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* * Janaína Koelzer 16/04/2008 * * Definição FEBRE REUMÁTICA DOENÇA INFLAMATÓRIA Sequela tardia de infecções respiratórias STREPTOCOCOS do grupo A Dano às valvas cardíacas * * Etiologia Infecção prévia por organismos específicos: ESTREPTOCOCOS do grupo A nas vias aéreas superiores Estreptococos do grupo A: potêncial reumatogênico Fortemente capsulares: colônias mucóides em ágar-sangue Compartilham um epítopo exposto na superfície específica da molécula de proteína M IGM para este epítopo: presente na maioria dos pacientes * * Patogênese * * Patogênese Resposta Inflamatória do tecido conjuntivo: mecanismo desconhecido * * Patogênese Ausência de modelo animal: dificuldade em distinguir os mecanismos patogênicos da FR Danos aos tecidos: RESPOSTA INFLAMATÓRIA SEMELHANÇA ANTIGÊNICA ENTRE CONSTITUINTES SOMÁTICOS ENTRE ESTREPTOCOCOS A E TECIDOS HUMANOS (miosina) * * Patogênese FR AGUDA FR sem complicações Titulação de antic. para antígenos Estreptocócicos Reatividade celular exagerada ao antígeno Cardite Reumática Ativa: Linfócitos CD4 e a proporção CD4/CD8 nas valvas cardíacas e no sangue periférico Laminina: presente nas válvulas cardíacas e no endotélio e reconhecida pelas células T * * Patogênese Desenvolvimento da FR pode ser modulado através da constituição genética do hospedeiro * * Epidemiologia Se assemelha à da faringite estreptocócica Pico de incidência: 5 – 15 anos Casos primários e recorrentes em adultos Rara em crianças em crianças < de 4 anos Ambos os sexos * * Epidemiologia A freqüência com que a FR se desenvolve subseqüentemente à infecção respiratória por streptococos A não-tratada difere segundo a prevalência de linhagens altamente reumatogênicas na população e à epidemiologia Faringite exsudativa FEBRE REUMÁTICA Doença não-exsudativa branda FEBRE REUMÁTICA 1/3 dos casos ocorrem após infecções estreptocócicas assintomáticas COMUM INCOMUM * * Epidemiologia Pacientes com histórico de FR aguda: propensos a ataques recorrentes após uma infecção estreptocócica Risco de recorrência Risco de recorrência Idade Tempo transcorrido desde o último ataque reumático * * Epidemiologia Ocorre em todas as partes do mundo , sem predisposição racial Fator ambiental: superpovoamento Problema de saúde pública em países sub-desenvolvidos * * Patologia FR se caracteriza por LESÕES INFLAMATÓRIAS EXSUDATIVAS e proliferativas em tecidos conjuntivos Lesões iniciais: edema na lâmina basal, fragmentação das fibras de colágeno, infiltrados celulares e necrose fibrinóide * * Patologia Degeneração difusa e necrose das células musculares no CORAÇÃO Lesões inflamatórias perivasculares focais Nódulos de ASCHOFF Patognômonico da FR: área fibrinóide cercada por linfócitos, células plasmáticas e basofílicas * * Patologia Pericardite, miocardite e endocardite “Nódulo de MacCallum” (átrio esquerdo) Lesões valvares (pequenas verrugas) Artrite na FR aguda: exsudato fibrinoso Nódulos subcutâneos: necrose fibrinóide (histiócitos, fibroblastos, linfócitos e raros PMN) Estenose ou Insuficiência Valvar (Valva Mitral) * * Manifestações Clínicas FR: pode envolver vários sistemas, mas o CORAÇÃO, ARTICULAÇÕES, PELE e SNC são os mais envolvidos * * Manifestações Clínicas Cardite Poliartrite Coréia Nódulos subcutâneos Eritema marginado Artralgia Febre “Manifestações Maiores” “Manifestações Menores” * * Manifestações Clínicas Período de Latência: 1 – 5 semanas (19 dias) Freqüencia: varia conforme a idade * * Manifestações Clínicas ARTRITE Comprometimento das articulações (artralgia - artrite aguda incapacitante) Inchaço, calor, eritema, dor intensa Articulações maiores: joelhos, tornozelo, punho e cotovelos Líquido sinovial: PMN Desaparecimento espontâneo em 1 semana (2 – 3 semanas) * * Manifestações Clínicas * Pelo menos um dos sopros característicos está quase sempre presente na cardite reumática aguda CARDITE Endocárdio, miocárdio e pericárdio: pancardite verdadeira Capacidade de causar danos permanentes significativos ou óbito * * ECOCARDIOGRAMA EM PACIENTE COM DANO MODERADO NA VÁLVULA MITRAL, DEVIDO À CARDITE Área azul e amarela indicam onde ocorreu dano. * * Manifestações Clínicas CORÉIA DE SYDENHAM (CORÉIA MENOR, “DANÇA DE SÃO VITO”) Síndrome neurológica Freqüentemente ocorre desacompanhada de outras manifestações maiores Movimentos involuntários rápidos e sem propósito (face e extremidades) Os movimentos desaparecem durante o sono * * Manifestações Clínicas NÓDULOS SUBCUTÂNEOS Lesões subcutâneas indolores de aspecto firme que variam de tamanho Não apresenta inflamação Cotovelos, joelhos, punhos, vértebras torácica e lombares * * NÓDULO SUBCUTÂNEO NA FEBRE REUMÁTICA * * NÓDULOS SUBCUTÂNEOS NA FEBRE REUMÁTICA Nódulo subcutâneo em região cervical (cerca de 5 cm) Nódulos subcutâneos em braço esquerdo (5 cm) * * Manifestações Clínicas ERITEMA MARGINADO Maior parte dos casos: acompanado de cardite Associado a nódulos subcutâneos Persistência não significa mau prognóstico * * ERITEMA MARGINADO NA FEBRE REUMÁTICA * * Características Laboratoriais Nenhum exame laboratorial ESPECÍFICO é diagnóstico de FEBRE REUMÁTICA AGUDA Leucocitose ( PMN) Anemia normocítica e normocrônica) PCR e VHS Proteínas, leucócitos e hemácias na urina * * Características Laboratoriais Documentação de infecção recente por STREPTOCOCOS do grupo A Culturas de faringe devem ser feitas: positivo para uma minoria de casos Titulação da estreptolisina O: 80% dos pacientes com FR aguda Estreptolisina O + anti-Dnase B ou anti-hialuronidase: é encontrada em pelo menos 1 deles em 90% dos pacientes * * Evolução e Prognóstico FR aguda sem tratamento: 3 meses (até 6 meses em pacientes com cardite grave) < de 5% dos pacientes têm atividade reumática contínua por mais de 6 meses Em alguns pacientes a doença se limita à coréia, em outros há atividade inflamatória FEBRE REUMÁTICA CRÔNICA: ocorre com maior freqüência em pacientes que tiveram 1 ou mais episódios anteriores Comprometimento cardíaco grave * * CALCIFICAÇÃO DA VÁLVULA MITRAL Depois da regressão do episódio agudo pode haver seqüelas: Doença Cardíaca Reumática (cicatriz ou calcificação das valvas mitral e aórtica) * * Diagnóstico * * Tratamento Os antibióticos NÃO modificam a evolução de um episódio reumático nem influenciam o desenvolvimento subseqüente de cardite ANTIBIÓTICOS: utilizados para erradicar qualquer estreptococo reumatogênico do grupo A que permaneça nas amigdalas ena faringe PENICILINA G BENZATINA: preferível em pacientes não-alérgicos * * Tratamento ANTIINFLAMATÓRIOS: eficaz em suprimir muitos sinais e sintomas de FR aguda ÁCIDO ACETILSALICÍLICO: poliartrite aguda CORTICOSTERÓIDES: reservados para pacientes com cardite grave * * Prevenção * * Prevenção “Prevenção Primária”: diagnóstico preciso e tratamento adequado da faringite estreptocócica “Prevenção Secundária”: se concentra no grupo de pessoas que já sofreram um episódio reumático e que apresentaram uma alta taxa de recorrênciaseguindo infecção respiratória estreptocócica imunológicamente ativa Todos os pacientes que sofreram um episódio de FR aguda devem receber profilaxia antimicrobiana contínua para prevenir infecções estreptocócicas sintomáticas ou assintomáticas * * Prevenção * * Prevenção Pacientes retirados da profilaxia devem ser instruídos a voltar imediatamente para acompanhamento clínico toda vez que sintomas de faringite ocorrerem * * Antiestreptolisina “O” (ASLO) Antiestreptoquinase (ASK) Anti-hialuronidase (AHAD) Antidesoxirribonuclease-B (ADNase) Antinicotinamida adenina dinucleotidase (ANADase) * * Diagnóstico Laboratorial Método: Reação de aglutinação do látex Princípio: partículas de látex estabilizadas com estreptolisina “O” purificada são aglutinadas macroscopicamente quando a Antiestreptolisina “O” está presente na amostra em concentrações maiores que 200 UI/mL. Material: Soro sem hemólise e sem lipemia (falsos positivos). Não usar plasma, As amostras podem ser armazenadas por até 8 dias entre 4-8ºC. Não usar amostras congeladas e descongeladas repetidamente. DETERMINAÇÃO DA ANTIESTREPTOLISINA “O” * * Diagnóstico Laboratorial DETERMINAÇÃO DA ANTIESTREPTOLISINA “O” Método: Reação de aglutinação do látex * * Diagnóstico Laboratorial DETERMINAÇÃO DA ANTIESTREPTOLISINA “O” Método: Reação de aglutinação do látex TESTE QUALITATIVO Agitar por dois minutos, movendo a lâmina para frente e para trás. * * Diagnóstico Laboratorial DETERMINAÇÃO DA ANTIESTREPTOLISINA “O” Método: Reação de aglutinação do látex TESTE SEMI-QUANTITATIVO Diluir a amostra1/2 a 1/32 com solução salina: * * Diagnóstico Laboratorial DETERMINAÇÃO DA ANTIESTREPTOLISINA “O” Método: Reação de aglutinação do látex TESTE SEMI-QUANTITATIVO * * Diagnóstico Laboratorial DETERMINAÇÃO DA ANTIESTREPTOLISINA “O” Método: Reação de aglutinação do látex Agitar por dois minutos, movendo a lâmina para frente e para trás. EMISSÃO DO RESULTADO Dosagem de Antiestreptolisina “O” (ASLO) Método: Aglutinação em partículas de látex Resultado: inferior a 200 UI/mL Sensibilidade do teste : 200 UI/mL * * Diagnóstico Laboratorial TABELA DE CONVERSÃO * * Diagnóstico Laboratorial REAÇÕES PARA DETECÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA DIFERENTES ENZIMAS Anticorpos ASLO: 80% dos casos de infecção estreptocócica da faringe Detecção de anticorpos anti-DNAase B: mais utilizados para confirmar seqüelas ASLO + AHAD: diagnóstico de 90% dos pacientes com FR aguda ASLO + AHAD + ASK: 95% * * Diagnóstico Laboratorial AHAD: turbidimetria DNAse B e ANADase: cinético enzimático Métodos enzimáticos abandonados devido a problemas de reprodutibilidade e padronização Outras metodologias: Reação de Neutralização da SLO (determ. de anticorpos ASLO) Nefelometria (ASLO) Reação de Hemaglutinação Rápida (lâmina, “anticorpo universal”) Radioimunoensaio (anti-peptidoglicana) Imunoenzimático (anticorpos anticarboidratos A, C e G) * *
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