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Fichamento - Raizes do Brasil - cap 4: O semeador e o ladrilhador

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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA
	
	Disciplina: Formação do Pensamento Brasileiro
	
	Professor: Dr. Carlos Ângelo de Meneses Sousa
	
	Curso: Filosofia – 1.2017
	
	Estudante: Ricardo Rodrigues Lima
HOLANDA, Sérgio Buarque. O semeador e o ladrilhador. In: Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. Pág. 95 – 138.
	“A ordem que aceita não é a que compõem os homens com trabalho, mas a que fazem com desleixo e certa liberdade; a ordem do semeador, não a do ladrilhador.” (p. 116).
No quarto capítulo (O semeador e o ladrilhador) de seu livro Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda faz uma ínfima crítica aos portugueses pelo desleixo para com a colônia, argumentando também, sobre a forma de colonização portuguesa e espanhola.
O autor coloca o português como o semeador, pois sua colonização serviu apenas para se ter um local para exploração, servindo de passagem dos portugueses, pois preferiram concentrar-se na parte litorânea; em contrapartida, o ladrilhador seria, segundo o autor, aquele que estima uma conquista, que valoriza pela organização, papel feito pelos espanhóis transformando suas colônias em cidades e, na medida do possível, penetrando as terras do interior.
Na América, os espanhóis colocaram por finalidade fortalecer as estruturas que construíam a organização social na Espanha para a América, reproduzindo uma ‘nova Espanha’. “A colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à portuguesa: por uma aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras conquistadas, mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados” (p. 95).
Com a descoberta do ouro os portugueses decidiram explorar ao máximo o que o Brasil podia lhe oferecer: matéria prima e mão de obra. Com as descoberta das minas, foi-se colocada, também, um pouco mais de ordem nas colônias portuguesas. “A circunstância do descobrimento das minas, sobretudo das minas de diamantes, foi, pois, o que determinou finalmente Portugal a pôr um pouco mais de ordem em sua colônia, ordem mantida com artifício pela tirania dos que se interessavam em ter mobilizadas todas as forças econômicas do país para lhe desfrutarem, sem maior trabalho, os benefícios” (p. 103).
Ulteriormente, Sérgio Buarque o povo que conseguiam chegar a alta classe tornando-se a ‘nova nobreza’. “À medida que subiam na escala social, as camadas populares deixavam de ser portadoras de sua primitiva mentalidade de classe para aderirem à dos antigos grupos dominantes” (p. 112). Destarte, tinha-se esse desejo em obliterar os laços existentes com o passado para nobilitar-se.
Findando o capítulo, Holanda argumenta sobre o papel que a Igreja teve no Brasil que era o de “simples braço de poder secular, em um departamento da administração leiga” (p. 118).

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