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FARMACOLOGIA AULA 01 e 02 – INTRODUÇÃO FARMACOLOGIA Definição: É a ciência que estuda a ação de substancias químicas em um organismo vivo e fora dele. ASPECTO GERAIS Inclui o conhecimento da história, origem, propriedades físico-químicas, composição, absorção, distribuição, mecanismo de ação, biotransformação e eliminação de fármacos. 1. DROGA: É um fármaco. Qualquer substância química de origem natural ou sintética de natureza molecular simples ou complexa de estrutura química definida ou não e que pode ou não ter efeito terapêutico. Ex: Morfina, não consegue copiar. Definição: Qualquer substância que é capaz de produzir efeitos farmacológicos, ou seja, alterações funcionais das células, modificando a função dos organismos vivos. Obs:.¹ Os fármacos não cria evento novo dentro da célula, o que ele faz é alterar os eventos fisio-farmacológicos para mais (+). (+) = Up regulation – feedback positivo (excitatório). (-) = Down regulation – feedback negativo (inibitório). De que forma se apresenta os fármacos? Medicamentos. 2. MEDICAMENTOS: São produtos manufaturado industrializados resultante da associação do princípio ativo mais os veículos flavorizantes, acidulantes, antioxidantes, facilitadores de absorção, etc. As formulações são transformadas sobre a forma de pó cristalino, variando de cores desde cristais transparente, na maior parte branca, existem todas as tonalidades de cor com exceção do preto. Todos com um peso molecular deste “sal” /MW = peso molecular. Produto manufaturado = princípio ativo + veículo. Finalidades: profiláticas, curativas, paliativas e evitar gravidez ou diagnóstico. Em apresentações farmacêuticas, comprimida, capsular, drogas, xarope, soluções, pomadas, etc. Este produto tem um registro e se não for genérico possui um nome fantasia, Ex. Doril aspirina = ácido acetil. 3. REMÉDIO Não tem comprovação cientifica, é uma mistura de substâncias, podendo ser animal, vegetal ou mineral. Rituais religiosos. Muitos desses remédios apesar da falta de validação cientifica tem um histórico de cura de diversas doenças ao longo do tempo e que a informação é passada de geração a geração dentro de uma etnia ou etno gráfico particular. Ex: indígenas, caboclo, etc. 4. SUBSTÂNCIA ENDOGENA São substancias que o próprio corpo produz. 5. NEUROTRANSMISSORES Transmitem os impulsos nervosos para um nervo, neurônio, tecido muscular. Onde são secretados pelos nervos e chegam ás sinapses. 6. COTRANSMISSOR São mediadores químicos produzidos e armazenados no mesmo local (transmissão nervosa) que o neurotransmissor principal. Ex: VIP- peptídeo intestinal vasoativo, faz a transmissão colinérgica; nas vesículas do intestino reduz a ação de acetilcolina, fazendo com que as contrações sejam mais brandas (é produzida no mesmo local que acetilcolina). 7. NEUROMODULADORES No sistema de sinapses regido por um neurotransmissor, uma pequena terminação nervosa não pertence a esse sistema. E secreta um mediador químico que fara a modulação de resposta ao neurotransmissor principal. 8. HORMÔNIO Substância excretadas por glândulas que caem na corrente sanguínea e é levado até o órgão ou tecido alvo. Sistema Endócrino. 9. NEUROTRANSMISSORES Transmitem os impulsos nervosos para um nervo, neurônio, tecido muscular. São secretados pelos nervos e chegam às sinapses. ➢ Etapas: 1. Síntese e armazenamento 2. Liberação na fenda sináptica 3. Difusão e reconhecimento pelos receptores pós-sináptico 4. Transdução do sinal 5. Transmissão rápida 6. Transmissão lenta 7. Recaptura do transmissor 8. Desativação do neurotransmissor Exemplo: dopamina é um neurotransmissor que se concentra em algumas regiões do SNC 10. MEDIADORES QUÍMICOS São produzidos nas células e participam de diversas resposta no organismo, co- transmissores e neuromoduladores. Estes auxiliam o neurotransmissor intensificando ou amenizando seus efeitos. TIPOS DE FARMACOS 1. AGONISTA São substâncias capazes de interagir e ativar receptores farmacológicos. Podendo ser excitatório ou inibitório. Na célula há um receptor e um AG (agente exógeno ou endógeno), que ao se ligar com o receptor pode ativar ou inativar um enzina, canal iônico, atividade carregadoras, síntese proteica, etc. Conhecido como resposta físio- farmacológica. A agonista ativa a célula pois ele tem atividade intrínseca. A maior Atividade Intrínseca tem valor 1,0 (agonista total). A agonista total é a resposta máxima. 2. AGONISTA PARCIAL Um agonista que tem valor inferior á 1,0, ele é chamado de Agonista parcial (somente exógeno). Ex: nalorfina para usuário de síndrome de abstinência subclínica. O antagonista parcial reduz as doses de independência de certas substancias para serem substituídas. 3. ANTAGONISTAS São fármacos destituídos de atividades intrínsecas e que tem a função de inibir a ação farmacológica da agonista. O antagonista puro tem atividade intrínseca igual a 0. Não dispara envolvimento intracelular. “Quanto maior a dose do agonista, menor a ação do antagonista” – vice-versa. Obs. ¹ Atividade Intrínseca é a capacidade de um fármaco ativar um receptor. CURVA- DOSE RESPOSTA Serve para dobrar os efeitos dos fármacos. Usando a relação entra a quantidade do medicamento administrado e a intensidade dos efeitos observados. Descrevendo assim, a relação entra a quantidade do medicamento administrado e a intensidade dos efeitos observados. Objetivo: É descrever a relação entre a quantidade do medicamento administrados e a intensidade dos efeitos observados. Assim teremos a plotagem de uma curva sigmoide que à medida incrementada a dose obterá também incremento de efeito. Os eixos das ordenadas correspondem ao efeito máximo obtido, e nas abcissas corresponde à aplicação do fármaco ou quantidade de fármaco. Quanto mais para a esquerda à curva menos quantidade de fármaco, quanto mais para a direita mais quantidade de fármacos. *De50 – Potência em vivo / Ce50 Potência em vitro. Obs.¹ Ce50 em vitro controla-se todas as variações. Logo, tem-se a tendência de a resposta ser muito mais potente. Curva dose resposta: É fundamental para a obtenção da potência dos fármacos ou DI50 mg/kg CI50 mg/ml. De50 ou Ce50: É a capacidade de uma droga de ativar 50% dos receptores obtendo assim 50% da resposta máxima. ➢ Conclusão: Na cursa-dose resposta, podemos assim avaliar 1. Eficácia (o efeito máximo possível). 2. A quantidade para ser produzida 50% do efeito máximo (de 50). 3. Calcular o índice terapêutico 4. A potência 5. Avaliar sinergistas 6. Avaliar antagonistas. PRINCIPAIS PARAMETROS DA CURVA DOSE RESPOSTA ❖ Potência Representa a situação da curva ao longo do eixo das doses. Potencia é uma medida comparativa, refere- se as diferentes doses de dois fármacos para produzir o mesmo efeito. Obs.¹ quanto menos fármaco é necessário para obter uma resposta fisio-farmacológica, mais potente ele é. Isoladamente a potência não tem demasiado importância. Uma droga não é melhor ou pior do que outra, levando-se em conta apenas a potência. ❖ Eficácia Representa a situação da curva ao longo do eixo das ordenadas (efeitos). Altura alcançada, quantidade nos dá uma ideia de sua eficácia-descreve a força de um único complexo droga-receptor para provocar uma resposta no tecido. Obs.¹ A eficácia diz resposto a capacidade de obtenção fisio-farmacologica máxima dentro de um tecido. E sempre haverá ativação de todos os receptores, apesar de respostas de intensidade diferente, para dois fármacos com atividades intrínsecas máxima. A - É mais potente que B, mas não é mais eficaz. B – É mais eficaz do que o A, porém não mais potente. JANELA TERAPEUTICA “As curvas dose resposta C.D.R. servem para identificar a janela terapêutica ou índice terapêutico”. Significa: a área (ou faixa) entre a dose eficaz mínima, e a dose máxima permitida. Corresponde a uma faixa plasmática aceitável na qual os resultados terapêuticos são positivos. Intervalos de doses que vai desde o início dos efeitos benéfico até o início dos efeitos tóxicos. ”Reações iatrogênica: São reações adversas no organismo ocasionadas pelo mal uso de um fármaco ou recurso terapêutico”. Efeito indesejável: Onde a droga, medicamento se torna toxico, (veneno). Obs.¹ quanto maior a janela terapêutica, mais segura um fármaco. O fármaco de estreitas janelas terapêuticas devem ser utilizados com muito cuidado, porque pequenas concentrações podem levar ao quadro de intoxicação. ANTAGONISMO DOS RECEPTORES ANTAGONISMO ENTRE DROGAS 1. Antagonismo Químico - Quando duas substancias se combinam em solução de modo que o efeito da droga ativa é reduzido. - Exemplo: inativação de metais pesados por agentes quelantes (poder de neutralizações através de reações covalentes – reduzindo radicais livres). - Reduz os efeitos das agonistas, principalmente os farmacocinéticos. - Anticorpos neutralizantes contra mediadores proteicos. - Exemplos: reações de neutralização química – usado principalmente para uma substancia muito acida ou muito alcalina. Ácido + Base = Sal + Água Barbitúricos (derivado do ácido barbitúrico): estreita janela terapêutica, ou seja, mais perigoso é o fármaco. – Uma maneira de resolver a acidez é utilizar uma reserva alcalina (bicarbonato de sódio) = papel do antagonismo químico. 2. Antagonismo Farmacocinético - É aquele que interfere nos processos de absorção, metabolização e eliminação de fármacos. - Situação em que o antagonista diminui a concentração da droga ativa em seu sítio de ação. - Taxa de degradação metabólica da droga ativa pode ser aumentada. Ex: Warfarina e fenobarbital. - Diminuição da taxa de absorção da droga. Ex: drogas que inibem a motilidade gastrintestinal (atropina, opiáceos). Interação entre o cálcio e tetraciclina Anestésico com vaso constritor (adrenalina). - Aumento da taxa de excreção renal Ex: Diuréticos (furosemida e indometacina) – Alteração do PH urinário. 3. Antagonismo por bloqueio do receptor Antagonismo competitivo reversível - Deslocamento paralelo da curva concentração - efeito para a direita. Gráfico de Sehild: calcula a potência do antagonista frente ao agonista. Em apenas uma dose o antagonista desloca para o lado positivo sem interferir na curva da resposta máxima. Exemplo: Propranolol sobre Adrenalina. Exemplo: Atropina sobre Acetilcolina Antagonismo competitivo irreversível - Dissociação lenta do antagonista, não dissociação. Os antagonistas que fazem isso, são conhecidos como quelantes de receptores. Ocorre o descolamento a direita da curva concentração – resposta, porém sempre haverá um achatamento da curva concentração – resposta. Exemplo: Fenoxibenzamina - > NOR (efeito pressor). NOR = noradrenalina. 4. Antagonismo Não Competitivo - Situação onde o antagonista bloqueia algum ponto da corrente de eventos que leva a produção de uma resposta pelo agonista (nifedipina e NA)¹. - Redução da inclinação e da resposta máxima do agonista da curva de concentração – efeito. - Interferência dos eventos pós receptor intracelulares: ao invés de ir no receptor da superfície da membrana, ele vai no receptor pós membrana, ou seja, pós ativação do receptor. Impedindo assim o evento intracelular feito pelo agonista. - Pode haver ou não deslocação para direita da curva. Exemplo¹: A noradrenalina para contrair vasos precisa de um influxo de cálcio através de canais de cálcio – Ou seja, se não entrar cálcio, a artéria não se contrair e a nefedipina é um bloqueador do canal de cálcio. 5. Antagonismo Fisiológico - Interação de duas drogas cuja ações são opostas no corpo (histamina e omeprazol; histamina e NA). NA = adrenalina. Obs. histamina causa azia (dispepsina hiperclorídrico). A adrenalina produz efeitos opostos às reações sistêmicas produzidas pela histamina no choque anafilático. Histamina (broncoespasmo, vasodilatação sistêmica, bradicardia) x adrenalina endovenosa (broncodilatação, vasoconstrição túnica, taquicardia) = Antagonismo fisiológico.
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