Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. NACIONALIDADE É o vínculo jurídico-político que une uma pessoa física a um Estado. Fundamento: laços sociais consistentes entre o indivíduo e o Estado; É um direito humano; Vedado o banimento. → Instrumentos normativos que resguardam a nacionalidade: a) Declaração Universal dos Direitos Humanos – “toda pessoa tem direito a uma nacionalidade” (art. XV, §1) “ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade” (art. XV, § 2º) b) Pacto dos Direitos Civis e Políticos – “toda criança tem direito de adquirir uma nacionalidade” (art. 24, §1) c) Convenção Americana sobre Direitos Humanos – “toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido, se não tiver direito a outra” (art. 20, §2) d) Convenção sobre a Nacionalidade da Mulher casada, de 1957, determina que nem a celebração ou dissolução do casamento entre nacionais ou estrangeiros nem a mudança do marido durante o matrimônio poderão afetar automaticamente a nacionalidade da mulher. 2. CONFLITOS DE NACIONALIDADE → polipatridia e apatridia; POLIPATRIA: é a decorrência da coincidência de critérios de atribuição de nacionalidade diferentes sobre uma mesma pessoa; APATRIA: pode ocorrer ou pela perda arbitrária da nacionalidade, normalmente por motivos políticos ou pela não incidência de nenhum critério de atribuição de nacionalidade sobre uma pessoa; 3. NACIONALIDADE: TIPOS E CRITÉRIOS Tipos: primária e a secundária Nacionalidade primária: jus solis e jus sanguinis Nacionalidade secundária: atribuída por fato posterior ao nascimento; Nacionalidade brasileira originária Aquisição: art. 12, I alíneas a, b e c. São brasileiros: I – natos: Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; (jus solis) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; (jus sanguinis) Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. (jus sanguinis) → art. 95 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT “Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta EC, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil”. OBS: O indivíduo que fizer pedido de opção da nacionalidade brasileira posteriormente à prática de um delito no exterior não será extraditado. Entretanto, a jurisprudência do STF também admite que o processo de extradição seja meramente suspenso, enquanto tramita o pedido de opção da nacionalidade brasileira. Nacionalidade Aquisição: art. 12, I alíneas a, b e c. Naturalização no Brasil: Lei 6.815/1980 REQUISITOS: Capacidade civil, segundo a lei brasileira Ser registrado como permanente no Brasil Residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de quatro anos Ler e escrever a língua portuguesa Exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família Bom procedimento Inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima de prisão, abstratamente considerada, superior a um ano; Boa saúde; Requisitos para a naturalização Art. 113 Estatuto do Estrangeiro I – ter filho ou cônjuge brasileiro – 1 ano; II - ser filho de brasileiro – 1 ano; III – haver prestado ou poder prestar serviços relevantes ao Brasil, a juízo do Ministro da Justiça – 1 ano; IV – recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística – 2 anos V – ser proprietário, no Brasil, de bem imóvel, cujo valor seja igual, pelo menos, a mil vezes o Maior valor de referência; ou ser industrial; ou possuir cota ou ações integralizadas. São brasileiros: II – naturalizados: Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. OBS: → O naturalizado poderá ser extraditado em duas hipóteses: a) no caso de crime comum, praticado antes da naturalização; b) comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins;
Compartilhar