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NDAT - 12 - Servidor público

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SERVIDORES PÚBLICOS
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SERVIDORES PÚBLICOS
São os agentes públicos que mantém com o Estado vínculo de natureza profissional.
 
AGENTE PÚBLICO: conceito mais amplo para designar genérica e indistintamente os sujeitos que servem ao Poder Público como instrumentos de sua vontade ou ação, ainda quando o façam apenas ocasional ou episodicamente.
CLASSIFICAÇÃO:
1. Funcionário público: É o servidor que titulariza cargo público. Ingressa via concurso, é nomeado em caráter efetivo (permanente) e está sujeito ao regime estatutário, submetendo-se ao regime estatutário.
 
2. Empregado público: É o servidor que titulariza emprego púbico. Ingressa via concurso e sujeita-se ao regime celetista (não é o mesmo da iniciativa privada). Nas empresas públicas e sociedades de economia mista que exerçam atividade econômica, o regime é o celetista. 
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3. Contratado em caráter temporário: É o servidor que não titulariza cargo nem emprego, mas exerce função por tempo determinado, para atender situação de excepcional interesse público. Não ingressa por concurso, pois não há tempo hábil. Ex: Funcionário para combater epidemia de dengue. 
IMPORTANTE: Os agentes políticos em colaboração com o Estado (por delegação ou nomeação), embora sejam agentes públicos, não se enquadram em servidores públicos.
 Juízes e Promotores têm aspectos semelhantes com os funcionários públicos (titularizam cargo) e com os agentes políticos (exercem funções de governabilidade. Ex: Ministério Público pode fiscalizar outros poderes). Assim, são agentes políticos que titularizam cargos públicos exercendo funções de governabilidade. 
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I. AGENTE POLÍTICO (estatutário)
II.SERVIDOR ESTATAL (AD/AI)
Servidor Público (AD/ Autarq./ Fund. Pub.) 	
a) servidor titular de cargo público (estatutário) 
	b) servidor titular de emprego público (celetista)
2. Servidores das pessoas governamentais de direito privado (EP/SEM) - (celetista)
III. PARTICULAR EM ATUAÇÃO COLABORADORA COM O PODER PÚBLICO
CARGO PÚBLICO
- Conceito: é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor.
- Classificação: a) cargo em comissão; b) cargo efetivo; c) vitalício; d) de carreira; e) isolado
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CARGO PÚBLICO
- Provimento: ato que designa uma pessoa para titularizar um cargo público, que pode ser:
a) Provimento originário = Nomeação 
b) Provimento derivado =
	Vertical (promoção e transposição ou ascensão)
	Horizontal (transferência e readaptação)
	Reingresso (reintegração, recondução, reversão, 				 aproveitamento)
Os requisitos para o ingresso na Administração Pública estão previstos no Estatuto dos servidores públicos da União (art. 5º da Lei 8112/90):
Nacionalidade brasileira
-Gozo dos direitos políticos 
-Quitação com as obrigações militares e eleitorais
-Nível de escolaridade exigido para o exercício da função pública
-Idade mínima de 18 anos
-Aptidão física e mental
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A investidura em cargo (regime estatutário) ou emprego público (regime celetista) depende de aprovação prévia em concurso público de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego na forma prevista em lei. 
 
Estão presentes os princípios da impessoalidade, isonomia e moralidade. 
Provas e títulos: O concurso não pode ser feito apenas em títulos, assim deve ser realizado com base em provas ou provas e títulos; O administrador deve demonstrar a correspondência das provas e títulos com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego.
Investiduras: A exigência do concurso público não se restringe tão somente a primeira investidura (originária), mas também para as investiduras derivadas (princípio da eficiência).
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Deficiente: O deficiente também deve prestar concurso público, submetendo-se à mesma prova e à mesma nota de corte, porém como há uma discriminação no mercado do trabalho, irão concorrer entre si (Princípio da impessoalidade e da isonomia).
Edital: As exigências de ingresso só podem ser feitas por lei que regulamenta a carreira, assim o edital pode no máximo, reproduzir a lei. Se criar novas exigências ferirá o princípio da separação dos poderes.
Publicidade: O concurso público não pode ter nenhuma fase sigilosa. Assim, o candidato tem que ter direito a acessar a sua prova, a saber quais motivos levaram à desclassificação (garante-se o contraditório e ampla defesa). 
Prazo de validade do concurso: “O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período” (art. 37, III da CF).  A prorrogação é uma faculdade do Poder Público. 
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Exceções:
O ingresso na Administração não se dá por concurso público nas seguintes hipóteses:
Cargos em comissão: Tais cargos são de livre nomeação e exoneração, pois têm por base a confiança (art. 37, II da CF). A lei que regulamenta a carreira dirá quais os cargos que dependem de concurso e quais são de livre nomeação e exoneração.
Contratações temporárias (art. 37 IX CF): Em situações de excepcional interesse público (situações imprevisíveis), a Administração contrata por prazo certo e determinado. Ex: Funcionário para combater epidemia de dengue. 
c) Membros do Tribunal de Contas: O Tribunal de Contas auxilia o Legislativo no controle externo das contas do Executivo (art. 71 da CF).
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d) Membros do Supremo Tribunal Federal: “Os ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal” (art. 101, parágrafo único da CF).
e) Quinto constitucional no caso dos advogados: Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto por advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de reapresentação da respectiva classe (art. 94 da CF).
 
O Reingresso pode ser:
a) reintegração – é a recondução do servidor ao mesmo cargo de que fora demitido, com o
pagamento integral dos vencimentos e vantagens do tempo em que esteve afastado, uma vez reconhecida a ilegalidade da demissão em decisão judicial ou administrativa. Se o cargo estiver sido extinto o servidor ficará em disponibilidade remunerada - art. 28, Lei 8112/90
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b) recondução – o servidor estável retorna ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de
inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou de reintegração do anterior ocupante - art.
29 da Lei 8.112/90.
c) reversão - ocorre o retorno do inativo (aposentado) ao mesmo cargo ou ao cargo resultante de sua transformação ou simplesmente ao serviço, como excedente (na terminologia da lei), se o antigo cargo estiver provido, quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da
aposentadoria - art. 25 a 27 da Lei 8.112/90.
d) aproveitamento – é o retorno obrigatório à atividade do servidor em disponibilidade, em cargo de atribuições e remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado - art. 30 e 31, da Lei 8.112/90.
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Estabilidade é a garantia atribuída ao servidor que assegura sua permanência no serviço, desde que preenchidos os requisitos previstos na lei. 
 
Assim, extinção do cargo ou declaração de disponibilidade não exclui o servidor da Administração. “Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço até seu adequado aproveitamento em outros cargos” (art. 41, §3º da CF).
 
Requisitos para adquirir estabilidade 
“São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público” (art. 41 da CF). Ou seja:
- Nomeação em caráter efetivo (permanente).
- Nomeação precedida de concurso público. 
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-Nomeação para cargo: Somente aquele submetido ao regime estatutário tem estabilidade. Há quem afirme que também há estabilidade para quem titulariza emprego público (regime celetista), pois ele ingressa por concurso público.
-Estágio probatório de 3 anos: Estágio probatório é o período de tempo no qual a Administração averigua a eficiência do servidor na prática. -Aprovação em avaliação de desempenho: “Como condição para aquisição da estabilidade é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade” (art. 41, §4º da CF). A avaliação de desempenho será realizada conforme lei complementar que ainda não foi editada.
Estabilidade não se confunde com vitaliciedade, que é a garantia de permanência no cargo. Exige os mesmos requisitos da estabilidade, com exceção do prazo de estagio probatório, que na vitaliciedade é de 2 anos. As carreiras que dão direito a vitaliciedade estão apontadas expressamente na Constituição Federal, tais como Magistratura, Ministério Público, Tribunal de Contas.
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Desinvestidura de cargo público:
a) Demissão = punição, por meio de sentença judicial condenatória, transitada em julgado, com penalidade superior a um ano de prisão por qualquer crime funcional lato sensu ou por mais de quatro anos de prisão por crime comum, se assim se manifestar o juiz. Também pode ocorrer em função de processo administrativo disciplinar, com garantias da ampla defesa e do contraditório.
b) Exoneração = ato administrativo sem natureza de penalidade. Há 03 hipóteses de exoneração, todas aplicáveis sem processo disciplinar:
a pedido
mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, com ampla defesa, na forma de lei complementar ainda não existente, em que se garantirá o contraditório. 
quando for atingido limite com gastos de pessoal, com indenização, em que as carreiras típicas de Estado serão atingidas por último, conforme Lei Complementar nº 101, de 04/05/00, e Lei nº 9.801, de 14/06/99.
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Remuneração dos servidores:
a) Vencimentos ou Remuneração: Abrange o vencimento mais as vantagens (Ex: gratificação) adquiridas ao longo do tempo que poderão ou não incorporar no vencimento. Vencimento é a retribuição pecuniária percebida pelo servidor pelo exercício de um cargo público.
b) Subsídio: É a remuneração percebida por Membro de Poder; Detentor de mandato eletivo, Ministros de Estado e Secretários Estaduais e Municipais, em parcela única, vedada qualquer tipo de acréscimo financeiro. 
A remuneração e o subsidio somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
 
A revisão na remuneração dos servidores só poderá ser feita por meio de lei e deve ser (para todos), anual (a cada 12 meses), na mesma data e sem distinção de índices (índice igual para todos). 
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TETO REMUNERATÓRIO (EC- 41/03)
a) UNIÃO - Ministros do STF
b) ESTADO E DF 
- para PE – Governador,
- para PL – Deputados Estaduais e Distritais,
- para PJ – Desembargadores do TJ (limite 90,25 do STF –
aplicável para MP, Procurad. e Defensores)
c) MUNICÍPIO - do Prefeito
ACUMULAÇÃO
- A regra geral proíbe a acumulação remunerada de cargos, exceto nas hipóteses autorizadas expressamente pela CF (art. 37, XVI e XVIII, CF):
a)Existência de compatibilidade de horários.
b)O resultado da acumulação não pode ser superior ao limite estipulado no art. 37, XI da CF.
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ACUMULAÇÃO
- A regra geral:
c)Que a acumulação recaia em uma das hipóteses que a Constituição Federal prescreve:
	Dois cargos de professor (art. 37, XVI, “a” da CF).
 	Um cargo de professor e outro, técnico ou científico (art. 37, XVI, “b” da CF).
	Dois cargos ou empregos privativos de profissional de saúde com profissões regulamentadas (art. 37, XVI, “c” da CF). Ex: Dois cargos de enfermeiros; Dois cargos de dentistas.
	Um de Juiz e outro de magistério (art. 95, parágrafo único, I da CF).
 	Um de Promotor e outro de magistério (art. 128, §5º, “d” da CF).
 Mandato eletivo - art. 38
a) federal, estadual distrital: Servidor ficará afastado do cargo, emprego ou função (art. 38, I da CF).
b) mandato de Prefeito: Servidor ficará afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração (art. 38, II da CF).
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ACUMULAÇÃO
 Mandato eletivo - art. 38
c) mandato de Vereador: Havendo compatibilidade de horários, poderá acumular. Se não houver não acumula, mas pode optar pela remuneração que lhe seja mais favorável (art. 38. III da CF).
APOSENTADORIA DOS SERVIDORES:
-Somente os servidores titulares de cargo efetivo que contribuíram com a seguridade social podem se aposentar (critério do tempo de contribuição). 
-Os que titularizam empregos, ou titularizem cargo em comissão, ou cargo temporário, irão se aposentar pelo regime geral de previdência (art. 40, §13 da CF).

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