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* * MSc. Ziliani da Silva Buss Imunologia Clínica Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Análises Clínicas Proteínas de fase aguda * * Proteínas de fase aguda Inflamação Infecção Dano tecidual Neoplasias * * * * Diferenças cinéticas das proteínas da fase aguda * * Proteína C Reativa Em 1930, pesquisadores descobriram uma proteína que reagia com o polissacarídeo C da cápsula do Streptoccocus pneumoniae, esta chamou-se PCR; A PCR é produzida primariamente no fígado, sintetizada pelos hepatócitos em resposta a citocinas inflamatórias, particularmente a IL-6 (também IL-1 e TNF-α). Outros possíveis sítios de expressão de PCR descritos são: placas ateroscleróticas, artérias humanas, coração, rim e adipócitos; Sua meia vida plasmática é de aproximadamente 19 horas. * * PCR – Estrutura Proteína pentamérica (5 subunidades idênticas ligadas não – covalentemente) Na presença de cálcio, cada subunidade liga-se com alta afinidade a fosfatidilcolina bem como a polissacarídeos presentes sobre bactérias, parasitas e fungos. No lado oposto de cada subunidade existe um sítio de ligação a moléculas efetoras. * * PCR – Função Sua função é ligar-se a patógenos e células lesadas e/ou apoptóticas (fosfatidilcolina) e iniciar sua eliminação por meio da ativação do sistema complemento e de fagócitos (C1q e Fcγ). Essas ligações e atrações celulares permitem considerá-la como uma opsonina; A PCR e a via clássica do complemento atuam em sintonia, promovendo a limpeza de células apoptóticas sem ocasionar lise celular, minimizando a liberação de mediadores que aumentariam a reação inflamatória; PCR tem funções pró e anti-inflamatórias * * PCR – Função Seu papel biológico não está totalmente esclarecido, no entanto, algumas funções estão bem estabelecidas: 1) A ativação do sistema complemento através da via clássica; 2) A estimulação da fagocitose; 3) A opsonização de agentes infecciosos e células apoptóticas. * * Em indivíduos saudáveis: concentração de até 6 mg/L. As concentrações de PCR tendem a ser estáveis, a parte de picos ocasionais relacionados a infecções, inflamações ou traumas subclínicos. O valor de PCR tende a aumentar sutilmente com a idade provavelmente devido a maior incidência de doenças subclínicas PCR – Concentração Valores discretamente elevados de PCR em obesidade, diabetes, tabagismo, HAS, uso de contraceptivos orais, depressão, distúrbios do sono, doença periodontal, fadiga crônica, entre outras. * * PCR – Concentração Com estímulo de fase aguda: níveis aumentam (até mais de 100x) rapidamente. Quando o estímulo de fase aguda cessa os níveis caem rapidamente. Na maioria das doenças os valores circulantes da PCR refletem inflamação, infecção e ou lesão tecidual de uma maneira mais sensível que outros parâmetros laboratoriais de resposta de fase-aguda , como por exemplo a velocidade de hemossedimentação (VHS) e leucocitose PCR um marcador útil da atividade da doença (monitoramento de condições inflamatórias crônicas como artrite reumatóide) * * PCR – Concentração Infecções bacterianas, fúngicas (severas ou sistêmicas), virais; Doenças inflamatórias (AR, espondilite anquilosante, doença de Reiter, doença de Crohn); Necroses (infarto do miocárdio, pancreatite aguda); Traumas (cirurgias, queimaduras, fraturas); Neoplasias (linfoma, carcinoma, sarcoma). PCR * * * * PCR x risco cardiovascular 2003: Center for Disease Control and Prevention (CDC) e American Heart Association (AHA) denominaram a PCR como um marcador de risco cardiovascular: Baixo Risco: < 1,0 mg/L Médio Risco: 1,0 – 3,0 mg/L (População Adulta) Alto Risco: > 3,0 mg/L * Técnicas Ultra-sensíveis * * Diagnóstico laboratorial Medida de PCR na rotina clínica: Teste de triagem, Monitoramento de resposta ao tratamento (inflamação e infecções) Diagnóstico diferencial de doença inflamatória Avaliação de infecção intercorrente em indivíduos imunocomprometidos. * * Diagnóstico Laboratorial Qualitativo ou semi-quantitativo: (limite de detecção de 6 mg/L, depende do kit) Aglutinação em lâmina com partículas de látex Quantitativo: (limite de detecção de 0,8 mg/L para PCR ultra sensível) Nefelometria/ Imunonefelometria Turbidimetria/ Imunoturbidimetria ELISA * * Aglutinação em lâmina – partículas de látex Princípio: Partículas de látex estabilizadas e sensibilizadas com anti-proteína C aglutinam macroscopicamente em contato com o soro do paciente que contenha a PCR. * * Método: Teste de aglutinação em lâmina. Amostra: 1,0 mL de soro não inativado – jejum obrigatório 8 h. Realiza-se o teste qualitativo e se o soro for reagente procede-se o teste semi-quantitativo. 1. Teste Qualitativo Homogeneizar, distribuindo a reação por toda a área demarcada. Fazer movimentos circulares por dois minutos. Observação: O teste qualitativo é feito de acordo com a sensibilidade de cada Kit e o fabricante informa se o soro e reagentes devem ser diluídos ou não. * * 2 – Teste Semi-quantitativo 1. Verificar se o tampão está pronto para uso ou concentrado (depende do kit). 2. Proceder a diluição do soro de acordo com a bula do kit (salina). * * 50 L 1/8 1 gota reagente Homogeneizar por dois minutos. Resultado Sensibilidade do Kit x Título Ex: Sensibilidade: 6 mg/L Título: 1/8 6 x 8 = 48 mg/L * * Turbidimetria: É a medida da diminuição da intensidade da luz incidente quando passa através de uma suspensão de partículas. Nefelometria: É a medida da luz dispersa em ângulos distintos aos da incidência (normalmente de 15 a 90º). * * Não confundir!!!! PCR PCR X Proteína C Reativa Reação em Cadeia da Polimerase * * Bibliografia Franco, S. Imunologia, In: Manual de bancada Laboratório Sérgio Franco, Faulhaber, M. H. W. e Cruz, M. C. P. (eds), Rio de Janeiro, Brasil, p. 195-247, 1996. Pardini, H. In: Manual de exames. Pardini, H (ed). Minas Gerais, Brasil, 2000. – http:www.labhpardini.com.br Reiche, E.M.V. ,et al. Manual de exames imunológicos. In: Procedimentos técnicos e interpretação laboratorial. Reiche, E.M.V., Morimoto, H.K., Inouye, M.M.Z., Pontello, R. (eds). Londrina, Paraná, Brasil, p. 1-143, 1998. Musunuru K, et al. The use of high-sensitivity assays for C-reactive protein in clinical practice. Nature clinical Practice: Cardiovascular medicine, v.8, p 621- 635, 2008. Black S, et al. Minireview C-reactive Protein. The journal of biological chemistry. v 279, p-48487-48490, 2004 Gruys, E., et al. Monitoring health by values of acute phase proteins. Acta histochemica. v108, p-229-232, 2006 Pepys, M.B., et al.C-reactive protein: a critical update. Journal of Clinical Investigation, v.111, p-1805-1812, 2003
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