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NDAT - 01 - Direito Tributario

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DIREITO TRIBUTÁRIO
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DIREITO TRIBUTÁRIO - HISTÓRICO
Tributário vem do latim tributarius, a, um, que é a pessoa que paga tributo.
Inicialmente o tributo era uma forma de homenagem dos homens aos deuses e líderes.
Os reis passaram a cobrar tributos, com o objetivo de sustentá-los, deixando de ser homenagem para ser obrigação.
Em 1215, ocorreu a célebre a luta dos barões contra João Sem Terra por causa da imposição de impostos especiais, que deu origem à Carta Magna na Inglaterra.
Em 1689, o Bill of Rights estabeleceu que os poderes de legislar e criar tributos seriam competência privada do Parlamento e não mais do monarca. 
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DIREITO TRIBUTÁRIO - HISTÓRICO
No Brasil, foram inicialmente aplicadas as leis fiscais portuguesas, sendo:
Quinto: a cobrança da quinta parte cobrada dos metais e pedras preciosas;
Décimo: a cobrança da décima parte do pescado e das colheitas;
Siso: a cobrança por cabeça de índio tornado escravo.
A independencia do Estados Unidos (1776) ocorreu devido aos impostos excessivos cobrados pela coroa britanica sobre o chá e açúcar.
A Inconfidencia Mineira (1789) foi fruto de excessiva cobrança do quinto sobre o ouro.
A Constituição Brasileira de 1891 estabeleceu a chamada divisão tributária entre os tributos da União e Estados-membros, e determinou que os tributos somente poderiam ser exigidos por lei.
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DIREITO TRIBUTÁRIO – PODER DO ESTADO
“O Estado é a sociedade política e juridicamente organizada, dotada de soberania, dentro de um território, sob um governo, para a realização do bem comum”. (MARTINS, 2009, p.13)
O Estado exige que o povo transfira parte de seus rendimentos para custear sua manutenção (repartições e funcionário públicos) e cumprir o seu objetivo básico, com fundamento na soberania e na previsão legal.
O poder de tributar do Estado é uma faculdade, irrenunciável e indelegável, que consiste em criar tributos e exigir seu pagamento daqueles sujeitos a sua soberania territorial.
O poder tributário é dividido no Brasil entre a União, Estados-membros, Distrito Federal e os Município.
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DIREITO TRIBUTÁRIO – DEFINIÇÃO E OBJETO
“É ramo do Direito que se ocupa das relações entre o FISCO e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécies, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra o abusos desse poder”. (MACHADO, 2005, p. 65)
Legislação Tributária  é o conjunto de regras jurídicas a respeito de tributos e suas relações.
OBJETO: delimitar o poder de tributar, que compreende a criação, arrecadação e fiscalização; bem como evitar os abusos no exercício deste poder. 
POSIÇÃO ENCICLOPÉDICA: É ramo do Direito Público Interno.
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DIREITO TRIBUTÁRIO – AUTONOMIA E FONTES
Para a teoria Monista o Direito Tributário pertence ao Direito Financeiro, não havendo separação entre eles.
Para a teoria Dualista o Direito Tributário é autônomo, separado do Direito Financeiro, pois este regula a atividade financeira do Estado incluindo todas as receitas não tributárias, o orçamento, o crédito público e a despesa pública; enquanto aquele regula a atividade financeira do Estado relativa à tributação.
FONTES MATERIAIS  fatores sociais, psicológicos, economicos, históricos etc.
FONTES FORMAIS  constituição, leis, decretos, atos do Poder Executivo. O tributo não pode ser exigido com base nos costumes.
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DIREITO TRIBUTÁRIO - FONTES
Constituição Federal de 1988  rege o Sistema Tributário Nacional nos arts. 145 a 162. É a Lei Maior que dá as características básicas de todos os tributos, orientando a criação, modificação e extinção das normas infraconstitucionais. Toda a norma tributária será interpretada à luz da CF/88.
Leis Ordinárias  são produzidas pelo Poder Legislativo da união, Estados, DF e Municípios, sendo o veículo básico de instituição, modificação e extinção de tributos. Ex: Lei de execução Fiscal nº 6.830/1980.
Lei Complementar  a LC tem a função de veicular norma nacional a qual se subordinam todos os entes federados (art. 146). Ex: Código Tributário Nacional, é lei complementar embora aprovado como lei ordinária nº 5.712/1966. 
Existem casos em que a CF/88 exige este determinado tipo de lei para instituição, alteração e extinção de determinados tributos federais. Ex: empréstimos compulsórios, IGF, IResidual e outras contribuições sociais do art. 195.
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DIREITO TRIBUTÁRIO - FONTES
Decreto Legislativo  tratados, convenções ou atos internacionais relacionados a matéria tributária aprovados pelo Congresso Nacional e promulgados por decreto do Presidente da República.
Medidas Provisórias  o art. 62 da CF/88 permite a instituição e majoração de impostos, exceto o II, IE, IPI, IOF e os extraordinários, mas somente se pode exigir seus efeitos no exercício financeiro seguinte, se a MP for convertida em lei até o último dia do exercício que foi editada.
Resoluções do Senado  pode expedir resolução para fixar alíquotas máximas do ITCMD, definir alíquotas do ICMS (min e máx), e definir aliquotas mínimas do IPVA.
Decretos  editado pelo chefe do Executivo pode disciplinar, prazo e data de pagamento, local, formulários, forma do recurso adm. Etc.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA envolve:
Um sujeito ativo = credor = Estado
Um sujeito passivo = devedor = contribuinte
Um objeto: prestação = tributo
VÍNCULO OBRIGACIONAL  LEI  HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA  FATO GERADOR
VIGÊNCIA TERRITORIAL DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: as normas tributárias se aplicam aos eventos ocorritos no território do respectivo ente político tributante, portanto no caso do IPI será em todo o território nacional, no caso do ISS no município.
VIGÊNCIA TEMPORAL DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: se a norma não indicar uma data determinada, será 45 dias após sua publicação, ou no primeiro dia do exercício seguinte no caso do art. 104 do CTN (Ex: aumentar imposto).
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DIREITO TRIBUTÁRIO
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA em regra será para fatos futuros, não atingindo as situações pretéritas (princípio da irretroatividade – art. 150 da CF). Ex: se o estado aumenta a aliquota do ICMS isso só atingirá futuras circulações de mercadoria, não sendo exigido com relação a venda ococrrida anterior.
Há casos em que a norma tributária se refere a fatos passados, como quando a norma sancionadora é mais benéfica ao contribuinte, na anistia etc. 
INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: quando nõa há disposição expressa, a autoridade competente pode user da analogia, princípios gerais de direito tributário (ex: não confisco), princípios gerais de direito público (ex: supremacia do poder público sobre o privado) e equidade (buscar a igualdade e a justiça na aplicação da lei no caso concreto).

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