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Processos Psicológicos: INTELIGÊNCIA Prof. Wagner Lemos de Souza. Conhecimento Geral • Ao longo dos tempos, a inteligência foi apresentada de diversas formas. A partir da capacidade das pessoas em se relacionarem com a lógica; abstração; conhecimento; memorização; controle das emoções; aprendizagem; capacidade de linguagem; planejamento; resolução dos problemas, etc. Conhecimento através da Psicologia • Diversas formas já foram instrumentalizadas para definir o que seria a inteligência. • A se tratar, a psicometria, como um dos métodos mais usados devido sua garantia científica, através dos testes psicológicos. • Então, a inteligência está associada as diversas capacidades que os indivíduos apresentam diante de atributos complexos que surgem em suas condições psíquica e externa. • Através das experiências os indivíduos se engajam nas variadas formas de raciocínio, tendo tudo isso implícito no pensamento. Com isso, um provável desempenho intelectual se apresenta em um contexto rico em símbolos e situações distintas. • Pois, a inteligência se apresenta justamente como a tentativa em clarear e organizar este conjunto complexo de informações, sensações e emoções. • Esta capacidade mental vai sempre envolver a habilidade em raciocinar, ao mesmo tempo em que, um planejamento ocorra – por exemplo na resolução dos problemas; pensando através das imagens mentais, que são os símbolos, pois, na maioria das vezes, independentemente dos graus de complexidade, somos intimados à resolver as coisas com rapidez, principalmente quando está em questão a experiência. • Não se trata exclusivamente de uma aprendizagem literária, ou uma habilidade estritamente acadêmica, como o talento em operacionalizar o conhecimento nas provas. Tem algo a mais, é a capacidade mais ampla e profunda na compreensão do mundo à sua volta, pegando as coisas no ar, percebendo seus sentidos e configurações. INTELIGÊNCIA E HABILIDADES COGNITIVAS: • A inteligência, enquanto uma habilidade mental não deve ser pensada isoladamente. Assim, a cognição contextualiza este fenômeno através de um processo utilizado pelo nosso cérebro que nos facilita pensar; aprender; e lembrar. • A habilidade cognitiva facilita o processamento na imensa quantidade de informações que nos cercam no decorrer do dia-a-dia, configurando nosso lugar de sujeito sócio-histórico. • Com isso, treinar o nosso cérebro é extremamente importante. E como faz isso? INTELIGÊNCIA E O COMPORTAMENTO ADAPTATIVO: • Visto que, o comportamento adaptativo contextualiza as habilidades sociais, práticas e conceituais que são aprendidas no decorrer do nosso desenvolvimento para responder comportamentalmente as exigências postas no dia-a-dia. • As habilidades sociais competem ao nossos relacionamentos sociais, no que diz respeito ao nosso envolvimento com um conjunto de regras empregadas. • As habilidades práticas contemplam a nossa autonomia perante as atividades que desenvolvemos em nossa vida, por exemplo: no processo de aprendizagem e formação; nas atividades laborais, etc. • As habilidades conceituais correspondem por exemplo com o envolvimento acadêmico, destacando as condições cognitivas-intelectuais e de linguagem, que contemplam a escrita, a leitura, e as explanações da fala. INTELIGÊNCIA E A HABILIDADE INTENCIONAL EM ORGANIZAR AS INFORMAÇÕES PARA ADQUIRIR NOVOS CONHECIMENTOS: • É uma habilidade metalinguística que ocorre devida a ocasionalidade da língua. Está associado ao nosso processo de aprendizagem por meio da alfabetização e da relação entre a mãe e o bebê, num conjunto das percepções maternas em relação à habilidade comunicativa intencional da criança. O efeito disso, é o que behaviorismo chama de comportamento imitativo. A IMITAÇÃO COMO UM PROCESSO DE CONSTRUÇÃO À INTELIGÊNCIA: • A inteligência é formada através das condições de linguagem; do meio social; dos níveis de informações que o indivíduo está imerso. Deste modo, podemos considerar o comportamento imitativo como uma premissa que legitima e contextualiza as interações acima. • Por meio do fenômeno imitativo observa-se o processo interacional da criança com o seu meio, no que diz respeito a imitação, e ao mesmo tempo em que, a inteligência como uma representação mental, se faz presente a partir da diferenciação eu e o Outro. A TEORIA DA INTELIGÊNCIA SEGUNDO JEAN PIAGET: JEAN PIAGET E A INTELIGÊNCIA • Piaget elaborou uma teoria percebendo a inteligência como processual, funcional, operativa, e adaptativa. • Com esses constructos, a inteligência enquanto uma habilidade mental, passa a ser representada como a ação do indivíduo diante de uma situação que sempre vai lhe exigir algo a mais. Portanto, não se trata apenas da capacidade de responder um conjunto de questões. Essa compreensão sobre a inteligência predomina até hoje como a mais significativa em plena modernidade. • Segundo Piaget, através desta nossa habilidade mental, “o principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram”. • Deste modo, a inteligência passar a ter uma função organizadora como uma espécie de homeostase num conjunto de ajustes que o indivíduo está sempre imerso nas duas esferas: interna e externa. OS PERÍODOS DE DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO E A INTELIGÊNCIA: • O período da inteligência sensório-motor inicia no nascimento até o segundo ano de vida. Ao nascer, a criança apresenta apenas reflexos inatos como, choro, sucção, movimentos da língua e corporais para responder aos estímulos. Pela repetição e exercício, esses reflexos serão aperfeiçoados e se tornarão em esquemas sensoriais- motores. • Algumas ações são feitas sem a intenção, porém os resultados agradam o bebê, ele repetirá esta ação até conseguir o mesmo resultado todas as vezes que desejar aquele efeito reproduzirá a mesma ação, criando-se os hábitos. Porém, com seu desenvolvimento, por volta dos oito meses, a criança passa a ter a intencionalidade das suas ações, quando pega a boneca que está a sua frente para abrir caminho até sua mãe. Até aqui a assimilação ocorre pela imitação de um modelo, e por volta do primeiro ano de vida que a criança passa a ensaiar novos meios para obter a resposta desejada, em meio a tantas sensações o bebê se sente perdido, pois é nesse período que ele começará a organizar e a discriminar essas sensações, bem como diferenciar seu corpo do mundo exterior, que no primeiro momento ele não consegue fazê-lo. Ao final do período ele terá atingido uma forma de equilíbrio e, terá desenvolvido recursos suficientes para resolver diversas situações. • O pré-operacional correspondido as idades de dois a sete anos, onde a criança estará desenvolvendo a linguagem, e isto a ajudará a formar esquemas simbólicos. Os esquemas sensoriais-motores não são suficientes para resolverem todas as situações impostas pelo meio, por isso a criança buscará novos meios para a solução. Neste momento a criança ainda é muito egocêntrica, e seu pensamento será caracterizado por uma mistura do real com a fantasia. Porém, ela desenvolverá uma capacidade de representações, por exemplo, fazer de um simples lápis um aviãozinho. Esse pensamento representativo, devido a sua capacidade simbólica, faz com que a criança perceba toda uma extensão de eventos, e não apenas um por um como no sensório-motor, por isso ela é capaz de lembrar do passado, representar o presente e antecipar o futuro utilizando-se das representações verbais. Em função do aparecimento da linguagem a criança dará início à socialização, desenvolvendo sentimentos interindividuais, como simpatia e antipatia,bem como uma afetividade interior. No estágio anterior, ela fazia movimentos utilizando-se da imitação dos adultos, nesta fase continua a imitação porém, da vida interior. A criança busca um “eu ideal”, tomando os adultos que a cercam como modelos. Outro aspecto importante desta fase é que a criança não sabe discutir, defender seu ponto de vista, apenas se limita a afirma-lo, porém, além de conversar com outras pessoas, ela fala consigo mesma verbalizando em voz alta suas atividades, fazendo assim, uma interiorização da palavra que é o pensamento propriamente dito • As operações concretas inicia dos sete aos doze anos de idade, pois a criança começa a frequentar a escola formal numa fase de muitos ganhos intelectuais. Nesta idade a criança torna-se capaz de cooperar com os colegas, pois não confunde o seu ponto de vista com o dos outros e consegue compreender o dos colegas, e também o egocentrismo estará diminuindo muito rápido. Ela passa a pensar antes de agir, dando início a um difícil processo chamado reflexão, que Piaget define como uma discussão interna, como se estivesse realmente falando com opositores reais. Começa a haver uma necessidade de comprovação empírica dos julgamentos. O fato de este período ter esse nome, não é por acaso, mas porque tudo deve ser concreto para a criança para que ela compreenda. Os números são símbolos compreendidos pela apresentação de objetos concretos, como varetas, palitinhos etc. O pensamento começa a ser interiorizado, sem a necessidade da fala como na fase anterior, por isso a criança vai conseguindo realizar operações mentais. É nesta idade que a criança desenvolverá um conceito utilizado por Piaget de conservação, quando ela consegue perceber que apesar de um copo ser mais largo que o outro e aparentar que o mais estreito possui mais água, o volume do líquido é o mesmo.
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