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Polissulfetos: Materiais de Moldagem

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POLISSULFETOS 
Introdução 
Na hora de escolhermos um material de moldagem alguns requisitos devem ser levados em conta para uma moldagem precisa, nesse caso o material de moldagem empregado para reproduzir uma fiel réplica dos tecidos intra e extra orais deve ter facilidade de mistura, tempo de trabalho adequado, tempo de presa, recuperação elástica e rigidez, estabilidade dimensional, fidelidade de reprodução, facilidade de 
 vazamento e custo acessível.
Introdução 
Seguindo essa linha de raciocínio concluímos que nenhum material preenche todos os requisitos, e a seleção do melhor material para uma dada situação clínica particular e laboratorial fica a critério do dentista. 
Introdução 
Devendo ser levado em consideração as condições ambientais, as características do tecido, a qualidade da moldagem e a qualidade do modelo.
Materiais de moldagem
Os materiais de moldagem podem ser classificados como reversíveis ou irreversíveis, de acordo com a maneira pela qual o material endurece. 
Materiais de moldagem
Elásticos ou anelásticos de acordo a capacidade de sofrer deformação elástica no momento da remoção da moldagem e em qualquer retenção ou tomam-se rígidos e não podem ser removidos sem fraturar ou distorcer a moldagem. 
Materiais de moldagem
Os materiais de moldagem elásticos definem a segunda categoria. São capazes de reproduzir adequadamente tanto os tecidos duros como tecidos moles da boca, incluindo os espaços retentivos. Esses materiais de moldagem se subdividem em dois tipos: os hidrocolóides e o elastômeros.
Histórico
Os elastômeros surgiram a partir de 1950. Os polissulfetos foi o primeiro material de moldagem borrachóide também conhecido como mercaptana. Ele era flexível, mas não tinha grandes alterações dimensionais durante o armazenamento como ágar e alginato, porém era mais forte e mais resistente ao rasgamento. 
ELASTÔMEROS
Foram desenvolvidos principalmente para aplicações na área industrial. No entanto, tem sido considerado como materiais de sucesso devido ao grande potencial como material de moldagem de precisão para odontologia.
Definição 
São borrachas sintéticas, semelhante às borrachas naturais a adição de enxofre à borracha a torna mais resistente. Esse processo recebe o nome de vulcanização. 
Processo de vulcanização
É adicionado 2 a 30% de enxofre à borracha, sob aquecimento e na presença de um catalizador. Quanto maior a quantidade de enxofre adicionado, maior será a dureza da borracha e menor a sua elasticidade. 
Elastômeros 
O tipo de classificação está baseado na relação dos materiais por suas propriedades elásticas e por suas alterações dimensionais, em vez de sua química. 
Entretanto, cada tipo está subdividido em quatro classes de viscosidade: (1) material leve; (2) material médio ou regular; (3) material pesado e (4) massa densa.
São eles
Polissulfeto,
Poliéter,
Silicones polimerizados por condensação,
Silicones polimerizados por adição.
COMPOSIÇÃO DOS POLISSULFETOS
Pasta básica + catalisador
Polímero de Polissulfeto + Dióxido de Chumbo
Borracha de Polissulfeto + Óxido de Chumbo + Água
PRINCIPAIS COMPONENTES DO POLISSULFETO OU MERCAPTANA
PASTA BASE PASTA CATALISADORA
POLÍMERO DE POLISSULFETO DIÓXIDO DE CHUMBO
SULFATO DE ZINCO, SÍLICA OU DIÓXIDO DE TITÂNIO DIÓXIDO DE TITÂNIO
DIBUTILFTALATO ÁCIDO OLEICO OU ESTEÁRICO
ENXOFREDIBUTILFTALATO
PASTA BÁSICA
O polímero de polissulfeto tem adicionado à sua composição um agente de carga para propiciar a resistência necessária, além de um plastificante, que confere uma viscosidade apropriada à pasta. Este conjunto de substâncias forma a pasta base. 
A pasta base geralmente apresenta cor branca, devido à presença de agentes de carga e tem um odor desagradável causado pela alta concentração de grupamentos mercaptanos, que têm enxofre.
PASTA CATALIZADORA
A pasta conhecida como catalisadora ou aceleradora contém dióxido de chumbo. Nesta pasta é usado o mesmo plastificante da pasta base, assim como é usada uma pequena quantidade de carga. Retardadores são frequentemente adicionados para controlar a velocidade da reação de endurecimento. 
A cor da pasta catalisadora é dada em virtude da natureza dos agentes oxidantes utilizados; materiais que contêm peróxido de chumbo são, normalmente, marrom escuro.
Pasta básica + catalisador
O contraste de cores das duas pastas é um auxiliar no momento da mistura, que deve ser feita até atingir uma cor homogênea, sem estrias. 
Os tubos das pastas apresentam orifícios de diâmetros diferentes. Ao comprimir os tubos e obter comprimentos iguais das pastas, tem-se uma relação apropriada entre o polímero e o reagente para ligação cruzada. 
Indicações
Os polissulfetos são comumente usados para moldagens de coroas e pontes e raramente para outras aplicações. Tem capacidade de;
Moldagem de áreas retentivas.
Moldagens unitárias.
Moldagens de quadrante.
Moldagem de pacientes dentados e desdentados.
Indicação 
Alta viscosidade - usados em anéis de cobre ou moldeira; permite uma sustentação adicional na moldeira.
Média viscosidades - recomendado para moldagens de próteses totais e parcerias.
Baixa viscosidade - para moldagem de prótese fixa; pode ser usado com seringa 
O PRODUTO 
Material de moldagem a base de polissulfeto (mercaptana).
 Material hidrófobo, (molda em campo seco – não tolera umidade no sulco), tixotrópico, estabilidade dimensional melhor que a dos hidrocolóides, boa resistência ao rasgo, longo tempo de trabalho. Consistências: leve, regular e pesado. Pastosa após a mistura
SÃO TRÊS OPÇÕES DE MISTURA:
MISTURA MANUAL
MISTURA ESTÁTICA
MISTURA MECÂNICA DINÂMICA
MISTURA MANUAL
O usuário deve dispensar comprimentos iguais das pastas sobre o bloco de espatulação ou placa de vidro e realizar a espatulação.
MISTURA MANUAL 
Moldeira individual com adesivo
Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante
Comprimento de pastas iguais
Espátula larga e rígida
Espatulação (45 a60seg.) - homogeneização
Reação de polimerização exotérmica (não sensível)
Verter gesso imediatamente
MISTURA ESTÁTICA
Transforma dois elementos fluidos ou pastosos em uma mistura homogenia, sem mistura mecânica.
MISTURA MECÂNICA DINÂMICA
Usa um motor pra impulsionar êmbolos paralelos, que forçam os materiais, para uma ponta misturadora e daí para a moldeira ou seringa, enquanto isso o impulsor (também ligado ao motor), no interior da ponta misturadora, mistura os materiais a medida que eles são extruídos através da ponta.
Manipulação
Algumas pastas de polissulfetos são extremamente viscosas e pegajosas se tornando difíceis de manipular. Nesses casos, se a força aplicada for suficiente e a espatulação for rápida, o material terá espessura mais fina e será fácil de manipular. 
Esse fenômeno é chamado de
 pseudoplasticidade. 
MANIPULAÇÃO MANUAL
São 3 tipos de técnica de moldagem para os elastômeros
TÉCNICA DA MISTURA MÚLTIPLA
TÉCNICA MONOFASE
TÉCNICA DA MOLDAGEM DUPLA (OU PUTTY-WASH)
TÉCNICA DA MISTURA MÚLTIPLA
Utiliza-se um material para seringa de (consistência leve) e um material para moldeira de (consistência pesada).
são manipulados manualmente os dois simultaneamente por pessoas diferentes se for manual. Ou por uma única pessoa usando dispositivos mecânicos.
Material leve ejetado a partir de uma seringa ou diretamente de uma pistola de mistura estática no interior e ao redor do dente preparado. Em seguida a moldeira preenchida é inserida na boca e assentada sobre o material da seringa que foi aplicado sobre os tecidos moles e duros. 
O material da moldeira força o material da seringa a se adaptar aos tecidos preparados.
TÉCNICA
MONOFASE
Similar à técnica da mistura múltipla, porém, parte do material é colocado na moldeira e parte é colocado na seringa para injeção no preparo cavitário, no dente, preparado ou no tecido mole. 
TÉCNICA DA MOLDAGEM DUPLA (ou putty-wash)
O material na consistência de massa (putty) é colocado em uma moldeira de estoque, e uma moldeira preliminar é realizada. Esse procedimento resulta, essencialmente, na obtenção de uma moldeira individual formada pela massa.
O espaço para o material leve (wash) é conseguido cortando um pouco da massa da “moldeira” ou utilizando uma folha fina de polietileno como espaçador entre as massa e o dente preparado durante a moldagem preliminar ou então aplicando uma lâmina de plástico sobre o modelo conformando-a sob vácuo e em seguida realizando a moldagem do modelo com o material viscoso.
Após a mistura o material de consistência leve é colocado sobre o molde de material pesado e sobre o preparo, em seguida, a moldeira é reassentada na boca para a obtenção do molde final.
Reação de Presa
A reação de presa inicia-se no começo da mistura e alcança sua velocidade máxima tão logo a espatulação se complete, neste estágio, uma rede resiliente começa a se formar. Durante a presa final, um material com elasticidade e resistência adequadas é formado e pode ser removido prontamente de áreas retentivas.
Tempo de presa
Tempo decorrente desde o início da mistura até que o material possa ser removido do molde com o mínimo de distorção
Tempo médio: 10 a 12 min.
O tempo de presa não corresponde ao tempo de polimerização, a polimerização pode continuar, por um tempo considerável,
 após a presa.
Tempo de trabalho
Maior tempo de trabalho.
Tempo decorrente desde o início ao começar a espatulação e termina imediatamente antes que o material apresente propriedades elásticas
Tempo médio: 4 a 6 min.
O tempo de trabalho deve exceder o tempo de 
 espatulação.
Temperatura 
Um aumento na temperatura acelera a velocidade de polimerização de todos os elastômeros para moldagem e, como consequência, o tempo de presa e o de trabalho são diminuídos, e vice-versa.
Um método prático de aumentar o tempo de trabalho (e consequentemente o tempo de presa) é manter o material em ambiente refrigerado ou quando a mistura é feita em um bloco de espatulação resfriado e seco, por outro lado, quando o material de moldagem é levado à boca, o tempo de presa será diminuído por ser a temperatura oral mais elevada e pela existência de umidade.
Elasticidade
As propriedades elásticas desses materiais para moldagem melhoram com o tempo de polimerização, ou seja, quanto mais tempo o molde possa permanecer na boca, antes da sua remoção, mais preciso ele será.  
A recuperação de uma deformação elástica, após um esforço como a remoção de uma moldagem, é mais lenta para os polissulfetos do que para os outros elastômeros. 
Elasticidade
Os polissulfetos exibem mais deformações permanentes após forças de compressão, quando comparado com os outros materiais. Por ser materiais viscoelásticos, deformações repetidas, como as que ocorrem durante a remoção do molde da boca, irão aumentar a deformação permanente. Esta deformação é diretamente proporcional à duração e à quantidade da deformação produzida.
Estabilidade dimensional
O molde deve ser vazado imediatamente após a obtenção da moldagem, porque a moldagem é mais precisa tão logo seja removida da boca, pois o subproduto da reação (água) é perdido, o que causa contração; além disso, há uma recuperação incompleta da deformação, devido às propriedades viscoelásticas.
Vantagens e desvantagens
Vantagens
Desvantagens
Tempo de trabalho longo
Necessita de moldeira individual
Precisão
Necessita vazamento imediato
Alta resistência ao rasgamento
Distorção
Menos hidrofóbico
Odor desagradável
Baixo custo
Mancha a roupa
Controle de desinfecção
A desinfecção dos materiais a base de mercaptanas deve ser feita por spray de solução de glutaraldeído a 2%, ou por solução de hipoclorito de sódio a 1%, 
posteriormente o modelo deve ser recoberto por papel toalha encharcado pela mesma solução e guardado em saco plástico selado por 10 minutos. Antes do vazamento do modelo, deve-se lavar e secar o molde.
Considerações finais 
Os polissulfetos, entre os materiais de moldagem, classificam-se em último lugar em uma escala crescente de rigidez. Apesar da falta de rigidez, o material não-polimerizado tem um alto nível de viscosidade. 
O excesso de material não escoará facilmente, redução do desconforto ao paciente durante a compressão exercida na moldeira para o assentamento.
Sua flexibilidade permite fácil remoção, mesmo de áreas retentivas sem esforços. São considerados essencialmente não tóxicos. No entanto, cuidados devem ser tomados para se evitar contato com os olhos, fato que poderia levar a reversíveis irritações.
Referência
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DENTÁRIOS RICHARD VAN NOORT. Elsevier Brasil, 9 de maio de 2011 - 304 página.
MATERIAIS DENTÁRIOS Phillips Saunders Elsevier 12ª edição. Kenneth j. ANUSAVICE. SHEN; RAWLS.
PRÓTESE DENTÁRIA. Princípios Fundamentais Técnicas Laboratoriais Napoleão editora 2º edição. Autores Assaoca S. K; Cezar E. A; Oliveira F. 
http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2013/10/Ronaldo-Savaris.pdf acesso em 27/10/2016.
Figuras ilustrativas: http://www.odontoblogia.com.br/materiais-moldagem-polissulfetos-mercaptana/. Acesso em 27/10/2016. http://slideplayer.com.br/slide/357913/. Acesso em 27/10/2016.
http://slideplayer.com.br/slide/10219278/ . Acesso em 27/10/2016.
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