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TRABALHO DE hematologia.docx

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE BIOMEDICINA
4º SEMESTRE
 CARLA SIMONE LOPES
DAIANE FERREIRA
JOANA D´ARC VITOR
MARIA JACQUELINE SOUSA
MARIA FLAVIA
FORTALAZA-CE
2016-05-28
LEUCEMIAS E SUAS CAUSAS
 Trabalho de curso apresentado
 a faculdade Maurício de nassau,
com requesito para avaliação 
De diciplina de hematologia clínica no
Curso de biomedicina sobre orientação
Do professor célio.
GRADUÇÃO EM BOIMEDICINA-UNINASSAU
FORTALEZA-CE
2016-05-28
Sumario:
Resumo 1
Abstrarct 2
Introdução 3
Leucemia linficitica aguda 4
Leucemia linfocitica crônica 5
Leucemia mieloide aguda 6
Leucemia mieloide crônica 7
Referências 8 
 
 
RESUMO
A Leucemia é o câncer de sangue que afeta principalmente crianças e adolescentes, mas também podem afetar jovens e adultos. O acumulo de células na medula óssea prejudica a produção de glóbulos vermelhos causando anemia dos glóbulos brancos causando infecções e o das plaquetas causando hemorragias, essa doença progride rapidamente por isso deve ser tratada rapidamente. Embora uma leucemia seja desenvolvida por células corporais, se a pessoa estiver abalada, emocionalmente em depressão ou algo pior é comum que a doença se desenvolva tão rápido, que os médicos nem tem o tempo de avaliar um melhor tratamento, e as mesmas venham á óbito. Nós últimos anos os números de casos de leucemia ainda sem saber o porquê vêm havendo um crescimento absurdo e com isso aumenta o número de mortes, o maior objetivo é que a população tomem devidos cuidados, sempre fazer exames que possam diagnosticar a doença a fim de reduzir o número de mortes.
PALAVRA-CHAVE: Leucemia, diagnósticos, tratamento
ABSTRACT
Leukemia is a blood cancer that affects mosstly children and teenagers, but can also affect young people and adults.accumulation of cells in the bone morrow impairs the production of red blood cells causing anemia, white blood cells causing infections and platetets causing bluding ,the disease progresses rapiolly so it must be treated quickly.
Although is developedby body cells, if the person is upset, emotionally depressed or worse, it is common for the disease to develop so fast,that have time to assess better treatment. And the numbers of cases of leukemia even without
Knowing whi there are ane absurd growth and thereby increasa the number of deaths, the ultimate gool is tht people take care of it. Always do tests that can diagnose disease in order to reduce the number of deaths.
KEY WORD: Leukemia, diagnoses, treatmeI
INTRODUÇÃO
 As leucemias são neoplasias metastáticas originadas de células precursoras hematopoiéticas que provocam a substituição difusa da medula óssea Por células neoplásicas imaturas com alta taxa de proliferação. Essas células na maioria dos casos, extravasam para o sangue, onde são observadas em grandes quantidades.
 
 As leucemias podem ser subclassificadas de acordo com a sua manifestação aguda ou crônica. Assim sendo, podemos diferenciar quatros tipos principais de leucemias:
Leucemia linfocítica aguda (LLA)
Leucemia linfocítica crônica (LLC)
Leucemia mieloide aguda (LMA)
Leucemia mieloide crônica (LMC)
 As leucemias aguda em geral têm início abrupto, com sinais e sintomas relacionados à depressão da medula óssea. Já as leucemias crônicas são processos malignos lentos que envolvem a proliferação de células linfóides ou mieloides mais bem diferenciadas.
° Leucemia linfocítica Aguda 
As Leucemias agudas resultam da ocorrência de eventos malignos sobre os precursores hematopoiéticos em fase inicial de maturação, que originam células incapazes de se diferenciar e com proliferação descontrolada. A leucemia linfocítica aguada (LLA ) dão origem a proliferação clonal de um único precursor hematopoiético da linhagem B e T anormal na medula óssea . É o câncer mais comum em adulto e criança. A LLA acomete os línfoblastos, que podem ser tanto os linfócitos precursores B ( pré B ), quanto T ( pré T ). Anormalidades genéticas alteram o controle celular dos precursores, que fazem a célula perder sua capacidade de diferenciação, proliferação e maturação normais. Consequentemente, há acúmulo de clones B ou T imaturos na medula óssea, que supre a hematopoiese normal. De 75% a 85% dos casos de LLA são atribuídos à proliferação de células B maduras, e 15 a 20% envolvem linhagens de células T.
Fonte:google
As células podem ser classificadas pela morfologia, citoquímica e imunofenotipagem das células (proposta pelo grupo FAB – French – American – British ), morfologia, imunofenotipagem e citogenética (proposta pelos grupos MIC ),Imunofenotipagem somente (prosposta pelo grupo European group for the Immunological Classification of Leukemias-EGIL). Existem também a classificação pela natureza da células progenitora, na qual a maturação leucemogênica ocorreu. ( Disponível em HTTP://www.-med-ed. virginia.edu/courses/path/innes/wcd/lymphoid.cfm2011)
Sintomas:
Sintomas iniciais não são específicos. Os sinais e sintomas da LLA são resultantes de uma produção anormal das células sanguíneas (leucócitos). Tais células tornam-se muito numerosas, porém imaturas e malignas. Os sinais são variados. Podem aparecer os seguintes sintomas:
Fadiga e fraqueza generalizada decorrentes de anemia
Febre e/ou outros sintomas de infecções
Perda de peso e/ou perda de apetite
Sangramentos
Dores ósseas e nas juntas
Aumento dos linfonodos (linfonodomegalias)
Aumento do baço e/ou fígado (esplenomegalia e/ou hepatomegalia)
Diagnóstico
Exame físico
Exames laboratoriais:
Hemograma: a maioria dos pacientes com LLA apresentam linfoblastos no sangue periférico. A anemia e a trombocitopenia podem ser de graus variados.Hiperleucocitose é vista em 10-16% dos casos (leucócitos >100.000/microlitro). Linfoblastos são vistos em 90% dos casos.
Punção da Medula óssea (Mielograma) : Via de regra é realizada análise da medula óssea, mesmo na presença de linfoblastos no sangue periférico.
Imunofenotipagem: para diferenciar se o linfoblasto tem origem células B ou célula T.
Cariótipo: para detecção de alterações cromossômicas.
Leucemia crônica
 A leucemia linfoide crônica é um subtipo de leucemia conhecido desde 1903. Ocorre em virtude de uma lesão adquirida, ou seja, não hereditária, no material genético de um linfócito na medula-óssea. Esta célula passa a proliferar sem controle e a invadir diferentes tecidos e o sistema sanguíneo.
Na sua forma crônica, os linfócitos doentes convivem com a produção de sangue normal por longo período de tempo, o que explica a evolução mais lenta deste subtipo de leucemia.
Historicamente a leucemia linfoide crônica é uma doença única e individual. Porém, com o avanço dos estudos imunológicos e genéticos, a leucemia linfoide crônica pode ser classificada em diferentes formas. Verificando-se alterações genéticas ou padrões imunológicos, podemos determinar o prognóstico e a forma de tratamento.
Causas
A etiologia da leucemia linfoide crônicaé desconhecida. Parece ter envolvimento de diferentes agentes, tais como:
Exposição ambiental
Radiação
Agentes químicos ou medicamentos usados no tratamento do câncer.
Contudo os trabalhos científicos não observam de forma conclusiva alguma relação causal com os agentes citados. Há especulações que alguns agentes virais possam estar envolvidos.
Sintomas de Leucemia linfoide crônica
Os sintomas mais comuns da leucemia linfoide crônica são:
Fraqueza
Cansaço
Sudorese noturna
Perda de peso
Febre sem infecção.
Entretanto, o paciente pode estar bem sem nenhum sintoma sugestivo. Muitas vezes o diagnóstico é iniciado por meio de um hemograma realizado de forma preventiva.
 diagnóstico e exames
Diagnóstico de Leucemia linfoide crônica
O diagnóstico da leucemia linfoide crônica envolve a comprovação do aumento de linfócitos no sangue periférico determinado por hemograma seriado; aumento de linfócitos na medula-óssea por meio do mielograma; prevalência de um população anômala de linfócitos pela citometria de fluxo.
 tratamento e cuidados
Tratamento de Leucemia linfoide crônica
Em virtude de ser uma doença de crescimento muito lento, o tratamento pode variar na forma e na intensidade. Pode ser indicado a observação clínica sem tratamento medicamentoso, ou quimioterapia e/ou transplante de medula-óssea, além de outros recursos, tais como a leucaférese para a retirada dos linfócitos e a cirurgia para retirada do baço.
 convivendo (prognóstico)
Complicações possíveis
A progressão descontrolada da doença sem receber tratamento adequado levará a infecções de repetição, aumento da necessidade de transfusões de concentrado de hemácias e plaquetas e o risco de tornar a doença mais agressiva e invasiva, culminando com o óbito.
Leucemias mieloídes aguda 
Leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer nas células do sangue e na medula óssea, região em que as células do sangue são produzidas. Esse tipo de leucemia ataca as células mieloides, que normalmente se desenvolvem formando alguns tipos de glóbulos brancos, que funcionam na defesa do nosso corpo, principalmente contra infecções.
Na leucemia mieloide aguda, as células mieloides se desenvolvem de forma anormal, formando células malignas que não cumprem sua função de defesa do organismo e se acumulam na medula óssea, atrapalhando a produção das outras células sanguíneas.
O quadro é chamado de agudo por ter uma progressão muito rápida dessas células sanguíneas imaturas, logo atingindo outras estruturas como os nódulos linfáticos, fígado, baço, cérebro, medula espinhal e testículos.
Este é o tipo mais comum de leucemia em adultos.
Causas
A leucemia mieloide aguda ocorre quando há um dano no DNA das células na medula óssea, que leva ao seu desenvolvimento anormal em células malignas. Não se sabe ao certo porque isso acontece, porém acredita-se que ela pode aparecer após a exposição a alguns compostos químicos, radiação e mesmo algumas drogas da quimioterapia.
Fatores de risco
Alguns fatores de risco aumentam as chances de leucemia mieloide aguda. Entre eles:
Idade: quanto mais velho, maior a chances de desenvolver o problema, que é mais comum em maiores de 65 anos
Sexo: pessoas do sexo masculino tem uma tendência maior em desenvolver esse tipo de leucemia
Ter feito tratamento para o câncer: alguns tipos de quimioterapia e radioterapia aumentam as chances do aparecimento dessa doença
Exposição a altos níveis de radiação
Exposição a componentes químicos perigosos, como o benzeno
Tabagismo: a fumaça do cigarro contém benzeno
Outras doenças do sangue: pessoas com mielodisplasia, policitemia vera e trombocitemia tem maior risco de desenvolver essa leucemia
Síndrome de Down e outras doenças genéticas
 sintomas
Sintomas de Leucemia mieloide aguda
Os sintomas iniciais da leucemia mieloide aguda parecem os de uma gripe ou outra doença comum. Além disso, a maior parte está relacionada à diminuição da produção das células sanguíneas. Em geral eles variam de acordo com a deficiência de cada célula:
Sintomas gerais da leucemia mieloide aguda
Dor nos ossos
Perda de peso
Aumento dos nódulos linfáticos
Sintomas da redução dos glóbulos vermelhos
Fadiga e fraqueza
Respiração encurtada
Palidez
Dores de cabeça
Tonturas
Sintomas da redução dos glóbulos brancos
Febre
Infecções recorrentes
Sintomas da redução das plaquetas
Facilidade em formar hematomas
Sangramentos anormais que podem ocorrer no nariz e gengiva 
LEUCEMIAS MIELOIDE CRÔNICAS
LMC ocorre em todas as faixas etárias, mas é mais comum em pessoas de meia idade e idosos. Sua incidência anual é de 1 a 2 pessoas por 100.000, sendo ligeiramente mais prevalente entre homens do que mulheres. LMC representa de 15–20% de todos os casos de leucemia entre a população ocidental.  O único fator de risco documentado é a exposição a radiação ionizante; por exemplo, o aumento de casos de LMC em pessoas expostas a bomba atômica de Hiroshima ou Nagasaki.
Sinais e sintomas
Pacientes geralmente são assintomáticos no momento do diagnóstico, apresentando uma elevação na contagem de glóbulos brancos (ou leucócitos) em um exame laboratorial de rotina. Sintomas incluem febre, infecções, cansaço, anemia. Esplenomegalia (aumento do volume do baço) também pode ser encontrado.  Hepatomegalia (aumento do volume do fígado) também pode ocorrer mas é menos comum que a esplenomegalia.
LMC evolui na maioria dos pacientes para uma fase mais turbulenta e com maior dificuldade de controle chamada fase acelerada. Nesta fase, há um aumento ainda maior do baço e aumento das células imaturas, blastos. Finalmente, a doença evolui para a chamada fase blástica ou aguda, na qual predominam as células blásticas na medula óssea e no sangue.
Diagnóstico
Chega-se a suspeita de LMC baseado em um exame de hemograma de rotina, que mostra um aumento de granulócitos de todos os tipos, tipicamente incluindo células mieloides maduras. Eosinófilos e basófilos estão quase universalmente aumentados, este achado pode ajudar a diferenciar a LMC da reação leucemoide. Uma biopsia da medula óssea é frequentemente feita como parte da avaliação da LMC, mas sua avaliação morfológica somente é insuficiente para o diagnóstico.
Ultimamente, LMC é diagnosticada pela detecção do cromossomo Filadélfia (cromossomo Ph). Esta anormalidade cromossômica característica pode ser detectada pelacitogenética, pela técnica de hibridização fluorescente in situ (FISH) ou pela reação em cadeia de polimerase (PCR).
Existem casos chamados de Ph-negativo, ou casos de suspeita de LMC nos quais o cromossomo Filadélfia não pode ser detectado. Muitos destes pacientes na verdade têm um complexo anormalidade cromossômica que mascara a translocação (9;22), ou têm evidência de translocação pelo FISH ou pelo PCR-TR (PCR transcriptase reversa) apesar da cariotipagem rotineira.  O pequeno número de pacientes sem evidência da fusão bcr-abl detectável podem ser classificados como tendo doença mieloproliferativa/mielodisplásica indiferenciada, com clínica diferente dos pacientes com LMC.
Hemograma: Os glóbulos brancos variam de número entre 100.000 e 300.000 por mm³. Seu número pode às vezes ser bem mais elevado podendo chegar a casa dos milhões: nestes casos durante a sedimentação do sangue em tudo ocorre uma espessa camada leucocitária. As formas sub e aleucêmicas são raras. Do ponto de vista quantitativo, estes glóbulos brancos são representados principalmente por neutrófilos (50-70%). Os eosinófilos e basófilos são igualmente numerosos. O resto da população branca é representada de precursores imediatos dos granulócitos: metamielócitos, mielócitos e promielócitos sobretudo dos neutrófilos. Os mieloblastos são pouco numerosos (1-5%) e seu aumento pode ser um sinal da transformação aguda. Os glóbulos vermelhos: a anemia pode ser nula ou moderada, podendo ser achadoseritroblastos. Plaquetas: seu número é frequentemente aumentado e com a transformação para leucemia aguda ocorre sua diminuição (trombocitopenia).
Mielograma: a medulaóssea apresenta-se rica em células (hipercelular), ela mostra hiperplasia do tecido granulopoiético.
Outros exames: a taxa de ácido úrico do sangue e sua excreção urinária são geralmente aumentadas em decorrência do hipermetabolismo dos ácidos nucleicos do tecido em proliferação. O exame de fosfatase alcalina do sangue tem sua atividade diminuída.
Citogenética e biologia molecular: Cariótipo: 95% dos casos de LMC são cromossomo Filadélfia positivo (Ph+) e 5% são Ph-; FISH: fusão do Abl e Bcr; reacção em cadeia de polimerase com transcriptase reversa (RT-PCR).
Fisiopatologia
A LMC foi a primeira doença maligna claramente relacionada a uma anormalidade genética, uma translocação cromossômica conhecida como cromossomo Filadélfia. Esta anormalidade cromossômica é chamada assim por que foi descoberta e pela primeira vez descrita em 1960 por dois cientistas da Filadélfia e Pensilvânia: Peter Nowell daUniversidade da Pensilvânia e David Hungerford do centro de tratamento e pesquisa para câncer chamado Fox Chase Cancer Center.
Nesta translocação, partes de dois cromossomos (9 e 22) trocam de lugar. Como resultado, parte do gene BCR ("breakpoint cluster region") do cromossomo 22 se funde com o gene ABL do cromossomo 9. Esta fusão anormal dos genes gera uma proteína de p210 ou às vezes p185 de peso (p é o peso da proteína celular em kDa). Pelo fato do gene abl possuir um domínio que pode adicionar grupos fosfatos a resíduos tirosina (tirosina quinase), o produto da fusão bcr-abl também é tirosina quinase.
A proteína bcr-abl interage com o receptor interleucina 3beta(c). O bcr-abl é continuamente ativa e não requer ativação por outra proteína celular. Sucessivamente, bcr-abl ativa uma cascata de proteínas que controla o ciclo celular, acelerando a divisão celular. Além disto, a proteína bcr-abl inibe reparação do DNA, causando instabilidade genômica e fazendo com que a célula fique mais suscetível a desenvolver anormalidade genéticas futuras. A ativação da proteína bcr-abl é a causa patofisiológica da LMC. Com o aumento do conhecimento da natureza da proteína bcr-abl e sua ação como a tirosina quinase, terapias alvo têm sido desenvolvidas com especificidade para inibir a atividade proteína bcr-abl (a primeira foi a Imatinib). Estes inibidores tirosina quinase podem induzir uma completa remissão da LMC, confirmando a importância central da bcr-abl como causa da LMC.
Classificação
A LMC geralmente é dividida em três fases baseando-se nas características clínicas e laboratoriais. Na ausência de intervenção, a LMC começa tipicamente na fase crônica, e com o avanço de muitos anos progride para uma fase acelerada e finalmente para uma crise blástica. Crise blástica é a fase terminal da LMC e clinicamente se comporta como uma leucemia aguda. Um dos achados da progressão da fase crônica para a fase de aceleração e crise blástica é a aquisição de uma nova anormalidade cromossômica (adicional ao cromossomo Fildélfia).  Alguns pacientes podem já se encontrar na fase acelerada ou na fase blástica na altura em que é feito o diagnóstico.
Fase crônica
Aproximadamente 85% dos pacientes com LMC estão na fase crônica na época do diagnóstico. Durante esta fase, pacientes são geralmente assintomáticos ou têm somente sintomas leves de fadiga no momento do diagnóstico. A duração da fase crônica é variável e depende do diagnóstico prematuro assim como da terapia usada. Ultimamente, na ausência de um tratamento curativo, a doença evolui para a fase de aceleração.
Fase de aceleração
O critério de diagnóstico para a transição para fase de aceleração é variado; o mais usado é o colocado pelos investigadores do M.D. Anderson Cancer Center, da Universidade do TexasM por Sokal e colaboradores, e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O critério da OMS talvez o mais usado, inclui:
10–19% mieloblastos no sangue ou na medula óssea
>20% basófilos no sangue ou na medula óssea
Contagem de plaquetas <100.000, sem realçao com a terapia
Contagem de plaquetas >1.000.000, não respondendo a terapia
Evolução citogenética com novas anormalidades em adição ao cromossomo Filadélfia
Aumento da esplenomegalia ou da contagem de leucócitos, não respondendo a terapia
O paciente é considerado na fase de aceleração se algum destes critérios acima estiver presente. A fase de aceleração é significativa porque seus sinais representam que a doença está evoluindo para uma transformação para crise blástica.
Crise blástica:
Crise blástica é a fase final da evolução da LMC, e comporta-se como uma leucemia aguda, com rápida progressão e sobrevivência curta.  A crise blástica é diagnosticada se algum dos seguintes critérios estiverem presentes no paciente com LMC:
>30% mieloblastos ou linfoblastos no sangue ou na medula óssea
Grandes agrupamentos de blastos na medula óssea
Desenvolvimento de cloroma (ou sarcoma granulocítico), ou seja, coleção sólida de células leucemicas fora da medula óssea
Tratamento:
Fase crônica
Uma caixa com cápsulas de 400 miligramas de Glivec, como é vendido na Alemanha
Na fase crônica, a LMC é tratada com inibidores da tirosino-quinase, o primeiro deles é o mesilato de imatinib anteriormente conhecido como STI-571). No passado, antimetabolitos (Citarabina, Hidroxiureia), agentes alquilantes, interferon alfa 2b, e esteroides eram usados, mas estas drogas foram substituídas pelo imatinib. Imatinib foi aprovado nos Estados Unidos pela FDA em 2001 como agente específico contra BCR/abl, a proteína de fusão ativada cuasada pela translocação cromossomo Filadélfia. É uma droga melhor tolerada e mais efetiva que as terapias anteriores. Transplante de medula óssea também era usada no tratamento inicial da LMC de pacientes jovens antes do advento da imatinib, e enquanto era curativo, havia uma alta incidência de morte em pacientes transplantados. Esta mortalidade em transplantados atualmente é de menos de 5%.
Para vencer a resistência ao imatinib e aumentar a resposta do inibidor de tirosino-quinase, dois novos agentes foram desenvolvidos. O primeiro, Dasatinib, Sprycel, é um inibidor tirosino-quinase que bloqueia várias proteínas oncogênicas e foi aprovada pela FDA em 2007 para o tratamento de pacientes com LMC que eram resistentes ou intolerantes ao imatinib. Outro inibidor tirosino-quinase, Nilotinib, que também aprovado pela FDA pela mesma indicação. Nilotinib foi projetado para ligar-se mais fortemente que o imatinib a proteína anormal Bcr-Abl responsável pela LMC. Dasatanib (Sprycel) e Nilotinib falham em relação a resistência do Imatinib causada pela mutação T315I. Transplante de células-tronco é uma opção para estes pacientes que desenvolvem a mutação T315I.A grande vantagem do Dasatinib, Sprycel, é sua comodidade posológica, o medicamento deve ser tomado uma vez ao dia sem restrições alimentares ou jejum, diferente do Nilotinib que precisa ser tomado 2 vezes ao dia com duas horas de jejum antes de tomar o medicamento e 1 hora após tomar o medicamento, resultando em 6 horas por dia nas duas tomadas .Uma droga para vencer a resistência está sendo desenvolvida pela Merck (MK-0457, primeiramente conhecido como VX-680), entretanto, novos pacientes sendo admitidos a este experimento clínico estão atualmente suspensos até que uma completa análise de toda sua eficácia e segurança esteja completamente comprovada. Outra droga em desenvolvimento para a mutação T315I é a Omacetaxine (primeiramente conhecida como Ceflatonin). Dados clínicos dos primeiros 21 pacientes envolvidos na fase 2/3 de testes foram apresentados no encontro anual da Sociedade Americana de Hematologia (ou American Society of Hematology, a ASH).
Em 2005 resultados favoráveis de uma vacinação foram relatadas com a proteína de fusão p210 BCR/abl em pacientes com doença estável, com GM-CSF como um adjuvante.
Crise blástica
A crise blástica possui todos os sintomas e características da leucemia mieloide aguda ou da leucemia linfoide aguda, e tem uma alta incidência de mortalidade. Este estágio da LMC pode ser tratada com transplantede medula óssea depois de uma alta dose de quimioterapia. Em pacientes jovens que estão na fase de aceleração, o transplante também pode ser uma opção. Entretanto a provável recaída depois de um transplante de medula óssea é maior em pacientes com crise blástica ou na fase de aceleração se comparado a pacientes na fase crônicas.
Referências
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