 
paramétricos como Catia, Pro Engineer, Solid Works, Solid Edges, etc. 
Autodesk - Autodesk é o nome da empresa que desenvolve e comercializa o 
AutoCAD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
21. Tela de abertura 
Tela principal do aplicativo. Durante alguns poucos segundos, a depender da velocidade 
de processamento e memória disponível na máquina em uso, o AutoCAD carregará os 
módulos de inicialização. Finalizada esta etapa, encontramos: 
 
Logo que o AutoCAD conclui o processo de inicialização, este fica disponível para as 
entradas de comandos via teclado ou desenhos por meio do mouse. 
Antes de prosseguirmos aos comandos iniciais, é interessante observarmos que após a 
digitação de um comando, é imprescindível que a tecla <ENTER> seja pressionada, 
para efetivação. 
22. Comandos iniciais 
Line 
Acesso por menu: Draw > Line 
Via teclado: Line ou, no modo abreviado, L 
Dado o comando, independente do modo, aparece na área de comandos “Specify first 
point” (em Inglês, “Especifique primeiro ponto”). Este ponto pode ser definido de 
várias formas: podemos simplesmente clicar com o botão esquerdo do mouse na área 
gráfica, ou ainda, digitar a coordenada referente ao ponto exato onde queremos iniciar a 
linha. 
Após especificarmos o primeiro ponto, é solicitado o próximo ponto (“Specify next 
point”), que pode ser definido igualmente ao primeiro. E assim o programa continua 
solicitando o próximo ponto, até que pressionemos a tecla <ENTER> para finalizar a 
operação. 
50 
 
Uma utilidade muito importante é o ORTO, que serve para desenharmos com ângulos 
de 90° e seus derivados. A tecla F8 faz ativar / desativar o ORTO. 
Caso eu queira selecionar um objeto, podemos pulsar um clique diretamente sobre ele, 
ou ainda usar as opções de quadro de seleção. Quando eu seleciono, da esquerda para a 
direita, a área de seleção tem que passar por todo o objeto para selecioná-lo 
efetivamente, ao passo que fazendo o processo da direita para a esquerda, basta que a 
área de seleção “toque” em alguma parte do objeto para que o todo seja selecionado. 
Caso queira cancelar algum comando, não importante quantos passos tenham sido 
processados, basta pressionar a tecla <ESC>. 
Circle 
Acesso por menu: Draw > Circle 
Via teclado: Circle ou, no modo abreviado, C 
Inicialmente acionado o comando, pede-se um ponto que é o centro do circulo, que pode 
ser aleatório ou um centro determinado. Agora é somente digitar o valor do raio do 
nosso circulo. 
Opções de circle: 
3P – Desenha círculo através de 3 pontos 
2P – Desenha círculo através de 2 pontos 
TTR – Desenha círculo tangente a dois objetos selecionados e a especificação do 
raio. 
Offset 
Acesso por menu: Modify > Offset 
Via teclado: Offset ou, no modo abreviado, O 
Uma tradução livre para este comando seria “eqüidistância”, ou seja, permite que eu 
faça um objeto similar a um outro, especificando apenas a distância de um ao outro. 
Uma vez escolhido a ferramenta, nos é solicitado para digitarmos a distância desejada; 
em seguida, especificamos o objeto que queremos uma cópia eqüidistante. Finalmente, 
nos é solicitado que cliquemos em qual lado do objeto (ou interna ou externamente, no 
caso de objetos fechados) para que possa ser criada a cópia. 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
Com estes três comandos já podemos criar vários desenhos, desta forma, tentemos criar 
o simples desenho abaixo: 
 
A fim de facilitar, por exemplo, a construção de uma linha que cruze exatamente o 
centro, é interessante fazermos uso da ‘paleta’ “Object snap” (clique com botão direito 
em qualquer espaço da barra de ferramentas, e selecione “Object snap”): 
 
 
Esta paleta nos permite desenhar com referências. Devemos explorá-la para que 
saibamos utilizá-la com destreza. 
Extend 
Acesso por menu: Modify > Extend 
Via teclado: Extend ou, no modo abreviado, Ex 
Em poucas palavras, podemos dizer que este comando permite extender uma linha até o 
encontro de um objeto por nós especificado. 
Rectangle 
Acesso por menu: Draw > Rectangle 
Via teclado: Rectangle ou, no modo abreviado, Rec 
52 
 
Inicialmente o comando pede um ponto, que pode ser aleatório ou um ponto 
determinado. A partir desse ponto podemos gerar um retângulo por uma diagonal 
imaginária, onde podemos clicar um ponto para gerar um retângulo aleatório ou inseriruma coordenada. 
Opções de Rectangle: 
CHAMFER – Opção de chanfrar todos os cantos do retângulo com medidas 
definidas 
ELEVATION – Opção de criação de retângulo elevado a uma medida ao plano 0 
(zero) 3D 
FILLET – Opção de arredondar todos os cantos definindo um raio 
THIKENESS – Opção especifica uma “extrusão” do retângulo em 3D 
WIDTH – Opção de definir espessuras de linhas de seu retângulo 
Arc 
Acesso por menu: Draw > Arc 
Via teclado: Arc ou, no modo abreviado, A 
Resumidamente, este comando permite desenhar arcos, a partir de 3 pontos ou do 
centro. 
 
Hatch 
Acesso por menu: Draw > Hatch 
Via teclado: Hatch ou, no modo abreviado, H 
Permite criar hachuras (sombreados) nas figuras. No modo “user defined” posso 
especificar o tipo de hachura, o ângulo de sua inclinação e o espaçamento entre as linhas 
de hachuras. 
 
 
 
 
53 
 
 
Principais opções do Comando: 
Pattern - determina o padrão de hachura a ser utilizado. 
Pattern Properties – define parâmetros de aplicação da hachura escolhida 
Scale – permite a correção da escala do padrão de hachura. 
Angle – controla o ângulo de aplicação da hachura em relação ao eixo X da 
UCS atual. 
Spacing – controla o espaçamento das linhas paralelas que compõem a 
hachura, disponível se USER DEFINED estiver selecionada no quadro 
PATTERN TYPE. 
Double – quando assinalado o hachuramento é duplo e cruzado, disponível se 
USER DEFINED estiver selecionada no quadro PATTERN TYPE. 
Pick Points – delimita a área a ser hachurada. 
Select Objects – a área a ser hachurada é determinada por seleção 
convencional de entidades. 
Obs.: a partir do AutoCad 2004 foi inserido tipos de hachuras com gradientes, muito 
usado para arquitetura, como por exemplo para um efeito de reflexão de uma vidraça. 
 
 
 
 
 
 
54 
 
Ellipse 
Acesso por menu: Draw > Ellipse 
Via teclado: Ellipse ou EL 
Podemos desenhar elipses com o uso de 3 pontos (a partir do eixo) e com o uso de 2 
pontos (a partir do centro): 
 
Explorando as opções do comando, verificamos que podemos desenhar também arcos 
de elipses: 
 
Outra opção muito útil é desenharmos elipses isométricas (que são circunferências 
vistas em planos isométricos). Para tanto devemos fazer: botão direito sobre SNAP – 
Settings – Selecione a opção “Isometric Snap”. Já configurado dessa forma o cursor se 
transforma em um formato isométrico, a partir daí podemos trocar os planos 
ISOPLANE TOP, ISOPLANE LEFT, ISOPLANE RIGHT pressionando a tecla F5. 
Agora acionando o comando Ellipse podemos perceber que existe uma nova opção que 
é o ISOCICLE. 
Trim 
Acesso por menu: Modify > Trim 
Via teclado: Trim ou TR 
1 – Inicialmente é pedido para Selecionarmos o objeto a ser usado como linha de corte 
ou limite, que deverá obrigatoriamente ter uma intersecção ou estar cruzando o que irá 
ser cortado, clicamos <ENTER> a continuar. 
2 – A partir da escolha de nossa linha de corte, selecionamos o que queremos recortar. 
<ENTER> para finalizar. 
 
 
 
Fillet 
Acesso por menu: Modify > Fillet
Via teclado: Fillet ou F 
Realiza arredondamentos em vértices.
 
Chamfer 
Acesso por menu: Modify > Fillet
Via teclado: Fillet ou F 
Aplica chanfros em vértices. 
Move 
Acesso por menu: Modify > Move
Via teclado: Move ou M 
Permite mover objetos. 
 
 
Modify > Fillet 
Realiza arredondamentos em vértices. 
 
Acesso por menu: Modify > Fillet 
 
Acesso por menu: Modify > Move 
55 
56 
 
Inicialmente, nos é solicitado selecionar o objeto, em seguida, especificamos um ponto 
de arrasto, e por fim, definimos o ponto destino: 
 
Copy 
Acesso por menu: Modify > Copy 
Via teclado: Copy ou CO ou CP 
Semelhante ao ‘move’, mas possui o diferencial de criar uma réplica no ponto destino 
(sem apagar o objeto original). 
Mirror 
Acesso por menu: Modify > Mirror 
Via teclado: Mirror ou MI 
Com este comando, temos a possibilidade de espelhar desenhos. Inicialmente, nos é 
solicitada a seleção do objeto, em seguida, devemos especificar a mediana do nosso 
objeto, um ponto de parada (local onde será feita a cópia espelhada), e por fim, devemos 
informar se desejamos apagar, ou não, a imagem original. Abaixo temos algumas 
figuras para fixação. 
 
 
 
 
 
57 
 
Dimension 
Acesso: Menu Dimension 
Com este menu/paleta, temos a oportunidade de inserir as cotagens em um desenho, de 
forma que posso optar por dimensões lineares, radiais, bem como escolher o tamanho da 
fonte a ser utilizada etc. 
portanto, pratiquemos: 
Exercício proposto: 
 
 
 
 
58 
 
 
NOTA DE AULA 
No. 09 
 
UNIDADE 4 
CAD 
 
AULA 
Comandos II 
 
 
 
 
 
 
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SOBRAL 
DESENHO TECNICO PARA ENGENHARIA 
 
59 
 
 
 
23. Sistemas de coordenadas 
O AutoCAD não faz uso somente de um tipo de coordenada e sim de um sistema, em 
que dependendo do comando utilizado e dos dados passados ao programa, as devidas 
coordenadas vão automaticamente sendo selecionadas. 
Quando precisamos construir um desenho com dimensões exatas no AutoCAD, 
necessitamos orientar esta construção fornecendo dados de sentido e valores pelo mouse 
ou digitado através do teclado. É o que chamamos de entradas de coordenadas. 
 
 
WCS (World Coordinate System): indica posição nos eixos x,y e z. 
UCS (User Coordinate System): definido pelo usuário. 
Coordenadas cartesianas: 
Semelhante ao plano cartesiano matemático possui os eixos x e y, com o diferencial de 
também possuir o z, para uso em terceira dimensão. 
Caso não especifiquemos valores para o eixo z, será considerado apenas x e y. 
Obs.: a vírgula separa números, ao passo que os pontos separam números quebrados. 
60 
 
 
 
Coordenadas polares: 
Os ângulos aumentam no sentido anti-horário (fazemos uso do símbolo “<” para indicar 
o ângulo.) 
Coordenadas absolutas: 
Sempre referentes à origem do sistema de coordenadas (0,0) 
 
 
 
Coordenadas relativas: 
Sempre referente ao último ponto. São precedidas por “@”.

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