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50 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. g) Cotagem: 1) Introdução: É difícil indicar a maneira correta e exata de se colocar cotas num desenho, pois cada peça desenhada tem suas particularidades e exige um certo número de cotas que podem variar tanto em disposição como em quantidade. Somente depois de alguma prática e de conhecimentos referentes a trabalhos é que essa qualidade pode ser desenvolvida. Algumas normas existem, porém, que regulam a colocação de cotas e que , bem conhecidas, poderão servir como elucidações para os casos de maiores dificuldades. Você aprendeu até agora como descrever completamente as formas dos objetos. Um desenho deve apresentar o objeto de uma forma completa e conter todas as medidas necessárias para sua fabricação no tamanho requerido. A colocação destas medidas no desenho, chama-se dimensionamento ou cotagem. 2) Linhas usadas na cotagem: a - Linha de Cota: é uma linha estreita e contínua, colocada paralelamente à dimensão cotada. A linha de cota mais próxima do contorno do objeto deve ser espaçada no mínimo 10 mm do contorno. As demais linhas paralelas de cota devem estar no mínimo 6 mm afastadas uma das outras, e o espaçamento deve ser maior caso tenha espaço disponível. O espaçamento das linhas de cota deve ser uniforme em todo o desenho. b - Linha de Extensão: é uma linha estreita e contínua, que se estende de um ponto do desenho ao qual a cota se refere. A linha de cota encontra a linha de extensão em ângulo reto, exceto em casos especiais. Uma folga de aproximadamente 1,5 mm deve ser deixada no lugar onde a linha de extensão deve juntar-se ao contorno do objeto. A linha de extensão deve estender-se aproximadamente 3 mm além da ponta da seta. 51 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. c - Cota: valor numérico que indica a dimensão cotada. Deve estar situada ligeiramente acima da linha de cota e no seu ponto médio; também pode ser colocada no ponto médio da linha de cota interrompida. d - Setas: nos extremos da linha de cota podemos utilizar traços a 45º, ou setas. As setas devem ser uniformes no tamanho e no estilo, em todo o desenho, não variando de acordo com o desenho ou comprimento das cotas. Desenhe de forma que o comprimento e largura tenham uma razão de 3 : 1. O comprimento da seta deve ser em torno de 3 mm. 52 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. 3) Outras Regras de Cotagem: 3.1 – As cotas maiores deverão ser colocada fora das menores, evitando-se cruzamento de linhas. 3.2 – A cotagem deverá ser feita preferencialmente, fora da vista, não sendo errado, porém, em certos casos cotar-se internamente. 3.3 – A localização de detalhes circulares será sempre feita em função do centro do detalhe, funcionando neste caso, a linha de centro como linha de extensão. A linha de centro, quando usada como linha de extensão, deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto. 53 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. 3.4 – As circunferências são cotadas pelos diâmetros, conforme exemplos: 20 20 10 8 5 5 3.5 – Para cotagem de raios, deverá ser utilizado uma das formas abaixo. Utilizar sempre a letra latina “R” (maiúscula). 10 4 R3 R6 R 54 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. 3.6 – Para cotagem de ângulos, dependendo do quadrante em que esteja situado, a cota deverá ser disposta conforme o desenho. 3.7 – A cota não deve ser cortada pela linha de centro. 55 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. 3.8 – Os sinais indicativos de diâmetro ( ¯ ) e de quadrado ( ) são usados na vista, onde a seção não poderia ser imediatamente identificado. 3.9 – Para cotagem de superfícies truncadas o chanfradas, deverá optar-se por uma das formas abaixo: 56 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. 3.10 – Para cotagem de pequenos detalhes, deverá proceder-se conforme os exemplos: 3.11 – As cotas deverão ser distribuídas em todas as vistas. 3.12 – Cada detalhe deverá ser cotado uma única vez, na vista que melhor representar a forma do mesmo. 3.13 – deve-se indicar sempre as dimensões máximas ( comprimento, largura, altura ), entre duas vistas a que tal dimensão seja comum. 3.14 – Deve-se evitar de cotar linhas representativas de arestas não visíveis, 3.15 – Havendo várias circunferências concêntricas, deve-se evitar colocar mais de duas cotas passando pelo centro, a fim de não dificultar a leitura do desenho. 3.16 – Na cotagem de elementos esféricos, deve-se colocar, precedendo a cota referente ao valor do diâmetro ou do raio, a palavra ESFERA ou, simplesmente, a abreviação ESF. 57 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. 3.17 – Num flange circular, a especificação de furos, com o mesmo diâmetro e igualmente espaçados é feita por uma cota, referida a um deles. 58 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. Corte Total: O corte total ocorre quando o objeto é cortado imaginariamente, em toda a sua extensão. Deve ficar claro que, para o traçado da vista em corte, imaginamos retirada a parte do objeto que impedia a visão; porém, para o traçado das outras vistas a referida parte é considerada como não retirada. 59 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. Nas vistas em corte, os detalhes não visíveis serão omitidos, desde que não dificulte a leitura do desenho. As faces cortadas na vista que representa o corte, serão hachuradas com linhas finas paralelas inclinadas a 45º com espaçamento mínimo de 1 mm. 60 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. O plano de corte é indicado no desenho por linha estreita, traço e ponto com linha larga nos extremos, denominada de linha de corte. Nos extremos também são colocadas setas na direção do sentido de observação da vista em corte. Ao lado das setas empregam-se letras maiúsculas repetidas ( AA, BB, etc ). O corte é indicado numa vista e representado na outra. Sob a vista em que o corte é representado escrevemos o nome deste. 61 UNIVERSIDADELUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. Corte em Desvio: Quando o objeto apresentar detalhes que não estejam colocados no mesmo plano de corte e cuja representação se faça necessária, desvia-se o corte a fim de alcançá-los, como nos desenhos abaixo. OBS: As arestas formadas ( teoricamente ) pelo desvio da linha de corte não são representadas na vista hachurada. 62 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA "SÃO PAULO" Autorizada pelo Decreto n. 95.623 - D.O.U. de 13-01-88. Exercícios: Em folha A4 desenhe a figura abaixo em duas vistas cotadas, aplicando corte em desvio. Representar na escala 1:1 e no 1º diedro. Untitled
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