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Sífilis: Definição e Fases

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SÍFILIS
	Definição: A sífilis é causada por um espiroqueta conhecido por Treponema pallidum que promove uma infecção crônica com diversas manifestações clínicas. Este agente etiológico é difícil de ser cultivado ou corado por métodos laboratoriais. Cultivo – testículo de coelho
TÂNIA SILVIA FRÖDE
SÍFILIS
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A sífilis pode ser classificada em diversos estágios
 sífilis primária, 
  secundária, 
  latente e 
 terciária.
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 SÍFILIS PRIMÁRIA
 O primeiro estágio se caracteriza pelo aparecimento de uma lesão (protosifiloma), no sítio de inoculação. 
Ocorre, geralmente de 3 a 4 semanas após a infecção, sendo o período de incubação de 10 a 90 dias. 
Esta lesão é isolada, indolor, erosiva, ulcerativa e de base infiltrada, também denominada de protosifiloma.
Associada a adenopatia regional com infiltração de gânglios, não inflamatórios e pouco dolorosos. 
Os protosifilomas tendem a desaparecer espontaneamente em poucas semanas, e aparecem com freqüência nos genitais externos. 
Podem também situar-se na boca, na nuca e na mucosa anal (Holmes et al,1984). 
Aproximadamente 30% das pessoas que tiveram contato com seus parceiros doentes, desenvolvem esta doença (Shore et al., 1977).
 Os fluidos serosos provindos das lesões são altamente ricos em treponemas, que podem ser detectados através de microscopia em campo escuro, ou coloração por Fontana-Tribondeaux.
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SÍFILIS
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SÍFILIS PRIMÁRIA
TÂNIA SILVIA FRÖDE
SÍFILIS
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 SÍFILIS SECUNDÁRIA 
Dentro de algumas semanas ou meses, desenvolvem-se vários sinais sistêmicos caracterizados por: febre, mal estar, dor de cabeça, adenopatia, rash cutâneo ou mucoso, lesões generalizadas na pele e na mucosa, porém podem invadir os folículos pilosos, os ossos, os olhos, as vísceras e o sistema nervoso central. Também são observados alopécia em clareira e condilomas planos perianais.
Outras manifestações da Sífilis secundária 
artralgias, anorexia, condiloma, entre outros. Estas manifestações usualmente são resolvidas espontaneamente dentro de 2 a 5 semanas.
 Neste período as reações sorológicas não treponêmicas são sempre positivas com títulos elevados e as reações treponêmicas são também positivas
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SÍFILIS
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SÍFILIS
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 SÍFILIS LATENTE
Caracterizada em pacientes com história ou evidência sorológica da patologia, sem manifestações clínicas.
 A Sífilis latente é classificada em sífilis latente recente e tardia. A primeira é potencialmente infecciosa e evolui dentro de um ano. A sífilis latente tardia, é considerada somente a partir desse período (Holmes et al.,1984).
O diagnóstico é obtido pela história e reações sorológicas, que neste caso para testes não treponêmicos obtêm-se títulos baixos (1:8) na maioria dos casos, enquanto que as reações treponêmicas são positivas 
 
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SÍFILIS
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SÍFILIS TERCIÁRIA 
	
 É considerada sífilis tardia ou terciária, aquela onde é observado manifestações clínicas decorrido um período de 5 anos após a infecção, acometendo pessoas não tratadas ou tratadas de forma inadequada. 
Suas manifestações clínicas compreendem as formas cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa, entre outras.
As reações sorológicas positivas possuem títulos baixos (CDC, 2008) 
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SÍFILIS
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SÍFILIS
Infiltrado de leucócitos ao redor do vaso da aorta – imagem de aorta sifilítica
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SÍFILIS
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SÍSÍFILIS CONGÊNITA
	
A Sífilis congênita pode apresentar lesões secundárias na pele e na mucosa, ou lesões ósseas, na cartilagem, nos olhos e no SNC. 
Após o parto, a criança é sorologicamente positiva. Os anticorpos maternos desaparecem geralmente dentro de 3 a 4 meses. As provas quantitativas do VDRL ou RPR devem ser feitas mensalmente durante um período de 6 meses. Se o título aumentar ou se estabilizar caracteriza-se a sífilis congênita.
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SÍFILIS
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SÍFILIS
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FASES DA SÍFILIS
SÍFILIS PRIMÁRIA
SÍFILIS SECUNDÁRIA
SÍFILIS LATENTE
SÍFILIS TERCIÁRIA
SÍFILIS CONGÊNITA
PROTOSIFILOMA
SECUNDARISMO
RECENTE < 1 ANO
TARDIA > 1 ANO
ASSINTOMÁTICA
LATENTE BENIGNA - GOMAS
CARDIOVASCULAR NERVOSA: SNC, MEDULAR, OSSOS, ARTICULAÇÕES
ABORTAMENT 20%, MORTE NEONATAL 20%, ESTIGMAS, RETARDAMENTO MENTAL, CEGUEIRA, SURDEZ
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TÂNIA SILVIA FRÖDE
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DIDIAGNÓSTICO LABORATORIAL
	Há dois tipos de reações sorológicas:
	- Pesquisa de anticorpos reagínicos (não 
 treponêmicos):
	- VDRL: Veneral Disease Research Laboratory (para soro e líquor) 
	- RPR: Rapid Plasma Reagin (não usado para Líquor)
	
TÂNIA SILVIA FRÖDE
SÍFILIS
Turgeon M.L. Immunology and serology in laboratory medicine, 2009, 4ed.
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Turgeon M.L. Immunology and serology in laboratory medicine, 2009, 4ed.
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FREQÜÊNCIA DE POSITIVIDADE DOS TESTES SOROLÓGICOS NA SÍFILIS NÃO TRATADA
Turgeon M.L. Immunology and serology in laboratory medicine, 2009, 4ed.
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MÉTODO: Reação de floculação em lâmina - Microfloculação
Reação antígeno-anticorpo  Inespecíficas - aglutinação - floculação - microfloculação -
Inativar o soro a 560C durante 30 minutos.
AMOSTRA: 1,0 mL de soro inativado sem hemólise – jejum obrigatório 8 h, líquor.
 Objetivo: investigar às alterações imunológicas que ocorrem no soro sangüíneo após uma infecção por Treponema pallidum.
 Após o aparecimento da lesão primária, surge no soro dois tipos de anticorpos:
a)    Anticorpos inespecíficos ou anticorpos anti-lipóides que surgem da ação do treponema sobre o tecido ou dos antígenos lipóides.
b)   Anticorpos específicos ou anti-treponema pallidum que surgem em resposta ao antígenos treponêmicos Treponema pallidum.
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De acordo com o tipo de anticorpo ocorre diferentes reações:
Reações não Treponêmicas ou inespecíficas: Floculação. Fixação de Complemento.
Reações Treponêmicas ou específicas: teste de imobilização de treponema (TPI), anticorpos anti-treponema absorvidos (FTA, FTA-ABS), testes de Hemaglutinação.
 VDRL
É uma reação de floculação em lâmina, utilizando como antígeno a cardiolipina extraída de coração de boi adicionada a lecitina e colesterol, que pesquisa anticorpo inespecífico que pode ou não estar no soro do paciente. Como detecta anticorpos (IgM e/ou IgG) contra um constituinte tecidual normal, pode ocorrer resultado falso-positivo não excedendo a 1/8. Torna-se positivo uma a duas semanas após o aparecimento do cancro, sendo positivo também em 99% da sífilis secundária e 75% da sífilis terciária.
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ANTÍGENO pronto para o uso ou preparado
É uma solução alcoólica constituída de cardiolipina, colesterol e lecitina purificada, conservada à temperatura ambiente e ao abrigo da luz.
Cardiolipina (epítopos iguais ao do treponema).
Lecitina (serve de ponte entre Cardiolipina e Colesterol).
Cristais de colesterol (aumenta a visualização),
PREPARAÇÃO DO ANTÍGENO
Colocar 0,4mL de salina tamponada (KIT) em frasco de 30mL, Adicionar 0,5mL de Antígeno gota a gota (para homogeneizar bem os cristais) em movimentos circulares com a extremidade da pipeta no terço superior do frasco , Juntar 4,1mL de salina tamponada de uma só vez pelas bordas do tubo, arrolhar o frasco e agitar por 30 vezes em 10 segundos para tornar a suspensão homogênea, Rotular e datar, Aguardar 10 minutos para a realização do teste,
   Estável por 8 horas.
SÍFILIS
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SÍFILIS
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SÍFILIS
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Homogeinizar a reação em agitador de Kline
REAÇÃO QUANTITATIVA
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VDRL- visualização
Leitura no microscópio ótico comum: pouca luz aumento objetiva (10x)
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Negativo
Cristais de colesterol distribuídos de forma homogênia
Positivos
Cristais de colesterol aglutinados
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EMISSÃO DO RESULTADO
VDRL.
Método: Microfloculação
Resultado: Reação Qualitativa: soro reagente.
Reação Quantitativa: soro reagente até diluição 1/32.
Valor de Referência: soro não reagente.
 
O resultado é expresso em títulos. Um título elevado acima de 1/8 não afirma diagnóstico, mas a elevação, sim.
 
SÍFILIS
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FALSO-POSITIVO
Em níveis baixos de forma transitória - nas fases agudas de doenças infecciosas, bacterianas, virais, parasitárias e na mononucleose infecciosa.
Permanentemente elevados - na hanseníase, na artrite reumatóide, no lúpus eritematoso sistêmico, em viciados em narcóticos e em linfomas.
CICATRIZ IMUNOLÓGICA
Os linfócitos T de longa vida são células de memória que darão resultado positivo em títulos baixos.
 
SÍFILIS
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FALSO-NEGATIVO
Erro na colocação do reativo
Contaminação do reagente
Reagente fora da validade
Incubação inapropriada
Leitura tardia da reação
Fenômeno de prozona 
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FENÔMENO DE ZONA
Excesso de Antígeno e/ou Anticorpo em uma reação. 
Ocorre em diluições baixas até 1/8 e por este motivo as reações qualitativas de VDRL. não têm valor clínico.
 
FONTES DE ERROS
 Soros velhos ou turvos dão falso resultados
Precipitação do antígeno devido a evaporação
Se a temperatura da área do teste, amostras ou reagentes estiver acima de abaixo de 290C, a reatividade decresce, se a temperatura estiver acima de290C, a reatividade aumenta. 
SÍFILIS
TÂNIA SILVIA FRÖDE
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FENÔMENO DE ZONA
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SOROLOGIA				PROVÁVEL INTERPRETAÇÃO
VDRL, MHA-TP -			ausência de infecção
VDRL  em títulos baixos		Sífilis latente (tardia) ou terciária/tratada
MHA-TP  em títulos baixos		
VDRL  em títulos altos			 Sífilis 2ária/latente recente/reativação
MHA-TP  em títulos altos		ou reinfecção		
VDRL 	  em títulos baixos 	 falso  
MHA-TP- negativo
VDRL –					Sífilis tratada
MHA-TP  em títulos baixos/altos
VDRL – em títulos baixos ou altos	Início de infecção, cicatriz imunológica
MHA-TP 

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