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CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA DE ANATOMIA DESCRITIVA E TOPOGRÁFICA ANATOMIA DESCRITIVA I ROTEIRO PRÁTICO DE ANATOMIA Professor Dr. Marco Antonio de Angelis 2015 ANATOMIA HUMANA A anatomia é a ciência que estuda a estrutura de nosso corpo. É dividida em Anatomia Sistêmica (estuda o corpo em uma série de sistemas de órgãos, tais como, ósseo, articular, circulatório, etc.); Anatomia Regional (estuda as regiões do corpo como tórax, abdome, coxa, braço) e Anatomia Clínica (que enfatiza aspectos da estrutura e da função do corpo que são importantes no exercício das áreas relacionadas à saúde). POSIÇÃO ANATÔMICA As descrições anatômicas tendem a relacionar a estrutura com a posição anatômica, padronizando e facilitando o seu entendimento. O indivíduo em posição anatômica: Está em pé (posição ereta ou ortostática); Com a cabeça voltada anteriormente e o olhar na linha do horizonte; Tem os membros superiores pendentes ao longo do tronco, com as palmas das mãos voltadas anteriormente; Tem os membros inferiores justapostos, com os dedos dos pés direcionados anteriormente. TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO Descrevem as relações das partes do nosso corpo em posição anatômica. Anterior ou ventral: voltado ou mais próximo da fronte; Posterior ou dorsal: voltado ou mais próximo do dorso; Superior ou cranial: voltado ou mais próximo da cabeça; Inferior ou podálico: voltado ou mais próximo do pé; Medial: mais próximo do plano mediano; Lateral: mais próximo do plano mediano; Intermédio: entre uma estrutura lateral e outra medial; Proximal: mais próximo do tronco ou do ponto de origem do membro; Distal: mais distante do tronco ou do ponto de origem do membro; Médio: entre uma estrutura proximal e outra distal; Superficial: mais próximo da superfície; Profundo: mais distante da superfície; Interno: no interior de um órgão ou de uma cavidade; Externo: externamente a um órgão ou a uma cavidade; Ipsilateral: do mesmo lado; Contralateral: do lado oposto. TERMINOLOGIA USADA NA OSTEOLOGIA Linha – margem óssea suave; Crista – margem óssea proeminente; Tubérculo – pequena saliência arredondada; Tuberosidade – média saliência arredondada; Trocanter – grande saliência arredondada; Maléolo – saliência óssea semelhante à cabeça de um martelo; Espinha – projeção óssea afilada; Processo – projeção óssea; Ramo – processo alongado; Faceta – superfície articular lisa e tendendo a plana; Fissura – abertura óssea em forma de fenda; Forame – abertura óssea arredondada; Fossa – pequena depressão óssea; Cavidade – grande depressão óssea; Sulco – depressão óssea estreita e alongada; Meato – canal ósseo; Côndilo – proeminência elíptica que se articula com outro osso; Epicôndilo – pequena proeminência óssea situada acima do côndilo; Cabeça – extremidade arredondada de um osso longo, geralmente separada do corpo do osso através de uma região estreitada denominada colo. OSSOS DA CABEÇA, PESCOÇO E TRONCO CRÂNIO NEUROCRÂNIO Calvária Lâmina externa Díploe Lâmina interna Sulcos arteriais (ramos das artérias meníngeas médias) Sulco do seio sagital superior Cavidade do crânio OSSOS Frontal (1) Occipital (1) Esfenoide (1) Etmoide (1) Parietal (2) Temporal (2) Fossa temporal SEIOS PARANASAIS Seio frontal Seio maxilar Seio esfenoidal Células etmoidais BASE INTERNA DO CRÂNIO FOSSA ANTERIOR DO CRÂNIO Crista etmoidal Lâmina cribriforme do etmoide Parte orbital do frontal FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO Osso esfenoide Canal óptico Fissura orbital superior Processo clinoide anterior Sela turca Fossa hipofisial Forame redondo Forame oval Forame espinhoso Osso temporal Abertura interna do canal carótico FOSSA POSTERIOR DO CRÂNIO Osso temporal Meato acústico interno Forame jugular Osso occipital Parte basilar Forame magno Canal do nervo hipoglosso Protuberância occipital interna Fossa cerebelar BASE EXTERNA DO CRÂNIO Palato ósseo (processo palatino da maxila + lâmina horizontal do osso palatino) Lâmina perpendicular do osso palatino Fossa incisiva Forame palatino maior Espinha nasal posterior Osso esfenoide Asa maior Processo pterigoide Lâmina lateral Fossa pterigóidea Lâmina medial Forame oval Forame espinhoso Osso temporal Parte petrosa Processo mastoide Processo estiloide Forame estilomastóideo Abertura externa do canal carótico Fossa jugular Parte timpânica Meato acústico externo Parte escamosa Processo zigomático Fossa mandibular Forame jugular Osso occipital Forame magno Parte basilar Côndilo occipital Canal do nervo hipoglosso Protuberância occipital externa VISCEROCRÂNIO OSSOS Nasal (2) Lacrimal (2) Zigomático (2) Maxila (2) Concha nasal inferior (2) Palatino (2) Vômer (1) Mandíbula (1) Zigomático Processo frontal Processo temporal Maxila Forame infraorbital Processo alveolar Alvéolos dentais Espinha nasal anterior Processo zigomático Processo palatino Mandíbula Corpo da mandíbula Protuberância mentual Forame mentual Parte alveolar Alvéolos dentais Ramo da mandíbula Ângulo da mandíbula Forame da mandíbula Processo coronoide Incisura da mandíbula Processo condilar REGIÕES COMUNS AO NEUROCRÂNIO E VISCEROCRÂNIO Órbita Margem supraorbital Margem infraorbital Canal lacrimonasal Cavidade nasal óssea Septo nasal ósseo (lâmina perpendicular do etmoide + vômer) Abertura piriforme Conchas nasais superiores e médias do etmoide Conchas nasais inferiores Arco zigomático = processo zigomático do temporal + processo temporal do zigomático OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO Martelo, Bigorna e Estribo. COLUNA VERTEBRAL Canal vertebral Forames intervertebrais CARACTERÍSTICAS DE UMA VÉRTEBRA TÍPICA Corpo vertebral Forame vertebral Arco vertebral Pedículo do arco vertebral Lâmina do arco vertebral Processo espinhoso Processo transverso (processo costiforme nas vértebras lombares) Processo articular superior Processo articular inferior VÉRTEBRAS CERVICAIS (C I – C VII) Forame transversário ATLAS (C I) Face articular superior Face articular inferior Arco anterior do atlas Fóvea do dente Tubérculo anterior Arco posterior do atlas Tubérculo posterior ÁXIS (C II) Dente do áxis VÉRTEBRA PROEMINENTE (C VII) VÉRTEBRAS TORÁCICAS (T I – T XII) Fóvea costal superior Fóvea costal inferior Fóvea costal do processo transverso VÉRTEBRAS LOMBARES (L I – L V) SACRO (S I – S V) Base do sacro Promontório Asa do sacro Processo articular superior Parte lateral Face auricular Tuberosidade sacral Face pélvica Forames sacrais anteriores Face dorsal Crista sacral mediana Forames sacrais posteriores Canal sacral Hiato sacral CÓCCIX (CO I – CO IV) ESQUELETO DO TÓRAX (EXCETO VÉRTEBRAS E SUAS ARTICULAÇÕES) COSTELAS (I-XII) Costelas verdadeiras (I-VII) Costelas falsas (VIII-X) Costelas flutuantes (XI-XII) Cartilagem costal Cabeça da costela Colo da costela Corpo da costela Tubérculo da costela Ângulo da costela Sulco da costela ESTERNOManúbrio do esterno Incisura clavicular Incisura jugular Ângulo do esterno Corpo do esterno Processo xifoide CAIXA TORÁCICA Cavidade torácica Abertura superior do tórax Abertura inferior do tórax Arco costal Espaço intercostal Ângulo infraesternal OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR OSSOS DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR E DO BRAÇO ESCÁPULA Margens medial, lateral e superior Ângulos inferior e superior Fossa subescapular Espinha da escápula Fossa supraespinal Fossa infraespinal Acrômio Cavidade glenoidal Processo coracoide CLAVÍCULA Extremidade esternal Corpo da clavícula Extremidade acromial Tubérculo conoide ÚMERO Cabeça do úmero Colo anatômico Colo cirúrgico Tubérculo maior Tubérculo menor Sulco intertubercular Corpo do úmero Tuberosidade para o músculo deltoide Côndilo do úmero Tróclea do úmero Capítulo do úmero Fossa do olécrano Fossa coronóidea Epicôndilo medial Sulco do nervo ulnar Epicôndilo lateral OSSOS DO ANTEBRAÇO RÁDIO Cabeça do rádio Circunferência articular Colo do rádio Corpo do rádio Tuberosidade do rádio Processo estiloide do rádio Tubérculo dorsal Incisura ulnar Face articular carpal ULNA Olécrano Incisura troclear Processo coronoide Tuberosidade da ulna Incisura radial Corpo da ulna Cabeça da ulna Processo estiloide da ulna OSSOS DA MÃO OSSOS CARPAIS Fileira proximal: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme Fileira distal: trapézio, trapezoide, capitato e hamato (hâmulo do hamato) OSSOS METACARPAIS (I-V) Base Corpo Cabeça FALANGES Falanges proximal, média e distal OSSOS DO MEMBRO INFERIOR OSSOS DO CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR E DA COXA OSSO DO QUADRIL Acetábulo Fossa do acetábulo Incisura do acetábulo Face semilunar Forame obturado Ramo isquiopúbico Incisura isquiática maior Ílio Asa do ílio Linha arqueada Crista ilíaca Tubérculo ilíaco Espinha ilíaca anterossuperior Espinha ilíaca anteroinferior Espinha ilíaca posterossuperior Espinha ilíaca posteroinferior Fossa ilíaca Face glútea Face auricular Tuberosidade ilíaca Ísquio Corpo do ísquio Ramo do ísquio Túber isquiático Espinha isquiática Incisura isquiática menor Púbis Corpo do púbis Tubérculo púbico Face sinfisial Ramo superior do púbis Eminência iliopúbica Linha pectínea do púbis Ramo inferior do púbis PELVE ÓSSEA (OSSOS DO QUADRIL + SACRO + CÓCCIX) Abertura superior da pelve Abertura inferior da pelve Ângulo subpúbico Cavidade pélvica FÊMUR Cabeça do Fêmur Fóvea da cabeça do fêmur Colo do fêmur Trocanter maior Trocanter menor Crista intertrocantérica Corpo do Fêmur Tuberosidade glútea Linha áspera Face poplítea Côndilo medial Epicôndilo medial Côndilo lateral Epicôndilo lateral Face patelar Fossa intercondilar OSSOS DO JOELHO E DA PERNA PATELA Base da patela Ápice da patela Face articular TÍBIA Face articular superior Côndilo medial Côndilo lateral Eminência intercondilar Tubérculos intercondilares lateral e medial Corpo da tíbia Tuberosidade da tíbia Margem anterior Maléolo medial Incisura fibular FÍBULA Cabeça da fíbula Ápice da cabeça da fíbula Colo da fíbula Corpo da fíbula Maléolo lateral Face articular do maléolo lateral OSSOS DO PÉ OSSOS TARSAIS Tálus Cabeça do tálus Colo do tálus Corpo do tálus Tróclea do tálus Calcâneo Tuberosidade do calcâneo Processos medial e lateral Sustentáculo do tálus Navicular Cuneiformes medial, intermédio e lateral Cuboide OSSOS METATARSAIS (I-V) Base Corpo Cabeça FALANGES Falanges proximal, média e distal. Cabeça, corpo e base ARTICULAÇÕES (=JUNTURAS) Prof. Amâncio Ramalho Júnior Articulação, s.f. - denominação que se dá aos modos de união dos ossos entre si; união entre peças de um aparelho ou máquina. Juntura, s.f. - O mesmo que junção; junta; articulação; união. O sentido da palavra articulação sugere movimento entre duas peças, porém, isso nem sempre é verdade. Assim, devemos ressaltar o significado correto da palavra, que é "união", sem pressupor que possam ocorrer deslocamentos entre os elementos relacionados. Em anatomia, articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto. Vários são os tipos existentes e diferenciam-se pelo tipo de movimento que ocorre, ou não, entre os ossos unidos. O desenvolvimento das articulações dá-se ainda no período embrionário, quando o mesoderma organiza-se em núcleos contínuos em forma de eixos ou colunas. A partir desse momento surgem os primeiros indícios dos ossos e articulações pela condensação do mesoderma em determinados locais e formas. Esse mesoderma condrificará e posteriormente se ossificará, dando origem aos ossos. As porções não condensadas de mesoderma indiferenciado ali interpostas podem se desenvolver em três direções dando origem a: tecidos fibrosos que não permitem movimentos, como no caso dos ossos do crânio; tecidos cartilagíneos como por exemplo na união entre os ossos púbicos, que permitem movimentos parciais e finalmente, pode também ocorrer a diferenciação em tecido frouxo com a formação de uma cavidade entre as partes, o que resultará em uma articulação com movimentos amplos. Os tecidos circunjacentes aos núcleos mesodérmicos darão origem ao periósteo e pericôndrio e a extensão destes por sobre as extremidades desses núcleos irá formar as cápsulas articulares. A espessura dessas cápsulas não é uniforme, e os espessamentos que nela ocorrem são os elementos de reforço denominadas ligamentos. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES As articulações ou junturas são classificadas de acordo com sua estrutura, amplitude de movimento e também segundo os eixos em torno dos quais esses ocorrem. Assim, as articulações imóveis ou sinartroses, denominadas junturas fibrosas são aquelas onde o contato entre os ossos é quase direto, com interposição de fina camada de tecido conjuntivo e onde o movimento é quase inexistente. As junturas fibrosas podem ser de três tipos: sindesmose, sutura e gonfose. Sindesmose é a articulação na qual dois ossos são unidos por fortes ligamentos interósseos e não há superfície cartilaginosa na área de união. Exemplo: articulação tíbio-fibular distal. Sutura é a articulação onde as margens ósseas são contíguas e separadas por uma delgada camada de tecido fibroso. Esse tipo de articulação só é encontrado no crânio e pode ser de três tipos: Sutura serrátil, quando as margens dos ossos são encaixadas e unidas por uma série de saliências e reentrâncias em forma de serra,como observado entre os ossos parietais; sutura escamosa, formada pela sobreposição de dois ossos contíguos, como entre o temporal e o parietal e sutura plana onde duas superfícies ósseas contiguas se apõem como entre as partes horizontais dos ossos palatinos ou entre os maxilares. Gonfose é a articulação de um processo cônico em uma cavidade e só é observada nas articulações entre as raízes dos dentes e os alvéolos da mandíbula e da maxila. As articulações com pequeno ou limitado grau de movimento, denominadas anfiartroses são as junturas cartilagíneas, onde as uniões entre as superfícies ósseas contíguas são feitas por cartilagem. Os tipos existentes sãoa sínfise e a sincondrose. Sínfise é a união por discos fibrocartilaginosos achatados cuja estrutura pode ser complexa. São observadas entre cada dois corpos vertebrais e entre os dois ossos púbicos. Sincondroses são formas temporárias de articulação, uma vez que na idade adulta a cartilagem é convertida em osso. São encontradas nas extremidades dos ossos longos entre as epífises e metáfises e também entre os ossos esfenóide e occipital, na base do crânio. O tipo de articulação mais frequente no corpo humano são as diartroses ou junturas sinoviais, que possuem movimentos amplos. Nesse tipo de articulação as extremidades ósseas são revestidas por cartilagem hialina e a união é feita por uma cápsula fibrosa revestida internamente pela membrana sinovial que produz o líquido de mesmo nome que nutre e lubrifica a articulação. Espessamentos dessa cápsula, que a reforçam, são os ligamentos extra-articulares. Em algumas articulações, além dos ligamentos extra- articulares, existem também ligamentos intra-articulares, elementos diferenciados, que são revestidas por membrana sinovial e participam dos mecanismos de limitação e orientação dos movimentos, como exemplo podemos citar os ligamentos cruzados do joelho. Nesse tipo de articulação também podem estar presentes discos ou meniscos articulares, estruturas fibrocartilaginosas unidas em sua periferia com a cápsula articular cujas superfícies livres não são revestidas por membrana sinovial; um exemplo desse tipo de articulação é a que existe entre o fêmur e a tíbia no joelho. O tipo de movimento permitido nesse tipo de articulação é o que as classifica, considerando-se principalmente o eixo em torno do qual esse ocorre. Das uniaxiais, onde o movimento se faz em torno de um único eixo temos o tipo gínglimo ou dobradiça onde esse eixo geralmente é transverso e o deslocamento se dá em um único plano. Nessas articulações é frequente a presença de fortes ligamentos colaterais. Exemplo: Interfalângicas e Úmero-ulnar. A Femoro-tibial do joelho é citada por alguns autores como gínglimo, no entanto isso é discutível, uma vez que durante o seu movimento, além da flexão e extensão, também ocorrem movimentos de rotação ou lateralização. Também uniaxiais são as articulações tipo pivô ou trocóide onde o movimento é exclusivamente de rotação e ocorre em torno do eixo longitudinal. Nessas articulações existe um anel formado em parte por ligamento e parte pela superfície óssea contígua; o pivô é o processo ou extremidade óssea que roda dentro do anel. Como exemplo temos a articulação rádio-ulnar proximal e entre o dente do axis com o atlas. As articulações biaxiais, (movimentos em torno de dois eixos), podem ser dos tipos elipsóides, condilares e selares. Nas elipsóides uma superfície articular ovóide é recebida em uma cavidade elíptica, permitindo os movimentos de flexo-extensão e abdução-adução sem rotação axial, cujo movimento combinado é denominado circundução. Como exemplo temos as articulações rádio cárpica e metacarpo-falangeanas. As articulações condilares são aquelas nas quais duas superfícies convexas ou semi-esféricas deslizam sobre outra superfície. Como exemplo temos o joelho e a temporo-mandibular São consideradas selares as articulações em que as extremidades ósseas apostas são reciprocamente concavo-convexas, também com movimentos de flexo-extensão e adução-abdução sem rotação axial. O exemplo típico é a articulação entre o trapézio e o I metacarpo. Quando os movimentos ocorrem em torno de três eixos permitindo a flexão-extensão, adução- abdução e rotações axiais temos as articulações triaxiais ou esferóides, também denominadas enartroses. É formada por uma cabeça esférica com uma cavidade em taça. Os melhores exemplos são as articulações do quadril e do ombro. Articulações planas são junturas sinoviais, também denominadas artródias ou deslizantes, que só permitem o deslizamento entre as superfícies envolvidas. Essas são planas ou ligeiramente convexas e a amplitude do movimento é controlada pelos ligamentos ou processos ósseos dispostos ao seu redor. Estão presentes entre os processos articulares das vértebras, no carpo e no tarso. TERMOS DE MOVIMENTO Flexão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, reduz o ângulo entre duas partes do corpo; Extensão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, retorno da flexão ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo; Abdução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, afasta parte do corpo do plano mediano ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo. Adução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, aproxima parte do corpo do plano mediano ou diminui o ângulo entre duas partes do corpo. Rotação: girar em torno do próprio eixo, ou seja, realizado ao redor do eixo longitudinal, podendo ser, lateral ou medial; Supinação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando lateralmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado posteriormente e a palma anteriormente (posição anatômica); Pronação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando medialmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado anteriormente e a palma posteriormente; Eversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, afastando a planta do pé do plano mediano; Inversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, aproximando a planta do pé do plano mediano; Oposição ou oponência: dirigir a polpa do polegar (primeiro dedo) em direção à polpa do dedo mínimo (quinto dedo); Reposição: é o retorno do polegar à posição anatômica;. Elevação: levantar uma parte do corpo; Depressão (abaixamento): abaixar uma parte do corpo; Protrusão: movimento realizado para frente; Retrusão: movimento realizado para trás; Circundução: movimento circular combinado (flexão-abdução-extensão-adução) que descreve um cone cujo ápice é o centro da articulação. ARTICULAÇÕES DO CRÂNIO ARTICULAÇÕES FIBROSAS Sutura coronal (tipo serrátil) Sutura sagital (tipo serrátil) Sutura lambdóidea (tipo serrátil) Sutura escamosa (tipo escamosa) Sutura frontonasal (tipo plana) Sutura internasal (tipo plana) Sutura intermaxilar (tipo plana) Sutura palatina mediana (tipo plana) ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL ARTICULAÇÕES FIBROSAS – TIPO SINDESMOSE Ligamento longitudinal anterior Ligamento longitudinal posterior Ligamentos interespinais Ligamento supraespinal Ligamentos intertransversários Ligamentos amarelos (entre as lâminas dos arcos vertebrais) ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Sínfise intervertebral Disco intervertebral ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação atlantoaxial (mediana e lateral) Articulações dos processos articulares (tipo plana) Articulação lombossacral (tipo plana) ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Sincondrose esfenoccipital ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação temporomandibular (= ATM) ARTICULAÇÕES DO TÓRAX Articulações costovertebrais: (entre cabeça da costela e corpo vertebral) Articulação costotransversária (entre tubérculo da costela e processo transverso) Articulações esternocostais (entre esterno e cartilagens costais) Articulações costocondrais (entre costelas e cartilagens costais) Sincondrose manubrioesternal Sínfise xifosternal ARTICULAÇÕES DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR E DO OMBRO Ligamento coracoacromial (fibrosa – sindesmose) Articulação acromioclavicular (sinovial plana) Ligamento acromioclavicular Ligamento coracoclavicular Articulação esternoclavicular (sinovial selar) Articulação do ombro (sinovial esferóidea)Cápsula articular Ligamentos glenoumerais Lábio glenoidal ARTICULAÇÕES DO COTOVELO E DO ANTEBRAÇO Articulação umeroulnar (sinovial gínglimo) Articulação umerorradial (sinovial esferóidea) Articulação radiulnar proximal (sinovial trocóidea) Cápsula articular Ligamento colateral ulnar Ligamento colateral radial Ligamento anular do rádio Membrana interóssea do antebraço (fibrosa – sindesmose) Articulação radiulnar distal (sinovial trocóidea) ARTICULAÇÕES DA MÃO Articulação radiocarpal (sinovial elipsóidea) Articulação carpometacarpal do polegar (sinovial selar) Articulações metacarpofalângicas (sinoviais elipsóideas) Articulações interfalângicas da mão (sinoviais gínglimo) ARTICULAÇÕES DO CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR E DO QUADRIL Sínfise púbica (cartilagínea – sínfise) Articulação sacroilíaca (sinovial plana e fibrosa sindesmose) Ligamento sacrotuberal Ligamento sacroespinal Forame isquiático maior Forame isquiático menor Articulação do quadril (sinovial esferóidea) Cápsula articular Ligamento iliofemoral Ligamento isquiofemoral Ligamento pubofemoral Ligamento da cabeça do fêmur Lábio do acetábulo ARTICULAÇÕES DO JOELHO E DA PERNA Articulação do joelho (sinovial bicondilar) Menisco lateral Menisco medial Ligamento menisco femural posterior Ligamento cruzado anterior Ligamento cruzado posterior Ligamento colateral fibular Ligamento colateral tibial Ligamento da patela Articulação tibiofibular (sinovial plana) Sindesmose tibiofibular (fibrosa - sindesmose) Membrana interóssea da perna Ligamento tibiofibular anterior Ligamento tibiofibular posterior ARTICULAÇÕES DO PÉ Articulação talocrural (“articulação do tornozelo”) (sinovial gínglimo) Ligamento colateral medial ou deltóideo Ligamento colateral lateral Articulação talocalcânea (sinovial plana) Articulações interfalângicas do pé (sinoviais gínglimo) MÚSCULOS DA CABEÇA MÚSCULOS DA FACE (MÚSCULOS DA MÍMICA OU DA EXPRESSÃO FACIAL) M. occipitofrontal Ventre frontal Ventre occipital M. prócero M. orbicular do olho M. orbicular da boca M. abaixador do ângulo da boca M. abaixador do lábio inferior M. zigomático maior M. zigomático menor M. levantador do ângulo da boca M. levantador do lábio superior M. levantador do lábio superior e da asa do nariz M. bucinador MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO M. masseter M. temporal M. pterigóideo lateral M. pterigóideo medial MÚSCULOS DO PESCOÇO M. platisma M. esternocleidomastóideo M. escaleno anterior M. escaleno médio M. escaleno posterior Mm. suboccipitais M. reto posterior maior da cabeça M. reto posterior menor da cabeça M. oblíquo superior da cabeça M. oblíquo inferior da cabeça Mm. supra-hióideos M. digástrico ventre anterior ventre posterior M. estilo-hióideo M. milo-hióideo M. gênio-hióideo Mm. infra-hióideos M. esterno-hióideo M. omo-hióideo M. esternotireóideo M. tíreo-hióideo MÚSCULOS DO TÓRAX M. peitoral maior M. peitoral menor M. serrátil anterior Mm. intercostais externos Mm. intercostais internos M. diafragma Parte lombar do diafragma Parte costal do diafragma Parte esternal do diafragma (hiato aórtico, hiato esofágico, centro tendíneo, forame da veia cava) MÚSCULOS DO ABDOME M. reto do abdome Intersecções tendíneas Bainha do músculo reto do abdome (lâmina anterior e lâmina posterior) M. oblíquo externo do abdome M. oblíquo interno do abdome M. transverso do abdome Linha alba Canal inguinal e ligamento inguinal M. quadrado do lombo MÚSCULOS DO DORSO M. trapézio M. latíssimo do dorso M. romboide maior M. romboide menor M. levantador da escápula M. serrátil posterior inferior M. eretor da espinha M. iliocostal M. longuíssimo M. espinal Aponeurose toracolombar M. esplênio da cabeça M. esplênio do pescoço MÚSCULOS DO OMBRO M. deltoide (partes clavicular, acromial e espinal) M. supraespinal* M. infraespinal* M. redondo maior M. redondo menor* M. subescapular* * Estes músculos são considerados componentes do “manguito rotador”. MÚSCULOS DO BRAÇO Compartimento Anterior do Braço M. bíceps braquial Cabeça longa Cabeça curta M. braquial M. coracobraquial Compartimento Posterior do Braço M. tríceps braquial Cabeça longa Cabeça curta (lateral) Cabeça medial MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Compartimento Anterior do Antebraço Músculos Superficiais M. pronador redondo M. flexor radial do carpo M. palmar longo M. flexor ulnar do carpo M. flexor superficial dos dedos Músculos Profundos M. flexor profundo dos dedos M. flexor longo do polegar M. pronador quadrado Compartimento Posterior do Antebraço Músculos Superficiais M. ancôneo M. braquiorradial M. extensor radial longo do carpo M. extensor radial curto do carpo M. extensor dos dedos M. extensor do dedo mínimo M. extensor ulnar do carpo Músculos Profundos M. supinador M. abdutor longo do polegar M. extensor curto do polegar M. extensor longo do polegar M. extensor do indicador MÚSCULOS DA MÃO M. palmar curto** Mm. interósseos palmares Mm. interósseos dorsais Mm. lumbricais M. adutor do polegar ** Músculo superficial, situado na tela subcutânea da região hipotenar. Região tenar M. abdutor curto do polegar M. flexor curto do polegar M. oponente do polegar Região hipotenar M. abdutor do dedo míimo M. flexor curto do dedo mínimo M. oponente do dedo mínimo Retináculo dos músculos flexores Retináculo dos músculos extensores Aponeurose palmar Túnel do carpo MÚSCULOS DA COXA Compartimento Anterior M. sartório* M. iliopsoas M. psoas maior M. ilíaco M. quadríceps femoral M. reto femoral M. vasto medial M. vasto lateral M. vasto intermédio Compartimento Medial M. pectíneo** M. grácil* M. adutor longo M. adutor curto M. adutor magno Compartimento Posterior M. bíceps femoral Cabeça longa Cabeça curta M. semitendíneo* M. semimembranáceo MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA M. glúteo máximo M. glúteo médio M. glúteo mínimo M. tensor da fáscia lata -Fáscia lata - Trato iliotibial M. piriforme M. gêmeo superior M. gêmeo inferior M. obturador interno M. quadrado femoral M. obturador externo*** * Os tendões dos músculos sartório, grácil e semitendíneo inserem-se em conjunto, constituindo o chamado “pes anserinus” ou pata de ganso. ** Alguns autores incluem este músculo no compartimento anterior da coxa. *** Alguns autores consideram este músculo no compartimento medial da coxa. MÚSCULOS DA PERNA Compartimento Anterior M. tibial anterior M. extensor longo dos dedos M. extensor longo do hálux M. fibular terceiro Compartimento Posterior Músculos Superficiais M. tríceps sural M. gastrocnêmio Cabeça medial Cabeça lateral M. sóleo Tendão do calcâneo M. plantar Músculos Profundos M. poplíteo M. tibial posterior M. flexor longo dos dedos M. flexor longo do hálux CompartimentoLateral M. fibular longo M. fibular curto MÚSCULOS DO PÉ Compartimento dorsal do pé M. extensor curto dos dedos M. extensor curto do hálux Compartimento medial da planta M. abdutor do hálux M. flexor curto do hálux Compartimento lateral da planta M. abdutor do dedo mínimo M. flexor curto do dedo mínimo Compartimento intermédio da planta Aponeurose plantar M. adutor do hálux M. flexor curto dos dedos M. quadrado plantar Mm. lumbricais Compartimento interósseo do pé Mm. interósseos plantares Mm. interósseos dorsais AÇÃO MUSCULAR – MEMBRO SUPERIOR 01. ARTICULAÇÃO DO OMBRO Classificação: sinovial esferóidea – triaxial FLEXORES Parte clavicular (ant.) do músculo deltoide M. coracobraquial M. peitoral maior EXTENSORES Parte espinal (post.) do músculo deltoide M. latíssimo do dorso ABDUTORES M. deltoide M. supraespinal ADUTORES M. peitoral maior M. latíssimo do dorso M. redondo maior ROTADORES MEDIAIS M. subescapular M. latíssimo do dorso M. redondo maior M. peitoral maior Parte clavicular (ant.) do músculo deltoide ROTADORES LATERAIS M. infraespinal M. redondo menor Parte espinal (post.) do músculo deltoide 02. ARTICULAÇÃO UMEROULNAR Classificação: sinovial gínglimo – uniaxial FLEXORES M. braquial M. bíceps braquial M. braquiorradial M. pronador redondo EXTENSORES M. tríceps braquial 03. ARTICULAÇÃO RADIULNAR PROXIMAL Classificação: sinovial trocóidea – uniaxial PRONADORES M. pronador quadrado M. pronador redondo SUPINADORES M. supinador M. bíceps braquial 04. ARTICULAÇÃO RADIOCARPAL (“ARTICULAÇÃO DO PUNHO”) Classificação: sinovial elipsóidea – biaxial FLEXORES M. flexor ulnar do carpo M. flexor radial do carpo M. flexor superficial dos dedos M. flexor profundo dos dedos EXTENSORES M. extensor radial longo do carpo M. extensor radial curto do carpo M. extensor ulnar do carpo M. extensor dos dedos ABDUTORES M. flexor radial do carpo M. extensor radial longo do carpo ADUTORES M. flexor ulnar do carpo M. extensor ulnar do carpo AÇÃO MUSCULAR – MEMBRO INFERIOR 01. ARTICULAÇÃO DO QUADRIL Classificação: sinovial esferóidea – triaxial FLEXORES M. iliopsoas M. reto femoral M. sartório M. pectíneo EXTENSORES M. glúteo máximo M. bíceps femoral – cabeça longa M. semitendíneo M. semimembranáceo M. adutor magno ABDUTORES M. glúteo médio M. glúteo mínimo M. tensor da fáscia lata ADUTORES M. pectíneo M. grácil Mm. adutores longo, curto e magno ROTADORES MEDIAIS Mm. glúteos médio e mínimo M. tensor da fáscia lata ROTADORES LATERAIS M. piriforme Mm. gêmeos superior e inferior Mm. obturadores interno e externo M. quadrado femoral M. glúteo máximo M. iliopsoas 02. ARTICULAÇÃO DO JOELHO Classificação: sinovial bicondilar – biaxial FLEXORES Mm. do jarrete (bíceps femoral, semitendíneo, semimembranáceo) M. gastrocnêmio M. sartório M. grácil EXTENSORES M. quadríceps femoral 03. ARTICULAÇÃO TALOCRURAL Classificação: sinovial gínglimo – uniaxial FLEXORES PLANTARES M. tríceps sural M. plantar M. tibial posterior Mm. fibulares DORSIFLEXORES M. tibial anterior M. extensor longo do hálux M. extensor longo dos dedos M. fibular terceiro 04. ARTICULAÇÃO TALOCALCÂNEA Classificação: sinovial plana – uniaxial EVERSORES M. fibular longo M. fibular curto INVERSORES M. tibial anterior M. tibial posterior ROTEIRO DE PRÁTICO NEUROANATOMIA: SISTEMA NERVOSO MEDULA ESPINAL INTUMESCÊNCIA CERVICAL INTUMESCÊNCIA LOMBOSSACRAL CONE MEDULAR CAUDA EQUINA NERVO ESPINAL (misto) RADÍCULAS RAIZ ANTERIOR (motora) RAIZ POSTERIOR (sensitiva) GÂNGLIO SENSITIVO DE NERVO ESPINAL MEDULA OBLONGA ou BULBO (VISTA ANTERIOR) PIRÂMIDE DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES OLIVA NERVO GLOSSOFARÍNGEO NERVO VAGO NERVO ACESSÓRIO NERVO HIPOGLOSSO (VISTA POSTERIOR) FASCÍCULO GRÁCIL TUBÉRCULO GRÁCIL FASCÍCULO CUNEIFORME TUBÉRCULO CUNEIFORME PEDÚNCULO CEREBELAR INFERIOR PONTE SULCO BULBOPONTINO PEDÚNCULO CEREBELAR MÉDIO SULCO BASILAR NERVO TRIGÊMEO NERVO ABDUCENTE NERVO FACIAL NERVO VESTIBULOCOCLEAR QUARTO VENTRÍCULO EMINÊNCIA MEDIAL COLÍCULO FACIAL ÁREA VESTIBULAR TRÍGONO DO NERVO HIPOGLOSSO TRÍGONO DO NERVO VAGO PLEXO CORIÓIDEO MESENCÉFALO PEDÚNCULO CEREBRAL AQUEDUTO DO MESENCÉFALO LÂMINA DO TETO: COLÍCULOS INFERIORES COLÍCULOS SUPERIORES NÚCLEO RUBRO SUBSTÂNCIA NEGRA NERVO OCULOMOTOR NERVO TROCLEAR PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR CEREBELO HEMISFÉRIOS DO CEREBELO VERME DO CEREBELO MORFOLOGIA EXTERNA LOBO ANTERIOR DO CEREBELO LÍNGULA DO CEREBELO LÓBULO CENTRAL CÚLMEN FISSURA PRIMÁRIA LOBO POSTERIOR DO CEREBELO PIRÂMIDE ÚVULA TONSILA DO CEREBELO FISSURA PÓSTERO-LATERAL LOBO FLOCULONODULAR FLÓCULO NÓDULO MORFOLOGIA INTERNA CORPO MEDULAR DO CEREBELO (SUBSTÂNCIA BRANCA) NÚCLEOS DO CEREBELO NÚCLEO DENTEADO DIENCÉFALO EPITÁLAMO GLÂNDULA PINEAL TRÍGONO HABENULAR TÁLAMO TUBÉRCULO ANTERIOR DO TÁLAMO PULVINAR DO TÁLAMO METATÁLAMO CORPO GENICULADO MEDIAL CORPO GENICULADO LATERAL HIPOTÁLAMO CORPO MAMILAR QUIASMA ÓPTICO TRATO ÓPTICO NERVO ÓPTICO NEURO-HIPÓFISE TÚBER CINÉREO TERCEIRO VENTRÍCULO SULCO HIPOTALÂMICO FORAME INTERVENTRICULAR PLEXO CORIÓIDEO TELENCÉFALO FACE SÚPERO-LATERAL DO HEMISFÉRIO CEREBRAL SULCO CENTRAL SULCO LATERAL LOBO FRONTAL SULCO PRÉ-CENTRAL GIRO PRÉ-CENTRAL GIRO FRONTAL SUPERIOR SULCO FRONTAL SUPERIOR GIRO FRONTAL MÉDIO SULCO FRONTAL INFERIOR GIRO FRONTAL INFERIOR Parte orbital Parte triangular Parte opercular LOBO PARIETAL SULCO PÓS-CENTRAL GIRO PÓS-CENTRAL LÓBULO PARIETAL SUPERIOR LÓBULO PARIETAL INFERIOR: GIRO SUPRAMARGINAL GIRO ANGULAR LOBO OCCIPITAL GIROS OCCIPITAIS LOBO TEMPORAL GIRO TEMPORAL SUPERIOR SULCO TEMPORAL SUPERIOR GIRO TEMPORAL MÉDIO SULCO TEMPORAL INFERIOR GIRO TEMPORAL INFERIOR GIRO TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR LOBO INSULAR GIROS CURTOS E LONGOS FACES MEDIAL E INFERIOR DO HEMISFÉRIO CEREBRAL GIRO DO CÍNGULO PRÉ-CÚNEO SULCO PARIETOCCIPITAL CÚNEO SULCO CALCARINO GIRO OCCIPITOTEMPORAL MEDIAL GIRO PARA-HIPOCAMPAL UNCO SULCO COLATERAL GIRO OCCIPITOTEMPORAL LATERAL SULCO OCCIPITOTEMPORAL SULCO OLFATÓRIO TRATO OLFATÓRIO E BULBO OLFATÓRIO CORPO CALOSO Rostro Joelho Tronco do corpo esplenio COMISSURA ANTERIOR LÂMINA TERMINAL ÁREA SEPTAL FÓRNICE SEPTO PELÚCIDO VENTRÍCULO LATERAL FORAME INTERVENTRICULAR CORNO FRONTAL (ANTERIOR) CORNO OCCIPITAL (POSTERIOR) CORNO TEMPORAL (INFERIOR) PLEXO CORIÓIDEO HIPOCAMPO NÚCLEOS DA BASE NÚCLEO CAUDADO NÚCLEO LENTIFORME: PUTAME GLOBO PÁLIDO CLAUSTRO CORPO AMIGDALOIDE CÁPSULA INTERNA MENINGES DURA-MÁTER PARTE ENCEFÁLICA DA DURA-MÁTER FOICEDO CÉREBRO FOICE DO CEREBELO TENTÓRIO (TENDA) DO CEREBELO DIAFRAGMA DA SELA ESPAÇO SUBDURAL ESPAÇO EXTRADURAL (EPIDURAL) PARTE ESPINAL DA DURA-MÁTER ESPAÇO EXTRADURAL (PERIDURAL) SEIOS DA DURA-MÁTER SEIO SAGITAL SUPERIOR SEIO SAGITAL INFERIOR SEIO RETO SEIO OCCIPITAL CONFLUÊNCIA DOS SEIOS SEIO TRANSVERSO SEIO SIGMÓIDEO ARACNOIDE-MÁTER ESPAÇO SUBARACNÓIDEO PARTE ENCEFÁLICA DA ARACNOIDE-MÁTER GRANULAÇÕES ARACNÓIDEAS PARTE ESPINAL DA ARACNOIDE-MÁTER PIA-MÁTER PARTE ENCEFÁLICA DA PIA-MÁTER PARTE ESPINAL DA PIA-MÁTER LIG. DENTICULADO FILAMENTO TERMINAL VASCULARIZAÇÃO DO S.N.C. ARTÉRIAS DO ENCÉFALO A. CARÓTIDA INTERNA A. CEREBRAL ANTERIOR A. COMUNICANTE ANTERIOR A. CEREBRAL MÉDIA A. COMUNICANTE POSTERIOR A. CEREBRAL POSTERIOR A. BASILAR AA. CEREBELARES A. VERTEBRAL PLEXOS NERVOSOS E NERVOS INTERCOSTAIS 1-PLEXO CERVICAL (Ramos ventrais de C1, C2, C3 e C4) Ramos musculares (motores) 2-Nervo frênico PLEXO BRAQUIAL (Ramos ventrais de C5, C6, C7, C8 e T1; 3-Tronco superior (ramos ventrais de C5 e C6 e por fibras de C4) 4-Tronco médio (ramo ventral de C7) 5-Tronco inferior (ramos ventrais de C8 e T1 e por fibras de T2) Cada tronco dá origem a duas divisões: Divisão anterior e Divisão posterior 6-Fascículo lateral (divisões anteriores dos troncos superior e médio) 7-Fascículo medial (divisão anterior do tronco inferior) 8-Fascículo posterior (divisões posteriores dos troncos superior, médio e inferior) Principais nervos do plexo braquial: 9- Nervo musculocutâneo 10- Nervo mediano 11- Nervo ulnar 12- Nervo radial 13- Nervo axilar 14-NERVO INTERCOSTAIS (ramos ventrais de T1 – T12) 15- Nervo subcostal 16- PLEXO LOMBOSSACRAL (Ramos ventrais de L1, L2, L3, L4, L5, S1, S2 , S3 e S4) Plexo lombar (Ramos ventrais de L1, L2, L3 e L4 e fibras de T12) 17- Nervo obturatório 18- Nervo femoral Plexo sacral (Ramos ventrais de L4, L5, S1, S2 e S3 e fibras de S4) 19- Nervo glúteo superior 20- Nervo glúteo inferior 21- Nervo pudendo 22- Nervo isquiático 23- Nervo tibial 24-Nervo fibular comum ROTEIRO DE NEUROANATOMIA: SISTEMA VISUAL MÚSCULOS EXTRÍNSECOS Músculo Oblíquo Superior Músculo Oblíquo Inferior Músculo Reto Superior Músculo Reto Medial Músculo Reto Inferior Músculo Reto Lateral ESTRUTURAS ANEXAS AO BULBO OCULAR Músculo Levantador da Pálpebra Superior Glândula Lacrimal Corpo Adiposo da Órbita Conjuntivas bulbar Conjuntivas palpebral Nervo óptico TÚNICA EXTERNA Córnea Limbo esclero-corneal Esclera TÚNICA MÉDIA OU ÚVEA Coróide Íris Corpo ciliar Seio venoso da esclera (Canal de Schlemm) TÚNICA INTERNA Retina MEIOS DIOPTRICOS DO BULBO OCULAR Córnea Humor aquoso Cristalino (lente) Corpo vítreo CÂMARA DO BULBO OCULAR Câmara anterior Câmara posterior Câmara vítrea Dissecação da órbita: roteiro prático. Prof. Dr. Ricardo Luis Smith A - Abertura: retire a asa menor do esfenóide pela fissura orbital superior ou realize um orifício na lâmina orbital. Remova o teto com pinça, expondo a periórbita íntegra. Retire parte da parede medial expondo as células etmoidais mantendo os vasos etmoidais anteriores e posteriores. Retire parte da parede lateral. B - Faça a seção da periórbita com três cortes do centro para os ângulos (ápice, fronto-medial e fronto-lateral), cuidado no corte em direção ao ápice pois o nervo troclear se dispõe abaixo da periórbita. Disseque-o antes de secioná-la. Rebata a periórbita. C - O nervo frontal ficou exposto, disseque-o juntamente com seus ramos supra-orbital e supra-troclear até o limite da órbita. Disseque o nervo lacrimal lateralmente até a glândula lacrimal. Localize o nervo nasociliar, disseque o músculo oblíquo superior até a tróclea. D - Localize os elementos da fáscia orbital (bainha dos músculos e ligamentos). Secione o músculo levantador da pálpebra superior e o músculo reto superior no 1/3 proximal (ao ápice). Identifique a divisão superior do nervo oculomotor e os vasos musculares. Identifique a fáscia bulbar (Tenon) e os ligamentos intermusculares e o transverso (superior). Localize a veia oftálmica superior. E - Retire a gordura retrobulbar isolando os elementos contidos no espaço do cone muscular. disseque o nervo nasociliar, ciliares longos e infratroclear. Antes de dissecar o nervo óptico, localize o gânglio ciliar e os nervos ciliares curtos lateralmente e no 1/3 distal (ao olho) do nervo óptico. Disseque a artéria oftálmica desde a sua origem na artéria carótida interna. Identifique todos os seus ramos. F - Disseque o músculo reto lateral e exponha o nervo abducente na sua face interna. Disseque os músculos retos medial e inferior. Identifique a divisão inferior do nervo oculomotor- e sua penetração no músculo oblíquo inferior. Disseque o tendão do músculo oblíquo superior até sua inserção na esclera e note as duas bainhas que o envolvem. G.- Disseque o seio cavernoso, identificado o gânglio trigeminal e os nervos oftálmico maxilar e mandibular. Localize a artéria carótida interna que realiza o sifão neste seio. Localize aí os três nervos motores do olho. H - Pela face: identifique os elementos da anatomia de superfície: pontos lacrimais: Tente dissecar os canalículos lacrimais. Rebata a cútis da região orbitaria. Disseque o músculo orbicular do olho (partes orbital, pré-septal e pré- tarsal). Disseque as pálpebras em planos. Cútis (margem da pálpebra e cílios ).músculo orbicular do olho, tarso (no superior continuar até o tendão, do músculo levantador em forma de leque), conjuntiva e septo orbital. Localize a porção palpebral da glândula lacrimal. Disseque os ligamentos palpebrais medial e lateral. Localize a origem do músculo obliquo inferior e a emergência dos ramos do nervo infra-orbital. No canto medial, os vasos angulares. Atrás do ligamento palpebral medial, localize o saco lacrimal. I.- Secione a conjuntiva na margem do limbo e abaixo dela a fáscia bulbar. Siga o espaço epiescleral até os tendões dos músculos e exponha-os. Corte a túnica externa do olho no limbo, levante a córnea. Identifique as estruturas oculares, comparando com o olho bovino anteriormente dissecado. ROTEIRO DE NEUROANATOMIA: SISTEMA VESTIBULOCOCLEAR ORELHA EXTERNA Orelha Hélice Antélice Escafa Fossa tringular Concha Cimba da concha Cavidade da concha Antitrago Trago Lóbulo da orelha Meato Acústico Externo parte cartilaginosa parte óssea ORELHA MÉDIA Ossículos da audição: Estribo Bigorna Martelo Membrana do tímpano Janela do vestíbulo (oval) Promontório Janela da cóclea (redonda) Nervo vestibulococlear Antro mastóideo Tuba auditiva ORELHA INTERNA Vestíbulo Canal semicircular anterior Canal semicircular posterior Canal semicircular lateral Cóclea Nervo vestíbulococlear Nervo facial SISTEMA DIGESTÓRIO BOCA Lábios e bochechas (com corpo adiposo da bochecha) Rima da boca Ângulo da boca Cavidade oral Vestíbulo da boca Cavidade própria da boca Palato duro (com pregas palatinas transversas e rafe do palato) Palato ósseo Processo palatino da maxila Lâmina horizontal do palatino Palato mole (= véu palatino)Músculos do palato mole e fauces M. levantador do véu palatino M. tensor do véu palatino M. da úvula M. palatofaríngeo M. palatoglosso Dentes Arco dental maxilar (=superior) Arco dental mandibular (=inferior) Tipos de dentes: incisivos, caninos, pré-molares e molares Língua Raiz da língua Corpo da língua Ápice, dorso e margens Frênulo da língua Papilas linguais: filiformes, fungiformes, folhadas e circunvaladas Tonsilas linguais Músculos extrínsecos da língua M. genioglosso M. estiloglosso M. palatoglosso M. hioglosso Camada de músculos intrínsecos Fauces Istmo das fauces Úvula palatina Arco palatoglosso Glândulas salivares maiores Glândula parótida e ducto parotídeo Glândula submandibular e ducto submandibular Glândula sublingual Músculos da mastigação M. temporal M. masseter M. pterigóideos lateral e medial Músculos supra-hióideos M. digástrico M. gênio-hióideo M. milo-hióideo (este constitui o “diafragma oral”) M. estilo-hióideo FARINGE (Estabelecer os limites entre as partes da faringe) Parte nasal da faringe Parte oral da faringe Pregas glossoepiglóticas mediana e laterais Valécula epiglótica Fauces Arco palatofaríngeo Fossa tonsilar Tonsila palatina Parte laríngea da faringe Recesso piriforme Músculos da faringe M. constritor superior da faringe M. constritor médio da faringe CONSTRITORES DA FARINGE M. constritor inferior da faringe M. estilofaríngeo M. palatofaríngeo LEVANTADORES DA FARINGE M. salpingofaríngeo ESÔFAGO Partes cervical, torácica e abdominal (estabelecer os limites). ESTÔMAGO Paredes anterior e posterior Cárdia, fundo gástrico, corpo gástrico e parte pilórica Curvaturas maior e menor Piloro (na transição entre estômago e duodeno) Omentos maior e menor (projeção de peritônio) INTESTINO DELGADO Duodeno Parte superior Parte descendente Papila maior do duodeno Parte horizontal Parte ascendente Flexura duodenojejunal Jejuno e íleo (constituem as alças intestinais, que se fixam na parede posterior do abdome pelo mesentério). Mesentério Parte terminal do íleo INTESTINO GROSSO Ceco Apêndice vermiforme Papila ileal Colo ascendente Flexura direita do colo Colo transverso Mesocolo transverso Flexura esquerda do colo Colo descendente Colo sigmoide Mesocolo sigmoide Saculações do colo Apêndices omentais do colo Tênias do colo (fitas musculares características do ceco e colos) Reto Pregas transversais do reto Ampola do reto Flexura sacral Canal anal Flexura anorretal Colunas anais Mm. esfíncteres externo e interno do ânus Ânus (abertura do canal anal para o meio exterior) FÍGADO Faces diafragmática e visceral Lobos hepático direito, hepático esquerdo, quadrado e caudado Porta do fígado (=hilo, por onde passam estruturas do pedículo do fígado). Pedículo do fígado: v. porta, a. hepática própria e ducto hepático comum Ligamentos falciforme, redondo do fígado e coronário. Vesícula biliar Ducto hepático comum, ducto cístico e ducto colédoco (ampola hepatopancreática) Sulco da veia cava e fossa da vesícula biliar PÂNCREAS Cabeça, colo, corpo e cauda do pâncreas Ducto pancreático PERITÔNIO Peritônio parietal e peritônio visceral SISTEMA CIRCULATÓRIO Prof. Dr. José Carlos Prates CORAÇÃO A - Conceito: é um músculo ôco com função de bomba aspirante e impulsora do sangue. B - Situação: na cavidade torácica, entre as duas regiões pleuropulmonares, na região denominada de mediastino médio. C - Forma: no vivo, cone com a base para cima. No cadáver, pirâmide triangular com a base para cima. D - Configuração externa: três faces, uma base, um ápice, uma margem, 4 sulcos e paredes. Faces: podemos distinguir as faces do coração a partir destas comparações: Face: Esternocostal Esquerda ou Pulmonar Diafragmática Superfície: pouco abaulada bem abaulada plana Gordura: acentuada discreta praticamente ausente Base: aurículas, aorta e aurícula esquerda e vv. átrios e vv. cavas e tronco pulmonar. pulmonares esquerdas. pulmonares direitas. Sulcos: oblíquo ausente vertical CONSTITUIÇÃO: Na face esternocostal ou anterior, identificamos as paredes do ventrículo direito (predominante), ventrículo esquerdo e sulco interventricular anterior (ponto de referência para a identificação das paredes). Na face esquerda ou pulmonar, identificamos a parede do ventrículo esquerdo. Na face diafragmática ou inferior, identificamos as paredes dos ventrículos direito e esquerdo e o sulco interventricular posterior (ponto de referência para a identificação das paredes). Não há predomínio evidente entre as paredes ventriculares. Base (acima do sulco atrioventricular ou coronário) Veia cava superior: lateral e posterior à artéria aorta. Desemboca no átrio direito e drena o sangue proveniente da cabeça, pescoço, membros superiores e tórax (região supradiafragmática). Veia cava inferior: logo acima do sulco atrioventricular. Geralmente só é possível visualizar o óstio de sua desembocadura no átrio direito. Drena o sangue proveniente dos membros inferiores, cavidades e órgãos pélvicos e abdominais (região infradiafragmática). Veias pulmonares: em número de 4 (quatro), desembocam no átrio esquerdo, duas à direita e duas à esquerda. Dependendo do nível de secção realizado para retirar o coração da cavidade torácica, podemos ter 4 óstios ou, 1 óstio comum de um lado e 2 óstios separados do outro ou, 1 óstio comum de cada lado. As veias pulmonares direitas estão muito próximas do sulco interatrial. Artéria aorta: originando-se no ventrículo esquerdo, apresenta trajeto ascendente, cruzando posteriormente o tronco pulmonar e reaparecendo à direita deste (aorta ascendente), para em seguida, descreve um arco para trás e para a esquerda (arco da aorta). Tronco pulmonar: originando-se no ventrículo direito, apresenta trajeto ascendente e para a esquerda, cruzando anteriormente a artéria aorta; inferiormente ao arco da aorta, bifurca-se nas artérias pulmonares direita e esquerda. Átrios: são as cavidades receptoras de sangue e, as aurículas são os seus prolongamentos. Áurículas: são expansões anteriores dos átrios direito e esquerdo, apresentam forma de orelhas que se prolongam lateralmente à aorta (aurícula direita) e ao tronco pulmonar (aurícula esquerda). Margem direita: é o encontro das faces esternocostal e diafragmática. Constituída unicamente por parede do ventrículo direito que, por não se hipertrofiar, como as paredes do ventrículo esquerdo, não chegou a constituir uma face como no lado esquerdo. Sulcos: a separação interna entre átrios direito e esquerdo, entre os ventrículos direito e esquerdo e entre os átrios e ventrículos, se evidencia externamente através de depressões denominadas de sulcos. Sulcos interventriculares: o sulco interventricular anterior situa-se na face esternocostal e é preenchido por gordura e vasos (a. e v. interventriculares anteriores). O sulco interventricular anterior apresenta trajeto oblíquo da esquerda para a direita, originando-se lateralmente ao troncopulmonar e prolongando-se até o ápice do coração. O sulco interventricular posterior situa-se na face diafragmática, e é preenchido por vasos (a. e v. interventriculares posteriores), este sulco apresenta trajeto praticamente perpendicular ao ápice do coração, no qual se prolonga. Incisura do ápice: é uma reentrância situada no ápice do coração, resultado da continuidade dos sulcos interventriculares anterior e posterior. A parte mais saliente do ápice do coração é constituída unicamente pela parede do ventrículo esquerdo. Sulco interatrial: situado na base do coração, estende-se entre as veias pulmonares direitas e o seio venoso (entre as desembocaduras das vv. cavas superior e inferior). Internamente corresponde ao septo interatrial. Sulco atrioventricular ou coronário: situado entre a base e as faces cardíacas, contorna o coração, sendo interrompido na frente, onde é cruzado pela raiz do tronco pulmonar. Este sulco é preenchido posteriormente pelo seio coronário, anteriormente, pelo tronco da a. coronária direita e lateralmente à esquerda, pelo tronco da a. coronária esquerda e a. circunflexa. E - Orientação do coração: ápice para baixo, para a esquerda e para frente, isto é, o eixo maior do coração está disposto de cima para baixo, da direita para a esquerda e de trás para frente. F - Fixação do coração: o coração é mantido em sua posição pela sua continuidade com os vasos da base, como as artérias pulmonares direita e esquerda e principalmente a cruz venosa, que é constituída da seguinte forma: braço vertical - vv. cavas inferior e superior; braço horizontal - vv. pulmonares direitas e esquerdas. G – Suspensão do coração: o coração mantém-se suspenso na cavidade torácica pela continuidade com a artéria aorta. H - CONFIGURAÇÃO INTERNA DO CORAÇÃO Septo interatrial: é uma parede que separa os átrios direito e esquerdo, em ambos os lados, o septo apresenta vestígios fetais da primitiva comunicação interatrial na vida intra-uterina. Septo atrioventricular: é a porção do septo que separa o átrio direito do ventrículo esquerdo, isto ocorre porque o átrio direito é mais alongado que o átrio esquerdo, devido a tração exercida pelas vv. cavas superior e inferior (braço vertical da cruz venosa) em comparação a tração horizontal exercida pelas vv. pulmonares direitas e esquerdas sobre o átrio esquerdo. Septo interventricular: é uma parede que separa os ventrículos direito e esquerdo. Este septo apresenta duas porções: Membranácea, que é superior e fina, e Muscular, que é inferior e volumosa. Óstios atrioventriculares: são as passagens existentes entre os átrios e ventrículos correspondentes. Os óstios atrioventriculares direito e esquerdo podem estar ocluídos pelas valvas atrioventriculares direita (valva tricúspide) e esquerda (valva bicúspide ou mitral), ou permeável quando estas valvas estão abertas. ÁTRIO DIREITO Apresenta duas porções: a posterior, na qual se abrem as grandes veias; é derivada embriologicamente do corno direito do seio venoso absorvido, tem paredes lisas, sendo denominada seio das veias. A anterior, com paredes rugosas (músculos pectíneos) é derivada embriologicamente do próprio átrio primitivo e está em continuidade com a aurícula direita, anteriormente. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através do óstio atrioventricular direito. O seio das veias inclui a porção posterior e a parede lateral até a crista terminal. Nesta região do átrio direito desembocam os seguintes vasos: Veia cava superior: desemboca superiormente na porção posterior do átrio. Seu óstio está dirigido para baixo e para frente, não possuindo válvulas. Veia cava inferior: desemboca na parte mais baixa da porção posterior do átrio, próximo ao septo interatrial. Seu óstio encontra-se guarnecido por uma válvula semilunar rudimentar, a válvula da veia cava inferior. Esta válvula durante a vida intra-uterina é bem desenvolvida, servindo para dirigir o sangue da veia cava inferior para o átrio esquerdo através do forame oval, localizado no septo interatrial. Seio coronário: transporta a maior parte do sangue venoso do próprio coração. A sua desembocadura localiza-se entre o óstio da veia cava inferior e o óstio atrioventricular direito, sendo protegida por uma delgada válvula semilunar, denominada válvula do seio coronário, que impede refluxo do sangue para dentro do seio coronário durante a contração atrial. Os forames das veias cardíacas mínimas são os óstios das diminutas veias (vv. cardíacas mínimas), que transportam uma pequena quantidade de sangue diretamente da parede cardíaca. Outros óstios de desembocadura (também pequenos) na parede anterior do átrio direito pertencem às vv. cardíacas anteriores, que drenam a parede anterior do ventrículo direito. Crista terminal: uma crista muscular, situada principalmente na parede lateral do átrio direito. Ocupa o lugar da válvula venosa do embrião, correspondendo pela posição, ao sulco terminal da superfície externa do átrio. A crista terminal indica a junção entre a parte do átrio direito originada da absorção do corno direito do seio venoso (porção posterior) e a parte derivada do átrio primitivo (porção anterior). Músculos pectíneos: são cristas musculares com disposição paralela, que a partir da crista terminal correm para frente, inclinando-se em direção do óstio atrioventricular direito. Na aurícula direita , os músculos pectíneos unem-se entre si, de modo a formar uma rede muscular. Os músculos pectíneos já revestiam a parede do átrio primitivo do coração fetal. Fossa oval: é uma depressão oval na parte inferior do septo interatrial, acima e à esquerda do óstio da veia cava inferior. É vestígio do forame oval, uma comunicação interatrial existente no coração fetal. A membrana que forma o assoalho da fossa oval, corresponde ao septo primeiro (septum primum) do coração fetal. Limbo da fossa oval: é a margem saliente da fossa oval e representa o vestígio da separação medial (válvula), que existia entre o seio venoso e o átrio primitivo durante a fase fetal do desenvolvimento cardíaco. ÁTRIO ESQUERDO É menor do que o direito, porém suas paredes são mais espessas. A aurícula esquerda, projeta-se para frente saindo de seu ângulo superior esquerdo. A cavidade do átrio esquerdo é formada, em grande parte, pela veia pulmonar primitiva e as porções proximais das vv. pulmonares direitas e esquerdas, que foram incorporadas à cavidade atrial durante o desenvolvimento cardíaco. No interior do átrio esquerdo verificamos as seguintes estruturas: os óstios das veias pulmonares, em número de 4 (quatro), abrem-se na parte superior da superfície posterior do átrio. O óstio atrioventricular esquerdo, que comunica o átrio com o ventrículo correspondente. Os forames das vv. cardíacas mínimas, são os óstios de diminutas veias que trazem o sangue da musculatura cardíaca. Os músculos pectíneos, menos numerosos e menores do que aqueles do átrio direito, estão confinados à superfície interna da aurícula esquerda. No septo interatrial, pode ser vista uma impressão em forma de semilua, limitada embaixo por uma crista em crescente, cuja concavidade está dirigida para cima (Válvula do forame oval); esta válvula é o vestígio da margem superior do septo primeiro que delimita o forame oval do lado esquerdo, durante a circulação fetal. ELEMENTOS COMUNS AOS VENTRÍCULOS DIREITO E ESQUERDO Trabéculas cárneas: são colunas musculares arredondadas ou irregulares que se projetam de toda a superfície interna dos ventrículos, com exceção do infundíbulo, no ventrículo direito, cuja parede é lisa. Funções: a) orientar a corrente sanguínea; b) nutrição do miocárdio através do endocárdio, e c) auxiliar na contração dos ventrículos. As trabéculascárneas podem ser de três tipos: 1º) crista: trabécula cárnea presa à parede ventricular em toda sua extensão; 2º) ponte: trabécula cárnea presa à parede ventricular apenas pelas extremidades e livre na parte média, e 3º) músculos papilares ou pilares: trabécula cárnea que se continua pela sua base com a parede ventricular, e seu ápice projeta-se na cavidade ventricular e se continua com as cordas tendíneas, que se inserem nas válvulas das valvas atrioventriculares direita e esquerda. Aparelho valvar: é o conjunto de estruturas que fecham ou abrem o óstio atrioventricular de acordo com a fase do ciclo cardíaco (sístole ou diástole). Anéis fibrosos direito e esquerdo: são contornos dos óstios atrioventriculares, no qual estão inseridas as válvulas. Válvula ou cúspide: é uma membrana com uma margem aderente, presa ao anel fibroso, e uma margem livre, que se aproxima das outras margens livres, das demais válvulas, ocluindo o óstio atrioventricular. Para a oclusão do óstio atrioventricular, são necessárias mais de uma válvula; e ao conjunto de válvulas, denominamos valva. A valva quando fechada impede a passagem de sangue do átrio para o ventrículo e vice-versa. Cordas tendíneas: são estruturas delgadas, semelhantes a fios que prendem as válvulas ao músculos papilares e impedem a eversão das válvulas. Músculos papilares ou pilares: trabécula cárnea que se continua pela sua base com a parede ventricular, e seu ápice projeta-se na cavidade ventricular e se continua com as cordas tendíneas, que se inserem nas válvulas das valvas atrioventriculares direita e esquerda. VENTRÍCULO DIREITO Estende-se do átrio direito até próximo ao ápice do coração. A parede do ventrículo direito é mais delgada (3-4mm) do que àquela do ventrículo esquerdo, estando na proporção de 1:3. O interior do ventrículo direito é parcialmente dividido em duas partes, de entrada e de saída, por uma crista muscular, denominada crista supraventricular , situada entre os óstios atrioventricular direito e pulmonar; esta trabécula cárnea do tipo crista orienta a corrente sanguínea da via de entrada para a via de saída do ventrículo direito. A via de entrada tem paredes rugosas, devido a presença de trabéculas cárneas. Ela recebe o sangue do átrio direito através do óstio atrioventricular direito. A via de saída ou infundíbulo tem paredes lisas e se dirige para cima, em direção ao óstio pulmonar. O infundíbulo representa uma parte persistente do bulbo do coração que foi incorporada ao ventrículo direito, e esta persistência como via de saída deste ventrículo é atribuída ao suporte que ela fornece à valva pulmonar durante a diástole ventricular, desta forma, dizemos que o infundíbulo é uma região cônica, situada por dentro do cone arterial e que antecede a origem do tronco pulmonar. Valva atrioventricular direita (valva tricúspide): é o conjunto constituído geralmente por 3 válvulas, situadas entre o átrio e o ventrículo direitos. De acordo com suas localizações, as válvulas são denominadas de: anterior, posterior e septal. Trabécula septomarginal: é uma trabécula cárnea, tipo ponte, situada próxima ao ápice do ventrículo direito, ligando o septo interventricular ao músculo papilar anterior e parede anterior do ventrículo direito. A trabécula septomarginal tem valor histórico por ter sido esquematizada por Leonardo Da Vinci em seus desenhos. Esta trabécula delimita inferiormente o Ostium bulbi, que se localiza entre as vias de entrada e de saída, para orientar a corrente sanguínea em direção ao tronco pulmonar. No interior desta trabécula encontramos o ramo direito do feixe atrioventricular (feixe de His) do complexo estimulante do coração. Músculo papilar anterior ou pilar anterior: O maior de todos, prende-se à parede anterior do ventrículo direito, é freqüentemente único. Músculo papilar posterior ou pilar posterior: preso à parede posterior do ventrículo direito, é pequeno e de número variável. Músculo papilar septal ou pilar septal: pequeno, de número variável, situa-se no septo interventricular (porção muscular), próximo a crista supraventricular e tronco pulmonar. Valva pulmonar: é o conjunto de 3 válvulas semilunares (1 posterior e 2 anteriores, direita e esquerda), situadas entre o infundíbulo e a origem do tronco pulmonar. A lúnula é a margem espessada da válvula semilunar; e o nódulo, é uma formação endurecida no centro da lúnula, que completa a oclusão da valva, impedindo o refluxo sanguíneo. VENTRÍCULO ESQUERDO É mais longo e mais cônico do que o ventrículo direito, forma o ápice do coração. A parede ventricular esquerda é cerca de 3 vezes mais espessa (9-12mm) do àquela do ventrículo direito. Valva atrioventricular esquerda (valva mitral ou bicúspide): é o conjunto, freqüentemente, constituído por 2 válvulas (anterior e posterior), situando-se entre o átrio e ventrículo esquerdos. Quando fechada, oclui o óstio atrioventricular esquerdo, e quando aberta permite a passagem de sangue do átrio para o ventrículo esquerdo. Músculo papilar anterior ou pilar anterior: afastado do septo interventricular, preso à parede ânterolateral do ventrículo esquerdo. Músculo papilar posterior ou pilar posterior: próximo ao septo interventricular, preso à parede posterior do ventrículo esquerdo (face diafragmática). A valva aórtica consiste de 3 válvulas semilunares (1 anterior e 2 posteriores, direita e esquerda), que se encontram inseridas no anel fibroso aórtico que circunda o óstio aórtico. A valva aórtica é semelhante à valva pulmonar, mas suas válvulas são maiores, mais espessas e mais resistentes; as lúnulas são mais evidentes e os nódulos mais espessos e salientes. Logo depois das bases das válvulas, a aorta apresenta três dilatações acentuadas, denominadas seios aórticos, que são maiores do que aqueles na origem do tronco pulmonar. ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÃO O esqueleto fibroso do coração está relacionado com os óstios arteriais e atrioventriculares. Esse esqueleto apresenta estruturas interligadas, os trígonos fibrosos direito e esquerdo, os ânulos fibrosos dos óstios arteriais e atrioventriculares, o tendão do infundíbulo e a porção membranácea do septo interventricular. Este esqueleto é formado pelos anéis fibrosos que circundam os óstios atrioventriculares direito e esquerdo e arteriais e, refletindo a grande pressão a que estão submetidos, são mais fortes do lado esquerdo do que do lado direito do coração. As fibras musculares dos átrios e dos ventrículos prendem-se aos anéis atrioventriculares, os quais servem também para a inserção das valvas atrioventriculares direita e esquerda. O intervalo entre o anel fibroso aórtico, na frente, e os anéis fibrosos direito e esquerdo, atrás, é ocupado por uma massa resistente de tecido fibroso, sendo denominado, trígono fibroso direito. Uma massa semelhante, porém menor, de tecido fibroso, denominado trígono fibroso esquerdo, situa-se entre o lado esquerdo do anel fibroso aórtico e a frente do anel fibroso esquerdo. O tendão do infundíbulo é parte deste mesmo sistema fibroso, é uma faixa tendinosa que liga a face posterior do infundíbulo à aorta. Circundando o óstio do tronco pulmonar temos o anel fibroso pulmonar. COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO Prof. Dr. José Carlos Prates CONCEITO: É o conjunto de estruturas responsáveis pela origem e pela condução do estímulo necessário para o desempenho da função cardíaca. HISTÓRICO: 1ª Fase – Teorias do calor como origem Hipócrates (460-376 a.C.) – Fogo Vestal. Aristóteles (384-322 a.C.) – Calor Natural. Galeno (130-200) – Força Vital. Silvius (1614-1672) – Reação Iatroquímica. 2ª Fase – Teorias neurogênica e miogênica (controvérsias) Willis (1644) – Neurogênica (semelhança comoutros órgãos). Lower (1631-91) – Ação do nervo vago. Von Haller (1754) – Miogênica (distensão da fibra pelo sangue). Purkinje (1839) – Descobre células que relaciona com contração. Paladino (1876) – Identifica fibras musculares atrioventriculares. Gaskell (1884) – Inervação do coração e fibras atrioventriculares. His Jr. (1890) – Precedência embriológica da contração cardíaca. Kent e His Jr. (1893) – Descoberta do feixe atrioventricular. 3ª Fase – Descobertas que confirmaram a teoria miogênica Tawara (1906) – Nó atrioventricular. Keith e Flack (1907) – Nó sinoatrial. Wenckebach (1907) – Condução atrial (seio entrecavas). Thorel (1909) – Condução atrial (crista terminal). Lewis (1910) – Condução atrial (propagação radial). Kent (1913) – Fascículo acessório atrioventricular. Bachmann (1916) – Condução interatrial. Manhain (1932) – Estimulação do septo interventricular. James (1963) – Condução atrioventricular – feixes internodais. NÓ SINOATRIAL Terminologia: sinusal, sinuatrial, marcapasso, pacemaker, Keith e Flack, sinu-auricular e ultimus moriens. Descobrimento: Keith e Flack (1907). Localização: na junção anterolateral da veia cava superior com o átrio direito, no ponto de encontro de três (3) linhas que passam pela: margem superior da aurícula direita, margem lateral da veia cava superior e sulco terminal (corresponde internamente à crista terminal). Formato: variável - fusiforme, oval e ferradura. (Bruni, 1924). Número: um (1). (duplo (2) – Pace, 1911). Dimensão: comprimento (10 - 30mm); largura (1,8 - 5mm) e espessura (1 - 1,5mm). Cor: branco amarelado. Irrigação: artéria do nó sinoatrial (ramo da artéria coronária direita em 58% ou ramo da artéria circunflexa que é ramo da artéria coronária esquerda em 42%). CONDUÇÃO INTERATRIAL E INTERNODAL A condução do impulso através da parede atrial é ainda controversa, apresentamos as hipóteses que procuram explicar esta condução: a) através de feixes especiais contínuos e descontínuos; b) propagação radial através da musculatura atrial; c) propagação preferencial por caminhos específicos. Feixes Internodais Terminologia: feixes internodais anterior, médio e posterior. Descobrimento: respectivamente por Wenckebach (1907), Thorel (1909) e Bachmann (1916). A confirmação destas descobertas foram feitas por James (1963) e Holsinger (1968). Formato, Dimensão e Cor: Não são visíveis a olho nu. Número: são três (3) os feixes internodais. Localização: Feixe Internodal Anterior: Origina-se no nó sinoatrial, passa por diante da desembocadura da veia cava superior, continua pela parede superior do átrio direito até atingir o septo interatrial, onde divide-se em dois (2) ramos. Um ramo dirige-se à parede do átrio esquerdo e, o outro ramo apresenta um trajeto descendente através da porção mais anterior do septo interatrial, terminando no nó atrioventricular. Feixe Internodal Médio: Origina-se no nó sinoatrial, passa posteriormente à desembocadura da veia cava superior, cruza obliquamente a parede atrial entre as veias cavas superior e inferior em direção ao septo interatrial. No septo, apresenta um trajeto descendente e anterior à fossa oval, terminando no nó atrioventricular. Feixe Internodal Posterior: Origina-se no nó sinoatrial, penetra na espessura da crista terminal, a qual percorre toda extensão, passando depois, entre os óstios de desembocadura do seio coronário e da veia cava inferior, terminando no nó atrioventricular. NÓ ATRIOVENTRICULAR Terminologia: nó de Aschoff e Tawara, nó de Tawara e nó AV. Descobrimento: Tawara (1906). Localização: na porção inferior do septo interatrial, em sua face direita, ou seja, voltada para o átrio direito; no trígono delimitado pelo óstio de desembocadura do seio coronário, óstio de desembocadura da veia cava inferior e pela inserção da cúspide septal da valva atrioventricular direita (=tricúspide) no anel fibroso direito. Formato: ovóide. Número: um (1). Dimensão: comprimento (5mm); largura (3mm) e espessura (1mm). Irrigação: artéria coronária direita em 90% ou artéria interventricular anterior ramo da artéria coronária esquerda em 10%. FEIXE ATRIOVENTRICULAR Terminologia: fascículo atrioventricular, feixe de His e feixe de Kent. Descobrimento: Kent e His Jr. (1893). Localização: porção inferior e anterior da face direita do septo interatrial, atravessa o trígono fibroso direito para em seguida, ocupar a parte direita da porção membranácea do septo interventricular. Formato: cordão. Número: um (1). Dimensão: comprimento (5-20mm); largura (2,5mm) e espessura (1,5mm). Cor: amarelo escuro. Divisões: ramos direito e esquerdo CONDUÇÃO VENTRICULAR Ramo Direito do Feixe Atrioventricular Descobrimento: Tawara (1906). Localização: parte direita da porção muscular do septo interventricular. Na porção alta do septo é intramuscular, tornando-se subendocárdico a partir do terço médio, sendo às vezes visível, acompanhando a trabécula septomarginal. Formato: cordão cilíndrico. Número: um (1). Dimensão: comprimento (10 - 20mm) e largura (1 - 3mm). Cor: amarelo. Divisões: ramos anterior e posterior (septais possíveis). Ramo Esquerdo do Feixe Atrioventricular Descobrimento: Tawara (1906). Localização: perfura a porção membranácea do septo interventricular, ocupando a parte esquerda da porção muscular deste septo, onde é subendocárdico em toda sua extensão, fato que o torna visível na maioria das vezes. Formato: fita achatada. Número: um (1). Dimensão: comprimento (10 - 20mm) e largura (3 - 12mm). Divisões: ramos anterior e posterior (septais e aórtico possíveis). Ramos Subendocárdicos Terminologia: rede subendocárdica e rede de Purkinje. Descobrimento: Purkinje (1839). Localização: os ramos subendocárdicos estão incluídos nas trabéculas cárneas de ambos os ventrículos, é possível encontrá-los também isolados. Vias Acessórias Constituem as bases morfológicas da pré excitação. a) conexões atrioventriculares acessórias: feixes atriovalvares e ventriculovalvares (Paladino) feixe atrioventricular lateral direito (Kent) feixe acessório posterior (Kent; Rosembaum) b) Conexões nó atrioventricular e feixe atrioventricular (Manhain) c) Bypass feixe internodal posterior e feixe atrioventricular. PRINCIPAIS ARTÉRIAS Prof. Dr. José Carlos Prates Aorta é a maior e principal artéria do corpo humano, já que direta e indiretamente (através de ramos de seus ramos diretos) é responsável pela irrigação (nutrição) dos nossos tecidos. A aorta origina-se no ventrículo esquerdo, assume de início, direção ascendente e para a direita (aorta ascendente), volta-se a seguir para a esquerda e para trás, traçando uma curva (arco da aorta). Coloca-se então, por diante da coluna vertebral a qual acompanha até ao nível de L4 (aorta descendente), quando emite seus ramos terminais: aa. ilíacas comuns direita e esquerda. PARTE ASCENDENTE DA AORTA Ramos: Aa. coronárias direita e esquerda 1. A. coronária direita Ramos: Aa. do cone, do nó sinuatrial, atriais, ventriculares, marginal direita e interventricular posterior (ramos interventriculares septais). T. I. - maior parte das paredes do AD e VD, nó sinuatrial (58%), parte da parede posterior do VE e parte posterior e menor do septo interventricular. 2. A. coronária esquerda Ramos: Aa. interventricular anterior (ramos interventriculares septais e diagonais), circunflexa (ramos atriais, do nó sinoatrial (48%), marginal esquerda e posterior do ventrículo esquerdo). T. I. - maior parte das paredes do AE e VE, parte da parede anterior do VD e parte anterior e maior do septo interventricular. ARCO DA AORTA Ramos: tronco braquiocefálico,
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