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teoria do estado democratico 2016 ( FGV )

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GRADUAÇÃO
 2016.1
9ª EDIÇÃO
TEORIA DO ESTADO 
DEMOCRÁTICO
AUTOR: MÁRIO BROCKMANN MACHADO 
COLABORAÇÃO: THAMY POGRENBINSCHI
Sumário
Teoria do Estado Democrático
I. ROTEIRO DO CURSO ........................................................................................................................................... 3
1. Apresentação Geral .................................................................................................................... 3
2. Objetivos ................................................................................................................................... 3
3. Método Didático ....................................................................................................................... 4
4. Desafios e Dificuldades .............................................................................................................. 4
5. Avaliação ................................................................................................................................... 4
6. Atividade Complementar ........................................................................................................... 4
II. ROTEIRO DAS AULAS ........................................................................................................................................ 5
Aula 1: Apresentação do Curso ...................................................................................................... 5
Aula 2: o Significado das Palavras e o Feitiço da Linguagem ........................................................... 6
PARTE I: POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA ..................................................................................................................... 7
Aula 3: a História Dos Estados e os Estados na História ................................................................. 7
Aulas 4 e 5: Política e Direito ......................................................................................................... 8
Aula 6: Ideologia e Dominação .................................................................................................... 10
PARTE II: DEMOCRACIAS E SUAS TEORIAS ................................................................................................................ 11
Aulas 7, 8, 9 e 10: Origem e Atualidade da Democracia .............................................................. 11
Aula 11: Democracia e Liberalismo ............................................................................................. 13
Aula 12: a Regra da Maioria ........................................................................................................ 14
Aulas 13 e 14: Democracia, Participação e Capitalismo ............................................................... 15
Aulas 15 e 16: Inovando a Democracia ........................................................................................ 16
PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIL .................................................................................................................... 17
Aulas 17 e 18: a República ........................................................................................................... 17
Aula 19: a Democracia Brasileira no Limiar do Século XXI ......................................................... 18
Aulas 20 e 21: Democracia e Reforma Política ............................................................................. 19
Aulas 22, 23 e 24: Democracia, Direito e Poder Judiciário ........................................................... 20
Aula 25: Revisão do Curso e Conclusão ....................................................................................... 21
III. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................................... 22
1. Leitura Complementar ............................................................................................................ 22
2. Bibliografia Básica Sobre Democracia ...................................................................................... 22
IV: ANEXO: SELEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE A DEMOCRACIA BRASILEIRA E A HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS ................ 27
1. Revolução de 1930 .................................................................................................................. 27
2. Estado Novo ............................................................................................................................ 28
3. Queda de Vargas ...................................................................................................................... 29
4. 1964 ....................................................................................................................................... 29
5. Campanha pelas Diretas .......................................................................................................... 37
6. Congresso Nacional, Brasília: Promulgação da Constituição de 1988 (05 de Outubro de 1988) ....38
V: ANEXO: TEMAS E ROTEIROS DAS AULAS ............................................................................................................... 39
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 3
I. ROTEIRO DO CURSO
1. APRESENTAÇÃO GERAL
a) Tema. A democracia moderna é o tema do curso de ciência política. Ele 
constará de três partes:
1. O conceito de política;
2. Teorias da democracia;
3. A democracia no Brasil.
A segunda parte será especialmente enfatizada.
b) Abordagem: O curso buscará apresentar visões conflitantes sobre os 
assuntos tratados.
c) Organização: O curso foi montado com base em tópicos, que serão 
analisados de maneiras distintas por diferentes autores. A ênfase nessas visões 
conflitantes justifica a extensão das leituras e a eventual repetição de assuntos 
ao longo do programa. A opção pelo estudo da democracia moderna levou 
neces sariamente à exclusão de alguns autores clássicos na matéria, especial-
mente os mais antigos.
2. OBJETIVOS
Os principais objetivos do curso são:
• Apresentar os conceitos fundamentais da análise política contemporânea;
• Identificar as idéias centrais das teorias do Estado democrático;
• Examinar os principais problemas da construção democrática no Bra-
sil dos séculos XX e XXI.
Uma preocupação constante do curso é a relação entre política e direito. 
Haverá ênfase na dimensão política do direito.
O curso tem duas metas: primeiro, desenvolver nos alunos a capacidade 
de visualizar a política e a democracia de forma menos convencional; segun-
do, estimular os alunos a perceberem a democracia como um processo em 
permanente aperfeiçoamento, para o qual todos são chamados a participar.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 4
3. MÉTODO DIDÁTICO
O material didático do curso foi elaborado de modo a permitir que os alu-
nos se preparem com an tecedência para as aulas. O roteiro propõe questões 
sobre cada texto a ser trabalhado, enfatizando os principais pontos e temas a 
serem discutidos.
A participação dos alunos será sempre estimulada.
4. DESAFIOS E DIFICULDADES
Foram escolhidos alguns dos melhores autores contemporâneos, indepen-
dentemente da dificuldade dos textos. Cabe ao professor torná-los inteligí-
veis. A outra opção seria adotar livros de divulgação, do tipo “Introdução 
à Ciência Política”. Estes não seriam difíceis de ler; entretanto, dariam aos 
alunos uma falsa sensação de segurança em assuntos muito controversos, 
entre outras limitações. O programa incorpora uma longa bibliografia de 
referência, em acréscimo aos textos que deverão ser lidos pelos alunos. Essa 
bibliografia será utilizada pelo professor e poderá servir, even tualmente, a 
futuros interesses dos alunos.
5. AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados com base em:
a) Duas provas escritas e participação em aula;
b) Uma provafinal para aqueles que não obtiverem média semestral 
igual ou superior a sete (7,0).
P.S. Eventualmente, poderá haver um trabalho escrito extra.
6. ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Está prevista a audição de trechos de um CD do Senado Federal conten-
do grandes discursos da história política brasileira. O excelente acervo do 
CPDOC também poderá ser utilizado (ver o “Anexo” deste roteiro).
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 5
II. ROTEIRO DAS AULAS
AULA 1: APRESENTAÇÃO DO CURSO
Nesta primeira aula, o professor apresentará os objetivos do curso, a bi-
bliografia a ser lida, a dinâmica de trabalho a ser empregada e os métodos de 
avaliação que serão utilizados. Aproveite este momento para tirar suas dúvi-
das iniciais sobre o curso de ciência política.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 6
AULA 2: O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS E O FEITIÇO 
DA LINGUAGEM
Nesta aula, além de uma breve notícia sobre “linguistic turn” e filosofia da 
linguagem, serão discutidos os seguintes textos:
GIANNETTI, Eduardo. O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2003. Trecho a ser lido: Capítulo 10, “Sobre o uso errôneo da 
linguagem”, pp. 173-183.
Duas breves citações, a serem distribuídas, de John Locke e Morit Schlick. 
E uma terceira do Pe. Antônio Vieira
QUESTÕES PROPOSTAS
• Como se responde a uma pergunta sobre o significado de uma pala-
vra?
• O que é uma definição?
• De onde surgem os significados das palavras?
• O que nos ensina a recomendação baconiana de “pensar como pen-
sam os sábios, mas falar como falam as pessoas comuns”?
• Em que consiste a armadilha da falsa segurança?
• O que você acha da ideia de que se leva mais a sério um texto obscuro 
do que um claro e preciso?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 7
PARTE I: POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA
AULA 3: A HISTÓRIA DOS ESTADOS E OS ESTADOS NA HISTÓRIA
Esta aula utilizará o seguinte texto de sociologia histórica:
TILLY, Charles. Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo: EDUSP, 1996.
Trechos a serem lidos: pp. 23-28 e 45-50.
QUESTÕES PROPOSTAS
• Qual foi a importância das guerras para a formação dos Estados nacionais?
• Como nasceram os exércitos e as burocracias permanentes?
• Por que os Estados queriam o monopólio da coerção e da taxação?
• De que maneiras os governantes dos Estados europeus em formação 
podiam adquirir meios de coerção?
• Por que o Estado brasileiro não tem cumprido a sua responsabilidade de 
garantir a segurança pública em todo o território nacional? O que pode 
ser feito a respeito?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 8
AULAS 4 E 5: POLÍTICA E DIREITO
As aulas que se seguem utilizarão um texto de um importante pensador 
italiano, Norberto Bobbio:
BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus, 2000.
Trechos a serem lidos: Conceito de Política, pp. 159-173; Poder Político, pp. 
216-222; Política e Socie dade, pp. 222-226; Política e Direito, pp. 232-
238; Direito e Poder, pp. 238-252; Democracia, pp. 371-380.
Basicamente, os mesmos textos podem ser encontrados em: Bobbio, Norberto. 
O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003, pp. 137-156, 243-257.
QUESTÕES PROPOSTAS
• Qual é a origem etimológica da palavra “política”? E qual é o signifi-
cado atual desse conceito?
• Qual é a diferença entre definições descritivas e prescritivas de po-
lítica?
• No caso de definições prescritivas de política, reflita sobre as seguintes 
indagações, entre outras: Quem seleciona o objetivo a ser atingido? 
Quem define o significado desse objetivo? Quem define se e quando 
esse objetivo foi alcançado?
• O que se entende por “bem comum”?
• Quais são os três elementos constitutivos do Estado?
• O que Bobbio quer dizer com “fim mínimo” da política?
• O que se entende por “poder”?E o que significa “autoridade”?
• Pense em casos de poder legítimo e de poder de fato, assim como de 
poder legal e poder arbitrário. Imagine exemplos.
• É melhor o governo das leis ou o governo dos homens? Por quê?
• Como podemos classificar as formas modernas de poder?
• O que seria o poder político? Qual seria o seu fundamento mais 
visível?
• O que é “Estado de Direito”? Reflita sobre a dupla relação entre poder 
político e ordem jurídica.
• Comente a seguinte frase: “o poder sem direito é cego, mas o direito 
sem poder é vazio”.
• Como Weber define “Estado”?
• Pense nas relações entre poder político e poderes econômico e religio-
so. Como são essas relações no Brasil?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 9
• Com base nos textos lidos, estabeleça a distinção entre: a) Estado e 
sociedade; b) Estado como mal necessário e Estado como mal não 
necessário.
• Quais são as principais “formas de governo”? E “formas de Estado”?
LEITURA SUGERIDA:
KRONMAN, Anthony. Marx Weber. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, pp. 
57-66.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 10
AULA 6: IDEOLOGIA E DOMINAÇÃO
Nesta aula, será discutido o seguinte texto:
MACHADO, Mario Brockmann. “Ideologia, socialização política e domi-
nação”. Dados, 23, 2, 1980, pp. 131-149. (Ler, apenas, pp. 131-138.)
Este artigo apresenta uma teoria da ideologia política. Talvez contenha 
também o embrião de uma teoria geral da política.
Observe como o autor apresenta, passo a passo, a problemática central 
de sua reflexão, os pressupostos de sua teoria, e os principais conceitos que 
serão utilizados, definindo-lhes os significados empíricos e especificando as 
relações teóricas que se supõe existirem entre eles.
Procure fazer uma leitura dinâmica, sem se deter em cada parte, mas não 
deixe de registrar alguns conceitos centrais: sistema político, dominação, ide-
ologia, socialização política e atores políticos.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Quais são as principais fontes de informação política que os jovens 
brasileiros têm hoje em dia? Quais são as mais confiáveis? Quais são as 
menos confiáveis?
• Pensando em sua própria experiência de vida, procure identificar de 
onde provêm os seus mais fundamentais valores políticos. Eles são 
estáveis? Eles mudam com o tempo?
• Quais são os critérios que você normalmente utiliza para avaliar o 
desempenho de um governo?
• Em sua opinião, quais são os mais importantes atores do sistema po-
lítico brasileiro?
• Quais seriam os quatro requisitos fundamentais da dominação estável?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 11
PARTE II: DEMOCRACIAS E SUAS TEORIAS
AULAS 7, 8, 9 E 10: ORIGEM E ATUALIDADE DA DEMOCRACIA
Nestas aulas, será discutido um livro de um dos mais importantes cientis-
tas políticos da atualidade: Robert Dahl. Além disso, também analisaremos 
partes de um relatório da ONU sobre a democracia na América Latina.
DAHL, Robert. On Democracy. New Havan: Yale University Press, 2000. 
Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 8, 13 e 14. (Há tradução pela edi-
tora da Universidade de Brasília).
PNUD, A Democracia na América Latina. Nova York, 2004, pp. 49 a 64. 
(Nova versão: pp. 29-53.) Disponível em www.pnud.org.br/pdf/Texto-
Proddal.pdf
QUESTÕES PROPOSTAS
• Quais seriam, segundo o autor, os principais adversários da democracia?
• Faça um pequeno resumo das origens da democracia. Como era a 
democracia em Atenas e em Roma?
• Se a democracia refere-se ao mesmo tempo a um ideal e a uma realida-
de, descreva o que é a democracia real e o que seria a democracia ideal 
na sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real?
• Quais são as vantagens da democracia em relação a qualquer alterna-
tiva viável?
• Quais são as instituições políticas exigidas por uma moderna demo-
cracia representativa?
• O que é a poliarquia ou a democracia poliárquica?
• Descreva a “democracia de assembleia”. Ela lhe parece melhor ou pior 
do que a democracia representativa, tal como a conhecemoshoje? Por 
quê?
• Quais são as condições essenciais para a democracia? E as condições 
favoráveis?
• Você concorda com Dahl quando ele afirma que o capitalismo de 
mercado favorece a democracia? E quando afirma que a prejudica?
• Quais são as dificuldades da democracia? Como elas podem ser resol-
vidas? Com base em tudo o que você aprendeu neste livro de Dahl 
e nas demais aulas do curso até agora, tente inventar respostas, me-
canismos, procedimentos, instituições e experimentos possíveis para 
superar estas dificuldades. Use toda a sua imaginação!
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 12
Observacão: A tradução do livro de Dahl contém muitos problemas, sen-
do recomendável a leitura do livro em inglês.
LEITURA SUGERIDA:
O’DONELL, Guillermo. Democracy, Agency, and the State. Oxford Uni-
versity Press, pp. 13-29.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 13
AULA 11: DEMOCRACIA E LIBERALISMO
Esta aula será baseada, mais uma vez, em escritos de Norberto Bobbio:
BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense, 1988.
Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 3 e 8.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• De acordo com Bobbio, qual é o fundamento de uma sociedade de-
mocrática?
• “Excesso de democracia” é um tema bastante discutido. O que você 
pensa disso?
• O que é a apatia política? Você acha que ela existe no Brasil? Por quê?
• Por que se fala em uma suposta “ingovernabilidade da democracia”? 
Você acha que a democracia brasileira é ingovernável?
• Caracterize o “governa das leis” e o “governo dos homens. Quais são 
as principais diferenças entre eles?
• Você acha que no Brasil temos um “governo das leis” ou um “governo 
dos homens”? Por quê?
• Qual é a relação entre liberalismo e democracia?
• Quais são os pressupostos e as principais características do Estado liberal?
• O que é o jusnaturismo? Qual a sua relação com o liberalismo?
• O que é o contratualismo? O que o une à doutrina dos direitos do homem?
• Quais são os mecanismos que impedem o uso abusivo do poder de 
Estado?
• O que é o neoliberalismo? Em que ele se diferencia do liberalismo?
• O que são as utopias?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 14
AULA 12: A REGRA DA MAIORIA
Para esta aula a leitura será:
LIJPHART, Arend. Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização Bra-
sileira, 2003.
Trecho a ser lido: Emendas constitucionais e revisão judicial, pp. 247-261.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• O que é a “regra da maioria”?
• O que é a “tirania da maioria”?
• É possível impor limites democráticos ao poder legislativo das maio-
rias parlamentares? Como?
• Quem deve decidir se uma lei é inconstitucional? Como as democra-
cias estáveis lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 15
AULAS 13 E 14: DEMOCRACIA, PARTICIPAÇÃO E CAPITALISMO
Nestas duas aulas serão discutidas duas obras de outro autor central do 
curso, o cientista político po lonês Adam Przeworski:
PRZEWORSKI, Adam. Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-Du-
mará, 1994.
Trechos a serem lidos: pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44 e 56-60.
PRZEWORSKI, Adam. Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 1989.
Trechos a serem lidos: pp. 37-44, 59-61.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Como se dá no capitalismo a tensão entre mercado e Estado? E como 
a democracia se relaciona com essa tensão?
• O que significa dizer que a democracia é um governo pro tempore?
• Qual é a relação entre democracia e incerteza? Você concorda que a 
incerteza é inerente à democracia? Que tipo de incerteza é essa?
• O que leva os atores políticos a participar do jogo democrático? E o 
que os faz aceitar derrotas?
• Qual foi o dilema eleitoral dos partidos socialistas europeus?
• Qual é a diferença entre reforma e revolução?
• Qual seria a importância dos fatores econômicos na manutenção e 
durabilidade das democracias?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 16
AULAS 15 E 16: INOVANDO A DEMOCRACIA
Nesta aula, será finalizada a segunda parte do curso, dedicada às teorias da 
democracia. Estude os se guintes textos:
UNGER, Roberto Mangabeira. Democracia Realizada: a alternativa progres-
sista. São Paulo: Boitem po, 1999.
Trechos a serem lidos: experimentalismo democrático, pp.11-16; resumo, 
pp. 207-219.
Do mesmo autor: O que a Esquerda deve propor. Rio de Janeiro: Civiliza-
ção Brasileira, 2008, pp. 93-104, 160-166.
FALCÃO, Joaquim. Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janeiro: 
FGV, 2004.
Trecho a ser lido: “Democracia, mudança e terceiro setor”, pp. 49-67.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• O que você entende por “experimentalismo democrático”? Como é 
possível reconstruir instituições?
• Quais seriam os passos para se colocar em prática o experimentalismo 
democrático no Brasil? Quais são os riscos envolvidos?
• Pense em formas alternativas de participação organizadas pela socie-
dade civil: associações voluntárias, ONG’s etc. Identifique exemplos 
no caso brasileiro.
• O que significa o termo “democracia concomitante”?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 17
PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIL
AULAS 17 E 18: A REPÚBLICA
Nestas duas aulas será iniciado o terceiro e último módulo do curso: a 
democracia no Brasil. Inicial mente, examinaremos o papel de Rui Barbosa 
na organização da República em nosso país, para, em seguida, fazermos uma 
reflexão sobre uma visão sintética da nossa história política no século XX, 
com ênfase nos acontecimentos de 1964. Os textos escolhidos são:
LAMOUNIER, Bolívar. Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
Trechos a serem lidos: “Prefácio”, pp. 9-12; “Introdução”, pp. 51-54; 
“Conclusão”, pp. 111-123.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001.
Trecho a ser lido: “O regime militar e a transição para a Democracia”, pp. 
251-310 (especialmente 251-261, 283-286 e 306-310).
Do mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 457-515.
LEITURA ALTERNATIVA:
Adriana Lopez e Carlos Guilherme Motta. História do Brasil: uma interpreta-
ção. São Paulo: Editora SENAC, 2008, capítulo 28.
QUESTÕES PROPOSTAS:
Sobre o texto de Bolívar Lamounier:
• Qual foi a participação de Rui Barbosa no processo de elaboração da 
primeira constituição republicana? Qual a sua contribuição à cons-
trução institucional da democracia no Brasil?– Como você definiria 
o modelo político de Rui Barbosa? Em que ele ainda é atual e pode 
contribuir para o debate contemporâneo?
• Quais eram as propostas de Rui Barbosa, em 1919, sobre a “questão social”?
• Qual foi o impacto das ideologias do “Estado forte”, de direita e de 
esquerda, sobre a herança política de Rui Barbosa?
Sobre o texto de Boris Fausto:
• Qual é a importância da Guerra Fria para o entendimento de 1964?
• O que significava a expressão “radicalização política”?
• Como a ausência de uma ditadura pessoal durante os governos mi-
litares influenciou a transição para a democracia? Compare o caso 
brasileiro com o chileno.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 18
AULA 19: A DEMOCRACIA BRASILEIRA NO LIMIAR DO SÉCULO XXI
Nesta aula, vamos examinar o seguinte livro de Bolívar Lamounier:
Da Independência a Lula: dois séculos de política brasileira. São Paulo: Augu-
rium, 2005.
Trechos a serem lidos: 1964, pp.133-135; reforma política, pp. 235-260; 
globalização e Estado, pp. 284-288.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Como José Guilherme Merquior resumiu as causas da quebra do regi-
me democrático em 1964?
• Por que não houve conciliação entre os atores políticos de então?
• Seriam os regimes parlamentaristas mais aptos a garantir a continui-
dade da democracia do que os regimes presidencialistas?
• Como o autor define “democracia”?
• Reflita sobre a extensão da democracia a ambientes não políticos.O 
que seria a democracia social? O que você pensa disso?
• Por que a fragmentação partidária é vista como um problema?
• Segundo Sérgio Abranches, o que é “presidencialismo de coalizão”?
• Qual é o impacto das medidas provisórias na relação entre o Executivo 
e o Legislativo?
• Como se comparam os sistemas eleitorais distrital e proporcional?
• Como se dá a representação dos estados no Congresso?
• O que é o populismo?
• O que significa o termo “globalização”?
• Que efeitos políticos pode a globalização acarretar?
LEITURA SUGERIDA:
Maria Hermínia Tavares de Almeida, “O Estado no Brasil Contemporâneo”. 
In Carlos Ranulfo Melo e Manoel A. Sáez, orgs. A Democracia Brasileira. 
Belo Horizonte: UFMG, pp. 17-37.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 19
AULAS 20 E 21: DEMOCRACIA E REFORMA POLÍTICA
Para esta aula, leia um dos dois seguintes textos:
REIS, Fábio Wanderley. “Engenharia e Decantação”. In Benevides, Maria 
Victoria, Paulo Van nuchi e Fábio Kerche, orgs. Reforma Política e Cida-
dania. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo/Instituto Cidada-
nia, 2003.Trecho a ser lido: pp. 20-32.
QUESTÃO PROPOSTA:
• Posicione-se a respeito de algumas das recomendações de reforma po-
lítica discutidas no Brasil nos últimos anos, a saber: redução do núme-
ro de partidos, financiamento público de campa nhas, voto distrital, 
voto em lista fechada, voto facultativo, fidelidade partidária, cláusula 
de desempenho e proibição de coligação em eleições proporcionais.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Décadas de Espanto e uma Apologia 
Democrática. Rio de Ja neiro: Rocco, 1998.
Trecho a ser lido: pp. 121-144.
Do mesmo autor: O Paradoxo de Rousseau: uma interpretação democrática 
da vontade geral. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, pp. 7-10, 45 (a partir do últi-
mo parágrafo) – 48.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• O que o autor denomina de “engenharia doutrinária”?
• Você considera convincente a associação entre representação propor-
cional e fragmentação do eleitorado? Você acha que a adoção do siste-
ma eleitoral majoritário resolveria esse suposto problema?
• Qual seria a consequência do sistema eleitoral majoritário para as mi-
norias políticas?
• A fragmentação partidária sempre produz ingovernabilidade?
LEITURAS SUGERIDAS:
ANASTASIA, Fátima e NUNES, Felipe. A Reforma da Representação. In 
AVRITZER, Leonardo e ANASTASIA, Fátima, orgs. Reforma Política 
no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2007, pp. 17-29.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 20
AULAS 22, 23 E 24: DEMOCRACIA, DIREITO E PODER JUDICIÁRIO
Para estas duas últimas aulas temáticas do curso, deverão ser lidos os se-
guintes textos:
MACHADO, Mario B., “Raízes do controle externo do Judiciário”. Monitor 
Público, 8, 1996, pp. 5-9.
ARANTES, Rogério Bastos, “Judiciário: entre a justiça e a política”. In Lúcia 
Avelar e Antonio Octavio Cintra, orgs. Sistema Político Brasileiro. Rio 
de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer; São Paulo: UNESP, 2004, pp. 
79-108.
ARGUELHES, Diego. Poder não é querer: judicialização da política e prefe-
rência restritivas no STF pós-transição. Mimeo, 2010, pp. 1-5 e 24-30.
BARROSO, Luís Roberto. Constituição, Democracia e Supremacia Judicial: 
direito e política no Brasil contemporâneo. Mimeo, 2011.
J. Ferejohn and P. Pasqualino, “Rule of Democracy and Rule of Law”. In 
J.M. Maravall and A. Przeworski, eds. Democracy and the Rule of Law. 
Cambridge University Press, 2003, pp. 242-260.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• O que Locke, Montesquieu e os Federalistas podem nos ensinar sobre 
a separação de poderes?
• Em que consiste o controle externo do Judiciário?
• Por que o controle externo do Judiciário seria compatível e até mesmo 
requerido pelo princípio da separação dos poderes? Resuma e avalie 
os argumentos apresentados no texto. O que você pensa sobre isso? 
Concorda? Discorda?
• Em que consiste a judicialização da política? Como ela ocorre no Bra-
sil?
• O que é o ativismo judicial? Você acha que ele constitui uma ameaça 
ao princípio da separação dos poderes? Ao Estado de direito? À sobe-
rania popular?
• De que maneira a judicialização da política afeta o “jogo democrático” 
analisado por Przworski?
• Qual seria a fundamentação da legitimidade do juciciário em um Es-
tado democrático de direito?
• O que diz Maus sobre o apelo do Judiciário alemão a “princípios de 
direito suprapositivos”?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 21
AULA 25: REVISÃO DO CURSO E CONCLUSÃO
Esta última aula não requer leituras prévias ou auxílio do material didáti-
co. O objetivo básico é fazer uma avaliação do curso, revisar e debater alguns 
temas anteriormente trabalhados e esclarecer novas dúvidas e questões trazi-
das pelos alunos.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 22
III. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. LEITURA COMPLEMENTAR
BOBBIO, N., N. Matteucci e G. Pasquino, orgs. Dicionário de Política. Bra-
sília: Editora da Univer sidade de Brasília, 1986. Examinar, entre outros, 
os seguintes verbetes: Ciência Política, 164-9; Democracia, 319-29; Es-
tado, 425-31; Liberalismo, 686-705; Poder, 933-43; Política 954-62; 
Social-democracia, 1188-92; Socialismo, 1196-202.
2. BIBLIOGRAFIA BÁSICA SOBRE DEMOCRACIA
ACEMOGLU, Daron and Robinson, James. Economic Origins of Dictator-
ship and Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
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brasileiro. Dados, 31/1/1988, pp. 5-33.
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SARTORI, Giovanni. A Teoria da Democracia Revisitada. São Paulo: Ática, 
1987, vol. 1 (definição de democracia, pp. 17-39, 40-61; eleições e opi-
nião pública, pp. 123-156; participação, pp. 156-161; tecnologia, pp. 
161-168; maioria e minoria, pp. 181-199); vol. 2 (definição, pp. 7-20; 
democracia di reta e indireta, pp. 34-58; liberdade, pp. 59-106; igualda-
de, pp. 107-144; liberalismo, pp. 145-184).
SCHMITT, Carl. The Concept of the Political. Chicago: The University of 
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Paulo: Boitempo, 2004.
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Horizonte e Rio de Janeiro: UFMG e IUPERJ/FAPERJ, 2002.
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TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 27
* Estas fotos e documentos fazem par-
te do arquivo do CPDOC. O Centro de 
Pesquisa e Documentação de História 
Contemporânea do Brasil (CPDOC) da 
Fundação Getulio Vargas abriga uma 
série de documentos relevantes sobre 
a história recente do país. Seu acervo é 
uma fonte privile giada de consulta no 
Rio de Janeiro: o CPDOC possui o mais 
importante acervo de arquivos pesso-
ais de homens públicos do país, com 
cerca de 1,8 mi lhão de documentos. 
Esses arquivos são abertos à consulta 
pública, informatizada e dis ponível na 
internet por meio do site www.cpdoc.
fgv.br. O endereço do CPDOC é: Praia 
de Botafogo, 190 14° andar – Botafo-
go, Cep-22253-900, Rio de Janeiro, RJ. 
Telefone: (21) 2559-5676 / 2559-5677; 
Fax: (21) 2559-5679; E-mail: cpdoc@
fgv.br. O horário de atendimento da 
sala de consulta é de segunda a sexta-
feira, das 09.00 h às 16.30 h.
IV: ANEXO: SELEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE 
A DEMOCRACIA BRASILEIRA E A HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS
1. REVOLUÇÃO DE 1930
a) Getúlio Vargas no Paraná, durante a Revolução de 1930.
Fonte: CPDOC
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 28
b) Cavalaria Gaúcha no Obelisco da Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro.
Fonte: CPDOC
2. ESTADO NOVO
Getúlio Vargas fala à nação por ocasião da instauração do Estado Novo, na presen-
ça deautoridades no palácio do Catete (1937).
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 29
3. QUEDA DE VARGAS
Bustos de Getúlio Vargas após a queda de seu governo em 1945.
Fonte: CPDOC
4. 1964
a) Passagem das tropas de Minas Gerais por Petrópolis após a vitória do movimento militar.
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 30
b) Parada da Vitória (Recife, 24 de maio de 1964).
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 31
c) Primeiro ‘Ato Institucional’ editado pelo regime militar, em 09 de abril de 1964.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
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FGV DIREITO RIO 34
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 35
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 36
Fonte: Arquivo Etelvino Lins / EL c 1964.04.09 doc 3 / CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
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5. CAMPANHA PELAS DIRETAS
a) Comício pela campanha das diretas (1984).
Fonte: CPDOC
b) Ulisses Guimarães e outros durante comício pró-diretas.
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 38
c)Campanha das diretas.
Fonte: CPDOC
6. CONGRESSO NACIONAL, BRASÍLIA: PROMULGAÇÃO DA CONSTITUI-
ÇÃO DE 1988 (05 DE OUTUBRO DE 1988)
Fonte: CPDOC
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 39
V: ANEXO: TEMAS E ROTEIROS DAS AULAS
ROTEIRO DA AULA 1
a) Apresentação do curso: objetivos, abordagem e organização; participa-
ção dos alunos; leituras prévias; desafios e dificuldades; avaliação do professor 
e dos alunos.
b) Exame da bibliografia obrigatória.
c) Breve comentário sobre cada aula, chamando a atenção sobre as pergun-
tas constantes do programa, que deverão orientar as leituras e as discussões, e 
sobre o fato de o curso haver sido organizado em torno de temas/conceitos/
problemas, e não de autores e suas teorias. (Para maiores informações, ver o 
programa do curso.)
ROTEIRO DA AULA 2
Tema: O significado das palavras e o feitiço da linguagem.
Texto: Eduardo Giannetti, O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2003, pp. 173-183.
Breve notícia sobre filosofia da linguagem. Comentário de Locke sobre 
o risco de debates meramente verbais. Referência ao Positivismo Lógico do 
Círculo de Viena. Schlick e a necessidade de esclarecer o significado das pro-
posições antes de discuti-las. O “linguistic turn” no âmbito da filosofia. No-
tícia sobre Wittgenstein. Exemplos de proposições gramaticalmente corretas 
e logicamente absurdas. A diferença entre resolver e dissolver um problema. 
Indefinições, imprecisão conceitual, contradições lógicas. Reflexão sobre as 
origens dos significados das palavras. Linguagem ideal e linguagem comum. 
Termos técnicos com significado preciso: roubo e furto, posse e propriedade, 
culpa e dolo, etc. Termos comuns com significado difuso: política, direito, 
democracia, etc. A história das palavras: “democracia” vem sendo usada há 
2.500 anos. Impossibilidade de se analisar as democracias reais sem antes exa-
minar a “biografia semântica” dessa palavra. O feitiço da linguagem: exem-
plo de Heidegger e seu discurso sobre “not”, “nothing” e “nothingness”.1 O 
problema das abstrações metafísicas. Retórica da ostentação X qualidade da 
argumentação. Bacon: pensar como os sábios, falar como as pessoas comuns. 
O excesso de formalização e a “falsa segurança”. A teoria de Darwin não é 
formalizada. Não existe um trade-off necessário entre clareza e profundidade. 
Ao contrário: quanto mais difícil um tema, mais importante será a clareza. 
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 40
(“O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam 
os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que 
sabem.” Vieira, Sermão da Sexagésima, 1655.) O expediente de encobrir a 
ignorância com uma teia de palavras desorientadoras para obter a admiração 
dos incautos. Crítica e autocrítica.
ROTEIRO DA AULA 3
Tema: Estado
Texto: Charles Tilly, Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo: 
EDUSP, 1996, pp. 23-28, 45-50.
A origem dos estados modernos na Europa. A dissolução do feudalismo. 
A nobreza, o clero e a burguesia. A gradativa centralização do poder nas mãos 
do rei: absolutismo monárquico. As guerras de defesa e conquista. A forma-
ção de exércitos/marinhas permanentes e burocracias estáveis, base dos esta-
dos modernos. O monopólio da força e da taxação sobre a população de um 
amplo território. Coerção e/ou negociação ante resistências sociais: Veneza 
e Holanda; Rússia; Polônia; França e Inglaterra. Por que o Estado brasileiro 
não tem cumprido a sua obrigação de garantir a segurança pública em todo 
o território nacional? O que pode ser feito a esse respeito?
ROTEIRO DA AULA 4
Tema: Política.
Texto: Norberto Bobbio, Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus, 
2000, pp. 159-173, 216, 222-226.
Origem etimológica de “política”. Significado e componentes da “polis”. 
Aristóteles. Poder: definição e tipologia. Autoridade. Soberania. Definição de 
estado em Weber. Legalidade e legitimidade do uso da força física. Objetivos 
da política: níveis descritivo e prescritivo das definições de “política”. No caso 
de definições prescritivas: Quem seleciona o fim a ser atingido? Quem decide 
se e quando esse fim foi alcançado? O problema do “bem comum”. Objetivo 
mínimo da política: ordem interna e defesa externa. Limites do estado na sua 
relação com a sociedade. Ausência de limites: Estado total. O fim da política 
e a utopia anarquista.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 41
ROTEIRO DA AULA 5
Tema: Direito e política
Texto: Norberto Bobbio, ibidem, pp. 232-238. Alternativamente, do mes-
mo autor: O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 
2003, pp. 137-156, 243-257.
Dupla relação entre direito e política: produção e sustentação do direito, 
limitação e legitimação da política. Poder de fato e poder arbitrário. Poder 
paralelo. Legalidade e legitimidade. Ética e política. Questões conceituais: 
Weber, Schmitt, Bobbio, Habermas, etc. Limites do poder. Abuso do poder. 
O que é o Estado de direito? Componentes formais e substantivos do Estado 
de direito. Formas de governo e de Estado. Relações entre poderes político, 
econômico e religioso nos tempos atuais.
ROTEIRO DA AULA 6
Tema: Ideologia e teoria política
Texto: M. Machado, “Ideologia, socialização política e dominação”. 
Dados, 23, 2, 1980, pp. 131-149.
O conceito de sistema político. Atores políticos. Fundamentos da domi-
nação: organização política, legitimação ideológica, proteção legal/judicial e 
sustentação econômica. Regime político. Cultura política. Quais são os crité-
rios que você normalmente utiliza para avaliar um governo? De onde provêm 
esses critérios? Eles mudam com o tempo? Por quê?
ROTEIRO DA AULA 7
Tema: Democracia
Texto: Robert Dahl, Sobre a Democracia. Brasília: Editora da UNB, 2001, ca-
pítulos 1 e 2. (Atenção: graves problemas de tradução. Sempre que pos-
sível, leia o original em inglês.)
Democracia ateniense e república romana: participação direta com cida-
dania restrita. O surgimento da ideia de representação. O parlamento inglês. 
Da oligarquia à democracia moderna. Soberania popular. Igualdade.
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 42
ROTEIRO DA AULA 8
Tema: Poliarquia
Texto: Robert Dahl, ibidem, capítulo 8.
As democracias modernas em grande escala. Governantes eleitos; eleições 
periódicas, livres e limpas; liberdade de informação, de expressão e de organi-
zação; cidadania inclusiva. Sufrágio universal. Democracia direta e democracia 
representativa. Partidos políticos. O debate sobre a democratização de outras 
áreas da sociedade. Se a democracia refere-se, ao mesmo tempo, aum ideal e 
a uma realidade, descreva o que é a democracia real e o que seria a democracia 
ideal em sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real? Use 
toda a sua imaginação para sugerir o que seria necessário para atingir esse fim.
ROTEIRO DA AULA 9
Tema: Liberalismo
Texto: Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense, 
1988, capítulos 1, 2, 3 e 8.
Revolução inglesa. Liberdade versus autoridade. Rule of Law. (Temos, no 
Brasil, um governo de leis ou de pessoas?) Tolerância religiosa e liberdade eco-
nômica. Locke. Contrato social. Consentimento. Limitação do poder e das 
funções do estado: estado mínimo. Distribuição do poder do estado: estado 
democrático. Igualdade liberal: legal e de oportunidades. Liberdade demo-
crática: de resultados sócio-econômicos. Liberdade negativa e liberdade po-
sitiva. Liberalismo clássico e liberalismo social. O encontro entre liberalismo 
e democracia no século XX ante o fascismo e o comunismo. A democracia 
liberal e a social-democracia. Liberalismo versus neoliberalismo.
ROTEIRO DA AULA 10
Tema: Democracia e capitalismo
Texto: Robert Dahl, op. cit., capítulos 13 e 14.
Sistemas econômicos. Propriedade privada versus estatal dos meios de 
produção. Mercado versus planejamento estatal. Decisões descentralizadas e 
centralizadas. Burocracia. Eficiência. Estados Unidos e União Soviética. O 
difícil casamento: o caso da China. Demandas sociais e recursos políticos. 
Democracia liberal e economia de mercado: o fim da história?
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
FGV DIREITO RIO 43
ROTEIRO DA AULA 11
Tema: Democracia ampliada
Texto: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – A demo-
cracia na América Latina. (www.pnud.org.br)
Definição ampliada de democracia: direitos civis e políticos + direitos 
sociais. Marshall. Sequências e ritmos históricos: Inglaterra e Brasil. Utili-
dade ou não do significado ampliado. Redefinições conceituais e o perigo 
das linguagens privadas. Democracia social ou justiça social? A democracia 
como fórmula de convivência minimamente civilizada com o fenômeno 
do poder político. Democracia real e ideal, sociedade real e ideal. O tema 
das utopias.
ROTEIRO DA AULA 12
Tema: Regra da maioria
Texto: Arend Lijphart, Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2003, pp. 247-261.
A democracia e a regra da maioria. Tipos de maiorias. A maior maioria. 
As minorias e a tirania da maioria. Podemos impor limitações democráticas 
à vontade das maiorias parlamentares? Como? Tensões entre “rule of law” e 
“rule of democracy”. O tema da “interpretação” das leis e da constituição. A 
fiscalização do legislativo e do executivo: decisões inconstitucionais. Quem 
deve decidir se uma lei é inconstitucional? Como as democracias estáveis 
lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil? Análise dos casos 
brasileiro, inglês e austríaco. O que você pensa sobre isso?
ROTEIRO DA AULA 13
Tema: Participação política
Texto: Adam Przeworski, Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-
Dumara, 1994, pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44, 56-60.
Necessidades sociais e demandas políticas. Por que as pessoas participam 
da política? Como é a participação nas democracias? Qual a importância da 
participação quanto aos resultados do jogo político democrático? A incerteza 
relativa dos resultados. O resultado aleatório e o resultado pré-fixado. Por que 
os poderosos aceitam a democracia? Por que derrotas são aceitas? Por que as 
TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO
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decisões democráticas são temporárias? O que é a “judicialização da política”? 
Qual o seu impacto sobre o jogo democrático?
ROTEIRO DA AULA 14
Tela: Socialismo e eleições
Texto: Adam Przeworski, Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1989, pp. 37-44, 59-61.
Reforma e revolução. Por que os partidos socialistas europeus decidiram 
participar do jogo democrático? Qual foi o dilema eleitoral que eles enfren-
taram? Por que eles perdiam as eleições? Que estratégia o jogo eleitoral os 
forçou a adotar? Com que resultados? O que aquela experiência europeia nos 
ensina sobre a trajetória de partidos similares no Brasil? Qual a importância 
das coalizões na conquista e na manutenção do poder? “Presidencialismo de 
coalizão”. O problema da corrupção sistêmica na política.
ROTEIRO DA AULA 15
Tema: Reformas
Textos: Roberto Mangabeira Unger, Democracia Realizada: a alternativa 
progressista. São Paulo: Boitempo, 1999, pp. 11-16, 207-219; O 
Que a Esquerda Deve Propor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 
2008, pp. 93-104, 160-166.
O “experimentalismo institucional”. A invenção de novas instituições que 
possam aperfeiçoar a democracia representativa, a economia de mercado e a 
sociedade livre. A “temperatura” da política. Mecanismos de democracia dire-
ta. O poder constituído e o poder constituinte. A comunicação direta com “o 
povo”. Reformas tópicas e reformas amplas e permanentes. As limitações da 
teoria social. As consequências imprevistas e indesejadas de reformas. O pen-
samento de Burke e as revoluções americana e francesa. Reformas políticas.
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ROTEIRO DA AULA 16
Tema: Terceiro setor
Texto: Joaquim Falcão, Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janei-
ro: FGV, 2004, pp. 49-67.
O que significa a expressão “democracia concomitante”? Como podemos so-
mar os aspectos positivos da democracia direta e da representativa? Variações nas 
taxas de participação. A participação nos períodos eleitorais. A participação fora 
das eleições. Como se organiza a sociedade civil? O chamado “terceiro setor”. O 
que fazem as ONGs? Aspectos positivos e negativos das ações das ONGs. Que 
outros instrumentos de ação política existem na sociedade civil? Estado, econo-
mia e sociedade no pensamento ocidental: quem manda em quem?
ROTEIRO DA AULA 17
Tema: A república
Texto: Bolívar Lamounier, Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 
1999, pp. 9-12, 51-54, 11-123.
O papel político de Rui na organização da república brasileira. Constru-
ção de instituições democráticas. Do liberalismo clássico ao social. As ideo-
logias do Estado forte. Oliveira Vianna. As oligarquias na República Velha. 
A revolução de 30. O Estado Novo. A II Guerra Mundial e a FEB. A rede-
mocratização.
ROTEIRO DA AULA 18
Tema: 1964
Textos: Boris Fausto, História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001, 
pp. 251-310 (especialmente 251-261, 283-286, 306-310). Do 
mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 
457-515. Alternativamente, Adriana Lopez e Carlos Guilherme 
Motta, História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Editora 
SENAC, 2008, capítulo 28.
A Guerra Fria. A radicalização política. O enfraquecimento do centro de-
mocrático. A quebra do regime democrático. O autoritarismo civil-militar. 
A ausência do ditador. A abertura, a transição e a redemocratização. Brasil, 
Argentina, Chile e Uruguai: semelhanças e diferenças.
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ROTEIRO DAS AULAS 19, 20 E 21
Tema: Reforma política
Textos: Bolívar Lamounier, Da Independência a Lula: dois séculos de po-
lítica brasileira. São Paulo: Augurium, 2005, pp. 133-135, 235-
260, 284-288; Fábio Wanderley Reis, “Engenharia e Decantação”. 
In: Maria Vitória Benevides, Paulo Vanuchi e Fábio Kerche, orgs. 
Reforma Política e Cidadania. São Paulo: Editora Fundação Per-
seu Abramo/Instituto Cidadania, 2003, pp. 20-32; e Wanderley 
Guilherme dos Santos, Décadas de Espanto e uma Apologia Demo-
crática. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, pp. 121-144. Do mesmo 
autor: O Paradoxo de Rousseau: uma interpretação democrática da 
vontade geral. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, pp. 7-10, 45-48.
Parlamentarismo, presidencialismo e governabilidade. Fragmentação partidá-
ria: formaçãode maiorias parlamentares e os seus custos. Executivo e Legislati-
vo: medidas provisórias. Sistemas eleitorais distrital e proporcional; proporcional 
aberto e de lista fechada. A representação das minorias. Consultas populares. A 
internet e a democracia virtual. A federação e a representação na Câmara dos 
Deputados e no Senado. Financiamento público de campanhas. Voto facultativo. 
Fidelidade partidária. Cláusula de barreira. Coligações em eleições proporcionais, 
etc. Custos e benefícios das mudanças. Os limites da engenharia política.
ROTEIRO DAS AULAS 22, 23 E 24
Tema: Judiciário e democracia
Textos: Rogério Bastos Arantes, “Judiciário: entre a justiça e a política”. 
In: Lúcia Avelar e Antônio Octávio Cintra, orgs. Sistema Político 
Brasileiro. Rio de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer; São Pau-
lo: UNESP, 2004, pp. 79-108; Ingeborg Maus, “Judiciário como 
superego da sociedade. São Paulo: Novos Estudos CEBRAP, nº 58, 
novembro 2000, pp. 183-202; e M. Machado, “Raízes do contro-
le externo do Judiciário”. Monitor Público, nº 8, 1996, pp. 5-9.
Locke, Montesquieu e os Federalistas: variações sobre o tema da separação de 
poderes. O Conselho Nacional de Justiça e a fiscalização do Judiciário. A judi-
cialização da política, a politização do Judiciário, o ativismo judicial e a demo-
cracia. Fundamentação e limites da legitimidade do Judiciário em um Estado 
democrático de direito. Conflito de poderes e a Corte Constitucional de Kelsen.
(A relação completa das perguntas, em torno de cem, consta do programa 
utilizado pelos alunos.)
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LEANDRO MOLHANO RIBEIRO
Graduado em Ciências Sociais pela UFMG(1997), mestre (1999) e dou-
tor (2005) em Ciência Política pelo IUPERJ. Professor da Escola de Direi-
to Rio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Direito Rio).Realiza pesquisas 
nas seguintes áreas: Política e Direito, Políticas Públicas e Análise do 
Processo Decisório.
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FICHA TÉCNICA
Fundação Getulio Vargas
Carlos Ivan Simonsen Leal
PRESIDENTE
FGV DIREITO RIO
Joaquim Falcão
DIRETOR
Sérgio Guerra
VICE-DIRETOR DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Rodrigo Vianna
VICE-DIRETOR ADMINISTRATIVO
Thiago Bottino do Amaral
COORDENADOR DA GRADUAÇÃO
André Pacheco Teixeira Mendes
COORDENADOR DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
Cristina Nacif Alves
COORDENADORA DE ENSINO
Marília Araújo
COORDENADORA EXECUTIVA DA GRADUAÇÃO

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