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ANÁLISE DOS CUSTOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO NA CORREÇÃO DO SOLO

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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DEAd - Departamento de Estudos da Administração Curso de Administração 
ANÁLISE DOS CUSTOS DA AGRICULTURA DE 
PRECISÃO NA CORREÇÃO DO SOLO 
 Relatório de Estágio Supervisionado em Administração II 
MARCOS ANDRÉ TUSSET 
 Orientador: Prof. Ivo Ney Kuhn Santa Rosa, 2º semestre de 2009 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, por desfrutá-la com 
saúde e por ter chegado até aqui. 
Aos meus familiares que mesmo estando longe sempre estiveram 
presentes me apoiando e incentivando. As pessoas que convivem comigo, que 
agüentaram meus momentos de ansiedade, reclamações e stress. 
Agradeço em especial ao meu orientador, o professor Ivo Ney Kuhn que 
me auxiliou contribuindo para a realização deste relatório. Também a todos os 
professores e colegas do curso de Administração. 
Um agradecimento especial ao Senhor Círio Beiersdorf que contribuiu 
com o seu conhecimento para a pesquisa que serviu de base para a realização 
deste relatório. 
Enfim, a todos que contribuíram de algum modo para a conclusão deste 
trabalho.
RESUMO 
O estágio Supervisionado em Administração II teve como tema a análise dos custos envolvidos na agricultura de precisão para correção do solo, tendo por base uma propriedade rural. Para o desenvolvimento deste estudo a estrutura está baseada nos objetivos, no estudo sobre a utilização da agricultura de precisão para correção do solo, na análise de custos, na rentabilidade, na produtividade e viabilidade, além das vantagens e benefícios. Este estudo foi caracterizado como qualitativo e exploratório. A sustentação teórica está baseada em pesquisas bibliográficas e documentais. A coleta de dados de natureza exploratória ocorreu através de observação direta e pesquisa semi-estruturada, e como forma de análise e interpretação dos dados, utilizou-se o método qualitativo. Como resultado do estudo foi possível verificar a utilidade da agricultura de precisão para correção do solo, analisando os custos envolvidos, a rentabilidade, bem como a produtividade e a viabilidade, além das vantagens e benefícios. Foi possível ainda, entender como funciona o sistema da agricultura de precisão para a correção do solo. Verificou-se também que é viável utilizar este sistema de manejo levando em conta a análise dos custos, a rentabilidade, a produtividade e viabilidade. Como vantagens e benefícios, o agricultor obtém a redução de custos através da otimização dos insumos e uma importante ferramenta para o gerenciamento da lavoura. 
Palavras-Chave: Análise, Custos, Agricultura de Precisão. 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................... 6 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 7 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ........................................................................... 10 
1.1 Apresentação do Tema e Questão de Estudo ........................................................... 10 
1.2 Objetivos do Estudo ........................................................................................................ 12 
1.3 Justificativa ....................................................................................................................... 12 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 16 
2.1 Agricultura de Precisão .................................................................................................. 16 
2.2 Análise de Viabilidade Econômica da Agricultura de Precisão ............................... 26 
2.2.1 Investimento ................................................................................................................. 26 
2.2.2 Financiamento .............................................................................................................. 28 
2.2.3 Rentabilidade ................................................................................................................ 29 
2.2.4 Ponto de Equilíbrio ...................................................................................................... 29 
2.2.5 Taxa Interna de Retorno (TIR) ................................................................................... 31 
2.2.6 Valor Presente Líquido (VPL) .................................................................................... 32 
2.2.7 Tempo de Retorno Capital Investido (Payback) ..................................................... 33 
2.3 Custos ............................................................................................................................... 34 
2.3.1 Custos fixos .................................................................................................................. 37 
2.3.2 Custos variáveis ........................................................................................................... 38 
2.3.3 Custos diretos ............................................................................................................... 39 
2.3.4 Custos indiretos ........................................................................................................... 40 
2.3.5 Despesas ...................................................................................................................... 41 
2.3.6 Custos de produção na atividade rural ..................................................................... 42 
2.3.7 Contabilidade Rural ..................................................................................................... 43 
2.3.8 Margem de Segurança ............................................................................................... 44 
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ............................................................................ 45 
3.1 Tipo de Estudo ................................................................................................................. 45 
3.2 Coleta de dados .............................................................................................................. 48 
3.3 Análise e interpretação dos dados ............................................................................... 51 
 5
4 RESULTADOS DA PESQUISA ....................................................................................... 53 
4.1 Caracterização da Propriedade .................................................................................... 53 
4.2 Utilização da agricultura de precisão para correção do solo ................................... 55 
4.2.1 Etapas da Agricultura de Precisão para Correção do Solo .................................. 55 
4.2.2 Identificação e amostragem do solo ......................................................................... 56 
4.2.3 Confecção de mapas e gráficos para interpretação dos atributos do solo ........ 57 
4.2.4 Aplicação de Insumos a Taxa Variada ..................................................................... 68 
4.3 Análise dos custos, da Rentabilidade e da Produtividade ....................................... 70 
4.3.1 Investimentos ............................................................................................................... 77 
4.3.2 Financiamento .............................................................................................................. 79 
4.3.3 Rentabilidade ................................................................................................................ 79 
4.3.4 Produtividade ................................................................................................................ 80 
4.4 Vantagens e Benefícios da Agricultura de Precisão ................................................. 86 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................89 
BIBLIOGRÁFIA ..................................................................................................................... 92 
ANEXO A – ROTEIRO DE ENTREVISTA ........................................................................ 98 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 01 – Mapa de Contorno da Área 
Figura 02 – Mapa de Fertilidade do pH em Água 
Figura 03 – Gráfico do pH em Água 
Figura 04 – Mapa de Aplicação de Calcário 
Figura 05 – Mapa de Fertilidade do Fósforo. 
Figura 06 – Gráfico do Fósforo 
Figura 07 – Mapa de Aplicação de Fósforo 
Figura 08 – Mapa de Fertilidade do Potássio 
Figura 09 – Gráfico do potássio 
Figura 10 – Mapa de Aplicação do Potássio 
Figura 11 – Caminhão Hércules Amazone 24000 
 
Lista de Quadros 
Quadro 01 – Inventário de Bens Móveis e Imóveis da Propriedade 
Quadro 02 – Custo Agricultura Tradicional 
Quadro 03 – Custo Agricultura de Precisão 
Quadro 04 – Comparativo de Custo entre AT e AP 
Quadro 05 – Investimento com a Agricultura de Precisão 
Quadro 06 – Indicadores de Rentabilidade 
Quadro 07 – Produtividade com a Agricultura de Precisão 
Quadro 08 – Ganho com a Agricultura de Precisão 
Quadro 09 – Economia de Insumo com a Agricultura de Precisão
INTRODUÇÃO 
 
O cenário mundial é caracterizado pela globalização dos mercados 
através do crescimento tecnológico, informação e conhecimento. Estes fatores 
oportunizam aos setores da agricultura métodos e técnicas com as quais o 
agricultor pode contar para incrementar sua produção, aumentar a 
produtividade, melhorar a qualidade de seus produtos frente a seus 
consumidores e tornar o mercado mais competitivo. 
No contexto global a agricultura é vista como a arte ou um conjunto de 
técnicas utilizadas para o cultivo de plantas no solo, com o objetivo de produzir 
alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, 
medicamentos, ferramentas e contemplação estética. 
A agricultura de precisão apareceu como uma nova técnica de fazer 
agricultura, seu objetivo é obter controles mais precisos sobre a lavoura, 
reduzir custos, minimizando o desperdício de insumos e otimizando os 
recursos disponíveis. Essa nova técnica é dotada de tecnologia de ponta, 
associada aos sistemas computacionais que favorecem a tomada de decisões 
e promovem a maximização de resultados como o aumento da produtividade e 
rentabilidade. 
A agricultura praticada hoje pela maioria dos produtores brasileiros é a 
chamada agricultura pela “média”, onde todas as informações geradas são 
utilizadas como base para a tomada de decisões. Estas informações são 
aplicadas considerando a propriedade como um todo, até mesmo os resultados 
adquiridos com as colheitas são calculados através da média, com isso deixa-
se de considerar aspectos muito importantes como a variabilidade existente no 
solo e na produtividade das culturas. 
A essência da agricultura de precisão para a correção do solo está na 
contínua obtenção de informações especialmente detalhadas sobre as culturas 
 
 8
e principalmente dos atributos do solo, seguida da utilização adequada de tais 
informações de maneira a proporcionar um melhor aproveitamento dos 
recursos disponíveis por parte dos agricultores na hora de tomar decisões 
sobre suas lavouras. 
A agricultura de precisão apareceu no Brasil na década de 90, utilizando 
tecnologia inovadora e muito promissora. Esta tecnologia tem impulsionado a 
evolução do sistema agrícola em todo país, proporcionando aos agricultores ter 
uma nova visão de suas propriedades. A agricultura de precisão também pode 
ser entendida como um sistema de gestão ou de gerenciamento da produção 
na atividade agrícola, por englobar um conjunto de tecnologias e ferramentas 
que proporcionam maior eficiência ao homem do campo. 
O campo de abrangência e de utilização da agricultura de precisão é 
muito amplo, podendo ser aplicada praticamente a todos os sistemas de 
manejo de culturas agricultáveis existentes no país. Para este estudo será 
considerado apenas a utilização da agricultura para a correção do solo nas 
culturas tradicionais de soja, trigo e milho. 
O presente relatório foi desenvolvido com o objetivo de avaliar se é 
viável utilizar a agricultura de precisão para correção do solo, tendo por base o 
estudo dos custos em uma propriedade rural. O estudo foi realizado de modo a 
comparar os custos envolvidos na utilização do sistema tradicional para o que 
adota o sistema de precisão. 
Este relatório foi subdividido em capítulos para facilitar a compreensão 
do leitor. No primeiro é descrito a contextualização do estudo, constituído pela 
apresentação e delimitação do tema, a questão de estudo, a definição dos 
objetivos geral e específicos, bem como a justificativa. 
O segundo capítulo compreende o referencial teórico, tendo alguns 
temas abordados como: agricultura de precisão, análise da viabilidade 
econômica e custos. 
 9
O terceiro capítulo compreende os procedimentos metodológicos, 
através dos quais se classifica o tipo de pesquisa utilizada, a descrição da 
coleta de dados, a análise e interpretação dos dados. 
No quarto capítulo encontram-se os resultados da pesquisa, com 
abordagens sobre a utilização da agricultura de precisão para correção do solo, 
análise dos custos, da rentabilidade, da produtividade e da viabilidade, através 
de um comparativo entre a agricultura tradicional e de precisão. 
Nos resultados, percebe-se que a agricultura de precisão apresenta 
resultados favoráveis na relação custo-benefício, além da função de auxiliar os 
agricultores na tomada de decisão, permitindo o gerenciamento localizado de 
insumos em suas lavouras através das inúmeras informações geradas. Dessa 
forma, verificou-se que a agricultura de precisão é mais viável em relação à 
agricultura tradicional. 
Na última parte do relatório compreende-se a conclusão, algumas 
sugestões que poderão ser seguidas, a bibliografia e anexos para melhor 
entender este estudo. 
O desenvolvimento deste estudo possibilitou ao acadêmico e sociedade 
em geral, ter uma visão sobre a utilização, custos e benefícios da agricultura de 
precisão para a correção do solo.
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
Neste tópico apresentam-se o tema e a questão de estudo, os objetivos 
e as razões que justificam o desenvolvimento desta pesquisa. 
 
1.1 Apresentação do Tema e Questão de Estudo 
 
A agricultura brasileira tem-se consolidado como importante fonte na 
geração de riqueza para a economia do país. Frente a este aspecto, buscam-
se alternativas que proporcionem a melhoria contínua nas atividades de gestão 
agrícola, bem como para o avanço de toda a cadeia produtiva. Existe ainda a 
necessidade de aumentar a eficiência de todos os setores da economia para 
manter certo nível de competitividade. A tecnologia de informação popularizada 
pela agricultura de precisão tem proporcionado aos produtores rurais uma nova 
visão de suas propriedades. 
A atividade agrícola está para tornar-se uma atividade industrial que tem 
por base o conhecimento, onde a base de dados que o agricultor e os seus 
colaboradores conhecem é fator fundamental para o sucesso e rentabilidade 
dos seus negócios, bem como para a sua sustentabilidade (SILVA, 2007). 
Cada vez mais os agricultores buscam novas alternativas de produção 
que satisfaçam suas necessidades. A redução dos custos de produção vem 
sendo adotada como uma das maneiras de se obter maior resultado ao final 
dos investimentos realizados, tanto a curto como em longo prazo. Visando a 
rentabilidade dos produtos com o aumento da produtividade e retorno ao bolso, 
muitos agricultores estão investindo forte na agricultura de precisão para 
correção do solo. 
 11
Neste sentido, o presente estudo propõe coletar informações que 
possam contribuir para um maior aprofundamento e conhecimento sobre a 
agriculturade precisão para correção do solo. Como funciona sua estrutura, 
quais os recursos necessários para que possa ser utilizada de maneira 
adequada, como se dá a redução de custos e obtenção de benefícios sem 
prejudicar o sistema de produção agrícola e sem causar danos ao meio 
ambiente. 
A utilização de insumos no local correto, de maneira adequada e na 
quantidade realmente necessária, torna-se importante para o agricultor que 
busca resultados, bem como redução dos custos de produção, além de 
contribuir com ganhos significativos e minimizando os impactos causados ao 
meio ambiente. 
A agricultura de precisão para correção do solo surge como alternativa 
determinante no atendimento destas necessidades agrícolas. A utilização desta 
tecnologia possibilita a priorização de investimentos em áreas cujo potencial 
produtivo seja mais efetivo, garantindo maior retorno econômico através do 
gerenciamento localizado possibilitado por este sistema. 
A agricultura de precisão faz uso das tecnologias de informação para o 
manejo do solo, aplicação de insumos e cultivo de inúmeras culturas conforme 
a necessidade apresentada pela variação que afeta os níveis de produtividade 
dentro de uma propriedade rural (EMBRAPA, 1997). 
A utilização da tecnologia por parte da agricultura de precisão permite 
aumentar a eficiência na aplicação dos insumos gerenciados na atividade 
agrícola, através do manejo diferenciado das áreas de cultivo, de forma 
sustentável, melhorando o potencial produtivo das culturas, reduzindo os 
desperdícios com insumos, sem agredir as reservas naturais. 
Tendo em vista que a agricultura de precisão utilizada para correção do 
solo compreende um conjunto de ferramentas para o manejo localizado da 
 12
propriedade rural, não podemos deixar de perceber que esta é uma nova forma 
de gestão ou gerenciamento da produção agrícola. 
A elaboração deste estudo é norteada pela formulação da seguinte 
questão de estudo: Analisando os custos, é viável a utilização da 
agricultura de precisão para correção do solo em uma propriedade rural? 
 
1.2 Objetivos do Estudo 
 
O objetivo geral deste estudo foi avaliar a viabilidade de utilizar a 
agricultura de precisão para correção do solo, tendo por base o estudo dos 
custos em uma propriedade rural. 
A fim de concretizar os resultados para o objetivo geral, os seguintes 
objetivos específicos foram propostos. 
- Pesquisar sobre a utilização da agricultura de precisão para correção 
do solo. 
- Analisar os custos, a rentabilidade, a produtividade e a viabilidade. 
- Vantagens e benefícios da agricultura de precisão. 
 
1.3 Justificativa 
 
O desenvolvimento sustentável será um dos maiores desafios que a 
humanidade terá nos próximos anos. Com base neste desafio, têm-se discutido 
muito sobre as energias alternativas, os gases que provocam o aquecimento 
global, a eficiência energética, as culturas bioenergéticas, entre outros (SILVA, 
2007). 
Com o passar dos anos, o modelo de desenvolvimento do país tem 
evoluído de uma agricultura de subsistência para uma agricultura 
 13
industrializada. Não há dúvidas de que a sustentabilidade na produção agrícola 
do país está de forma contínua, incorporando inovações tecnológicas que 
permitam ao agricultor atender às crescentes necessidades do mercado interno 
e ao mesmo tempo competir com seus parceiros internacionais. 
O sistema de produção utilizado na agricultura vem se desenvolvendo 
desde o seu surgimento, onde muitos estudos têm sido elaborados buscando a 
melhoria contínua como forma de obter maiores e melhores resultados. 
Para Mantovani (1998), a agricultura de precisão consiste em aumentar 
a eficiência no manejo das áreas cultivadas através do uso da tecnologia. Não 
é somente fazer uso da habilidade para aplicar os insumos nos locais corretos, 
mas sim obter informações para o monitoramento constante da atividade 
agrícola, sem que as mudanças feitas causem prejuízos ao meio ambiente. 
A agricultura brasileira é uma das mais avançadas do mundo, mas a 
globalização da economia obriga nossos agricultores cada vez mais a buscar 
novas alternativas, como a utilização de tecnologias de ponta, a fim de fazer 
frente aos grandes concorrentes do mercado internacional. 
Para se ter sucesso na agricultura, é necessária a utilização de 
tecnologias avançadas e a obtenção do maior número de informações 
possíveis sobre o funcionamento do seu processo produtivo. Para aumentar a 
eficiência de um processo é preciso que se faça um bom aproveitamento dos 
recursos existentes. A agricultura de precisão nada mais é do que uma forma 
de gestão apoiada no planejamento e acompanhamento do processo produtivo 
amparado na disponibilidade de informações para a tomada de decisões. 
(BALASTREIRE, 2000). 
A escolha deste tema para a realização do Relatório de Estágio II em 
Administração deve-se ao interesse do acadêmico, juntamente com seus 
familiares, em realizar melhorias no sistema de gerenciamento e aumento da 
produção em sua propriedade. A propriedade anteriormente citada possui 22 
hectares divididos entre lavoura, potreiro e benfeitorias. Está situada na 
 14
localidade de Esquina Cavalheiro, no interior do município de Tucunduva e 
administrada pelo agricultor o Senhor Valdemir Tusset, cuja relação com o 
acadêmico é de pai e filho, respectivamente. 
Existem algumas motivações que influenciam o Senhor Valdemir quanto 
à utilização da agricultura de precisão para correção do solo, como no que diz 
respeito à margem de lucro cada vez menor, referindo-se às quantidades de 
fertilizantes, agroquímicos e combustíveis necessários no processo produtivo 
da agricultura praticada hoje que é pela média. E ainda, o desejo de aumentar 
a produtividade das culturas que são produzidas na propriedade. 
Para muitos agricultores a decisão de investir na agricultura de precisão 
baseia-se em informações para a tomada de decisões de maneira a otimizar o 
retorno financeiro. Tal otimização pode ocorrer pela maximização da 
produtividade e pela minimização na quantidade de insumos aplicados sem 
comprometer a produção, trazendo a redução dos custos de produção, 
aumento da produtividade e da rentabilidade. 
O presente estudo também se justifica como forma de conhecer mais 
sobre a agricultura de precisão utilizada para correção do solo, cuja está em 
pleno desenvolvimento e que promete muito ao setor agrícola do país. Além de 
existirem inúmeras vantagens em se trabalhar com esse sistema, o modo como 
pode ser aplicado para obter resultados satisfatórios em relação à redução dos 
custos de produção e ainda, um maior ganho de produtividade e rentabilidade. 
Grande parte dos agricultores sofre problemas relacionados diretamente 
a produtividade, fato este que também atinge a propriedade do Senhor 
Valdemir Tusset devido à distribuição ou utilização inadequada dos insumos 
agrícolas, que interferem de várias maneiras no resultado final de todo o 
processo produtivo. 
Através deste estudo, será possível melhorar o processo de tomadas de 
decisões na propriedade do Senhor Valdemir, referente ao uso dos produtos 
agrícolas que representam cerca de um terço dos custos operacionais de uma 
 15
lavoura. Minimizar o desperdício na aplicação dos produtos agrícolas sem 
diminuir a produtividade, é uma estratégia que pode fazer a diferença entre o 
lucro e o prejuízo na lavoura para o bolso do agricultor. 
Quando se fala em praticar agricultura de precisão, a dúvida do Senhor 
Valdemir assim como a de muitos produtores é saber por onde começar? O 
mais indicado é que este comece por onde houver maior necessidade de 
resultados, pois tanto de imediato como a longo prazo os benefícios são 
múltiplos. 
O termo Agricultura de Precisão é muito amplo, engloba tudo o que diz 
respeito e faz relação às tecnologias, inovação, conhecimento, aprimoramento,trazendo resultados, vantagens e benefícios ao agricultor. Para fins de estudo, 
o presente trabalho foi baseado no recurso mais utilizado deste sistema 
atualmente no Brasil, que é o gerenciamento da correção de solo e adubação 
das culturas com base em uma amostragem de solo, feitas através de 
coordenadas geográficas. 
Por ser um assunto praticamente novo e promissor, tem muito a ser 
desbravado. Para o acadêmico foi uma oportunidade de adquirir conhecimento 
junto à construção deste estudo e para futura especialização na área do 
gerenciamento agrícola. Oportunidade esta também de viabilizar ao Senhor 
Valdemir e a sociedade em geral, informações referentes aos custos 
envolvidos na utilização da agricultura de precisão para correção do solo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Para a fundamentação teórica buscou-se informações sobre o assunto 
junto a diferentes estudiosos, sendo apresentado como subsídios dados de 
diferentes linhas de pensamento que contribuíram para a elaboração deste 
relatório. 
De acordo com Vergara (1998), o referencial teórico tem como função 
possibilitar ao autor clareza na formulação do problema de pesquisa. Além de 
facilitar a formulação de hipótese e suposições, direcionar para o método mais 
adequado a solução do problema, permitindo ao pesquisador identificar qual o 
procedimento mais adequado e pertinente para a coleta dos dados. 
Neste tópico, são abordados temas referentes à agricultura de precisão, 
análise de viabilidade e custos que permitiram ao acadêmico embasamento 
para a realização do Estágio Supervisionado em Administração II. 
 
2.1 Agricultura de Precisão 
 
A atividade agrícola e sua aplicabilidade nas propriedades precisam de 
um bom desempenho administrativo e gerencial. O estilo de gestão adotado 
nas propriedades depende muito do estilo adotado por seu proprietário. 
Na visão de Balastreire (1994), a designação correta para a agricultura 
de precisão está na aplicação localizada de insumos através das técnicas de 
gerenciamento localizado, onde se procura aplicar os insumos em função dos 
requisitos específicos da lavoura. 
Ainda para Balastreire (1997), agricultura de precisão define-se como 
sendo um conjunto de técnicas que pressupõem o gerenciamento localizado da 
 
 17
cultura. De uma forma ou de outra, a agricultura de precisão visa o 
gerenciamento mais detalhado do sistema de produção agrícola como um todo, 
não somente das aplicações dos insumos ou de mapeamentos diversos, mas 
de todos os processos envolvidos na produção. 
Para Molin (2002), a agricultura de precisão pode ser definida como um 
sistema de gestão ou gerenciamento da produção agrícola, que engloba um 
conjunto de tecnologias e ferramentas para a otimização das lavouras e 
sistemas de produção agrícola. 
O sistema de gestão empregado nas propriedades rurais visa trabalhar 
de maneira uniforme toda a área de cultivo de plantas, desde o preparo do solo 
até a colheita de toda a produção. A agricultura de precisão trabalha dividindo a 
propriedade em pequenas áreas para obter maior precisão no uso de suas 
ferramentas e técnicas de manejo, gerando um maior rendimento na 
produtividade das lavouras. 
No entender de Schueller 1992, Weida e Borgelt (1993 apud 
TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002) a agricultura de precisão é um método de 
gerenciamento detalhado da lavoura e das culturas para adequar cada pedaço 
da lavoura, tendo em vista a não uniformidade da área cultivada. 
A agricultura de precisão é um sistema que trabalha a propriedade de 
maneira homogênea, ou seja, dividindo-a em pequenas áreas para que sejam 
mais bem elaborados os diagnósticos através das coletas de dados realizadas. 
Segundo Molin (2003), a agricultura de precisão é muito valorizada pelos 
agricultores que possuem grandes áreas de cultivo, pois através dela adquirem 
maior conhecimento sobre a área cultivada, podendo tomar as decisões mais 
adequadas e obter soluções satisfatórias sobre os investimentos realizados. 
Esse conhecimento sobre a área cultivada só era possível por quem possuísse 
pequenas lavouras, onde interagia de forma mais direta, conhecia mais a fundo 
cada pedaço da área cultivada, tornando assim mais simples a tomada de 
decisões quanto ao gerenciamento da sua propriedade. 
 18
Queiroz (2000) comenta que o objetivo da agricultura de precisão é 
aplicar um conjunto de técnicas, métodos e tecnologias para o manejo do solo 
de modo a gerenciar pequenas áreas de produção, reduzindo o uso de 
insumos, aumentando a produtividade e minimizando os danos impactantes ao 
meio ambiente e à saúde humana. 
Outro ponto salientado por Molin (2003), é que a agricultura praticada 
hoje pela maioria dos agricultores é a chamada agricultura pela “media”, onde 
se faz amostragens do solo e após analisadas servirão de base para aplicação 
dos insumos em toda a extensão da lavoura a ser plantada. Assim como na 
colheita se faz a média da produtividade das culturas em cima de toda a 
lavoura cultivada, não é levada em conta a variabilidade existente nela. A 
agricultura de precisão através de sua forma de manejo mais precisa, visa 
trabalhar em pequenas áreas dentro da lavoura, aplicando os insumos 
conforme a necessidade especifica de cada uma das pequenas áreas. 
Já Roza (2000) vê a agricultura de precisão como um sistema de 
gerenciamento agrícola que usa informações precisas, completada com 
decisões exatas, usadas para gerir metro a metro as diferenças dentro de cada 
pedaço da propriedade. 
Este sistema possibilita ao agricultor usufruir de informações mais 
precisas sobre sua lavoura, ao contrário do que ocorre na agricultura 
tradicional, em que as decisões tomadas nem sempre são as mais corretas 
implicando na geração de custos, sem contar nos prejuízos que a tomada 
errada de decisão pode acarretar. 
Já para Auernhammer (1994 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002), a 
agricultura de precisão é uma estratégia de manejo, que através da tecnologia 
de informação busca obter dados de diversas fontes, para dar suporte às 
decisões a serem tomadas quanto à produção. 
A agricultura esta evoluíndo, e com ela vão surgindo novas técnicas de 
manejo importantes como a agricultura de precisão que utiliza a tecnologia de 
 19
informação para sua manutenção, estas informações servem de base para as 
tomadas de decisões por parte dos produtores no que diz respeito à produção 
agrícola. 
Segundo Capelli (1999) a agricultura de precisão possibilita ao produtor 
rural um conhecimento melhor de sua lavoura, tornando mais fácil a tomada de 
decisões. O fato de ter decisões melhor embasadas permite uma maior 
capacidade e flexibilidade na utilização dos insumos nos locais necessários e 
de maneira adequada, diminuíndo os custos de produção através da correção 
das variáveis que interferem na produtividade. A utilização correta dos insumos 
gera maior sustentabilidade da produção, contribuindo com a minimização dos 
danos ao meio ambiente, uma vez que a aplicação é feita em locais, 
quantidades e tempo necessários. Com Blackmore (1996 apud TSCHIEDEL e 
FERREIRA, 2002) percebe-se que o manejo da variabilidade é fator 
determinante para o uso efetivo da tecnologia da agricultura de precisão. 
Um dos benefícios da adoção de práticas da agricultura de precisão a 
ser levado em consideração, é mostrar a variabilidade das áreas agrícolas para 
que sejam criadas alternativas de manejo de maior expressão, não apenas em 
determinadas áreas da lavoura com condições mais favoráveis, mas sim, em 
toda a área cultivada. 
A existência da variabilidade nas lavouras brasileiras não é novidade 
para os produtores. Estes percebem que em suas propriedades uma parte da 
área produz mais e a outra menos, que em determinado local a concentração 
de nutrientes está mais elevada que a média geral da lavoura. O manejo 
adequado da variabilidade possibilita aos produtoresaumentar a eficiência do 
uso de insumos, com menor impacto ambiental e resultados econômicos e 
sociais satisfatórios. 
Um ponto que se deve ter em mente quando se objetiva manejar a 
variabilidade na produção agrícola, é a necessidade de entendê-la. Uma vez 
que sua eliminação é impossível, é necessário mapear e manejar a 
variabilidade para minimizá-la em níveis técnicos e econômicos. 
 20
Para entender as razões da variabilidade e manejá-la corretamente, é 
necessário conhecer sua grandeza, identificá-la por meio de parâmetros de 
solo, de planta e de clima, mapeando as áreas problemas através de métodos 
computacionais, é o que afirma Blackmore (1997 apud TSCHIEDEL e 
FERREIRA, 2002). 
A agricultura de precisão usa enfoques para manejar a variabilidade por 
meio da aplicação variável de insumos, baseado em mapas e sensores, e 
empregando a tecnologia do GPS. Através da amostragem e mapeamento da 
fertilidade do solo, doenças, rendimento de grãos, são elaborados mapas de 
precisão para a aplicação variável de insumos. No enfoque baseado em 
sensores, a aplicação de insumos de forma variável acontece de imediato, com 
base nas informações obtidas direto do solo ou da cultura em tempo real, por 
meio de sensores usados para controlar as operações no campo. 
Segundo Batchelor (1997 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002) a 
agricultura de precisão é tida como uma filosofia de manejo da propriedade, 
onde os produtores são capazes de identificar a variabilidade da lavoura, para 
então fazer o manejo da mesma a fim de aumentar a produtividade e os lucros. 
As técnicas da agricultura de precisão possibilitam o agricultor, através 
de sofisticados equipamentos, adquirindo informações valiosas que lhe servirão 
de suporte no conhecimento sobre a variabilidade de sua lavoura. 
Ainda segundo Batchelor (1997 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002) 
a agricultura de precisão tende a melhorar os rendimentos na hora da colheita, 
obtendo-se maiores lucros, informações detalhadas para a tomada de decisões 
referentes ao manejo, redução de custos com insumos agrícolas e redução do 
nível de poluição ao meio ambiente. 
O controle da variabilidade na propriedade possibilita que o produtor 
tome decisões acertadas a respeito da aplicação adequada de insumos, 
reduzindo a quantidade dos mesmos, cortando gastos desnecessários, 
 21
danificando menos o meio ambiente, ocasionando maior rendimento da 
produção e conseguindo atingir ótimos resultados, lucros. 
A agricultura de precisão é uma tecnologia em desenvolvimento, que 
modifica técnicas já existentes incorporando novas ferramentas, tendo como 
meta aumentar a eficiência no manejo da produção agrícola, sugere Blackmore 
(1994 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002). 
A eficiência no manejo da produção agrícola depende do sucesso no 
uso dessa tecnologia por parte dos agricultores. Por se tratar de um 
investimento, é necessário todo o cuidado possível no controle desse processo 
para que sejam integradas de modo eficaz as técnicas utilizadas na agricultura 
de precisão onde hoje é utilizada a agricultura tradicional. 
Não se pode simplesmente esperar que de imediato as técnicas da 
agricultura de precisão apresentem soluções para o aumento da produtividade. 
A gestão desse sistema envolve muita tecnologia, a qual depende muito da 
coleta de informações para o seu funcionamento. O sucesso da aplicação das 
ferramentas tecnológicas da agricultura de precisão na produção agrícola 
depende também do conhecimento e bom censo de quem as administra. 
REETZ e FIXEN (1999 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002). 
Manzatto (1999) afirma que na agricultura de precisão é fundamental 
aplicar insumos nas quantidades necessárias para produção, no local correto e 
no momento adequado, em áreas especificas e homogêneas, conforme a 
tecnologia envolvida e os custos permitirem. 
No sistema de manejo existente hoje na agricultura, os insumos são 
aplicados de maneira uniforme, de acordo com as análises e diagnósticos 
realizados na área a ser cultivada. A agricultura de precisão trabalha com a 
aplicação específica de insumos e de acordo com a necessidade de cada local 
da lavoura. Assim, o agricultor não precisa aplicar a mesma quantidade de 
insumos em toda a lavoura e sim conforme a necessidade da mesma, alguns 
 22
pontos menos e outros mais, reduzindo as quantidades de insumos que 
deverão ser aplicadas. 
A aplicação de insumos na agricultura tradicional visa utilizar a mesma 
dosagem para toda a área. Já no conceito de agricultura de precisão sugerido 
por Capelli (1999) propõe utilizar a aplicação de insumos por áreas menores, 
focando as necessidades específicas de cada parte da lavoura. 
Para Davis (1998 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002) a combinação 
de novas tecnologias de informação com a agricultura permite a utilização de 
um sistema de manejo de produção integrado que tenta igualar a quantidade 
de insumos utilizados em pequenas áreas dentro da lavoura. 
A agricultura de precisão faz uso das tecnologias de informação para 
coletar e analisar os dados, que serão usados para melhorarar o desempenho 
na hora da aplicação de insumos junto às culturas, a fim de obter melhores 
resultados na produtividade das mesmas que receberão esse tipo de manejo. 
O manejo da agricultura tradicional praticada pelos agricultores é feito de 
maneira uniforme, o trabalho realizado tende a abranger toda área, o que torna 
o conhecimento sobre a área não muito preciso. O conceito proposto por 
Searcy (1997 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002) diz que a idéia da 
agricultura de precisão é conhecer o solo, o que causa as diferenças de 
produtividade em cada parte da lavoura. Para adequar às investidas de 
insumos necessários, conforme a necessidade do solo, tornando econômica a 
produção agrícola. 
Campo (2000) atribui uma série de benefícios proporcionados pela 
agricultura de precisão, tais como: 
- redução da quantidade de insumos; 
- redução dos custos de produção; 
- rapidez na tomada de decisões; 
 23
- redução da contaminação ambiental; 
- diminuição do esgotamento do solo; e 
- aumento da produtividade nas lavouras. 
Como se sabe, a agricultura tradicional usa alguns insumos muito 
nocivos ao ser humano e ao meio ambiente. A mesma faz aplicação destes 
insumos pela média geral, usando quantidades uniformes para toda a área. 
Com a agricultura de precisão busca-se eliminar a aplicação desnecessária de 
insumos reduzindo gastos e contribuindo para a preservação do meio 
ambiente. 
A agricultura praticada pelos agricultores hoje, cultiva o campo como 
uma única unidade, mesmo sabendo da variabilidade existente, os insumos 
são introduzidos de maneira geral para atingir o todo. Já a agricultura de 
precisão propõe uma redução no uso dos insumos, por apresentar a alternativa 
de aplicá-los somente onde é necessária e em quantidades adequadas à 
realidade da lavoura, tornando-se mais rentável ao produtor rural. 
A maneira como é trabalhada a agricultura tradicional, restringe de certa 
forma o manuseio dos insumos agrícolas, o mesmo é aplicado de maneira não 
homogênea abrangendo de forma igual todo o campo. A agricultura de 
precisão tende a inverter o quadro atual possibilitando que os insumos 
agrícolas sejam aplicados nos locais corretos e nas quantidades adequadas, 
propõe Fatorgis (1998). 
A aplicação de insumos da maneira tradicional tende a ter um 
desperdício muito grande, pelo fato de o produtor não possuir as devidas 
informações que lhe auxiliariam para o uso mais adequado dos produtos 
agrícolas. Para Doerge (1999 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002) a 
agricultura de precisão controla e coleciona informação sobre cada parte do 
campo, a aplicação de insumos é feita em locais específicos, dividindo o campo 
em zonas de manejo homogêneas. 
 24
Miranda (1999) usa um enfoque defensivo quanto à agricultura deprecisão, pois a trata como um processo mais complexo, fundamentado no 
conhecimento preciso da atividade agrícola. O conhecimento da variabilidade 
da lavoura é medida e registrada e as informações coletadas são usadas para 
melhorar as aplicações de insumos em cada ponto da propriedade. 
A agricultura de precisão é um conjunto de tópicos que se relacionam ao 
manejo preciso de áreas pequenas de terra, diferente do manejo tradicional 
que vê a lavoura como uniforme. Administrar pequenas ou grandes áreas de 
terra tornou-se possível devido à integração de sistemas de posicionamento 
global usados na localização de equipamentos e máquinas no campo, 
conforme Miller e Supalla (1996 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002). 
Esse tipo de sistema vem sendo adotado por inúmeros produtores 
rurais, que obtêm vantagens significativas na produtividade de suas lavouras, 
mesmo sendo um investimento alto para adquirir e manter os equipamentos. 
Para Campo (2002), a agricultura de precisão é um conjunto de técnicas 
que permitem conhecer, localizar e definir áreas com diferença de 
produtividade, através do uso da informática, programas de computador 
específicos, sensores, controladores de máquinas e GPS (sistema de 
posicionamento global). 
A agricultura de precisão possibilita que o agricultor possa ter outra visão 
de sua propriedade de maneira inovadora, ou seja, ter um olhar mais atento às 
diferenças, onde o modelo agrícola tradicional na maioria das vezes tornará 
imperceptível. 
A forma como é trabalhada hoje a agricultura, visa ter um olhar do todo 
sobre a propriedade, engloba todo o ciclo da cadeia produtiva das culturas, 
desde o inicio do cultivo até o resultado final. A utilização correta do 
gerenciamento das técnicas de agricultura de precisão tende a desfazer o olhar 
sobre o todo, trabalhando a propriedade em partes pequenas. Através da 
tecnologia do GPS (sistema de posicionamento global), é possível mapear todo 
 25
o campo produtivo, dividindo-o em pequenas áreas para análise e diagnóstico 
mais precisos. 
Logo, a agricultura de precisão usa tecnologias para o manejo do solo, 
aplicação de insumos e cultivo de modo apropriado para as variações que 
afetam a produtividade agrícola. Segundo Dallmeyer e Schlosser (1999 apud 
TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002) o conceito de agricultura de precisão engloba 
o desenvolvimento e utilização de técnicas de gestão, que tem por base o 
conhecimento, cujo principal objetivo é otimizar a rentabilidade. Este sistema 
permite usar técnicas de gerenciamento que envolve novas tecnologias como o 
sensoriamento remoto, o uso dos sistemas de informações geográficas (SIG) e 
do sistema de posicionamento global (GPS), que permitem administrar cada 
área da propriedade adequadamente. 
Davis (1998 apud TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002) ainda salienta que a 
agricultura de precisão se distingue da agricultura tradicional pelo nível de 
manejo que utiliza, adaptando-se a pequenas áreas dentro de um determinado 
campo ao invés de uma área inteira como uma única unidade. Usando de base 
a tecnologia do GPS (Sistema de Posicionamento Global) ou SIG (Sistema de 
Informações Geográficas) para recolhimento de dados, considerados 
elementos chaves para o bom funcionamento do sistema. 
A tecnologia empregada por este sistema permite que os produtores 
tenham informações precisas sobre qualquer área do campo produtivo dentro 
de sua propriedade. Com o auxílio destas informações torna-se muito mais fácil 
tomar qualquer decisão a respeito. O modo de gerenciar uma propriedade rural 
cria novos rumos após a implantação das técnicas da agricultura de precisão. 
 
 
 
 
 26
2.2 Análise de Viabilidade Econômica da Agricultura de Precisão 
 
O projeto de viabilidade econômica é um projeto de estudo e analise, ou seja, é um projeto que procura verificar a viabilidade a nível interno da própria empresa. Quando surge a idéia (ou a oportunidade) de investir, começa o processo de coleta e processamento de informações que, devidamente analisados permitirão testar sua viabilidade. (WOILER & MATHIAS, 1996, p.27). 
A análise de viabilidade econômica estima analisar as perspectivas de 
desempenho de um produto, se o seu projeto de desenvolvimento deu certo. 
Através de um planejamento das informações e dados disponíveis procura-se 
verificar e analisar se é viável um determinado projeto em função dos custos 
envolvidos. 
Segundo Woiler & Mathias (1996) uma análise de viabilidade deve ser 
feita com base em projeções e que cada fase de verificação da viabilidade 
possa corresponder à decisão aplicada a um problema complexo, devido a 
alguns limites não definidos pela incerteza quanto às projeções e informação 
parcial. Esses fatores na coleta e processamento das informações custam 
tempo e recursos. 
Antes de executar qualquer projeto novo é recomendável que se faça 
um estudo de viabilidade econômica. Através de um conjunto de análises 
detalhadas é possível determinar se é viável iniciar um negócio novo em 
determinado segmento e também identificar a rentabilidade do negócio. 
 
2.2.1 Investimento 
 
Os Investimentos são destinados a produzirem benefícios ao investidor 
mediante sua participação nos resultados, ou para obtenção de bom 
relacionamento com os clientes ou fornecedores, inclusive instituições 
financeiras, ou para especulação pura e simples sem nenhum prazo definido. 
 27
Segundo Bornia (2002, p. 41) “investimento é o valor dos insumos 
adquiridos pela empresa não utilizados no período, mas que poderão ser 
empregados em períodos futuros”. Os investimentos são considerados toda e 
qualquer ação que possam originar uma determinada rentabilidade, não só 
através de recursos, mas também de tempo, dinheiro, interesses e empenho 
pessoal. 
Para Padoveze (2003 p. 17) investimentos “são os gastos efetuados em 
ativos ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos 
ativados em função de sua vida útil ou de benefícios futuros”. 
É importante avaliar os investimentos de pontos de vista diferentes. 
Olhando de uma perspectiva micro, um investimento é qualquer aplicação de 
recursos que possa proporcionar benefícios futuros. Analisando de uma 
perspectiva macro, a aplicação de recursos permite aumentar a quantidade 
produtiva de uma empresa em edifícios, equipamentos e tecnologia. 
Hansen & Mowen (2003 p. 699) afirmam que “as decisões de 
investimento de capital dizem respeito ao processo de planejamento, o 
estabelecimento de metas e prioridades, a obtenção de financiamento e o uso 
de certos critérios para selecionar ativos de longo prazo”. 
O objetivo primordial de um investimento é gerar rendimentos ao 
investidor e deve ser calculado da maneira mais exata possível. Para isso é 
necessário definir limites aceitáveis na fixação de metas precisas, pois assim 
será possível avaliar a qualquer momento o estado em que se encontra o 
investimento. 
Investimento em longo prazo em tecnologia avançada de prevenção da poluição pode ser fonte de uma significativa vantagem competitiva. O investimento em tecnologia avançada de manufatura como robótica, manufatura integrada por computador pode melhorar a qualidade, aumentar a flexibilidade e confiabilidade. (HANSEN & MOWEN, 2003, p. 719). 
Conforme orientações aos investimentos podem ser fixados objetivos 
que avaliarão o empreendimento em função dos interesses da organização, os 
 28
quais podem calcular sua rentabilidade de acordo com seus interesses. É 
importante na fase de planejamento do investimento definir as aplicações da 
rentabilidade a curto, médio e longo prazo e o objetivo final que se pretendem 
alcançar. 
 
2.2.2 Financiamento 
 
Financiamento é entendido como um conjunto de recursos provindos de 
várias fontes utilizados na realização de um empreendimento, aquisição de 
bens e serviços. Neste caso, tem-se financiada uma determinadaquantia em 
dinheiro que deverá ser paga à instituição financeira em parcelas com 
acréscimo de juros. 
“O estudo do financiamento tem por objetivo básico determinar a forma 
de captação das poupanças básicas necessárias a realização das inversões 
previstas” (HOLANDA, 1975, p. 103). 
O financiamento é o capital próprio tido como elemento importante para 
determinação do investimento que poderá ser feito, dependendo da 
disponibilidade de recursos que poderão limitar o tamanho de um 
empreendimento. Em síntese é o ato que geralmente ajuda a pagar um produto 
ou um serviço através de doação de dinheiro ou empréstimo oferecido por uma 
instituição financeira, que cobrará juros sobre o empréstimo. 
Casarotto (2002) classifica o financiamento de acordo com a 
modalidade, que podem ser: 
- Financiamento para Investimento de longo prazo, com tempo de 
carência para o inicio dos pagamentos e o prazo longo caracterizado como um 
incentivo ao investimento. Estes financiamentos são repassados pelo governo 
federal através de bancos de desenvolvimento. 
 29
- Financiamento de capital de giro caracteriza-se por oferecer um prazo 
mais curto, mas compatível com o investimento. Usados para formar estoque 
ou financiar vendas, também são repassados por bancos de desenvolvimento. 
 
2.2.3 Rentabilidade 
 
”O critério mais utilizado para a medição do mérito de um investimento é 
a relação do lucro médio provável que ele gerará em cada ano pelo total desse 
investimento (r= (L/I)). Essa relação denomina-se rentabilidade simples do 
projeto”. (BUARQUE, 1991, p.105). 
A rentabilidade é o grau de rendimento proporcionado por investimentos, 
expresso em percentual de lucro e normalmente é inversamente proporcional 
ao risco. Esse índice permite saber quanto gera a cada ano, cada unidade de 
capital investido. 
Segundo Kassai (2000) o resultado da rentabilidade de um investimento 
se da em termos relativos, em percentagem, e é considerado atraente todo 
investimento que apresente taxa de rentabilidade maior ou igual a zero. 
Para a administração da empresa, a rentabilidade das operações e os 
efeitos dos custos financeiros são aspectos preocupantes, por isso muitos 
estabelecem índices, com base no balanço, que tem por objetivo relacionar o 
lucro operacional com o valor do ativo operacional. 
 
2.2.4 Ponto de Equilíbrio 
 
É o valor das vendas que permite a cobertura dos gastos totais (custos, 
despesas fixas e despesas variáveis). Neste ponto, os gastos são iguais à 
receita total da empresa, ou seja, a empresa não apresenta lucro nem prejuízo. 
 30
Para Maher (2001, p. 448-449) muitas vezes pressupõem que os 
produtos são fabricados e vendidos em determinada combinação, e calcula-se 
o ponto de equilíbrio ou o volume desejado de acordo com dois métodos, 
combinação fixa de produtos ou margem de contribuição ponderada. 
O ponto de equilíbrio ajuda a definir e esclarecer quais as quantidades 
necessárias que terão que ser produzidas e ou vendidas para poder ter lucro, 
quanto é preciso vender para conseguir pagar os custos, despesas fixas e 
variáveis. 
Ponto de equilíbrio “Corresponde à quantidade produzida do volume de 
operações para qual a receita iguala o custo total. É, pois, o ponto onde o lucro 
líquido iguala a zero, podendo ser expresso em unidades físicas ou 
monetárias”. (COGAN, 2002, p. 36). 
O ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade vendida do 
empreendimento que não apresenta nem lucro nem prejuízo, é o ponto neutro 
da empresa em que as receitas se igualam com soma dos custos fixos e 
variáveis naquele nível de atividade. 
“Denominamos ponto de equilíbrio o ponto em que o total da margem de 
contribuição da quantidade vendida ou produzida se iguala aos custos e 
despesas fixas”. (PADOVEZE, 2000, p. 281). 
Ponto de equilíbrio é o valor que a empresa precisa vender para cobrir o 
custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas. É 
o quociente simples da divisão dos valores dos custos e despesas fixas pela 
margem de contribuição, ele deve ser o mais baixo possível, pois quanto menor 
o ponto de equilíbrio, mais segurança para a empresa não entrar na área de 
prejuízo. 
 
 
 31
2.2.5 Taxa Interna de Retorno (TIR) 
 
Taxa Interna de Retorno é a taxa de desconto que iguala o valor dos 
fluxos de caixa a zero, ou seja, a taxa que com o valor atual das entradas seja 
igual ao valor das saídas. Hirschfeld (2000) destaca que quando investimos em 
um bem, aplicação financeira ou empreendimento, fazemos movidos pelo 
desejo de receber uma quantia em dinheiro referente ou em relação à quantia 
investida. 
“A taxa de juros para a qual o valor presente das entradas de caixa de 
um projeto é ao valor presente das saídas. A taxa interna de retorno (TIR) é a 
taxa de juros que se espera que um projeto renda durante sua vida”. (MAHER, 
2001, p.781). 
A TIR representa o lucro que se espera obter ao investir num certo 
projeto, sua utilização não depende de nenhum parâmetro ou taxa vigente no 
mercado, pois seu calculo consiste em zerar o valor presente dos fluxos de 
caixa de cada investimento. 
Para Gitman (2002 p. 303) “a taxa interna de retorno (TIR) é a taxa de 
desconto que iguala o valor presente de fluxos de caixa com o investimento 
inicial associado a um projeto. A TIR, em outras palavras, é a taxa de desconto 
que iguala o VPL de uma oportunidade de investimento a $ 0”. 
Essa taxa serve para em determinado momento igualar a entrada com 
as saídas de caixa, é uma taxa econômica necessária para que após um 
período possa-se igualar o valor do investimento aos retornos futuros. Quanto 
maior for a TIR em relação à taxa de atratividade melhor é a viabilidade de um 
projeto, esse indicador fornece a rentabilidade do investimento, pois se baseia 
em dados internos do projeto. 
 
 32
2.2.6 Valor Presente Líquido (VPL) 
 
“Valor presente líquido (VPL), uma técnica de orçamento de capital 
sofisticada, encontrada ao se subtrair o investimento inicial de um projeto de 
valor, presente de seus fluxos de entrada de caixa, descontados a uma taxa 
igual ao custo de capital da empresa”. (GITMAN 2002, p. 302). 
Pelo fato de considerar explicitamente o valor do dinheiro no tempo o 
valor presente liquido pode ser considerado uma técnica sofisticada para 
analise de capital, uma vez que desconta os fluxos de caixa a uma taxa 
especifica a qual representa o retorno mínimo que deve ser obtido de um 
projeto de viabilidade. 
Ao analisarmos um fluxo de caixa referente à determinada alternativa, teremos vários valores envolvidos, ora como receitas, ora como dispêndios. A somatória algébrica de todos os valores envolvidos nos períodos considerados, reduzidos ao instante considerado inicial ou instante zero e sendo a taxa de juros comparativa, se chama valor presente liquido. (HIRSCHFELD, 2000, p.105). 
As avaliações de viabilidade econômica através do critério do valor 
presente liquido representam a contribuição liquida para a criação de riqueza 
com a obtenção de valores do investimento inicial durante a vida útil de um 
projeto. Essa formula matemática determina o valor presente de quanto os 
pagamentos futuros somados ao custo inicial estaria valendo atualmente. 
“O método do valor presente liquido também chamado método do valor 
atual liquido, tem como finalidade determinar um valor no instante considerado 
inicial, a partir de um fluxo de caixa formado de uma serie de receitas e 
dispêndios”. (HIRSCHFELD, 2000, p.105). 
Esses métodos de análise do investimento do valor presente liquido, 
consiste em uma formula que converte o valor do investimento, do fluxo de 
caixa, para um valor equivalente a data atual, com objetivo de comparar os 
valores atuais ao retorno que o projeto tem potencial de gerar. 
 33
Para reconhecer o valor do dinheiro no tempo, os fluxos de caixa futurossão trazidos a valor presente, mediante a aplicação de uma taxa de desconto predeterminada. A soma desses valores descontados menos o investimento inicial representa o valor presente liquido (VPL) do projeto, que representa o valor econômico do projeto para a companhia em determinado instante. (MAHER, 2001, p.764). 
No valor liquido presente inicialmente é calculado todo o fluxo de caixa 
de um projeto, desembolsos e suas datas, bem como as receitas que ocorrem 
em instantes diferentes em função do valor do dinheiro no tempo. Isso mostra 
se estamos fazendo mais dinheiro com o investimento do que estamos 
gastando com o custo do capital. 
 
2.2.7 Tempo de Retorno Capital Investido (Payback) 
 
O período de payback é o tempo necessário para recuperar o 
investimento inicial. Segundo Jordan (1998) com base no payback, um 
investimento é aceitável quando seu período de payback calculado é inferior a 
algum número predeterminado em anos. Em termos gerais é comum, falar-se 
do período de retorno payback de um investimento proposto. 
Já para Kassai (2000) payback é o período de recuperação de um 
investimento e consiste na identificação do tempo decorrido entre o 
investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao 
valor desse investimento. É o período em que os valores dos investimentos se 
anulam com os respectivos valores de caixa. 
Trata-se de uma das técnicas de análise de investimento, cuja principal 
vantagem é a análise do prazo de retorno do investimento e, 
conseqüentemente consiste no cálculo desse tempo em número de períodos, 
sejam meses ou anos necessário à recuperação do investimento realizado. 
 
 
 34
2.3 Custos 
 
No ambiente competitivo em que vivemos atualmente, os agricultores 
que se dedicam a atividade agrícola, empregam altas tecnologias em todas as 
fases da produção agrícola, trazendo incrementos à produtividade. 
Analisando a atividade agrícola através do fator custo, percebe-se que 
este auxilia na tomada de decisões na propriedade rural. O momento 
econômico que vive o país e a globalização da economia torna necessário ao 
produtor rural buscar informações mais confiáveis para tornar-se mais 
competitivo no mercado. Apesar de algumas dificuldades, a cada dia que passa 
os produtores buscam formas de melhorar os mecanismos de análise 
econômica da sua atividade. 
No dias atuais a concorrência é cada vez maior, o administrador rural 
precisa estar sempre se aperfeiçoando. Ter o controle sobre os custos de sua 
propriedade é de fundamental importância para medir os resultados. 
Para Leone (2000, p.08) “A idéia básica de custos, atualmente, é de que 
eles devem ser determinados tendo em vista o uso a que se destinam”. Com a 
diversidade dos objetivos atribuídos aos custos torna-se difícil estabelecer um 
só tipo de custo que se adapte a todas as necessidades do produtor rural, cada 
utilização de custos requer diferentes tipos de custos. 
 Segundo Leone (2000) o conceito é de que os custos devem ser 
desenvolvidos para um uso especifico. De base nesse conceito podemos 
classificar os custos em: 
 - custos para determinação da rentabilidade; 
 - custos para o controle de operações; 
 - custos para tomada de decisões e planejamento. 
 35
Os custos para determinação da rentabilidade envolvem uma série de 
fatores, que estão diretamente associados ao processo produtivo, e que 
representam a soma dos custos com a mão-de-obra e material transformados 
em produto. 
Os custos para o controle de operações, permitem que o administrador 
estabeleça os objetivos e que os custos serão controlados em função deles. A 
administração estabelece os planos e as metas que serão atingidos através 
destes objetivos. Os custos são acumulados pela natureza dos gastos de 
acordo com as operações de cada setor. 
Os custos para tomada de decisões e planejamento possibilitam que a 
administração possa tomar decisões que atendam melhor os interesses da 
empresa. Como o custo é um fator importante na realização dos objetivos de 
lucro da empresa, deve ser considerado tanto nas operações diárias, como no 
planejamento a curto e longo prazo. 
Para Padoveze (2000) os custos são os gastos, não investimentos, 
necessários para fabricar os produtos. É através dos gastos efetuados que 
surgirão os produtos. Para tanto, pode-se dizer que os custos são os gastos 
relacionados aos produtos gerados. 
É essencial ao produtor rural obter um sistema de gestão de custos que 
atenda as suas necessidades, ele deve buscar um prévio conhecimento sobre 
as dificuldades que poderá encontrar ao longo do percurso de sua propriedade. 
Para ser bem sucedido nesse aspecto, o produtor rural deve implantar um 
método de controle dos custos dos produtos adquiridos e utilizados, que lhe 
traga benefícios durante a análise dos mesmos. 
De acordo com Padoveze (2003, p.04) podemos então definir 
genericamente custos como sendo a mensuração econômica dos recursos 
(produtos, serviços e direitos) adquiridos para a obtenção e a venda dos 
produtos e serviços da empresa. Em palavras mais simples, custo é o valor 
pago por alguma coisa. 
 36
Todo o gasto realizado dentro da propriedade que diz respeito a 
investimento na área agrícola deve ser contabilizado, objetivando o controle 
dos mesmos, para posteriormente ser analisado e gerar um diagnóstico ou 
relatório sobre tudo o que foi gasto na produção agrícola. 
“Quando se quer determinar o custo de um produto, tem-se em vista 
primeiramente saber quais as necessidades de gastos para executar sua 
produção, e que tipo de gastos, e indicações para a transformação do preço de 
venda ao consumidor”. (PADOVEZE 2000, p. 260). 
As ferramentas usadas no sistema da agricultura de precisão não são 
baratas, trata-se de um alto investimento em tecnologias e manutenção das 
mesmas. Para se obter resultados a níveis satisfatórios é necessário que o 
produtor faça um desembolso considerável de dinheiro se quiser bons 
resultados na produtividade de suas lavouras. 
Para Hansen & Mowen (2003, p. 61) “custo é o valor em dinheiro, ou o 
equivalente em dinheiro, sacrificado para produtos e serviços que se espera 
que tragam um beneficio atual ou futuro para a organização”. 
O custo de aquisição desse sistema inovador depende muito das 
necessidades do produtor, e sobre a extensão de terras que ele queira atingir. 
Esse sistema de manejo segundo algumas pesquisas parece se adaptar a 
diversas culturas independentes do tamanho da área em que estiverem. Os 
benefícios só são alcançados se respeitado o prazo de implantação do sistema 
de agricultura de precisão. 
Ainda para Hansen & Mowen (2003, p. 65) “um princípio fundamental da 
gestão de custos é “custos diferentes para propósitos diferentes”. Assim, o que 
custo do produto significa depende do objetivo gerencial que esta sendo 
atendido”. 
Dentro do sistema de manejo proposto pelo sistema da agricultura de 
precisão há elementos que deverão ser contabilizados de modo diferente, pois 
 37
se trata de investimentos que deverão ser contabilizados no decorrer dos 
tempos, por trazerem resultados futuros e não de imediato a sua inclusão na 
propriedade. 
Os custos diretos e indiretos podem ser classificados em fixos e variáveis, quando tomamos como referencial o seu comportamento em relação ao volume de produção. É importante essa classificação para que possamos adicionar aos custos uma variável independente, para estudos prospectivos, ou seja, propósitos de previsões, e o processo de tomada de decisão para possíveis novos curso de ação. (PADOVEZE 2003, p. 53). 
O produtor rural deve sempre buscar produzir seus produtos ao menor 
custo possível, a veracidade das informações referentes aos custos é fator 
favorável na estratégia de redução dos custos empregados na produção 
agrícola. 
 
2.3.1 Custos fixos 
 
Segundo Hansen & Mowen (2003,p.88), custos fixos “são custos que no 
seu total são constantes dentro de uma faixa relevante enquanto o nível do 
direcionador de atividade varia”. 
Os custos fixos se mantêm constantes, pois não dependem do volume 
de produção, permanecerão assim não importa a alteração que ocorra no 
volume de produção para mais ou para menos esse fator não vai alterar o valor 
total do custo. 
Um custo é considerado fixo quando o seu valor não se altera com as mudanças, para mais ou para menos, o volume produzido ou vendido dos produtos finais. Apesar da possibilidade de classificarmos uma serie de gastos como custos fixos, é importante ressaltar que qualquer custo é sujeito a mudanças. De um modo geral, são custo e despesas necessários para se manter um nível mínimo de atividade operacional, por isso são também denominados custos de capacidade. (PADOVEZE 2003, p. 54). 
Independente das variações do volume de atividade em que esteja 
ligado, o custo fixo não será alterado, pois não tem nenhuma ligação direta 
com a estrutura que permanece período após período sem variações. 
 38
Para Leone (2000, p.84) “Custos fixos, são os custos que não variam de 
acordo com a atividade realizada dentro de uma faixa determinada de volume”. 
A atividade realizada pode variar oscilar que não afetara os custos fixos, pois 
estes independem do volume de atividade que será realizado. 
A atividade agrícola emprega em sua manutenção uma série vasta de 
custos dos quais depende o seu funcionamento. Todo trabalho realizado pelos 
agricultores emana resultados, estes por sua vez ocasionam algum tipo de 
custo. 
 
2.3.2 Custos variáveis 
 
No entendimento de Hansen & Mowen (2003, p. 89) custos variáveis 
“são definidos como custos que no total variam em proporção direta as 
mudanças em um direcionador de atividade”. Tanto no ramo agrícola como em 
qualquer outra atividade, os custos variam de acordo com o objeto de custo ou 
ainda de acordo com o volume de produção das atividades produzidas. 
Para Leone (2000, p.84), “custos variáveis, são os custos que, dentro de 
um determinado volume de produção, variam proporcionalmente com a 
atividade realizada”. São aqueles custos proporcionais ao volume de produção 
da empresa ou ramo de atividade, que aumentam os custos totais da empresa. 
São assim chamados os custos e despesas cujo montante em unidades monetárias varia na proporção do nível de atividade a que se relacionam. Tomando como o volume de produção ou vendas, os custos variáveis são aqueles que, em cada alteração da quantidade produzida ou vendida, terão uma variação direta e proporcional em seu valor. Se a quantidade aumentar, o custo aumentará a mesma proporção. Se a quantidade diminuir, o custo também diminuirá a mesma proporção. (PADOVEZE 2003, p. 56). 
Os custos de utilização do modelo de agricultura de precisão tendem a 
variar de acordo com o tamanho da área a qual será aplicado. Estes custos 
mantêm relação direta com o volume de produção, fazendo com que os custos 
variáveis mudem de acordo com o volume das atividades desempenhadas. 
 39
 
2.3.3 Custos diretos 
 
Hansen & Mowen (2003, p.62), “custos diretos são os custos que podem 
ser facilmente e acuradamente rastreados aos objetivos de custo. Custos 
facilmente rastreados são os custos que podem ser distribuídos de forma 
economicamente viável”. 
A identificação dos custos fixos no sistema de agricultura de precisão 
torna-se um elemento importante ao produtor rural, pois este terá uma idéia de 
quanto gastará para manter o sistema em plena atividade. 
Leone (2000, p. 85) afirma que “custos diretos, são custos que podem 
ser identificados com o departamento ou com o produto”. Os equipamentos 
utilizados, a mão-de-obra, os insumos, todos geram algum tipo de custo. É de 
interesse de o produtor rural identificá-los e dividí-los de acordo com suas 
características para efetuar o controle dos gastos com o sistema de agricultura 
de precisão. 
Custos diretos são aqueles que podem ser fisicamente identificados para um segmento particular em consideração. Assim, se o que está em consideração são uma linha de produtos, então os materiais e a mão-de-obra envolvida na sua manufatura seriam custos diretos. (PADOVEZE 2003, p. 41). 
Um bom uso e conhecimento dos custos dos produtos envolvidos na 
atividade agrícola são essenciais para o bom desempenho do produtor nesse 
meio. Os custos sempre estão ligados direta ou indiretamente em qualquer 
atividade que seja realizada em uma propriedade rural. 
 
 
 
 40
2.3.4 Custos indiretos 
 
Hansen & Mowen (2003, p. 64) definem que “custos indiretos são custos 
que não podem ser rastreados para um objeto de custo. Isso quer dizer que 
não existe relacionamento causal entre o custo e o objeto de custo, ou que o 
rastreamento não é economicamente viável”. 
A implantação ou mudança na atividade em que se trabalha sempre 
ocasiona alguns gastos que não podem ser contabilizados diretamente a essa 
atividade, porque são irrelevantes. 
Todos os gastos que não são considerados diretos são classificados como indiretos. São os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional e caso sejam atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, esses gastos o serão por meio de critérios de distribuição (rateio, alocação, apropriação, são outros termos utilizados). (PADOVEZE 2003, p. 42). 
Há custos que não podem ser apropriados diretamente aos produtos no 
momento em que ocorrem, só podendo ser empregados mediante o uso de 
técnicas que possibilitam o seu rateio. 
Leone (2000, p. 86) diz que “custos indiretos, são os custos que não 
podem ser, em última análise, identificados com uma unidade administrativa ou 
com o produto que está sendo fabricado”. 
São custos comuns que se apresentam os muitos tipos diferentes de 
bens, que não podem ser mensuráveis por serem empregados de forma 
indireta aos produtos. Necessita de critérios ou parâmetros para ser atribuído 
ao objeto de custo. 
 
 
 
 41
2.3.5 Despesas 
 
“Despesas são os gastos necessários para vender e distribuir os 
produtos. De um modo geral, são os gastos ligados às áreas administrativas e 
comercias. O custo dos produtos, quando vendidos, transforma-se em 
despesas”. (PADOVEZE 2003, p.17). 
As despesas correspondem a bens e serviços para obtenção de receitas 
e que não estejam associadas à produção de um produto ou serviço. 
A despesa é um gasto ocorrido em um determinado período e que é lançado contabilmente nesse mesmo período, para fins de apuração do resultado periódico da empresa. Portanto, a despesa é lançada diretamente na demonstração de resultado de um período e significa, no momento de sua ocorrência, uma redução da riqueza da empresa. (PADOVEZE 2003, p.13). 
“Despesa é o valor dos insumos consumidos com o funcionamento da 
empresa e não identificados com a fabricação. São as atividades fora do 
âmbito da fabricação. A despesa é geralmente dividida em administrativa, 
comercial e financeira”. (BORNIA, 2002, p. 40). 
Para Matarazzo (1998, p. 73), “as despesas operacionais, segundo a Lei 
das S.A., correspondem às despesas necessárias para a empresa funcionar, 
isto é, vender, administrar e financiar suas atividades”. Para tanto não se deve 
confundir essas despesas com as despesas de produção, que são aquelas 
necessárias para transformar matéria-prima em produto final. 
“Despesas de vendas representam as despesas necessárias para as 
vendas, bem como as de promoção e distribuição dos produtos da empresa no 
mercado, e ainda os riscos assumidos pela venda, como garantia e provisão 
para devedores duvidosos”. (MATARAZZO, 1998, p. 74). 
“Despesas administrativas compreendem as despesas incorridas para a 
direção e execução das tarefas administrativas, bem como as despesas gerais 
que beneficiam os negócios da empresa”.(MATARAZZO, 1998, p. 74). 
 42
“Despesa financeira representa a remuneração paga a terceiros que 
financiam a empresa”. (MATARAZZO 1998, p. 74). As despesas financeiras 
englobam despesas bancárias, descontos concedidos, correção monetária pós 
e prefixada e variação cambial. 
Para Iudícibus (1998, p. 52) “as despesas operacionais são as 
necessárias para vender os produtos, administrar a empresa e financiar as 
operações. Enfim, são todas as despesas que contribuem para a manutenção 
da atividade operacional da empresa”. 
As despesas de vendas abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao consumidor (comercialização e distribuição). São despesas com o pessoal da área de venda, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, marketing, estimativa de perdas com duplicatas derivadas de vendas a prazo (provisão para devedores duvidosos) etc. (IUDÍCIBUS 1998, p. 52). 
Ainda segundo Iudícibus (1998 p. 52), despesas financeiras “são as 
remunerações aos capitais de terceiros, tais como: juros pagos ou incorridos, 
comissões bancarias, correção monetária prefixada sobre empréstimos, 
descontos concedidos, juros de mora pagos etc”. 
 
2.3.6 Custos de produção na atividade rural 
 
A atividade agrícola pode ser exercida de variadas formas, mas tem seu 
gerenciamento mais dinâmico diante das exigências de um mercado cada vez 
mais competitivo, tornando-se imprescindível que as empresas, utilizem meios 
de apuração dos custos de seus produtos, tendo em vista os diversos custos 
que compõem o produto final. 
Para Ribeiro (2004) as principais ferramentas que o administrador possui 
é procurar por todos os meios, reduzir os seus custos de produção, os quais 
são representados pelos custos de utilização dos insumos, mão-de-obra e 
máquinas. A apuração do custo da produção em uma empresa agrícola segue 
alguns dos processos utilizados em uma empresa industrial qualquer, 
 43
observando algumas particularidades inerentes ao tipo de atividade. A relação 
custo/benefício de se manter controles mais complexos em busca de 
informações mais precisa deve ser sempre considerada por outro lado a 
necessidade de controles, por mais simples que pareçam ser, torna-se fator 
imprescindível quando se tratar de valorização dos estoques agrícolas. 
De acordo com Marion (1996, p. 43), “agricultura é definida como a arte 
de cultivar a terra. Arte essa decorrente da ação do homem sobre o processo 
produtivo à procura da satisfação de suas necessidades básicas” 
Segundo Crepaldi (1993, p.56), “são consideradas culturas aquelas 
plantas sujeitas ou não ao replantio após a colheita com um período de vida 
curto ou longo, normalmente não superior a um ano, ou em torno de três a 
quatro anos”. 
Nas culturas, os custos são acumulados para um melhor controle e 
apuração. O conhecimento do custo da produção agrícola é importante 
principalmente devido ao controle e decisão. Para que os custos sejam 
perfeitamente atribuíveis a produção se faz necessário estudá-los e identificá-
los. Para isso é importante que se conheça os conceitos básicos utilizado na 
contabilidade de custos. 
 
2.3.7 Contabilidade Rural 
 
A contabilidade rural é um dos principais sistemas de controle e informação da Empresas Rurais. Com a análise do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício é possível verificar a situação da empresa, sob os mais diversos enfoques, tais como análises de estrutura, de evolução, de solvência, de garantia de capitais próprios de terceiros, de retorno de investimento etc. (CREPALDI, 2005, p.83). 
O conhecer o custo da produção agrícola é importante principalmente 
devido a controle e decisão do empreendedor agrícola. Para que os custos 
sejam atribuíveis a produção se faz necessário a identificação dos mesmos. 
 44
Para isso é importante que a pessoa responsável pelo departamento de 
produção conheça conceitos básicos utilizado na contabilidade de custos. 
 
A contabilidade é a radiografia de uma Empresa Rural. Ela traduz, em valores monetários, o desempenho do negocio e denuncia o grau de eficiência de sua administração. Em ultima análise, a contabilidade vai dizer se uma Empresa Rural esta atingindo o seu objetivo final: o lucro. Apesar de ser uma atividade que, por força de lei, só pode ser exercida por um profissional especializado, a Contabilidade deve ser acompanhada muito de perto pelo proprietário rural. (CREPALDI, 2005, p.93). 
No entender de Sá (1993, p. 93), contabilidade de custos “é a parte da 
contabilidade que estuda os fenômenos dos custos, ou seja, dos investimentos 
feitos para que se consiga produzir ou adquirir um bem de venda ou um 
serviço”. 
 
2.3.8 Margem de Segurança 
 
“Margem de Segurança é o excesso das vendas reais sobre o volume de 
vendas no ponto de equilíbrio. Ela estabelece quanto às vendas podem cair 
antes de começarem a ocorrer prejuízo” Garrison (2001, p.171). Margem de 
Segurança = Vendas reais - Vendas no ponto de Equilíbrio 
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 
 
Neste capítulo está descrito como foi realizado o procedimento 
metodológico que norteou a realização deste estudo. É importante ter 
conhecimento sobre o tema estudado e desenvolver um processo eficaz e 
eficiente a fim de obter os dados necessários para a realização do relatório. 
De acordo com Jung (2004, p. 227) “a metodologia é um conjunto de 
técnicas e procedimentos que tem por finalidade viabilizar a execução da 
pesquisa, obtendo-se como resultado um novo produto, processo ou 
conhecimento”. 
Para realização deste estudo, neste capítulo é especificada a 
classificação do tipo de pesquisa, a descrição do processo de coleta de dados, 
e como foi realizada a análise e interpretação dos dados. 
 
3.1 Tipo de Estudo 
 
Foi de suma importância definir o tipo de pesquisa a ser realizada, pois 
esta contribuiu para a busca de informações e a realização da avaliação dos 
resultados obtidos das atividades desenvolvidas sobre a agricultura de precisão 
para correção do solo, já que os diversos tipos de investigação existentes têm 
suas características específicas. 
Levando em conta que geralmente as pesquisas se relacionam como 
forma de identificar, estudar e analisar fatos, temas ou algum assunto de 
interesse, para construção de soluções dos mesmos, o presente estudo faz 
relação às pesquisas no quesito de estudar e analisar os custos utilizados na 
agricultura de precisão para correção do solo. 
No entendimento de Gil (1999, p. 42) define-se pesquisa “como o 
processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O 
 46
objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas 
mediante o emprego de procedimentos científicos”. 
Já Vergara (2000, p. 46) expressa seu conceito de pesquisa como “o 
estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, 
revistas, jornais, redes eletrônicas”. Este material fornece ao publico em geral, 
acesso instrumental e analítico para qualquer tipo de pesquisa. 
Complementando a idéia, Vergara (2000) argumenta que existem dois 
critérios básicos para classificar os tipos de pesquisa: quanto aos fins e 
quantos aos meios. 
Quanto aos fins pretendidos, o presente relatório enquadra-se nos 
moldes de uma pesquisa exploratória, por abordar um assunto com poucas 
referências sobre o tema, tendo a necessidade de buscar informações em 
diversos tipos de fontes. 
Quanto aos meios para elaboração deste relatório esta pesquisa 
classifica-se em bibliográfica por embasar-se em material acessível ao publico, 
por resgatar com base em livros, obras e pesquisas já publicadas por outros 
autores, informações necessárias para o aprofundamento conceitual para 
realização deste relatório. 
As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação

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