Buscar

Relatório Glicidos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução
Os glícidos são o grupo de biomoléculas mais abundantes em toda a terra, sendo que a cada ano, por intermedio da fotossíntese, são convertidas mais de 100 bilhões de toneladas de CO2 e H2O em celulose e outros produtos vegetais. Certos carbohidratos/glícidos, como açucares e amido, são a base da dieta na maior parte do mundo e sua oxidação é a principal via metabólica fornecedora de energia para a maioria das células não fotossintéticas. (Lehninger, 2000).
Funções como formação da estrutura de proteção nas paredes celulares bacterianas e de vegetais, e nos tecidos conjuntivos de animais, ou ainda, como lubrificantes de articulações esqueléticas e participação no reconhecimento e de coesão entre células podem ser exercidas pelas diferentes classes de polímeros de glícidos. (Lehninger, 2000).
Por convenção, glícidos são polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas, cíclicos ou não cíclicos, ou ainda seus derivados, substâncias que libertam esses compostos por hidrólise. Para alem de possuírem na sua estrutura C; H e O, podem também ser formados por N; S e P. (Lehninger, 2000).
Os glícidos apresentam-se divididos em três principais classes com base no seu tamanho, e desta forma pode-se ter: monossacáridos – açucares simples, que consistem de apenas uma unidade polihidroxialdeídos ou cetona; oligossacáridos – compostos por cadeias curtas de unidades monossacáridas unidas entre si por ligações glicosídicas, e polissacáridos – aqueles que contêm mais de 10 unidades, podendo conter centenas e milhares de unidades unidas entre si covalentemente. (Lehninger, 2000).
Os monossacáridos podem sofrer oxidação por agentes oxidantes, relativamente suaves, tais como o iao férrico (Fe3+) e o cúprico (Cu2+). E durante esse processo de oxidação, o carbono carbonilo (CHO) é oxidado à carbono carboxílico (COOH). (Lehninger, 2000).
Aos açucares capazes de reduzir os iões Fe3+ e Cu2+ dá-se o nome de açucares redutores. (Lehninger, 2000).
É também possível determinar a concentração de um açúcar redutor pela medida da quantidade de agente oxidante que é reduzido pela solução desse mesmo açúcar. (Lehninger, 2000).
Essa propriedade é a base da reacção de Fehling, um teste qualitativo para a presença de açucares redutores. Por muitos anos, esse teste foi usado para detectar e medir as elevações dos níveis de glicose no sangue e na urina, no diagnostico do diabetes metilo – uma doença metabólica caracterizada por aumento anormal do açúcar ou glicose na corrente sanguínea.
O presente relatório é sobre a identificação de glícidos e a sua capacidade para redução a partir da reacção com o reagente de Benedict.
Objectivo geral
Identificar a presença ou não de glícidos através das reacções com HCl; HCO3-; lugol e reagente de Benedict.
Objectivos Específicos
Observar a acção do lugol sob as diferentes soluções de glícidos nos tubos de ensaio;
Verificar a coloração adquirida por cada glícido contido nos diferentes tubos de ensaio pelas reações com HCl e HCO3-;
Observar a acção do reagente de Benedict sob as soluções de glícidos presentes em cada tubo;
Identificar quais dos glícidos apresentam carácter redutor.
Princípios de métodos
Os açucares redutores reagem com o sulfato de cobre, em reagente de Benedict, reduzindo-o para o oxido de cobre I, um material insolúvel, o composto avermelhado que se forma logo após o aquecimento é um precipitado.
O bicarbonato é necessário para tornar a solução alcalina, que é essencial para permitir que alguns tipos de glícidos possam reagir, enquanto que o ácido clorídrico impede o sulfato de cobre de reagir com agente alcalino.
A solução torna-se azul (solução de sacarose estudada no presente relatório) devido à presença do sulfato de cobre.
Este teste é essencialmente qualitativo, ou seja, ele é usado simplesmente para verificar se há ou não um açúcar redutor presente, e não para determinar a quantidade. Ele pode, contudo, ser usado para um teste quantitativo bruto, em que uma cor esverdeada (solução de amido no exercício) indica apenas um pouco de açúcar redutos; amarelo um pouco mais e vermelho – tijolo (soluções de lactose e glicose no exercício), muito açúcar redutor.
�
Materiais e Reagentes
Amostras de glícidos: 1; 2; 3 e 4, todos à 1%;
Tubos de ensaio;
Suportes para tubos de ensaio;
Banho – Maria à 100ºC;
Pipetas graduadas;
Conta – gotas;
Vórtex;
Reagente de Benedict;
Lugol;
HCl 10%;
HCO3- 10%
Procedimentos experimentais
Experiência A
Colocou-se em tubos de ensaio, enumerados de 1 à 4 3mL das amostras dos glícidos para cada tubo, individualmente, e de seguida adicionou-se 4 gotas de lugol para cada tubo.
Levou-se a homogeneizar no Vórtex e por fim aqueceu-se em banho – maria (100ºC) durante 5 minutos e depois de retirados os tubos observou-se a possível alteração de cores.
Experiência B
Em cada tubo de ensaio, sem conteúdo, colocou-se 3mL das amostras dos glícidos presentes (individualmente).
De seguida, realizou-se a prova de Benedict, adicionando-se 1mL do mesmo à cada tubo em separado, misturando sempre no vórtex. Levou-se a aquecer no banho – maria (100ºC).
Após 5 minutos de aquecimento, foram retirados os tubos de ensaio do banho – maria e observaram-se os resultados.
Experiência C
Em 8 tubos de ensaio, colocou-se 3mL das amostras de glícidos para cada tubo individualmente.
Separou-se os 8 tubos em dois grupos, e adicionou-se 10 gotas de HCl (10%) ao grupo 1 de tubos de ensaio contendo amostras de glícidos e levou-se ao vórtex para homogeneizar cada solução do grupo 1. Feita a mistura, levou-se cada tubo do grupo 1 aquecer por dois minutos em banho – maria (100ºC).
Após dois minutos de aquecimento, colocou-se cada tubo do grupo 1 em um copo de Becker contendo água fria para posterior arrefecimento dos mesmos tubos.
Com HCO3- (10%), neutralizou-se o HCl contido nos tubos de ensaio do grupo 1, adicionando-se, também, 10 gotas de HCO3-. Levou-se a homogeneizar no vórtex e posteriormente, a aquecer no banho – maria durante 5 minutos.
Feito este procedimento, observou-se a posterior mudança de cor dos glícidos contidos em cada tubo.
Para o grupo 2, após a adição das amostras para cada tubo, individualmente, adicionou-se 1mL do reagente de Benedict, e fez-se a posterior mistura no vórtex e levou-se a aquecer por mais 5 minutos, assim como procedido para a experiência B.
Após o tempo acima citado, verificou-se a possível mudança de cor para cada tubo.
Resultados
Experiência A
Quadro 1. Ao adicionar-se solução de lugol aos tubos de ensaio contendo as amostras de glícidos verificaram-se os seguintes resultados:
	Tubo
	Adição de lugol
	1
	Mudança considerável de cor, solução esbranquiçada.
	2
	Ligeira mudança de cor – solução amarelada devido à presença de lugol.
	3
	Pequena mudança – solução amarelada devido à presença de lugol. 
	4
	Sem mudanças de cor.
Experiência B
Quadro 2. Ao adicionar-se o reagente de Benedict nos tubos 1; 2; 3 e 4, contendo amostras das soluções de glícidos, verificaram-se os seguintes resultados: 
	Tubo 
	Adição do reagente de Benedict
	1
	Solução verde claro. Formação de precipitado depois de um certo tempo.
	2
	Solução azul claro, devido à presença do reagente de Benedict. Sem formação de precipitado.
	3
	Solução vermelho – tijolo. Formação de precipitado após certo tempo.
	4
	Solução laranja, com formação de precipitado.
Experiência C
Grupo 1: glícido & HCl aquecidos
Quadro 3.1. Ao adicionar-se solução de HCl (10%) ao 1º grupo da experiência C, verificaram-se os seguintes resultados:
	Tubo
	Adição de HCl (10%)
	1
	Sem mudança de cor.
	2
	Sem mudança de cor.
	3
	Sem mudança de cor.
	4
	Sem mudança de cor.
Grupo 1: glícido + HCO3- + reagente de Benedict (aquecidos)
Ao adicionar-se solução de HCl, HCO3- e reagente de Benedict, observaram-se os seguintes resultados:
	Tubo 	
	Adição de HCl + HCO3- + reagente de Benedict
	1
	Soluçãoazul claro devido à presença do reagente de Benedict.
	2
	Leve mudança de cor para vermelho tijolo.
	3
	Solução castanha.
	4
	Solução azul acastanhado.
Experiência C
Grupo 2: glícido & reagente de Benedict (aquecidos)
Quadro 4. Ao adicionar-se reagente de Benedict aos tubos de ensaio com as amostras de glícidos, observaram-se os seguintes resultados:
	Tubo 
	Adição de reagente de Benedict
	1
	Solução verde.
	2
	Solução azul.
	3
	Solução vermelho tijolo.
	4
	Solução laranja.
 
Com base nos resultados obtidos, foi possível concluir que:
Solução 1 = Amido
Solução 2 = Sacarose
Solução 3 = Glicose
Solução 4 = Lactose
�
Discussão e Conclusões
O reagente de Benedict é uma solução de sulfato de cobre, carbonato de sódio e citrato de sódio em água.
Ele é utilizado para detectar a presença de certos tipos de hidratos de carbono conhecidos como açucares redutores. Estas substâncias podem ser submetidas à reações em que se doam electrões para outros compostos, o que resulta na produção de novas substâncias, e eles reagem desta forma com o reagente de Benedict para produzir um material insolúvel, o composto de cor avermelhada.
A glicose e a lactose originam uma reação positiva, mas a sacarose e o amido não.
Segundo VILELLA (1973), os dois factores que determinam o desenvolvimento da coloração quando o iodo interage com os polissacáridos são o comprimento da cadeia e a ramificação da cadeia. A coloração é desenvolvida devido ao aprisionamento do iodo no interior da cadeia de amilose. A presença de amido e de iões iodeto (I-), as moléculas de iodo formam cadeias de I6 que se alocam no centro da hélice formada pela amilose contida no amido.
A formação desse complexo, amilose – I6 é responsável pela cor azul intensa, por sua vez, a partir da absorção de luz na região do visível das cadeias de I6 presentes dentro da hélice da amilose.
Quanto maior a ramificação da cadeia, menos intensa será a coloração desenvolvida, visto que a interação entre o iodo e a cadeia é menor.
Sendo assim, após a adição de lugol, obteve-se um resultado positivo para a amostra contida no tubo 1, o qual indicou a presença de amido, com coloração esbranquiçada, sendo possível classifica-lo como polissacárido, e nas amostras restantes o resultado foi negativo.
Observando-se as colorações das restantes soluções, pôde-se dizer que a glicose e a lactose adquiriram a cor especifica do lugol, pois são, respectivamente, mono e dissacáridos, e não dão cor ao lugol.
Segundo LEHNINGER (2000), o teste de Benedict é baseado na redução do Cu2+ à Cu+ devido ao poder redutor dos carbonilos em solução alcalina. O ião cuproso produz o Cu2O, composto de cor vermelho tijolo. Todos os monossacáridos reagem positivamente, logo, lactose e glicose reagem. Os dissacáridos dependem da presença de uma extremidade redutora, facto que não ocorre no caso da sacarose, o que consequentemente explica o facto da sacarose ter adquirido apenas a cor do reagente.
Todavia, a sacarose pode levar a resultados positivos caso sofra hidrolise prévia.
Com isso, pode-se concluir que a oxidação do carbono anomérico da glicose e outros açucares é a base da reação de Benedict. Na forma hemiacetal (em anel), o C-1 da glicose não pode ser oxidado pelo Cu2+. Entretanto, a forma em cadeia aberta está em equilíbrio com a forma em anel e, eventualmente, a reacção de oxidação chega a ser completa. (Lehninger, 2000).
A lactose, ocorre apenas no leite, e quando hidrolisada, liberta D- galactose e D-glicose, e, sendo assim, o carbono anomérico do resíduo de glicose está disponível para a oxidação e assim, esse factor faz com que a lactose seja classificada como um dissacárido redutor.
A solução de sacarose, que adquiriu coloração azul com a adição de reagente de Benedict, mantendo essa coloração mesmo após o aquecimento, comprova que este açúcar não é redutor, uma vez que este açúcar não tem nenhum grupo redutor livre para exercer a respectiva função. Os grupos redutores dos seus monómeros estão envolvidos na ligação glicosídica.
Pelo facto de o amido conter dois polímeros de glicose, amilose e amilopeptina, em que as ligações glicosídicas encontradas entre nas unidades de glicose nas cadeias de amilopeptina e amilose fazerem deste polissacárido helicoidal, conferem também a ele a incapacidade de ser redutor, uma vez que apresenta poucas pontas redutoras, embora tem há se observado uma pequena quantidade de açúcar redutor no seu meio. (Lehninger, 2000).
�
Bibliografia
VILELLA, B.; et al; Técnicas e Experimentos de Bioquímica; 1973.
NELSON, D. L.; COX, M. M.; Lehninger Principles of Biochemistry; W. H. Freeman and Company; 3ª Ed.; U.S.; New York; 2000.
Amigonerd.net/biologicas/farmacia/identificação-de-carbohidratos (Acesso feito à 06/04/2013 – 13h54).
Autor: Susana Tesser
Instituição: UNOESC
Tema: Carbohidratos
www.ebah.com.br/contente/ABAAAAW4EAH/relatorio-glicidos (Acesso feito à 06/04/2013 – 14h07).
Autor: Rodolfo Ritchelle e colegas
Instituição: Universidade Federal do Piauí
Tema: Reacção de Caracterização de Glícidos
www.ebah.com.br/contente/ABAAAA1tYAH/identificação-açucares (Acesso feito à 07/04/2013 – 20h11).
Autor: Lorena da oliveira Felipe
Instituição: UFSJ
Tema: Identificação de açucares 
pt.shvoong.com>Ciência>Física (Acesso feito à 07/04/2013 – 17h13).
�
Anexo
Perguntas de controle
1. O que é que confere o caracter redutor aos glícidos?
R: a característica que confere caracter redutor aos glícidos é o seu grupo funcional, que é capaz de ceder electrões.
2. Qual é a importância clinica da propriedade redutora dos glícidos?
R: a importância clinica da capacidade redutora dos glícidos, é que, a partir desta propriedade é possível detectar se há ou não excesso de açúcar na urina e detectar uma possível diabete, dependendo do resultado obtido a partir do teste de Fehling, ou então de Benedict.
 
� PAGE \* MERGEFORMAT �10�

Outros materiais