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Direito Empresarial III Matéria

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Direito Empresarial III
Direito Cambiário (Títulos de Crédito)
Sérgio Eiras
Lei 7.357/85
Art.1º - Requisitos Obrigatórios do Cheque
VI – Requisito da Assinatura
Art. 2º - Da Invalidade do Cheque (Sem cumprir requisitos obrigatórios)
Leitura Obrigatória – Fran Martins – Títulos de Créditos – Volume I e II.
Para Acessar:
LUG – Lei Uniforme de Genebra – Decreto 57.663/66 (Imprimir Anexo I) – Para Letra de Câmbio e Nota Promissória. 
Lei 7357/85 – Regulamentação da circulação do cheque no Brasil (Imprimir)
Decreto 57.595/66 – LUG do Cheque.
Decreto 57.663
Títulos de Crédito
Conceito:
O conceito de título ligado a ideia de documento em meio sólido, no sentido estrito da palavra e Crédito deriva do latim crediare & creditare, isto é, que inspira confiança.
Sendo assim, diz-se por excelência, que é documento em meio sólido, que inspira na pessoa que o recebe a crença (confiança), de que a obrigação nele contida, será cumprida na data e na condição nele estabelecidas.
O título é um meio material, isto é, existe de fato, e quem inspira a confiança não é o emitente, e sim o documento que ali está sendo apresentado e recebido.
Os títulos de crédito, como conhecemos hoje, surgem na Itália (Enquanto Região), durante a Idade Média, e assim, nasce a Escola Italiana, e nesta época surge a Lettera de Cambio, título de crédito utilizado até os dias atuais.
A escola italiana agregou ao título de crédito a informação de título personalíssimo, e só pode ser descontado pelo emitente proprietário, sendo mais tarde nomeado de princípio da propriedade.
A escola francesa agregou ao título de crédito criado pela escola italiana, a possibilidade de transferir o título a um terceiro que não seja o emitente, mais tarde conhecido como princípio da circulação.
A escola alemã agregou ao título de crédito criado pela escola italiana a questão que versa sobre a uniformização, sendo assim, cria uma relação (Completar)
Princípios:
1 – Abstração: Para caracterizar a abstração é necessário que o título cambial seja emitido e circulado, se desvinculando do negócio jurídico a que foi originado.
Classificação:
Os títulos de crédito possuem duas classificações que a princípio serão estudadas, sendo estes, os títulos de crédito próprios e impróprios, tão logo sejam estudados, os títulos próprios tem por exemplo a letra de câmbio e a nota promissória.
Aula 02 – 19/08/2015
Princípios:
1 – Abstração: Para caracterizar a abstração é necessário que o título cambial seja emitido e circulado, se desvinculando do negócio jurídico a que foi originado.
Por este princípio, o título de crédito uma vez emitido e circulado se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, assim, mesmo que o negócio jurídico original seja desfeito, o título manterá sua eficácia, podendo os direitos nele contidos serem exercidos na data e condições ali estabelecidas.
Observe-se o atendimento as duas condições para que possa existir a abstração, quais sejam, a emissão do título e a circulação do mesmo, de sorte que este saia dos polos da relação jurídica original para um terceiro.
Os títulos de crédito próprios apresentam o princípio da abstração, já que em sua essência são não-causais, portanto não vinculados a relação jurídica primitiva, neste sentido é correto afirmar que por natureza a letra de câmbio e a nota promissória apresentam este princípio.
2 – Autonomia: Para caracterizar a autonomia é necessário que o título cambial seja assinado, emitido, circulado, que por além de se desvincular do negócio jurídico a que foi originado, também vinculará todos aqueles que endossaram o título, e no caso da execução do título qualquer um se torna responsável.
Por este princípio entende-se que cada pessoa que assina no título de crédito assume a obrigação ali contida como se esta fosse sua e como se ele fosse único. Portanto, a vinculação obrigacional ao título de crédito se faz por meio da assinatura trazendo cada sujeito ali vinculado a titularidade obrigacional. Neste contexto, não só o emitente, mas os endossantes, aceitantes, garantes (avalistas e fiadores), são obrigados no cumprimento dos direitos contidos no título, não podendo sequer assumir parcialmente, repartindo com os demais, o dever de cumprir a obrigação, se chamado for.
Destarte, a autonomia é princípio presente, comum, a todos os títulos de crédito.
3 – Independência: Para caracterizar a independência é necessário que o título cambial seja assinado, emitido, circulado, e que além de se desvincular do negócio jurídico a que foi originado, também vinculará todos aqueles que endossaram o título, e no caso da execução do título qualquer um se torna responsável, e não somente isto, a emissão do título é baseada na capacidade e na vontade do emitente, tornando-se nulo quando comprovada a ausência da vontade.
Este princípio é em verdade, uma presunção. Presume-se que cada pessoa que assina no título o faz no exercício de sua livre manifestação de vontade. Neste contexto, comprovando-se a existência de vício na manifestação da vontade é factível imaginar a alegação de nulidade na mesma. Trata-se portanto de uma presunção relativa (juris tantum).
4 - Inoponibilidade das Exceções: Para caracterizar a inoponibilidade é necessário que o título cambial seja assinado, emitido, circulado, e que além de se desvincular do negócio jurídico a que foi originado, também vinculará todos aqueles que endossaram o título, e no caso da execução do título qualquer um se torna responsável, e não somente isto, a emissão do título é baseada na capacidade e na vontade do emitente, tornando-se nulo quando comprovada a ausência da vontade, levando em consideração que não é dado a ninguém o direito de alegar razão própria para o descumprimento da obrigação.
Por este princípio assume-se que a ninguém que assina no título é dado alegar motivos de ordem pessoal (Portanto estranhos ao título), para descumprir obrigação contida no título em relação a um terceiro de boa-fé. Neste sentido, obrigações contidas no título cumprem-se no título e as estranhas a ele fora dele.
Fábio Ulhoa Coelho afirma em sua obra que a inoponibilidade das exceções é em verdade um subprincípio, resultando do cruzamento dos princípios da abstração e da autonomia. Não nos parece ser a visão mais correta tendo em vista a inexistência de hierarquia entre princípios, bem como o reconhecimento das diferentes identidades destes.
5 - Literalidade:
Título de Crédito vale pelo que nele está escrito. Destarte, nada de diferente de seu conteúdo poderá ser alegado para seu cumprimento ou descumprimento. Podemos afirmar neste sentido ser a literalidade para o título de crédito o “Princípio do Jogo do Bicho”, vale o que está escrito.
Aula 03 – 26/08/2015
Continuação dos Princípios
6 – Cartularidade:
Por este princípio entendemos o direito como elemento abstrato que se manifesta e se comprova quando apreendido em elemento material (o título). Assim, cartularidade é o princípio que descreve que o título de crédito, elemento central do direito cambiário, se dá pela apreensão do direito do documento que o passa a representa-lo e o incorpora-lo. Destarte, a cartularidade é princípio comum a todos os títulos de crédito.
7 – Executoriedade:
Por este princípio temos o título de crédito como meio útil, necessário e bastante suficiente para o exercício do direito nele contido. Assim, o titular do direito ali existente para exerce-lo deverá apresenta-lo, não sendo necessário qualquer outro documento para o exercício do direito ali contido. Pela apresentação do título, e somente por este, o beneficiário exerce ou executa seu direito.
É de se reparar, a estreita ligação existente entre os princípios da cartularidade e da executoriedade.
8 – Circulação
Por este princípio temos a crença que, como regra, o título nasce para circular. Destarte, quanto mais pessoas assinam no título, mais perfeitamente este exerce o seu papel de título de crédito, já que amplia o universo de coobrigados e por consequência a certeza de cumprimento do direitoali contido. Observando-se as escolas ou fases do direito cambiário, vimos a íntima relação guardada entre o princípio da circulação e a cláusula “A Ordem” criada na escola francesa.
9 – Elasticidade
Por este princípio entendemos ser o título tão grande quanto a cadeia de endosso que necessita comportar. Se o título de crédito nasce para circular não faria sentido limitar sua circulação a capacidade de suas dimensões físicas. Neste sentido, sendo a circulação do título do crédito infinita, não faria sentido limita-la as dimensões físicas do título, dando-lhe finitude. O princípio da elasticidade nos socorre permitindo que ao alcançarmos a capacidade física do título de receber sua cadeia de endossos, novas folhas sejam anexadas a este, dando-lhe abstratamente a impressão de elástico e infinito e permitindo a continuidade de sua circulação.
Observe-se que para a validade da circulação o ultimo beneficiário de cada folha deve ser o primeiro endossante da seguinte dando-lhe a continuidade e evitando a interrupção da cadeia de endosso.
10 – Formalismo
Há divergências doutrinárias quanto ao seu enquadramento como princípio ou característica inerente aos títulos de crédito. Pelo formalismo reconhecemos o título de crédito e por consequência o tratamento jurídico que lhe é próprio pela presença ou não dos requisitos essenciais que lhes sejam comuns. Destarte, é pela existência dos requisitos essenciais que reconhecemos o título de crédito e lhe aplicamos o ordenamento jurídico que lhe é próprio, de tal forma que independentemente de onde esteja seu tratamento legal, bem como, seu reconhecimento seja o mesmo, estando a sua validade intimamente associada a presença dos requisitos formais que lhe constituem a legalidade.
Aula 04 [02/09/2015]
Institutos Cambiários
Endosso
Conceito
Temos por Endosso ser este um instituto translativo de direitos cambiários, em outras palavras, cambiariamente, é com a utilização do endosso que eu transfiro os direitos contidos em um título de crédito de um para outro beneficiário.
O endosso se materializa na forma de uma assinatura dada no verso do título ou em folha em anexo (Elasticidade), vinculando aquele que assina (Endossante) obrigacionalmente no cumprimento do título caso seja demandado (Autonomia), assim, relacionalmente aquele que transfere os direitos denominado Endossante e coobrigado no título e o que recebe o mesmo denominado endossatário. Ressalte-se, que endossante e endossatário são posições relacionais na circulação do título de crédito.
Temos ainda os endossos especiais, institutos cambiários translativos de direitos, que o fazem de forma diferenciada do endosso normal.
Sujeitos Relacionais: Emitente, Endossante & Endossatário
Responsabilidade: Todos que no título assinam se responsabilizam por suas obrigações.
Materialização: Através da Assinatura
Endosso em Branco: O Endosso pode ser realizado em branco e em preto, no endosso em branco, não há a determinação expressa de quem recebe o título, presumindo-se como legítimo titular quem o tem em seu poder
Endosso em Preto: Já no endosso em preto temos a determinação expressa do endossatário de tal forma que apenas este poderá exercer os direitos ali contidos.
É certo afirmar que tanto no endosso em branco quanto no endosso em preto, o endossante é coobrigado já que ali consta sua assinatura vinculando-o ao título. É certo, portanto que apenas pela simples tradição não há vinculação obrigacional do endossante ao título.
Endossos Especiais
Póstumo ou Tardio: É assim denominado qualquer endosso realizado no título após sua data de vencimento, reparem, que o momento para o exercício do direito ali existente já se fez presente e ainda assim o título continua a circular.
Os efeitos do endosso póstumo ou tardio variam. Se não houve a ocorrência de protesto ou a prescrição do título, o endosso póstumo ou tardio gera os mesmos efeitos de um endosso normal, se contudo quando da ocorrência do endosso póstumo ou tardio já existir protesto ou a prescrição, os endossos realizados após estas ocorrências geram os efeitos de cessão ordinária de direitos civis, sendo portanto, exercível apenas ponto a ponto entre aquele que recebeu e aquele que o transferiu até o momento anterior a ocorrência do protesto ou prescrição.
Caução ou Garantia: Nesta modalidade especial ao assinar no título agrega a seu endosso termo que demonstre de forma clara que a transferência do mesmo se dá de forma condicional, como garantia a outra relação jurídica, em garantia a, por garantia de...
Assim, com o endosso caução ou garantia a posse do título é transferida de pronto ao endossatário mantendo contudo o endossante a titularidade dos direitos ali contidos.
Com o cumprimento da obrigação garantida, o endossatário devolve ao endossante a posse do título, enquanto que em seu descumprimento, o endossatário que já detinha a posse torna-se também titular dos direitos cambiários ali existentes.
Procuração ou Mandato: Esta modalidade de endosso especial permite o endossante transferir ao endossatário, a posse, e o exercício dos direitos contidos no título mantendo para si a titularidade sobre estes direitos.
Destarte, percebe-se aqui que o endossatário, por este endosso, atua como procurador em nome e responsabilidade do endossante.
Para se caracterizar o endosso procuração ou mandato, o endossante ao assinar no título deve fazer constar em seu endosso, de forma expressa, termo ou expressão que demonstre tal condição (Em mandato a, por procuração de...).
Vimos aqui neste endosso uma separação entre a titularidade dos direitos contidos no título que permanecem com o endossante e a posse bem como exercício do direito que fica em poder do endossatário, que o faz em nome e em responsabilidade do endossante.
Parcial: Conceitualmente caracteriza-se como endosso parcial a transferência por endosso pelo endossante para o endossatário de uma fração dos direitos contidos no título.
No Brasil, dada a adoção dos princípios da cartularidade e da executoriedade, o endosso parcial não foi recepcionado, não estando portanto em vigor em nossa terra já que com a transferência de uma fração dos direitos ou o endossante ou o endossatário estaria impedido de exercer sua fração dada a necessidade de apresentação do título para fazê-lo.
Trata-se portanto de um conceito meramente doutrinário sem aplicação fática no Brasil.
Exercício de Fixação:
Tício procura seu escritório narrando a seguinte situação: Que na presente data é titular de uma nota promissória no valor de R$ 5.000,00; Que o título foi emitido por Caio em 8/out/2014, como resultado da compra por este de uma empacotadora de caixa de blogs; que o título, na oportunidade, foi passado a Mário; que Mário por Endosso em Preto transferiu o título a Ouvídio na data de 23/jan/2015; que Ouvídio também por endosso em preto transferiu o título para Madalena em 12/fev/2015; Madalena por Endosso em Branco transferiu o título a Pedro na data de 04/abril/2015 e este da mesma forma em 14/jun/2015, transferiu o título a Henrique; Henrique por Endosso em Preto transferiu em 04/jul/2015 para Asdrubal que o manteve em seu poder mesmo após a data de vencimento, senda esta 21/jul/2015, vindo a transferir o mesmo em 08/ago/2015 a Mévio; que em 24/ago/2015 foi transferido para Tício sendo tanto o Endosso de Asdrubal quanto o de Mévio em Preto. Preocupado, Tício lhe questiona conforme abaixo:
Após insucesso de Tício em cobrar de Caio tendo ocorrido em protesto, pergunta-se contra quem Tício pode exercer seus direitos? LISTA NOMINAL Todos que no título assinaram
Como se denomina e quais os efeitos no caso em tela dos endossos de Asdrubal e Mévio? Endosso Póstumo ou Tardio
Se ocorre protesto do título por Asdrubal, contra quem Tício poderia exercer seus direitos no caso em tela? Apenas contra Mévio, que foi quem cedeu o título.
Com base em que princípio alguns sujeitos no caso em tela, não poderiam ser chamados a responder pela obrigação contida no título? Sérgio perguntou merda.
Cite uma hipóteseem que a posse e a titularidade dos direitos contidos em um título de crédito se apresentam em sujeitos distintos? Endosso Mandato ou Procuração ou Endosso Caução ou Garantia
Aula 05 [09/09/2015]
Aval e Fiança
1 – Fiança
Instituto de Direito Civil.
O Fiador é garante da obrigação.
Obrigação acessória.
Se nula a relação jurídica principal, nula será a fiança.
Existe benefício de ordem (Cobra-se primeiro quem é o devedor principal, depois quem é o devedor acessório).
Necessário que haja outorga uxória (vênia conjugal)
2 – Aval
Instituto de Direito Cambiário
O Avalista é garante da obrigação
Obrigação originária pelo princípio da autonomia
Mesmo que alguma obrigação seja nula na cadeia de endosso, a obrigação do avalista permanece
Não existe benefício de ordem já que todas as obrigações são principais no título
Não necessita de vênia conjugal para sua validade, contrariando o código civil.
Fiança
Conceito
Materializa-se por uma assinatura, sendo por natureza, instituto de direito civil. O fiador é garante da obrigação, já que assina na mesma em garantia a seu cumprimento.
A fiança apresenta-se como uma obrigação acessória, tendo portanto, sua validade vinculada a validade da obrigação principal já que nesta esfera aplica-se a máxima “O acessório acompanha o principal”, sendo assim, se nula a obrigação principal, nula também será a obrigação do fiador, como por exemplo, ocorreria na hipótese de incapacidade absoluta do garantido e tendo nula sua responsabilidade, também geraria nulidade do garante.
Percebemos também que por ser em essência uma obrigação acessória, cabe na fiança pura, o benefício de ordem. Assim, o fiador só é responsável na fiança pura quando constatado judicialmente, o exaurimento da capacidade econômica de cumprir com a obrigação assumida pelo garantido.
Dispõe o código civil, para a validade da fiança a obrigatoriedade da vênia conjugal (Outorga Uxória), sob pena de nulidade da obrigação assumida.
Aval
Conceito
Instituto de Direito Cambiário que só se restringe a esta esfera. O Avalista é garante da obrigação, se vinculando a mesma através de sua assinatura no título.
Ao observamos o princípio da autonomia, percebemos que o avalista ao apor sua assinatura na frente ou verso do título assume ali uma obrigação originária. Neste sentido, não há de se falar em benefício de ordem já que todos que assinam no título assumem a condição de coobrigados em seu cumprimento.
Sendo as obrigações assumidas no título autônomas entre si, não podemos conceber que a incapacidade do garantido que gere nulidade de sua obrigação, possa se estender e ser arguida pelo avalista a obrigação por ele assumida.
Destaque-se que o código civil nos fala que para a validade do aval bem como da fiança é necessária a vênia conjugal (Outorga Uxória). Tal proposição é afastada no direito cambiário já que a base deste direito funda-se na relação de confiança e restringindo-se o aval a uma assinatura não há como saber o estado civil do coobrigado. Neste sentido, tanto a doutrina quanto a jurisprudência são pacíficas em que o disposto no código civil não tem aplicabilidade ao aval. Dispensa-se portanto, para validade do Aval a existência de vênia conjugal. Conhecemos casos em que a justiça embora dispensasse para a validade do aval, a vênia conjugal limitou o alcance da responsabilidade assumida pelo avalista sem a vênia conjugal, a meação patrimonial.
Ao se apostar no título o aval é importante estabelecer se de forma inequívoca, através de quem o mesmo é prestado no título, tornando-se assim possível determinar, se demandado, contra quem o avalista poderá exercer seus direitos. Tal condição, pode ser feita de forma expressa com a assinatura do avalista seguida de expressões como “Por aval de”, “Em aval a”... A doutrina e a jurisprudência aceitam também esta determinação de forma implícita bastando a assinatura do avalista ao lado da assinatura de seu avalizado. Contudo, quando não é possível determinar se com precisão por quem ou em nome de quem a única assinatura que podemos com certeza afirmar existir antes do aval é a do próprio emitente se deslocando o avalista para aquela posição relativa acima do emitente sendo presumido ser ele garante da obrigação em sua origem. Assim, nestas condições, se demandado for só poderá exercer seus direitos de regresso contra o próprio emitente.
Aula 16/09/2015
Aval (Continuação)
A doutrina permite que o aval seja realizado no título de crédito ainda de forma simultânea ou sucessiva. Temos por simultânea a situação que dois ou mais avalistas simultaneamente garantem o mesmo avalizado, podendo entre eles, limitar o quantum de garantia cabe a cada um. Percebe-se no Aval Simultâneo que os avalistas se posicionam “Horizontalmente” na relação de garantia ao avalizado. Por outro lado, a doutrina reconhece também o aval sucessivo, onde o avalista apresenta outro garante em relação a ele, constituindo-se uma “Pilha de Garantes e Re-Garantes” da obrigação. Vê se aqui que o posicionamento desses avalistas se faz no sentido vertical, sendo avalista de avalista.
Aceite
Conceito [Abarca todas as outras definições em texto único]
O Aceite, instituto de Direito Cambiário cumpre uma dupla função: Dá conhecimento ao oficial sacado de que uma obrigação creditícia foi exarada em face dele; Vincula obrigacionalmente, o até então, indicado a pagar (Sacado) na condição de devedor principal do título (Aceitante).
O Aceite só é cabível quando falamos de títulos cuja natureza jurídica é de ordem de pagamento, jamais existindo, no caso de promessa de pagamento. Cumpre ressaltar ainda que sendo o cheque, ordem de pagamento a vista, sua lei retira do mesmo a existência de aceite; O sujeito do aceite, hora devedor principal das obrigações contidas no título de crédito é denominado aceitante sendo o aceite materializado na forma de uma assinatura aposta, via de regra, no anverso do título.
O Aceite não precisa cobrir com exatidão as condições contidas no título. Outrossim, é facultado ao aceitante realizar o denominado aceite modificativo pelo qual alguma obrigação contida no título será assumida de forma diversa pelo aceitante, seja o valor da obrigação, a data de seu cumprimento ou o mesmo local... Quando ocorre um aceite modificativo o beneficiário dos direitos contidos no título pode adotar dois caminhos, sendo eles: Contra o Aceitante deverá respeitar o valor e a data bem como as demais condições por ele estabelecidas; Contra os demais coobrigados, mediante protesto surge o vencimento especial, a vista, no todo do direito ali contido.
Com o objetivo de evitar problemas que possam ensejar protestos e execução extraordinária do título, o sacador pode estabelecer no título que o mesmo não seja levado a aceite ou ainda que não o seja levado a aceite antes de determinada data, retirando do beneficiário do título a possibilidade de protesta-lo pela recusa do aceite em face do descumprimento da condição ali contida. Em outras palavras, se o beneficiário levar um título a aceite no qual consta expressamente ordem em contrário ou ainda o leve aceite em data anterior autorizada não lhe será ensejado direito a protesto, caso, na condição, o aceite seja negado;
Pode o aceite bem como o pagamento da obrigação contida no título ser realizada por um sujeito distinto do sacador. A esta hipótese chamamos de intervenção de terceiros. No caso do aceite, o aceite por intervenção de terceiros substitui obrigacionalmente o indicado a pagar por este novo aceitante podendo o mesmo ocorrer quando do pagamento.
Em tempo, ressalte-se que o aceite é um ato de livre manifestação da vontade que vincula obrigacionalmente o aceitante na condição de devedor principal. Destacando-se ainda que o sacado é mero indicado e ninguém é obrigado a assinar no título salvo por sua vontade.
Efeitos
Devedor Principal
Recusa de Aceite
Aceite Modificativo
Necessidade de protesto para caracterizar a recusa do aceite
Aceite por intervenção de terceiros
Classificação quanto ao vencimento
Quanto aovencimento, os títulos de crédito podem ser classificados segundo as categorias abaixo elencadas:
A vista
Considera-se nesta categoria, o título cujo o dever de cumprir a obrigação nele contida surge no momento em que é dado o conhecer de sua existência a quem deva paga-lo. Em outras palavras, o cumprimento da obrigação nele contida faz-se de imediato, no exato instante em que o mesmo é apresentado.
Data certa
Nesta modalidade, o vencimento do título ocorre na data estabelecida no próprio título. É com certeza, a modalidade mais comum de vencimento dos títulos de crédito.
Tempo certo da vista
Para esta classificação, estabelece-se no título uma contagem de tempo cujo início dá-se quando da apresentação pelo beneficiário do título a quem deva paga-lo. A partir deste momento, é que de fato começa a contagem do interstício temporal que pode se dar em qualquer unidade, tratando-se portanto de uma contagem de prazo relativizada (Dias, Dias Úteis, Início, Meio e Fim de Mês, Lua Cheia...);
Termo certo da data
Também nesta modalidade vimos uma relativização da contagem temporal, diferenciando-se da hipótese anterior em função da condição inicial da sua contagem temporal, que se dá não mais do momento da vista, mas de ocorrência determinada como por exemplo, o momento da emissão do título.
Aula 23/09/15
Requisitos Essenciais nos Títulos de Crédito
As leis que disciplinam os títulos de crédito, em especial o decreto 57.663 (LUG) da Letra de Câmbio e da Nota Promissória, decreto 57.595 (LUG) do Cheque e Lei 7.357/85 (Lei do Cheque) disciplinam nos Arts. Iniciais que tratam dos títulos de crédito por elas disciplinadas apresentando seus requisitos essenciais, isto é, os requisitos legais que devem estar presentes para validade dos títulos e reconhecimento dos mesmos como tal. Destarte, apenas com a presença destes requisitos podemos reconhecer e tratar os mesmos com a aplicação das leis que lhe são próprias. Assim, com a presença de todos os requisitos elencados como essenciais reconhecemos o título, sua natureza jurídica e a legislação que lhe é aplicável.
Cabe contudo frisar que alguns destes requisitos por força de previsão legal podem ser supridos, isto é, a ausência destes, não induz a invalidade do título. As hipóteses de suprimento são limitadas tão somente aquelas previstas no Art. seguinte à aquele que elenca os requisitos essenciais.
Neste sentido, a ausência de qualquer dos requisitos supríveis não induz a invalidade do título sendo-lhe aplicada a interpretação mais benéfica de modo a afastar a nulidade, mantendo-lhe a eficácia.
Atenção em perceber que apenas nas hipóteses e nos limites que a lei prevê o suprimento, este é cabível, sendo nas demais hipóteses a ausência dos demais requisitos essenciais o motivo de nulidade formal.
Observando-se atentamente a lista de requisitos formais para cada título de crédito percebemos que a mesma permanece constante variando tão somente quanto aos requisitos essenciais por força da natureza jurídica que é própria de cada um dos títulos de crédito aqui analisados.
Supríveis
Não Supríveis
Dec. 57.663/66
Letra de Câmbio (Ordem de Pagamento)
Letra (1º Req.)
Mandato Puro e Simples de Pagar (2º Req.) – Ordem de Pagamento, sem condições.
O nome daquele que deve pagar (3º Req.) – Nome do Sacado
Época do Pagamento (4º Req.)
Lugar do Pagamento (5º Req.)
Tomador (6º Req.)
Data e Lugar da Emissão (7º Req.)
Sacador
Dec. 57.663/66
Nota Promissória (Promessa de Pagamento)
Nota Promissória (1º Req.) (Denominação)
Promessa Pura e Simples de pagar. (2º Req.) (Promessa de Pagamento)
Época do pagamento (3º Req.)
Lugar do pagamento (4º Req.)
Nome do Tomador (Beneficiário) (5º Req.)
Data e Lugar da Emissão (6º Req.)
Emitente (Subscritor) (7º Req.)
Lei 7.357/85 (Dec. 57.995)
Cheque (Ordem de Pagamento à Vista)
Título Cambiforme ou Jurisdiforme
Cheque Pré-Datado ou Pós-Datado somente existe em relação consumeirista
Cheque (1º Req.) (Denominação)
Ordem Incondicional de Pagar (2º Req.) (Ordem de Pagamento a Vista)
Sacado (3º Req.) (Banco ou Instituição Financeira)
Lugar do Pagamento (4º Req.)
Data e Lugar de Emissão (5º Req.)
Emitente (6º Req.) (Sacador)
Exercício de Fixação
Tício procura seu escritório narrando a seguinte situação que é possuidor de título de crédito emitido por Caio em face de Mário e em benefício de Oswaldo; Que o título foi emitido em função de Caio ter adquirido imóvel de propriedade de Oswaldo no valor de R$ 100.000,00; Que a emissão do título deu-se na data de 12/02/2014; Que indicou Mário como sacado pois este é seu amigo de infância e lhe deve aproximadamente R$ 60.000,00, sendo certo que Mário é bom pagador; Que acertou com Oswaldo que o vencimento do título em tela seria no dia 25/05/2015; Que fez constar no título de forma expressa que o mesmo não deveria ser levado a aceite antes de 23/01/2015; Que Oswaldo transferiu o título por Endosso em Preto para Pedro na data de 06/08/2014; Que da mesma forma Pedro transferiu para Henrique no dia 09/08/14 de mesma forma; Que Henrique transferiu para Madalena, por Endosso em Branco, o título na data de 08/10/2014; Que Madalena por simples tradição o transferiu a Asdrubal em 20/01/2015; Que também por Endosso em Branco em 04/04/2015, Asdrubal transferiu o título para Mévio; Que este o transferiu por Endosso em Preto para Ovídio em 04/05/2015 apresentando Ana, na mesma oportunidade, como sua garante cambiária no título; Que Ouvídio levou a título a aceite de Mário em 20/05/2015; Que o mesmo obteve o aceite de Mário mas que contudo, foi parcial, limitando-se a R$ 80.000,00; Que Ouvídio em 24/07/2015, por Endosso em Preto transferiu o título a Carolina, que na mesma oportunidade o levou a protesto; Que em 04/09/2015, por Endosso em Preto, Carolina o transferiu a Tércio e este também por Endosso em Preto em 21/09/2015 o transferiu a Tício. Por nada entender sobre assunto e preocupado com seu direito roga a você que o oriente Nas questões que seguem:
Se o título em tela fosse levado a aceite de Mário em 20/01/2015 e este se recusasse a aceita-lo ensejaria protesto do título? Explique A recusa não ensejaria o protesto pela simples recusa do aceite.
Sendo o Aceite de Mário, no caso em tela, parcial, quais os direitos que daí se ensurgem? Contra o aceitante cabe apenas o valor do aceite parcial, e contra os demais coobrigados, com vencimento especial, em regra a vista, o valor total.
No caso em tela, querendo Tício exercer seus direitos de credor em ocorrendo o protesto por recusa de aceite, contra quem Tício poderá exercer seus direitos? Somente poderá exercer seu direito contra Tércio, endosso póstumo após protesto.
No caso em tela, vindo Ouvídio a ser demandado como coobrigado, contra quem poderá exercer seus direitos? Sendo o Protesto motivado por recusa de aceite! Todos que assinaram no título.
Não ficando claro no título, por quem Ana é garante na obrigação, em sendo demandada como coobrigada, contra quem poderá exercer seus direitos? Só poderá cobrar do emitente.
Como se denomina e quais os efeitos do Endosso recebido por Tércio de Carolina? Póstumo ou Tardio com efeitos de um sessão ordinária de direitos civis
Pode Ana alegar incapacidade de Mévio para em sendo demanda como coobrigada eximir-se da responsabilidade? Fundamente em princípio cambiário. Não, o princípio da autonomia diz que se assinou, se torna responsável.
Pode Mário alegar motivos de ordem pessoal para recusar-se a aceitar o título em tela? Contraria algum princípio cambiário? Qual? Inoponibilidade das Exceções, porém, só se aplica a quem assinou no título.
Faltando no título em tela o lugar de pagamento seria o mesmo considerado nulo? Explique e fundamente em dispositivo legal. Requisito Suprível, não gera nulidade, segundo Art. 2º do Decreto Lei 57.663
Qual a natureza jurídica do título em tela? Ordem de Pagamento
Quanto ao vencimento, como título em tela é classificado? Data Certa
Aula 28/10
Prescrição Cambiária
Ocorre diversas contagens distintas para prescrição nas relações cambiárias.Destarte, não há de se falar em decadência na esfera cambiária, como regra, já que o ocorre pelo não exercício do direito, no decurso do prazo pelo seu ente, é a perda do elemento formal que compõe o direito. Sendo assim, a regra do direito cambiário é a da prescrição.
Quando do estudo do caso concreto, vimos que a letra de câmbio apresenta diferentes condições prescricionais. Contra o devedor principal, o prazo prescricional é definido em três anos, a ser contado da data de vencimento do título de crédito. Não havendo o cumprimento da obrigação ou qualquer outro motivo que venha a ensejar o protesto do título, surge uma segunda contagem prescricional. Esta contra os coobrigados que se desvelam pelo protesto sendo de um ano contados do protesto para o exercício do direito.
Cabe neste momento ressaltar que o protesto é um ato que publicita, determina, e data de forma inequívoca a vontade do credor em exercer o seu direito caracterizando simultaneamente a resistência do devedor em cumpri-lo. Ato este praticado em cartório equivalendo para efeito de execução “uma sentença de uma ação de conhecimento”.
Ainda tratando-se de prazos prescricionais na letra de câmbio devemos ressaltar que o coobrigado executado no cumprimento da obrigação terá 06 meses da data do pagamento realizado para efetuar a cobrança contra qualquer um dos coobrigados que antecedera em direito de regresso, e assim sucessivamente.
Frise-se que esta cobrança anda sempre em sentido único de volta a origem.
Ressalta-se ainda que um mesmo sujeito aparecendo na linha obrigacional em mais de uma oportunidade, faz se entender que a execução será realizada sempre na posição que ocupa mais próxima da origem do título.
Destaque-se ainda que exauridos os prazos prescricionais cambiários, podem ainda existirem prazos em outras esferas do direito, tais como as de direito civil (Direitos Pessoais possuem 05 anos de prazo), monitória... Destacando que estas serão exercidas em suas esferas de validade.
Todo aplicado acima é também de validade para a nota promissória que varia em relação a letra de câmbio por força de sua natureza jurídica ser de promessa de pagamento, o que torna o emitente também o devedor principal em lugar do aceitante, sujeito este inexistente na nota promissória.
Para o cheque, por tratar-se de uma ordem de pagamento a vista temos como presente o conceito de prazo de apresentação que segundo a lei será de 30 ou 60 dias. Será o prazo de apresentação de 30 dias na hipótese do cheque ser emitido e descontado em mesma praça segundo a lei 7.357/85 e a LUG do cheque. Teremos o prazo de apresentação de 60 dias quando a praça de emissão e a praça de pagamento forem distintas.
Findo o prazo de apresentação é que tem-se início a contagem do prazo prescricional definido em 06 meses contados do término do prazo de apresentação.
Durante o prazo de apresentação e o prazo prescricional, o cheque poderá ser descontado legalmente já que não exaurido o mesmo, o direito pode exercido. Findo o prazo prescricional é que efetivamente ocorre a prescrição do cheque.
Ressalte-se também aqui tratar-se de prescrição cambiária, podendo subsistir o direito em outras esferas legais.
Aula 04/11
Tipos de Cheque
Cheque comum: Cheque convencional da Lei 7.357
Cheque especial: Todo título de crédito só pode existir por previsão legal, tão logo, em local nenhum doutrinário ou jurisprudencial existe cheque especial, é só um produto vendido por banco.
Cheque administrativo: Na verdade, este outro título também não existe, tão logo, seu nome correto é cheque para ser creditado em conta. Funciona da seguinte forma: O cliente se dirige ao banco e solicita o cheque “administrativo”, que ao ser verificado a provisão de fundos, será concedido para uso. 
Cheque visado: É apenas um serviço prestado pelo banco, que garante a existência de fundos da conta do emitente para quitar a obrigação, e este serviço está previsto na lei.
Cheque para ser creditado em conta: Ver Cheque Administrativo.
Cheque postal: É uma forma de se enviar dinheiro por todos os lugares do mundo, através do serviço postal, isto é, basta que seja solicitado ao serviço de correios para que seja emitido um cheque postal e que seja enviado ao destinatário.
Cheque viagem: O cheque viagem funciona da seguinte maneira, o sujeito que desejar ter dinheiro em outro país, basta que solicite ao banco que faça a emissão do cheque viagem na moeda do país destino.
Cheque Cruzado: É um tipo de cheque que pode ser geral ou especial, se for geral... Tem os dois traços paralelos indicando que só pode ser recebido por depósito em conta bancária e se for especial, indicará qual o banco que deverá ser debitado somente na conta apontada.
Conceitos da Aula...
Cheque Comum: 
Sendo o cheque uma ordem de pagamento a vista, mas contudo, por determinação legal, tratado aos moldes de um título de crédito (Título Cambiforme ou Jurisdiforme), é correto dizer que apenas as modalidades legalmente previstas possam ter existência.
Cheque Especial:
Neste contexto, a regra geral prevista na lei é aplicável ao cheque comum. Não existe na lei 7.357/85 ou na LUG do cheque, previsão legal para a existência de cheque especial, sendo certo portanto que como modalidade cambiária este não existe.
O cheque especial, é em verdade um pacote de produtos/serviços oferecido pela instituição financeira a seus clientes representando em verdade, via de regra, um cheque comum mais um contrato de liberação de crédito mais pacotes de produtos e serviços oferecidos dentro de uma bela apresentação.
Cheque Visado:
O cheque visado, de ampla utilização até a década de 60 e hoje ainda disponível nas instituições financeiras não é modalidade de cheque por não ter previsão legal como tipo e pelo fato da doutrina reconhecer sua existência como um serviço potencialmente prestado pela instituição financeira com base no Art. 7º da Lei 7.357/85.
Cheque Administrativo:
O denominado cheque administrativo não encontra no ordenamento jurídico previsão legal e utilização desta nomenclatura. Embora existem divergências, claramente podemos fixar duas correntes doutrinárias de maior importância.
Corrente Minoritária: Fundamenta a existência do cheque administrativo como um serviço a ser prestado pela instituição financeira com base na previsão legal do Art. 11 da Lei 7.357/85.
Corrente Majoritária: Compreende contudo que a nomenclatura popular “cheque administrativo” é, em verdade, aplicável ao conceito “cheque para ser creditado em conta” que encontra existência legal como modalidade de cheque no Art. 46 da Lei 7.357/85 sendo portanto um equívoco de nomenclatura da modalidade legal existente. Trata-se em verdade de uma compensação contábil interinstituições financeiras, o que lhe dá elevada credibilidade mercadológica e ampla utilização para negócios de elevado valor e instantâneos.
Cheque Cruzado:
Outra modalidade de cheque que encontra abrigo legal na lei, é o cheque cruzado. O cruzamento se dá traçando duas linhas paralelas no anverso do título, transformando o cheque comum em cheque cruzado, o cruzamento do título em tela, só possa ser descontado mediante depósito em conta, não podendo mais ser descontado no caixa.
O cruzamento pode se dar de forma simples (também denominado geral), onde bastam as duas linhas paralelas no anverso ou especial, onde além das luas linhas paralelas e entre estas é incluído o nome das instituição financeira onde só e somente só o cheque poderá ser depositado para seu desconto.
O cruzamento simples (geral) pode ser transformado em especial mas o cruzamento especial não pode ser transformado em simples pois caracterizaria rasura do mesmo.
Cheque Postal e Cheque Viagem:
Existem ainda duas outras modalidades legais de cheque, cuja disciplina se dá por lei específica. São elas o cheque postal e o cheque viagem (travel check). O primeiro emitido e descontado por instituição financeira através de ordem de pagamento enviada pelos correios.
Já o cheque viagem permite o aporte de recursos bem como a realizaçãode câmbio quando de viagens internacionais, com vasto uso dada a facilidade de conversão, segurança e teto de envio de recursos para fora do país.
Vem por aí...
Fracionamento da obrigação contida no cheque.

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