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Fichamento - Raizes do Brasil - cap 5: O homem cordial

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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA
	
	Disciplina: Formação do Pensamento Brasileiro
	
	Professor: Dr. Carlos Ângelo de Meneses Sousa
	
	Curso: Filosofia – 1.2017
	
	Estudante: Ricardo Rodrigues Lima
HOLANDA, Sérgio Buarque. O homem cordial. In: Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. Pág. 141 – 151.
	No quinto capítulo (O homem cordial) de seu livro Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda faz uma ínfima crítica ao Estado dizendo, no exórdio do capítulo, que o mesmo “não é uma ampliação do círculo familiar, e ainda menos, uma integração de certos argumentos, de certas vontades particulares, de que a família é o melhor exemplo” (p. 141).
	Segundo o autor, não é fácil para aqueles que detém de posições públicas de responsabilidade serem capazes em discernir o público do privado. A inépcia que o brasileiro tem em separar-se do que é familiar, gera o “homem cordial”; ser este que, aos olhos dos estrangeiros, é uma representação de lhaneza no trato, hospitalidade, generosidade (p. 146).
	Este espírito afável do homem cordial faz com que o mesmo trate a outras pessoas, mesmo desconhecidas, como pessoas próximas. Esta aproximação, segundo Sérgio Buarque, é expresso na linguística, na utilização do sufixo “inho”, pois ele acredita que este sufixo “serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo” (p. 148).
	Entretanto, mesmo expressando esta familiaridade com outrem, a vida em sociedade é, de certa forma, uma expressão de liberdade relacionada ao pavor em viver consigo mesmo. Para elucidar, Holanda cita Nietzsche: “Vosso mau amor de vós mesmo vos faz do isolamento um cativeiro” (p. 147).
	Neste sentido de intimidade, posteriormente, o autor refere-se ao catolicismo, no qual ‘é permitido’ tratar os santos com tanta intimidade que chega a ser quase desrespeitosa. Exemplificando, alude a Santa Teresa de Lisieux que torna-se Santa Teresinha, numa forma de se familiarizar com a santa. 
	Ulteriormente, findando o capítulo, Sérgio Buarque alude Auguste de Saint-Hilaire que durante a semana santa de 1822 observou que os fiéis não davam interesse nas pregações religiosas, ou seja, rezando, todavia, sem muita consideração. “Os homens mais distintos delas participam apenas por hábito, e o povo comparece como se fosse a um folguedo. No ofício de Endoenças, a maioria dos presentes recebeu a comunhão da mão do bispo. Olhavam à direita e à esquerda, conversavam antes desse momento solene e recomeçavam a conversar logo depois” (p. 151).

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