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Direito Civil - Parte 2

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Direito Civil – Resumo n1 
 
FATO JURÍDICO 
Fato jurídico em sentido amplo: 
É todo acontecimento da vida que é 
relevante para o direito. 
Espécies: 
Fatos naturais: acontecem por 
manifestações da natureza, se 
dividem em: 
 Ordinários: como 
nascimento e a morte, 
constituem um termo inicial 
e um final. 
 Extraordinários: de força 
maior, como terremoto, 
raios ... 
Fatos humanos: são as ações 
humanas que criam, transferem ou 
extinguem direitos. 
 Licitos: produzem efeitos 
jurídicos queridos pelo 
agente, praticados de acordo 
com o ordenamento 
jurídico. 
o Ato jurídico em 
sentido estrito: a 
ação não se baseia 
na vontade, mas na 
intenção, como 
pescar um peixe e 
se tornar dono 
dele. 
o Negócio jurídico: a 
ação humana tem 
um fim, como 
comprar e vender 
algo, depende da 
vontade. 
o Ato fato jurídico: é 
considerada a 
consequência do 
ato, sem levar em 
conta vontade de 
praticá-lo. 
 
 Ilícitos: produzem efeitos 
jurídicos involuntários, ao 
invés de direito criam 
deveres. 
NEGÓCIO JURÍDICO 
É o ato jurídico com finalidade 
negocial, ou seja, com o intuito de 
criar, modificar, conservar ou 
extinguir direitos. 
"A vontade é pressuposto básico do 
negócio jurídico e é imprescindível 
que se exteriorize. 
Aquisição de direitos: 
a) Originária: sem 
qualquer interferência do 
anterior titular. Ocorre, por 
exemplo, na ocupação de 
coisa sem dono. 
b) Derivada: decorre 
de transferência feita por 
outra pessoa. O direito é 
adquirido com todas as 
qualidades ou defeitos do 
título anterior, visto que 
ninguém pode transferir 
mais direitos do que tem., 
relação entre o sucessor e o 
sucedido. 
c) Gratuita: quando 
só o adquirente ganha 
vantagem, como acontece 
na sucessão hereditária. 
d) Onerosa, quando 
se exige do adquirente uma 
contraprestação, 
possibilitando a ambos os 
contratantes benefícios, 
como ocorre na compra e 
venda, na locação etc. 
A aquisição pode ser ainda: 
a) a título singular, que ocorre 
com bens determinados: em 
relação ao comprador, na 
sucessão inter vivos, e em 
relação ao legatário, na 
sucessão causa mortis; e 
b) a título universal, quando o 
adquirente sucede o seu 
antecessor na totalidade de 
seus direitos, como se dá 
com o herdeiro 
Classificação dos negócios jurídicos 
Os negócios jurídicos podem ser 
agrupados com diversidade de 
regimes, segundo vários critérios. 
Unilaterais, bilaterais e plurilaterais 
Quanto ao número de declarantes ou 
de manifestações de vontade 
necessárias ao seu aperfeiçoamento, 
os negócios jurídicos classificam-se 
em: 
Unilaterais: se aperfeiçoam com 
uma única manifestação de vontade, 
como ocorre no testamento, na 
procuração, na renúncia à herança, na 
promessa de recompensa etc. 
Subdividem-se em receptícios e não 
receptícios. 
Receptícios são aqueles em que a 
declaração de vontade tem de se 
tornar conhecida do destinatário para 
produzir efeitos. 
Não receptícios são aqueles em que o 
conhecimento por parte de outras 
pessoas é irrelevante, como se dá no 
testamento, na confissão de dívida 
etc. 
Bilaterais são os que se concluem 
com duas manifestações de vontade. 
Essa coincidência chama-se 
consentimento mútuo ou acordo de 
vontades, que se verifica nos 
contratos em geral. 
Subdividem-se em bilaterais simples 
e sinalagmáticos. 
Bilaterais simples são aqueles em 
que somente uma das partes obtém 
vantagens, enquanto a outra arca com 
os deveres, como ocorre na doação 
Sinalagmáticos são aqueles em que 
há troca de direitos e obrigações, 
estando as partes em situação de 
igualdade. São os que dão deveres e 
vantagens recíprocos, como na 
compra e venda e na locação. 
Plurilaterais são os contratos que 
envolvem mais de duas partes, como 
o contrato de sociedade com mais de 
dois sócios e os consórcios de bens 
móveis e imóveis. Decorrem de 
decisões da maioria, como sucede 
nas deliberações societárias, nas 
resultantes de assembleia geral de 
Para diferenciar Ato jurídico do 
Negócio jurídico 
No ato jurídico o efeito depende da 
vontade do agente (contratos, 
testamentos), a vontade é simples 
(realizar ou não o ato), os efeitos são 
previstos em lei, já no negócio juridico, 
a vontade é qualificada (realizar ou não 
o ato e escolher o conteúdo/efeito do 
ato). 
 
 
Direito Civil – Resumo n1 
 
acionistas e dos credores que 
deliberam no processo de concurso. 
Gratuitos e onerosos, neutros e 
bifrontes 
Quanto às vantagens patrimoniais 
que podem produzir, os negócios 
jurídicos classificam-se em 
Negócios jurídicos gratuitos são 
aqueles em que só uma das partes 
recebe vantagens ou benefícios. . 
Nos onerosos ambos os contratantes 
recebem vantagens, impõem dever e 
ao mesmo tempo dá vantagens a 
ambas as partes. 
Os contratos onerosos subdividem-se 
em comutativos e aleatórios. 
 Comutativos são os de 
prestações certas e 
determinadas. As partes 
sabem as vantagens e os 
sacrifícios, que geralmente 
se equivalem. 
 Os contratos aleatórios, ao 
contrário, caracterizam-se 
pela incerteza, para as duas 
partes, sobre as vantagens e 
sacrifícios. A perda ou lucro 
depende de um fato futuro e 
imprevisível.. 
Todo negócio oneroso é bilateral, 
porque a prestação de uma das 
partes envolve uma contraprestação 
da outra. Mas nem todo ato bilateral 
é oneroso. Doação é contrato e, 
portanto, negócio jurídico bilateral, 
porém gratuito. 
Negócios neutros: Se caracterizam 
pela destinação dos bens, têm por 
finalidade a vinculação de um bem, 
como o que o torna indisponível pela 
cláusula de inalienabilidade e o que 
impede a sua comunicação ao outro 
cônjuge, mediante cláusula de 
incomunicabilidade. 
Bifrontes: são os contratos que 
podem ser onerosos ou gratuitos, 
segundo a vontade das partes, como 
o mútuo, o mandato, o depósito. A 
conversão só se torna possível se o 
contrato é definido na lei como 
negócio gratuito, pois a vontade das 
partes não pode transformar um 
contrato oneroso em benéfico. 
Nem todos os contratos gratuitos 
podem ser convertidos em onerosos 
por convenção das partes. A doação e 
o empréstimo, por exemplo, ficariam 
desfigurados, se tal acontecesse, pois 
se transformariam, respectivamente, 
em venda e locação 
Inter vivos e mortis causa 
Levando-se em conta o momento da 
produção dos efeitos os negócios 
jurídicos dizem-se: 
 Inter vivos destinam-se a 
produzir efeitos desde logo, 
estando as partes ainda 
vivas, como a promessa de 
venda e compra, a locação. 
 Mortis causa são os 
negócios destinados a 
produzir efeitos após a 
morte do agente, como 
ocorre com o testamento. 
O seguro de vida, ao contrário do que 
possa parecer, é negócio inter vivos, 
em que o evento morte funciona 
como termo. 
Os negócios jurídicos mortis causa 
são sempre nominados ou típicos. 
Ninguém pode celebrar senão os 
definidos na lei e pelo modo como os 
regula. 
Principais e acessórios. Negócios 
derivados 
 Principais são os que têm 
existência própria e não 
dependem, da existência de 
qualquer outro, como a 
compra e venda, a locação, 
a permuta etc. 
 Acessórios são os que têm 
sua existência dependente à 
do contrato principal, como 
se dá com a cláusula penal, 
a fiança. 
 Negócios derivados ou 
subcontratos são os que têm 
direitos estabelecidos em 
outro contrato, denominado 
básico ou principal. Têm em 
comum comos acessórios o 
fato de que ambos são 
dependentes de outro. Nessa 
espécie de acordo, um dos 
contratantes transfere a 
terceiro, sem se desvincular, 
a utilidade correspondente à 
sua posição contratual. O 
locatário, por exemplo, 
transfere a terceiro os 
direitos que lhe assistem, 
mediante a sublocação. O 
contrato de locação não se 
extingue. E os direitos do 
sublocatário terão a mesma 
extensão dos direitos do 
locatário, que continua 
vinculado ao locador. 
Solenes (formais) e não solenes (de 
forma livre) 
 Solenes são os negócios que 
devem obedecer à forma 
prescrita em lei para se 
aperfeiçoarem. Quando a 
forma é exigida como 
condição de validade do 
negócio, este é solene, isto 
é, constitui a própria 
substância do ato, como a 
escritura pública na 
alienação de imóvel acima 
de certo valor. 
 Não solenes são os 
negócios de forma livre. 
Basta o consentimento para 
a sua formação. Como a lei 
não reclama nenhuma 
formalidade para o seu 
aperfeiçoamento, podem ser 
celebrados por qualquer 
forma, inclusive a verbal. 
Simples, complexos e coligados 
Quanto ao número de atos 
necessários, classificam-se os 
negócios jurídicos em simples, 
complexos e coligados. 
 Simples são os negócios que 
se constituem por ato único. 
 Complexos são os que 
resultam da união de vários 
atos sem eficácia 
independente. Compõem-se 
de várias declarações de 
vontade, que se completam, 
emitidas pelo mesmo 
sujeito, ou diferentes 
sujeitos, para a obtenção dos 
efeitos pretendidos na sua 
unidade. 
Direito Civil – Resumo n1 
 
 Complexidade objetiva 
quando várias declarações 
de vontade, que se 
completam, são emitidas 
pelo mesmo sujeito tendo 
em vista o mesmo objeto. 
 Complexidade subjetiva: 
inumeras declarações de 
diferentes sujeitos, com uma 
única causa, mas podendo 
ser emitidas contemporânea 
ou sucessivamente . 
Dispositivos e obrigacionais 
Tendo-se em conta as modificações 
que podem produzir, os negócios 
jurídicos distingem-se em: 
 Dispositivos: os utilizados 
pelo titular para alienar, 
modificar ou extinguir 
direitos. 
 Obrigacionais: os que, por 
meio de manifestações de 
vontade, geram obrigações 
para uma ou para ambas as 
partes, possibilitando a uma 
delas exigir da outra o 
cumprimento de 
determinada prestação, 
como sucede nos contratos 
em geral. 
Negócio fiduciário e negócio 
simulado 
Negócio fiduciário é aquele em que 
o fiduciante, “transmite um direito ao 
fiduciário, que se obriga a devolver 
esse direito ao patrimônio do 
transferente ou a destiná-lo a outro 
fim”. Ocorre quando alguém 
transmite a propriedade de um bem 
com a intenção de que o adquirente o 
administre, obtendo dele o 
compromisso, por outro negócio 
jurídico de caráter obrigacional, de 
lhe restituir o bem vendido. Possui 
duas fases. 
 Na primeira, ocorre 
verdadeiramente a 
transmissão de um direito 
pertencente ao fiduciante. 
 Na segunda, o adquirente 
fiduciário se obriga a 
restituir o que recebeu, ou 
seu equivalente. 
 
Esses negócios compõem-se de dois 
elementos: a confiança e o risco. A 
transmissão da propriedade, quando 
feita ao fiduciário para fins de 
administração, é verdadeira. Tanto 
que, se o fiduciário recusar-se a 
restituir o bem, caberá ao fiduciante 
somente contestar. 
Elementos do Negócio Jurídico 
 Elementos essenciais: são 
os estruturais, 
indispensáveis à existência 
do ato e que lhe formam a 
substância: a declaração de 
vontade nos negócios em 
geral. 
o Gerais: são 
comuns a todos os 
negócios, como a 
declaração de 
vontade, por 
exemplo. 
o Particulares: são 
peculiares a certas 
espécies, como a 
coisa, o preço e o 
consentimento. 
 Elementos naturais: são as 
consequências ou efeitos 
que da própria natureza do 
negócio. 
 Elementos acidentais: 
determinações que as partes 
podem adicionar ao 
negócio, para modificar 
alguma de suas 
consequências naturais, 
como a condição, o termo e 
o encargo ou modo (CC, 
arts. 121, 131 e 136). 
Requisitos de existência 
Os requisitos de existência do 
negócio jurídico são os seus 
elementos estruturais. São eles: a 
declaração de vontade, a finalidade 
negocial e a idoneidade do objeto. 
Faltando qualquer deles, o negócio 
inexiste. 
Declaração de vontade 
A vontade é pressuposto básico do 
negócio jurídico e é indispensável 
que se manifeste. Somente a vontade 
exposta é considerada, a que 
permanece interna, como acontece 
como a reserva mental. A declaração 
de vontade é, o instrumento da 
manifestação da vontade. 
A manifestação da vontade pode ser: 
 Expressa: se realiza por 
meio da palavra, falada ou 
escrita, e de gestos, sinais 
ou mímicas, de modo 
explícito, possibilitando o 
conhecimento imediato da 
intenção do agente. 
 Tácita é a declaração da 
vontade que se revela pelo 
comportamento do agente. 
Pode-se, com efeito, 
comumente, deduzir da 
conduta da pessoa a sua 
intenção. 
 Presumida: é a declaração 
não realizada expressamente 
mas que a lei deduz de 
certos comportamentos do 
agente. 
----------------------------
O silêncio nada significa, por 
constituir total ausência de 
manifestação de vontade e, como 
tal, não produzir efeitos. 
--------------------------- 
Reserva mental 
 
Quando um dos declarantes oculta a 
sua verdadeira intenção, isto é, 
quando não quer um efeito jurídico 
que declara querer. Tem por objetivo 
enganar o outro contratante ou 
declaratário. a reserva mental 
desconhecida da outra parte é 
irrelevante para o direito. 
Finalidade negocial 
 
É o propósito de adquirir, conservar, 
modificar ou extinguir direitos, sem 
essa intenção, a manifestação de 
vontade pode desencadear 
determinado efeito, preestabelecido 
no ordenamento jurídico, praticando 
o agente, então, um ato jurídico em 
sentido estrito; 
---------------------------- 
O objeto jurídico deve ser idôneo, 
isto é, deve apresentar os requisitos 
ou qualidades que a lei exige para 
que o negócio produza os efeitos 
desejados. 
---------------------------- 
 
 
Requisitos de existência 
Os requisitos de existência do 
negócio jurídico são os seus 
elementos estruturais. São eles: a 
declaração de vontade, a finalidade 
negocial e a idoneidade do objeto. 
Faltando qualquer deles, o negócio 
inexiste. 
 
Direito Civil – Resumo n1 
 
Requisitos de validade 
 
“Art. 104. A validade do negócio 
jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, 
determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa 
em lei”. 
 
Capacidade do agente: é a 
capacidade de fato ou de exercício, 
necessária para que uma pessoa 
possa exercer, por si só, os atos da 
vida civil. 
 
Incapacidade: é a restrição legal ao 
exercício da vida civil e pode ser de 
duas espécies: 
 Absoluta: a proibição total 
do exercício, do direito. 
 Relativa: acarreta a 
anulabilidade do ato, salvo 
em hipóteses especiais, e 
também quando o incapaz é 
assistido por seu 
representante legal. 
---------------------------- 
A declaração de vontade é 
elemento necessário à existência do 
negócio jurídico, enquanto a 
capacidade é requisito necessário à 
sua validade e eficácia, bem como 
ao poder de disposição do agente. 
---------------------------- 
 
Objeto lícito, possível, determinado 
ou determinável 
A validade do negócio jurídico 
requer ainda: Objeto lícito é o que não vai 
contra a lei, a moral ou os 
bons costumes. Objeto 
jurídico, objeto imediato ou 
conteúdo do negócio é 
sempre uma conduta 
humana e se denomina 
prestação: dar, fazer ou não 
fazer. Objeto material ou 
mediato são os bens ou 
prestações sobre os quais 
incide a relação jurídica 
obrigacional. 
 
O objeto deve ser, também, possível. 
Quando impossível, o negócio é 
nulo. A impossibilidade do objeto 
pode ser física ou jurídica. 
 
 Impossibilidade física é a 
que surge de leis físicas ou 
naturais. Deve alcançar a 
todos, sem distinção, por 
exemplo, a que impede o 
cumprimento da obrigação 
de colocar toda a água dos 
oceanos em um copo 
d’água. 
 A impossibilidade jurídica 
do objeto ocorre quando o 
ordenamento jurídico 
proíbe, expressamente, 
negócios a respeito de 
determinado bem, como a 
herança de pessoa. A 
ilicitude do objeto é mais 
ampla, pois abrange os 
contrários à moral e aos 
bons costumes. 
---------------------------- 
O objeto do negócio jurídico deve 
ser, igualmente, determinado ou 
determinável (indeterminado 
relativamente ou suscetível de 
determinação no momento da 
execução). 
---------------------------- 
 
Forma 
 
Deve ser a prescrita em lei, é em 
regra livre, classificada em: 
 
 Forma livre: É 
qualquer meio de 
manifestação da 
vontade, não imposto 
obrigatoriamente pela 
lei (palavra escrita ou 
falada, escrito público 
ou particular, gestos, 
mímicas etc.). 
 Forma especial ou 
solene: É a exigida pela 
lei, como requisito de 
validade de 
determinados negócios 
jurídicos. Em regra, a 
exigência de que o ato 
seja praticado com uso 
de determinada 
solenidade tem por 
finalidade assegurar a 
autenticidade dos 
negócios, garantir a 
livre manifestação da 
vontade, demonstrar a 
seriedade do ato e 
facilitar a sua prova. 
 
 Forma contratual: Os 
contratantes podem, 
mediante acordo, 
determinar que o 
instrumento público 
seja necessário para a 
validade do negócio. 
 
DA REPRESENTAÇÃO 
 
Espécies de representação 
 
A representação, assim, pode ser 
legal, como a deferida pela lei aos 
pais, tutores, curadores, síndicos, 
administradores, e convencional ou 
voluntária, quando decorre de 
negócio jurídico específico: o 
mandato. 
 
 Representação legal: supre 
a falta de capacidade do 
representado e tem caráter, 
sendo indelegável o seu 
exercício. 
 Representação 
convencional ou voluntária 
permite o auxílio de uma 
pessoa na defesa ou 
administração de interesses 
alheios.Essa modalidade de 
representação estrutura-se 
no campo da autonomia 
privada mediante a outorga 
de procuração, que é o 
instrumento do mandato 
pela qual uma pessoa 
investe outra no poder de 
agir em seu nome. 
 
Espécies de representantes 
 
 Legal: confere poderes para 
administrar bens e interesses 
alheios, como pais, em 
relação aos filhos menores, 
tutores. 
 Judicial; nomeado pelo 
juiz, para exercer poderes de 
representação no processo, 
como o inventariante, o 
síndico da falência, o 
administrador da empresa 
penhorada etc. 
 
 Convencional: é o que 
recebe mandato outorgado 
pelo credor, expresso ou 
tácito, verbal ou escrito com 
poderes nele expressos, 
podendo ser em termos 
gerais ou com poderes 
Direito Civil – Resumo n1 
 
especiais, como os de 
alienar, receber, dar 
quitação etc. 
 
DA CONDIÇÃO, DO TERMO E 
DO ENCARGO 
 
Condição: é o acontecimento futuro 
e incerto de que depende a eficácia 
do negócio jurídico. 
 
Elementos da condição 
 
Os requisitos ou elementos para que 
haja condição são: a voluntariedade, 
a futuridade e a incerteza. 
É necessário, portanto: 
a) que a cláusula seja 
voluntária; 
b) que o acontecimento a que 
se subordina a eficácia ou a 
resolução do ato jurídico 
seja futuro; 
c) que também seja incerto. 
 
Voluntariedade: as partes devem 
querer e determinar o evento, não se 
considera condição o evento futuro, 
ainda que incerto quanto ao 
momento, a cuja eficácia o negócio 
está subordinado, mas que decorra da 
sua própria natureza, como, por 
exemplo, a morte em relação ao 
testamento. 
Sem o evento morte este não tem 
eficácia. No entanto, não há qualquer 
alteração estrutural do negócio, pois 
a morte é intrínseca a esse modo de 
manifestação de última vontade. 
 
Futuridade: condição a ato futuro, 
que pode ou não ocorrer, como 
prometer um premio que talvez 
ganhe. 
 
Incerto: A incerteza não deve existir 
somente na mente da pessoa, mas na 
realidade. Deve ser incerteza para 
todos e não apenas para o declarante. 
 
Condição voluntária e condição 
legal 
 
 A condição voluntária é 
estabelecida pelas partes 
como requisito de eficácia 
do negócio jurídico. 
 A condição legal, é 
estabelecida por lei. São 
pressupostos do negócio 
jurídico e não verdadeiras 
condições, mesmo quando 
as partes de modo expresso 
lhes façam uma referência 
especial. 
 
Termo: é o dia ou momento em que 
começa ou se extingue a eficácia do 
negócio jurídico, podendo ter como 
unidade de medida a hora, o dia, o 
mês ou o ano. O termo pode ser de 
várias espécies. 
 Convencional: é o aposto 
no contrato pela vontade das 
partes. 
 Termo de direito é o que 
decorre da lei. E termo de 
graça é a dilação de prazo 
concedida ao devedor. 
Pode ser dividido em incerto, como 
no referido exemplo, e certo, quando 
se reporta a determinada data do 
calendário ou a determinado lapso de 
tempo. Há, também, termo inicial ou 
suspensivo e final ou resolutivo. 
-------------------------------- 
Termo não se confunde com 
prazo! 
-------------------------------- 
Prazo é o intervalo entre o termo a 
quo e o termo ad quem, ou entre a 
manifestação de vontade e o advento 
do termo, estando regulamentado nos 
arts. 132 a 134 do Código Civil. 
O prazo é certo ou incerto, conforme 
também o seja o termo. 
Os dias, como unidade de tempo, 
contam-se por inteiro, da meia-noite 
à meia-noite seguinte. Na contagem 
dos prazos, exclui-se o dia do 
começo e inclui-se o do vencimento 
(art. 132). Se este cair em feriado, 
“considerar-se-á prorrogado o prazo 
até o seguinte dia útil” (§ 1º). 
---------------------------- 
Os negócios jurídicos entre vivos, 
para os quais não se estabelece prazo, 
“são exequíveis desde logo”. A regra, 
entretanto, não é absoluta, como 
ressalva o art. 134, pois alguns atos 
dependem de certo tempo, seja 
porque terão de ser praticados em 
lugar diverso, seja pela sua própria 
natureza.

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