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* * Universidade Federal de Santa Catarina Faculdade de Fármácia Departamento de Análises Clínicas * * Definição Artrite Reumatóide INFLAMATÓRIA SISTÊMICA CRÔNICA ETIOLOGIA DESCONHECIDA DANIFICA OS TECIDOS SINOVIAIS Vários Fatores * * Epidemiologia Prevalência: 0,5-1% dos adultos Mulheres: 2 a 3 vezes > homens Incidência > em mulheres até os 45 anos Componente genético significativo Área rural da Nigéria: 0 casos Tribos americanas nativas: 5% de prevalência * * Genética Papel significativo na determinação tanto no risco de desenvolvimento de AR quanto na gravidade da doença HLA-DR4 > risco de desenvolver AR Estudos populacionais sugerem que apenas 1/3 do risco genético da AR é explicado por genes localizados na região HLA * * Etiologia HLA-DR4 TABAGISMO CONTRACEPTIVOS ORAIS BACTÉRIAS (Mycoplasma) VÍRUS (EBV) * * Patogenia e Patologia TECIDO SINOVIAL: PRINCIPAL ALVO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO AUTO-IMUNE DA AR Células T Células B Macrófagos Células Sinoviais * * Patogenia e Patologia Proliferação de Tecidos Sinoviais (SINOVITE) Destruição da cartilagem e do osso, ou ruptura de tendões e ligamentos * * ARTRITE REUMATÓIDE NAS MÃOS DEFORMIDADE CAUSADA PELO PROCESSO INFLAMATÓRIO AVANÇADO * * ARTRITE REUMATÓIDE NAS MÃOS ARTRITE REUMATÓIDE AVANÇADA EDEMA NOS TENDÕES SOBRE AS SUPERFÍCIES DORSAIS DE AMBOS OS PUNHOS, DELINHAMENTO MUSCULAR GRAVE E DEFORMIDADE DOS DEDOS. * * Patogenia e Patologia RESPOSTA IMUNE CELULAR X RESPOSTA IMUNE HUMORAL TH1 M Ø APC SINÓVIA TNF-α IL-1 PROCESSO INFLAMATÓRIO SINOVIAL CITOCINAS LINFÓCITO B ANTICORPOS FATOR REUMATÓIDE ESTIMULAM * * Patogenia e Patologia * * Diagnóstico Não há um único achado clínico ou laboratorial que seja patognomônico da AR Diagnóstico: clínico, que exige um conjunto de achados na anamnese e no exame físico Manifestações articulares: fadiga, febre baixa e perda de peso Início da AR: dor, rigidez e/ou edema de várias articulações durante semanas a meses Raramente os pacientes apresentam características extra-articulares da AR antes que ocorram problemas na articulação * * Diagnóstico Os critérios 1 a 4 devem ser contínuos por 6 semanas ou mais e os critérios 2 a 5 devem ser observados por um médico. Para ser considerada AR, deve ser preenchidos de 4 a 7 critérios * * Diagnóstico Articulações envolvidas: iniciam em pequenas articulações das mãos e posteriormente se move para articulações maiores: punho, joelhos, cotovelos, tornozelos, quadris e ombros AR: presença do processo inflamatório , EDEMA E/OU CALOR, nas articulações RIGIDEZ MATINAL: característica fundamental da AR * * Diagnóstico Diferencial Diagnóstico na fase inicial da doença: importante para que os pacientes se beneficiem ao máximo das intervenções terapêuticas Doença ativa por anos: diagnóstico óbvio pela presença das deformidades e não são reversíveis com terapia Algumas doenças podem mimetizar a AR: síndromes virais * * Diagnóstico Diferencial - : ausente, + : presente, +/- : ocasionalmente presente * * Manifestações Clínicas Articulares * * Manifestações Clínicas Articulares * * Manifestações Clínicas Extra-articulares FATOR REUMATÓIDE * * Manifestações Clínicas Extra-articulares * * Características Laboratoriais Fator Reumatóide (FR): descoberto em 1930, está presete em 80% dos pacientes com AR, reconhece IgG como seu antígeno Presença do FR: está asociado com a doença articular mais grave e também a todas as manifestações extra-articulares da AR FR: é encontrado em associação em muitas outras doenças além da AR (processos crônicos) Auto-anticorpos: antinucleares(30%), anticitoplasmáticos neutrofílicos, particularmente do tipo perinuclear (30%) * * Características Laboratoriais ANEMIA: grau é proporcional à atividade da doença TROMBOCITOSE: comum, contagem de plaquetas retorna ao normal quando a inflamação é controlada VHS, PCR: andam em paralelo com a atividade da doença LEUCOGRAMA: elevado ou normal LIQUÍDO SINOVIAL: é caracerizado por contagens de leucócitos entre 5.000 e100.000/mm3, com predomínio de PMN * * Curso da Doença e Prognóstico AR: doença progressiva vitalícia que produz morbidade significativa na maioria dos pacientes e mortalidade prematura em muitos deles Longo prazo: 50% dos pacientes com AR tiveram que interromper suas atividades laborativas após 10 anos Os pacientes positivos para o FR são os que possuem pior prognóstico, com mais erosões e manifestações extra-articulares * * REAÇÃO DE WAALER-ROSE PROVA DO LÁTEX * * Diagnóstico Laboratorial É uma imunoglobulina, geralmente da classe IgM, capaz de reagir com o fragmento Fc de uma imunoglobulina G humana Cerca de 75% dos paciente com artrite reumatóide possuem FR positivo, caindo seus níveis com a remissão da doença, cuja a reativação é acompanhada pela ascensão de seus títulos Os pacientes com títulos de FR muito altos, evoluem para complicações viscerais e podem ter resposta Terapêutica insatisfatória FATOR REUMATÓIDE * * Reação de Waller-Rose MÉTODO: Reação de Hemaglutinação Indireta (Passiva) Princípio: Hemácias de carneiro sensibilizadas com anticorpo de coelho anti-hemácia de carneiro, HEMOLISINA, aglutinam em presença do fator reumatóide AMOSTRA: 1,0 mL de soro inativado, - jejum obrigatório 8h, líquido sinovial Materiais: Salina, Hemácias de carneiro lavadas, Hemolisina titulada a 2UH * * Reação de Waller-Rose Adsorção: Fazer adsorção de anticorpos heterófilos porque estes anticorpos hemaglutinam na presença de hemácias de carneiro. 0,4 mL de soro + 0,1 mL da “papa”de hemácias de carneiro Agitar e Incubar à temperatura ambiente por 40 minutos Centrifugar e usar o sobrenadante que estará isento de anticorpo heterófilo Durante o período de incubação preparar uma solução de hemácias de carneiro a 2% e o Sistema Hemolítico * * Reação de Waller-Rose DILUIÇÃO DA HEMOLISINA Ex.: 1UH --- 1/3000 2UH --- 1/1500 1.......................1500 X...................... 15mL (vol. de solução desejada). X= 0,01mL ou 10l de hemolisina em 15mL de salina. * * Reação de Waller-Rose PREPARAÇÃO DO SISTEMA HEMOLÍTICO 1 parte de Hemácias de Carneiro a 2% + 1 parte de Hemolisina a 2UH Incubar em B.M. 37°C por 15 minutos Exemplo: 5mL de hemácia de carneiro a 2% + 5mL de hemolisina 2UH * * Reação de Waller-Rose SÉRIE A1: HEMÁCIAS NÃO SENSIBILIZADAS SÉRIE B1: HEMÁCIAS SENSIBILIZADAS Série A1: adicionar 0,5mL se Hemácia de carneiro a 2% para verificar se houve absorção de anticorpos heterófilos Série B1: adicionar 0,5mL de Sistema Hemolítico. Incubação overnight. * * Reação de Waller-Rose EMISSÃO DO RESULTADO WAALER-ROSE Método: Hemaglutinação Indireta. Resultado: Soro reagente até diluição .... Valor de Referência: negativo * * leitura * * Reação de Waller-Rose INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO É uma reação menos sensível, porém mais específica do que a técnica do látex porque o FR dos pacientes com artrite reumatóide reage melhor com imunoglobulina de coelho, eliminando os casos de falso-positividade do látex. * * Prova do Látex É uma reação mais sensível, porém menos específica com títulos significativos acima de 1/80 Positivo em 85% dos pacientes com AR, 40% com LES e outras colagenose, na população em geral, 4% em idoso e outras patologias como malária, mononucleose, endocadite, lepra Deve-se sempre ser seguido do Waller-Rose, podendo encontrar látex positivo com Waller-Rose negativo e o inverso é improvável * * Prova do Látex Princípio: partículas de látex sensibilizadas e estabilizadas com gama globulina aglutinam macroscopicamente quando em contato com fatores reumatóides MÉTODO: Reação de Aglutinação em lâmina AMOSTRA: 0,5 mL de soro fresco ou conservado a -20oC – jejum obrigatório 8 h Interferentes: soro lipêmico, soro hemolisado * * Prova do Látex REAÇÃO QUALITATIVA 1 gota Controle Positivo + 1 gota reagente (50 l) 1 gota Controle Negativo + 1 gota reagente (50 l) 50 µl soro puro ou diluído + 1 gota reagente (50 l) Misturar e agitar com movimentos circulares por dois minutos. OBSERVAÇÃO: Após dois minutos podem aparecer aglutinações inespecíficas. O soro deve ser diluído ou não dependendo das instruções do Kit * * Prova do Látex REAÇÃO SEMI-QUANTITATIVA Proceder a diluição do soro de acordo com a bula do kit (salina). Transferir 50 L dos controles positivo e negativo, e as diluições para placa escura Adicionar 50 L de látex Misturar, homogeneizar por dois minutos e Ler Deve-se encontrar o título do soro e expressar o resultado em diluição ou concentração (UI/mL), que será obtida, multiplicando a recíproca do título encontrado pela sensibilidade do Kit , fornecendo, também, o valor de referência que será de acordo com o mesmo * * REAÇÃO SEMI-QUANTITATIVA 1. Proceder a diluição do soro de acordo com a bula do kit (salina). * * 50 L 1/8 1 gota reagente * * Prova do Látex EMISSÃO DO RESULTADO PROVA DO LÁTEX Método: Aglutinação em lâmina das partículas de látex. Resultado: ........UI/mL. Valor de Referência: valor da sensibilidade do kit * * outros testes laboratoriais Anticorpos Específicos 1. Fator Antiperinuclear (APF) Descrito em 1964, identificado nas células da mucosa bucal em diferenciação Os anticorpos FAP possuem alta sensibilidade (49-91%) e especificidade (73-99%) Não utilizado devido às incoveniencias da técnica: Imunofluorescência, e as células da mucosa oral humana são utilizadas como substrato-padrão para pesquisa do APF * * ANTICORPO APF: O padrão de fluorescência observado era caracterizado por grânulos citoplasmáticos fluorescentes, freqüentemente ao redor do núcleo (perinucleares). O antígeno reconhecido por esses auto-anticorpo foi denominado fator perinuclear IMUNOFLUORESCÊNCIA EM QUERATINÓCITOS ORAIS HUMANOS * * Anticorpos Específicos Anticorpo Anti-queratina (AKA) Descrito em 1979, esses anticorpos de ligam à estruturas que contém queratina, mas não reconhece as citoqueratinas Possui sensibilidade de 36-59%, e especificidade de 88-99%. Esses anticorpos são direcionados contra estruturas na camada córnea do esôfago de ratos. AKA reconhece a proteína filagrina e seu precursor, a profilagrina (proteína envolvida na organização do citoesqueleto) outros testes laboratoriais * * ANTICORPO ANTIQUERATINA (AKA) IMUNOFLUORESCÊNCIA EM ESÔFAGO DE RATO * * Anticorpos Específicos ANTICORPOS CONTRA PEPTÍDEOS CITRULINADOS CÍCLICOS (ANTI-CCP2) Peptídeos citrulinados, homólogos à filagrina ou a outras proteínas citrulinadas conhecidas, foram obtidos e incorporados ao teste Foram desenvolvidos testes sorológicos por ELISA para a detecção de anticorpos antipeptídeo citrulinado Apresenta excelente desempenho diagnóstico, ELISA permite a padronização comercial do método Esse teste possui excelente especificidade, cerca de 98,5% e sua sensibilidade é de 82% para o diagnóstico da AR, podendo ser utilizado em pacientes com doença precoce outros testes laboratoriais * * Anticorpos Específicos outros testes laboratoriais O SIGNIFICADO FISIOPATOLÓGICO DOS ANTICORPOS ANTIPROTEÍNAS CITRULINADAS NA ARTRITE REUMATÓIDE ENZIMA É ATIVADA QUANDO OCORRE MORTE CELULAR Essas proteínas CITRULINADAS expostas ao sistema imunológico,na sinóvia inflamada, podem levar a uma RESPOSTA IMUNOLÓGICA ESPECÍFICA Proteínas intracelulares (vimentina histonas) são CITRULINADAS e são extravazadas para o meio extracelular A enzima PADI pode extravazar e citrulinar proteínas extracelulares (fibrina) * * Tratamento O objetivo da terapia da AR é colocar a doença em remisão pela terapia continuada: possível em 20-35% dos pacientes As remissões exigem o uso contínuo de medicamentos TERAPIA: drogas antiinflamatórias não-esteroidais (DAINE), glicocorticóides, medicamentos anti-reumáticos modificadores da doença (MARMD) e MARMD biológicos Fisioterapia e terapia ocupacional são indicados * * Tratamento DAINEs Alívio sintomático, desempenham papel de menor importância no processo patológico Toxicidade gastrointestinal: aumentou a popularidade dos antiinflamatórios seletivos da ciclooxigenase-2 (COX-2) * * Tratamento GLICOCORTICÓIDES Papel significativo no tratamento da AR durante mais de meio século São úteis para a melhora sintomática e também diminuem significativamente a progressão radiográfica da AR Toxicidade no uso a longo prazo: exige uso correto * * Tratamento MEDICAMENTOS ANTI-REUMÁTICOS MODIFICADORES DE DOENÇA (MARMD) Grupo de medicamentos que têm a capacidade de modificar ou alterar o potencial incapacitante da AR: PADRÃO OURO Metotrexato, sulfassalazina, sais de ouro, antimaláricos, leflunomida, azatioprina, penicilamina e minociclina Levam de 2-6 meses para exercer o efeito máximo * * MARMD * * Tratamento MEDICAMENTOS ANTI-REUMÁTICOS MODIFICADORES DE DOENÇA BIOLÓGICOS (MARMD BIOLÓGICOS) Papel do TNF-α e IL-1 na AR? Uso de agentes biológicos direcionados à essas citocinas * * MARMD BIOLÓGICOS Tratamento * * OBRIGADA * * * *
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