Buscar

02-PlanoDeAula_109260-NOVO EDITADO MENOS FOLHA IMPRIMIR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Plano de Aula: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: NORMAS CONSTITUCIONAIS
DIREITO
CONSTITUCIONAL I
Título
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: NORMAS CONSTITUCIONAIS
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
2 
Tema
  
	
 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: NORMAS CONSTITUCIONAIS
 
Objetivos
 
Analisar, através do estudo da teoria da
constituição, as espécies de normas constitucionais;
Compreender, através dos diversos critérios
doutrinários de classificação, a eficácia, vigência e aplicabilidade das normas
constitucionais.
Estrutura do Conteúdo
 
1. Aplicabilidade das normas constitucionais
1.1. Eficácia, aplicabilidade, validade e vigência
2. A nova
ordem constitucional em face das normas anteriores: Recepção, revogação,
repristinação e desconstitucionalização
3. Eficácia do Preâmbulo da Constituição
4. Classificação de José Afonso da Silva 
4.1. Normas constitucionais de eficácia plena
4.2.  Normas constitucionais de eficácia
contida 
4.3. Normas constitucionais de eficácia limitada
4.4. princípio institutivo
4.5. princípio
programático 
5. Outros critérios classificatórios
5.1. Normas constitucionais de eficácia absoluta
5.2. Normas constitucionais de eficácia plena
5.3.  Normas constitucionais de eficácia
relativa restringível 
5.4. Normas constitucionais de eficácia relativa
complementável ou dependentes de complementação
Classificação das Normas
Constitucionais
Quando a doutrina estabelece a classificação das
normas constitucionais, ela está preocupada quanto ao instituto jurídico
aplicado à generalidade das normas conhecido como eficácia jurídica, ou seja,
os efeitos que essas normas produzirão no ordenamento jurídico e social. Sendo
assim, estabeleceremos, dentre as diversas classificações existentes, a mais
famosa entre nossos doutrinadores, visto que é a adotada pelo Supremo Tribunal
Federal – STF, que é de autoria de José Afonso da Silva, onde as normas
constitucionais são classificadas como  normas de eficácia plena, normas
de eficácia contida e normas de eficácia limitada.
1)    Normas de eficácia plena – são aquelas
que estão aptas a produzir todos os seus efeitos desde a entrada em vigor da
Constituição. Desta forma, não necessitam de regulamentação infraconstitucional
e possuem aplicabilidade imediata, direta e integral. Por exemplo: art. 5º,
inciso II;
2)    Normas de eficácia contida – são
aquelas que, assim como as de eficácia plena, produzem todos os seus efeitos.
Entretanto, admitem serem restringidas ou contidas em seus efeitos por
legislação infraconstitucional. Portanto, têm aplicabilidade imediata e direta,
mas não integral, visto que admitem contenção em seus efeitos, como por exemplo a norma do art. 5º, inciso XIII;
3)    Normas de eficácia limitada – são
aquelas que para a produção ampla de seus efeitos necessitam de norma
infraconstitucional que as venham complementar. Assim sendo, enquanto não
existir a legislação infraconstitucional elas não produzirão
efeitos integrais, por isso, sua aplicabilidade é indireta, mediata e reduzida.
Por exemplo: art. 37, inciso VII.
O Fenômeno da
Superveniência de Nova Constituição
A doutrina aponta ainda como tópico importante para
o estudo das normas constitucionais, o problema que é acarretado para o
ordenamento jurídico em relação ao processo legislativo quando da
superveniência de uma nova Constituição. Para tanto, ela aponta três possíveis
fenômenos a fim de solucioná-lo. São eles: a recepção, a repristinação, e a
desconstitucionalização:
Recepção – Norma
jurídica infraconstitucional criada na vigência do ordenamento constitucional
anterior que é interpretada como compatível com a nova constituição. Trata-se pois de um principio de segurança jurídica, mas que também
é de economia  legislativa, porque não há razão alguma para a retirada das
normas em perfeita congruência com o ordenamento constitucional vigente.
Repristinação –
Ocorre uma espécie de ressurgimento ou restauração de vigência da norma
jurídica anteriormente revogada, de maneira tácita, pela ordem constitucional
pretérita, mas que agora foi substituída através de uma nova constituição
escrita (art 2º § 3º Dec-lei 4657/42).
Desconstitucionalização –
Fenômeno ainda não inteiramente admitido pela doutrina, no qual algumas normas
da constituição anterior permaneceriam em sua vigência, desta feita sob uma
nova forma de lei ordinária.
Aplicação Prática Teórica
  
Caso 1 – Tema:
Aplicabilidades das normas constitucionais 
Numa audiência no Juizado
Especial Cível, em cujo processo o autor pleiteava uma indenização por danos
morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), o advogado da empresa
demandada,  com amparo no art. 133 da Constituição da República, pleiteou a extinção do processo sem apreciação de mérito
(CPC, art. 267, IV), sob o fundamento de que o advogado é essencial à
administração da justiça. O autor, mesmo não tendo formação jurídica, ofereceu defesa alegando que a Lei n.º 9.099/95 lhe garantia a
possibilidade de postular em juízo sem assistência de defensor técnico. Diante
de tal hipótese,  considerando a aplicabilidade do art. 133, CRFB, seria
correto afirmar que a Lei n.º 9.099/95 padece de vício de
inconstitucionalidade?
Caso 2 – Tema: Recepção
A Emenda Constitucional
nº 1/69 permitia a criação, em sede de Lei infraconstitucional, de monopólios
estatais. Com o advento da Constituição da República de 1988, a possibilidade de
criação de monopólios por lei não foi mais contemplada.
À luz da teoria da
recepção, é possível sustentar a manutenção de monopólios estatais criados em
sede infraconstitucional pelo ordenamento pretérito e não reproduzidos pela
Constituição de 1988?

Outros materiais