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[ONLINE] 913V TEORIA DA EMPRESA

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Inicialmente deve­se  compreender que o direito empresarial  tem como principal objetivo o estudo das
relações típicas do meio empresarial, que são:
 
As relações entre empresários e sociedades empresárias;
Contratos empresariais;
Propriedade Industrial;
Títulos de crédito; e
Recuperação de Empresas e Falência.
 
Durante  o  estudo  do  direito  empresarial  pode­se  notar  que  em  alguns  momentos  estaremos  nos
dedicando  a  instrumentos  que  não  são  de  exclusividade  dos  empresários, mas  também utilizados  em
nossas vidas civis, como por exemplo: os contratos, o cheque, a nota promissória, etc.
Referidos instrumentos não perdem sua empresarialidade, pois são instrumentos originados nas relações
empresariais, que após sua criação e utilização na prática que os adotamos em nossas vidas civis.
 
Legislação
A legislação utilizada no estudo do direito empresarial se resume basicamente no Código Civil e algumas
leis esparsas, não podendo esquecer,  é  claro, das normas  jurídicas emitidas por  Instituições Públicas,
como por exemplo: BACEN (Banco Central do Brasil), JUCESP (Junta Comercial do Estado de São Paulo),
etc.
Importante  ressaltar  que  o Código Civil  de  2002  trouxe uma grande mudança nos  estudos  do  direito
empresarial, pois ele proporcionou a reunião do direito das obrigações, incluindo no Código Civil o Livro II
– Do direito de empresa.
 Assim, poderíamos dizer que as principais leis empresariais do nosso país são:
Lei n. 10.406/2002 – Código Civil;
Lei n. 6.404/76 – Lei das Sociedades por Ações;
Lei n. 7.357/85 – Lei do Cheque;
Lei n. 9.279/96 – Lei da Propriedade Industrial;
Lei n. 11.101/05 – Lei da Recuperação de Empresas e Falência.
 
Esboço histórico
Como já foi dito, o estudo do direito empresarial nada mais é do que o estudo das relações empresariais,
que tiveram origem nas relações comerciais do final da Idade Média.
A história do desenvolvimento do comércio (do mercado) pode ser confundida com o desenvolvimento da
própria história da humanidade, diante da sua grande  importância para nossa sociedade, onde desde
seus primórdios encontramos situações de demonstram a utilização de institutos do direito comercial.
Mesmo  na  Antiguidade,  como  não  poderia  deixar  de  ser,  já  existiam  instituto  pertinentes  ao  Direito
Comercial, como o empréstimo a juros e os contratos de sociedade, de depósito e de comissão no Código
de Hammurabi, ou o empréstimo a risco ( nauticum fooenus) na Grécia antiga, ou a avaria grossa da Lex
Rhodia de jactu, dos romanos.
Como sistema, porém, a formação e o florescimento do Direito Comercial só ocorreram na Idade Média, a
partir do século VII, através das Corporações de Ofícios. Em que os mercadores criaram e aplicaram um
Direito  fechado,  classista  e  privativo.  Em  princípio,  das  pessoas  matriculadas  nas  corporações  de
mercadores.
A evolução do direito Comercial deu­se em três fases. A primeira fase que vai do século XII até o século
XVII,  até  o  século  XVIII,  correspondente  ao  período  subjetivo­corporativista,  no  qual  se  entende  o
Direito    Comercial  como  sendo  um  Direito  Fechado  e  classista,  privativo,  em  princípio,  das  pessoas
matriculadas nas corporações de mercadores.
Na época. As pendências entre os mercadores eram decididas dentro da classe, por cônsules eleitos que
decidiam  sem  grandes  formalidades  (sine  strepitu  et  figura  iudicii),  apenas  de  acordo  com  uso  e
costumes, e sob os ditames da equidade ( ex bono et aequo).
A segunda fase, chamada se período objetivo, inicia­se com o liberalismo econômico e se consolida com o
Código Comercial francês, de 1808, que teve a participação direta de Napoleão. Abolidas as corporações
e estabelecidas a liberdade de trabalho e de comercio passou o Direito Comercial a ser o Direito dos atos
de  previstos  em  lei,  tanto  no  comércio  ou  na  indústria  como  em  outras  atividades  econômicas,
independentemente de classe.
Durante a primeira  fase, e com  intensidade maior no  início da segunda, houve aspectos ecléticos, que
combinavam  o  critério  subjetivo.  Às  vezes,  os  tribunais  corporativistas  julgavam  também  causas
referentes a pessoas que não eram comerciantes, desde que o assunto fosse considerado de natureza
comercial.
A  terceira  fase  marcada  agora  pelo  novo  Código  Civil,  de  2002  (art.966),  corresponde  ao  Direito
Empresarial (conceito subjetivo moderno), que engloba, além do comércio, qualquer atividade econômica
organizada,  para  a  produção  ou  circulação  de  bens  ou  serviços,  exceto  a  atividade  intelectual,  de
natureza  científica,  literária  ou  artística.  Até  mesmo  estas  últimas  atividades  serão  empresarias,  se
organizadas em forma de empresa (art,966, parágrafo único, no novo CC).
      
 Conceito de comércio
Ato de comércio é a  interposição habitual na troca, com o fim de lucro.  A palavra comércio tem tríplice
significado: o significado vulgar, o econômico e o jurídico.
No sentido  vulgar, traduz o vocabulário certas reações entre as pessoas, como o comércio de ideias, de
simpatia, de amizade.
No sentido econômico, comércio é o emprego da atividade humana destinada a colocar uma circulação a
riqueza produzida, facilitando as trocas e aproximando o produtor do consumidor.
Excluídos os dois extremos – produtor e consumidor ­ comerciais, sob o prisma econômico, serão todos os
atos com que se forma a corrente circulatória das riquezas.
De acordo com o insigne comercialista italiano Vidari:
“Comércio  é  o  complexo  de  atos  de  intromissão  entre  o  produtor  e  o  consumidor,  que,  exercícios
habitualmente e com fins de lucros, natureza e da indústria, para tornar mais fácil  e pronta a procura
e a oferta” (cf.Rubéns Requião, Curso de Direito Comercial,p.5;De Plácido e Silva, Noções Praticas de
Direito  Comercial,  Forense,  Rio,1965,p.18;  Gastão  A.  Macedo,  Curso  de  Direito  Comercial,  Freitas
Bastos,Rio/SP,1956,p.9).
Destarte,  três  os  elementos  que  caracterizam  o  comércio  em  sua  acepção  jurídica:  meditação,  fim
lucrativo e habitualidade (prática habitual ou profissional).
 
Direito Comercial e Direito Empresarial
Com o advento do novo Código Civil, de 2002, o comércio passou a representar apenas uma das várias
atividades  reguladas  por  um  Direito  mais  amplo,  o  Direito  Empresarial,  que  abrange  o  exercício
profissional  de  atividade  econômica  organizada  para  a  produção  ou  a  circulação  de  bens  ou  serviços
(art.966). Tudo, naturalmente, a partir de vigência do novo Código Civil, em 11.1.2003.
O novo Código Civil revogou toda a Primeira Parte do Código Comercial, composta de 456 artigos, Com
isso,  o Código Comercial  não mais  regula  as  atividades  comerciais  terrestres,  restando  apenas  a  sua
Segunda Parte, referente a atividades marítimas.
Com isso, modernamente a concepção de direito comercial sofreu modificações, sendo adaptada a figura
da empresa, como menciona a Profa. Paula Forgioni:
“Direito comercial é o conjunto de regras e princípios jurídicos que regem a organização das empresas e
as relações entre empresas no âmbito do mercado”.
A teoria do Ato de Comércio não mais se adequava às relações de mercado, tornando­se necessário a
sua adaptação às novas matrizes econômicas. Diante dessa situação, foi­se criado a chamada Teoria da
Empresa,  cujo  principalmente  elemento das  relações de mercado passa  a  ser  a  figura do  empresário,
substituindo a figura do comerciante.
Nas palavras do Prof. Marlon Tomazette:
“Direito  empresarial  é  um  complexo  de  regras  e  princípios  que  disciplina  a  atividade  econômica
organizada dirigida à satisfação das necessidades do mercado, e todos os atos nos quais essa atividade
se concretiza”.
 
 Fontes do Direito Empresarial
As  fontes  do  direito  empresarial,  ou  seja,  os  modos  pelosquais  se  estabelecem  as  regras  jurídicas
empresariais são divididos em duas categorias: fontes primárias e fontes secundárias.
Fontes primárias: lei;
Fontes secundárias: costumes e os princípios gerais de direitos.
Os  costumes,  também  conhecidos  como  direito  consuetudinário,  representa  o  direito  não  estatutário,
produzido pela vontade jurídica geral de uma coletividade manifestada normalmente mediante o uso, com
a convicção de sua necessidade.
Os princípios gerais de direito são as normas consideradas as bases do nosso ordenamento jurídico.
 
Conceito jurídico de empresa x empresário
É comum a confusão que se faz entre as concepções de empresa e empresário, considerando­os como
sinônimos no conhecimento comum.
Ocorre que, quando realizamos a análise das palavras acima, de forma científica, verificamos que ambas
possuem suas diferenças e que, na verdade, elas acabam se completando.
Quando lidamos com o conceito jurídico de empresa, chegamos a conclusão que nada mais significa uma
atividade,  isto é, um conjunto de atos destinados a uma finalidade comum (lucro). Nas palavras do Dr.
Fábio Ulhoa Coelho: “empresa é uma atividade econômica organizada de produção ou circulação de
bens e serviços”.
Já  quando  lidamos  com  o  conceito  de  empresário,  verificamos  que  ele  será  o  sujeito  de  direito  que
exercerá a atividade empresarial, ou seja, exercerá a empresa. O empresário será o titular da atividade
de empresa.
Com  isso,  pode­se  dizer  que  o  empresário  será  o  sujeito  que  irá  organizar  a  atividade  empresarial,
visando a produção ou a circulação de bens ou serviços no mercado.
É o que relata o artigo 966 do Código Civil:
“Art.  966.  Considera­se  empresário  quem  exerce  profissionalmente  atividade  econômica  organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.”
O empresário poderá ser uma pessoa física, exercendo sua atividade empresarial por intermédio de um
empresário  individual  ou,  poderá  ser  uma  pessoa  jurídica,  exercendo  sua  atividade  empresarial  por
intermédio de uma sociedade empresária ou empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI).
Ao  analisar  o  artigo  966  do  Código  Civil,  acima  transcrito,  verificamos  que  existem  alguns  elementos
característicos  para  a  configuração  do  empresário,  devendo  tais  elementos  ser  encontrados  de  forma
cumulativa, que são:
Economicidade: a atividade exercida pelo empresário deverá ser voltada à produção de riquezas,
ou seja, deve visar o lucro, a acumulação de riquezas por parte do empresário.
Organização:  podemos  dizer  que  esse  elemento  será  essencial  para  a  caracterização  do
empresário,  quando  trabalhamos  com  a  exceção  prevista  no  parágrafo  único  do  artigo  966,  do
Código  Civil.  A  atividade  empresarial  deve  assumir  prevalência  sobre  a  atividade  pessoal  do
sujeito, representando a organização de trabalhos alheios, bens e insumos, para a produção ou
circulação de bens e serviços.
Profissionalidade: a atividade empresarial deverá ser habitual e estável.
Assunção de riscos: o empresário será o sujeito que irá assumir os riscos da atividade praticada.
Direcionamento  ao  mercado:  a  atividade  do  empresário  dever  ser  voltada  à  satisfação  de
necessidades alheias, desenvolvendo uma atividade para o mercado e não para si próprio.
 
Exclusão do conceito de empresário
Diz o § único do artigo 966 do Código Civil:
Art.  966,  §  único.  Não  se  considera  empresário  quem  exerce  profissão  intelectual,  de  natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício
da profissão constituir elemento de empresa.
Não serão todas as atividades econômicas consideradas empresárias, o § único do artigo 966 deixa claro
que mesmo exercendo uma dessas atividades, o sujeito não será considerado empresário, se a natureza
de sua atividade for: científica, literária ou artística.
Nessas atividades a organização  torna­se e assume papel  secundário,  elevando o  caráter pessoal do
sujeito que a pratica,  fundamental para sua realização e prestação, mas caso o exercício da profissão
configurar elemento de empresa ele será considerado empresário.
 
Capacidade para ser empresário
Qualquer pessoa dotada de capacidade plena, isto é, ser absolutamente capaz e não ter impedimentos
legais poderá exercer uma atividade empresarial.
Nesse ponto deve­se ter cuidado com situações em que alguns sujeitos apresentam capacidade plena,
mas estão impedidas legalmente de exercerem uma atividade empresarial, como por exemplo: servidores
públicos, magistrados, membros do ministério público, militares, etc.
Referidas  pessoas  impedidas  não  podem  ser  empresários  individuais  ou mesmo  exercerem  cargos  de
administração em sociedades empresárias, permitindo­lhes apenas a condição de quotistas e acionistas.
O incapaz não pode iniciar uma atividade empresarial, como sendo um empresário individual, poderá ser
sócio  de  uma  sociedade  empresária,  mas  não  poderá  exercer  cargo  de  administração  nas  referidas
sociedades.
A  falta  de  capacidade  plena  impede  o  início  de  uma  atividade  empresarial,  mas  não  continuar  uma
atividade que já vinha sendo exercida. Com fundamento no princípio da função social da empresa e da
preservação  da  empresa,  o  incapaz  poder  exercer  a  atividade  empresarial,  de  forma  superveniente,
quando  houver  uma  autorização  judicial,  devidamente  averbada  na  Junta  Comercial,  como  também
deverá estar representado ou assistido.
 
Espécies de Empresário
Em nosso ordenamento jurídico temos duas espécies de empresários:
Empresário  Individual:  são  empresários  que  exercem  a  sua  atividade  de  forma  individual.  Eles  não
possuem  personalidade  jurídica,  mesmo  com  a  inscrição  de  seu  ato  constitutivo  no  órgão  público
competente, ou seja, possuem uma responsabilidade ilimitada perante as obrigações da empresa.
Empresário individual com responsabilidade limitada: são aqueles que exercem sua atividade de forma
individual,  mas  com  limitação  de  suas  responsabilidades.  Esses  empresários  possuem  personalidade
jurídica, caso realizem o registro de seu ato constitutivo.
Sociedade  empresária:  empresário  que  exerce  sua  atividade  por  intermédio  da  reunião  de  outras
pessoas,  formando  uma  sociedade.  Elas  podem  ter  personalidade  jurídica  ou  não,  dependendo  da
modalidade de sociedade que os sócios escolherem.
Exercício 1:
Empresário é:
A ­ quem faz da mercancia sua profissão habitual. 
B ­ a pessoa física ou jurídica que é sócia de uma empresa. 
C ­ quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou circulação de bens ou de serviços. 
D ­ quem possui a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da
assembleia geral dos acionistas e o poder de eleger a maioria dos
administradores. 
E ­ n.d.a. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
No regime do atual Código Civil, a caracterização de determinada atividade
econômica como empresarial:
A ­ depende de expressa previsão legal ou regulamentar, devendo a atividade
constar em relação previamente expedida pelo Departamento Nacional de
Registro de Comércio. 
B ­ é feita mediante opção do empresário, que no momento do seu registro
deverá declinar se sua atividade será empresarial, ou não. 
C ­ é aferida a posteriori, conforme seja a atividade efetivamente exercida em
caráter profissional e organizado, ou não. 
D ­ não é o empresário quem decide, mas sim o Departamento Nacional de
Registro de Comércio. 
E ­ n.d.a. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3:
Sabe­se que o Código Civil trouxe inúmeras mudanças no Ordenamento Jurídico
brasileiro,transformando  inúmeros  conceitos  ou  mesmo  os  fundamentos  de
alguns ramos do direito privado. É inegável que o direito empresarial passou por
grandes transformações, podendo assinar como principais:
A ­ passou a ser utilizado em todos os ramos do direito privado, não se
resumindo apenas nas relações mercantis, adotando a teoria francesa. 
B ­ em razão das grandes modificações ocorridas na sociedade, adotou­se a
teoria do ato de comércio, visando abranger todas as pessoas que se utilizam o
meio mercantil; 
C ­ utilizando­se de toda a formação teórica do Código Civil Italiano, adotou­se
a teoria da empresa e a faculdade do empresário em registrar seus atos. 
D ­ adotou­se a teoria da empresa e verifica­se a unificação do direito das
obrigações. 
E ­ n.d.a. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 4:
O  comércio  passou  por  diversas  transformações  durante  a  sua  evolução,
acompanhando  a  evolução  da  própria  sociedade.  Nos  livros  didáticos  do  curso
de  direito  empresarial  os  autores  definem  como  sendo  o  primeiro  período  do
quadro  evolutivo  o  chamado  período  subjetivista  corporativista,  que  possui  as
seguintes características:
A ­ representou um período antigo da sociedade, refletindo as características da
sociedade antiga, principalmente dos povos romanos e gregos. 
B ­ determinava que os artesãos somente pudessem usufruir desta qualidade se
realizassem sua inscrição em corporações que possuíam normas próprias. 
C ­ foi o período constituído durante a era napoleônica, adotando­se como
fundamento o ato do comércio. 
D ­ iniciou­se com o Código Civil francês, em 1804, com a adoção da teoria da
empresa. 
E ­ n.d.a. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 5:
No regime do atual Código Civil, a caracterização de determinada atividade
econômica como empresarial:
A ­ depende de expressa previsão legal ou regulamentar, devendo a atividade
constar em relação previamente expedida pelo Departamento Nacional de
Registro de Comércio; 
B ­ é feita mediante opção do empresário, que no momento do seu registro
deverá declinar se sua atividade será empresarial, ou não; 
C ­ é aferida a posteriori, conforme seja a atividade efetivamente exercida em
caráter profissional e organizado, ou não; 
D ­ depende do ramo da atividade exercida pelo empresário, sendo empresarial
a compra e venda de bens móveis e semoventes e não empresariais as demais
atividades; 
E ­ Nenhuma das alternativas anteriores 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 6:
Se os sócios não registram o ato constitutivo de sociedade empresária da qual
façam parte:
A ­ a sociedade é considerada regular para todos os efeitos, inclusive em suas
relações com terceiros; 
B ­ o sócio que praticar algum ato em nome da sociedade será pessoalmente
responsável, não podendo usufruir do benefício de ordem; 
C ­ a personalidade jurídica da sociedade estará resguardada, assim como a sua
autonomia patrimonial em relação ao patrimônio dos sócios; 
D ­ todos os sócios são pessoalmente responsáveis pelos atos praticados em
nome da sociedade, solidariamente entre si e subsidiariamente em relação à
sociedade. 
E ­ nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Como já foi apresentado no módulo anterior, o conceito de empresário encontra­
se  previsto  no  artigo  966  do  Código  Civil,  em  que  traz  as  características
necessárias de uma atividade, para ser considerada empresarial.
Dessa  forma,  o  empresário  é  o  sujeito  que  exerce  uma  atividade  empresarial,
podendo exercer essa atividade por  intermédio de um empresário  individual ou
sociedade empresária.
Após o ano de 2011,  foi  introduzido em nosso Ordenamento Jurídico uma nova
forma  de  exploração  da  atividade  empresária,  ou  seja,  uma  nova  forma  de
exercício  da  atividade  empresarial,  denominada    Empresa  Individual  de
Responsabilidade  Limitada  –  EIRELI  (Lei  n.  12.441/2011),  respondendo  a  um
chamado  da  sociedade  brasileira,  em  que  necessitava  da  modalidade  de
exploração  individual da atividade empresarial, mas com personalidade  jurídica
distinta da pessoa física.
 
Empresário Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
A  introdução  de  um  novo  tipo  de  pessoa  jurídica  no  Ordenamento  Jurídico
brasileiro se deve na necessidade de limitar os riscos do exercício individual da
atividade empresarial.
A  Lei  n.  12.441/2011  trouxe  a  previsão  do  Empresa  Individual  de
Responsabilidade Limitada  (EIRELI),  tendo como principal objetivo  incentivar o
exercício das atividades empresariais.
As  pessoas  físicas  têm  capacidade  de  exercer  a  atividade  por  uma  EIRELI,
conforme artigo 980­A, §2º, do Código Civil, mas tal participação deve se limitar
numa única EIRELI.
Em  relação  aos  incapazes  existe  uma  Instrução  Normativa  n.  117/DNRC  que
veda  a  participação  de  incapazes  como  titulares  da  EIRELI,  contrariando
algumas  posições  doutrinárias.  Mas,  verificamos  que  é  unânime  a
impossibilidade  de  um  incapaz  ser  o  titular  de  um  empresário  individual,  não
podendo,  também  ser  titular  de  uma  EIRELI.  Tendo  como  único  objetivo
proteger os bens do próprio incapaz.
Não há qualquer  impedimento  legal de uma pessoa  jurídica  ser  titular de uma
EIRELI, conforme se observa na leitura do artigo 980­A, do Código Civil.
Art.  980­A.  Código  Civil.  A  empresa  individual  de  responsabilidade
limitada  será  constituída  por  uma  única  pessoa  titular  da  totalidade
do  capital  social,  devidamente  integralizado,  que  não  será  inferior  a
100 (cem) salários mínimos vigentes no País.
Nesse  mesmo  artigo  podemos  verificar  alguns  requisitos  essenciais  para  a
constituição de uma EIRELI: uma única pessoa titular do capital social, capital
social  totalmente  integralizado  e  capital  social  não  inferior  a  100  (cem)
salários mínimos vigentes no país.
Referidos requisitos são essenciais para a configuração da EIRELI e a formação
de  seu principal  efeito  jurídico:  o  reconhecimento da personalidade  jurídica  da
EIRELI.  Dessa  forma,  na  falta  de  algum  dos  requisitos  acima,  os  titular  do
capital  social  responderá  diretamente  pelas  obrigações  constituídas  durante  a
exploração da atividade empresarial.
A constituição de uma EIRELI pode ser: originária ou derivada.
Constituição originária: se dá com o início das atividades empresariais;
Constituição  derivada:  se  dá  na  continuação  de  uma  atividade  que  já  era
exercida, ou seja, nos casos de transformação societária.
Para a constituição da EIRELI deverá ocorrer uma expedição de uma declaração
de vontade à Junta Comercial, requerendo o registro do ato constitutivo. Nesta
declaração deverá conter os elementos do artigo 977 do Código Civil, ou seja,
suas cláusulas essenciais.
O  nome  da  EIRELI  poderá  ser  uma  denominação  ou  firma  individual,  devendo
sempre ser acompanhada pela expressão EIRELI ao final do nome.
A  administração  será  exercida  pelo  próprio  titular  do  capital  social, mas  nada
impede sua atribuição a outra pessoa.
Podemos resumir os direitos do titular, em:
Percepção dos lucros;
Decisão sobre os rumos da atividade;
Fiscalização de eventual administração; e
Recebimento do patrimônio em caso de extinção da atividade.
 
Nome empresarial
Em meio à pluralidade, a individualidade é um anseio e, para essa, a identidade
é uma necessidade.
Previsão legal: artigos 1.155 a 1.168 do Código Civil.
Finalidade:  individualização  e  identificação  do  empresário  ou  sociedade
empresária.
É utilizado para o exercício da empresa. O nome não apenas individualiza, mas
dá  uma  identidadeainda  maior,  agregando  passado  (uma  história),  valores
sociais (a imagem, a honra), etc.
Conceito  legal:  Considera­se  nome  empresarial  a  firma  ou  denominação
adotada,  de  conformidade  com  este  Capítulo,  para  o  exercício  de
empresa (artigo 1.155, CC)
É aquele usado pelo empresário, enquanto sujeito exercente de uma atividade
empresaria,  identifica  o  titular  da  empresa:  o  empresário  ou  a  sociedade
empresária. Na verdade, ele irá identificar o agente econômico.
Instrução normativa n. 104/07 do DNRC: nome  empresarial  é  aquele  sob  o
qual  o  empresário  e  a  sociedade  empresária  exercem  suas  atividades  e  se
obrigam no atos a elas pertinentes.
Espécies de nome empresarial:
Firma Individual: utilizado pelo empresário individual, sendo composta pelo seu
nome  completo  ou  abreviado,  acrescidos  facultativamente  de  designação mais
precisa de  sua pessoa ou gênero de atividade  (art.  1.156, CC).  É  formado por
dois  elementos:  elemento  nominal  e  elemento  complementar.  O  elemento
nominal  é o próprio nome civil  do empresário  individual, podendo ser utilizado
na  forma  completa  ou  abreviado.  A  abreviatura  do  nome  nunca  poderá
ocultar a sua identidade, como ocorreria, por exemplo, no emprego apenas
das iniciais.
O  elemento  complementar  é  facultativo,  podendo  ser  elementos  que  melhor
identifique o empresário (Júnior, apelidos etc.) ou seu ramo de atuação. Nesses
elementos  encontra­se  a  aplicação  do  princípio  da  veracidade,  isto  é,  não
podem traduzir nenhuma ideia falsa.
Na  empresa  individual  com  responsabilidade  limitada  deve  vir  acrescido  da
expressão EIRELI.
Razão  social:  é  uma  espécie  de  nome  empresarial  para  as  sociedades
empresárias  que  se  caracterizam  pela  utilização  do  nome  de  sócios  em  sua
composição. Seus elementos  são: elemento  nominal,  pluralizador  e  podem  ser
colocados  os  elementos  complementares.  Elemento  nominal:  é  a  indicação
completa ou parcial do nome de um, alguns ou todos os sócios (art. 1.157, CC).
Pode  mencionar  o  patronímico  ou  sobrenome  e  não  pelo  prenome.  Elemento
pluralizador: é  o  elemento  indicador  que  a  sociedade  possui  pelo menos  dois
sócios.  Expressões  companhia,  Cia  e  outros  que  denotem  a  pluralidade  de
sócios.  Elementos  complementares:  elementos  facultativos  que  melhor
identifiquem  a  sociedade,  como  apelidos  dos  sócios  ou  sobre  suas  atividades
econômicas.
Em alguns casos a lei determina a utilização de elementos que identifique a
própria espécie de societária, como as limitadas.
Denominação: caracteriza­se pela não utilização do nome dos sócios. Utiliza­se
uma  expressão  fantasia,  com  indicação  do  objeto  social.  O  artigo  1.158,
parágrafo  2º  determina  que  “a  denominação  deve  designar  o  objeto  da
sociedade”.
Não se admitem:
Termos que contrariem a moral pública, como palavrões, palavras que firam
o pudor;
Nomes alheios;
Termos ou expressões que possam enganar ou confundir o público;
Utilização de marcas já registrados ou protegidos por direito autoral.
É constituída pelo elemento objetivo e sacramental. Elemento objetivo:  indica
a  atividade  que  está  sendo  exercida  pela  sociedade.  Elemento
sacramental: são os elementos que identificarão a espécie societária:
Nas  sociedades  limitadas  utiliza­se  a  expressão  limitada  ou  Ltda.  Nas
sociedades em comandita por ações utiliza­se a expressão comandita por ações.
Nas  sociedades  anônimas  utiliza­se  a  expressão  sociedade  anônima  ou
companhia por extensos ou abreviados.
Regras  para  constituição  dos  nomes  empresariais  das  espécies  de  sociedades
empresárias:
Elemento objetivo: indica a atividade que está sendo exercida pela sociedade;
Elemento  sacramental:  são  os  elementos  que  identificarão  a  espécie
societária:  nas  sociedades  limitadas  utiliza­se  a  expressão  limitada  ou  Ltda;
nas  sociedades  em  comandita  por  ações  utiliza­se  a  expressão  comandita  por
ações;  nas  sociedades  anônimas utiliza­se  a  expressão  sociedade  anônima ou
companhia por extensos ou abreviados.
Sociedade  anônima:  será  sempre  denominação,  devendo  designar  o  objeto
social e pelas as expressões sociedades anônimas ou companhia, por extenso
ou abreviatura.
Nas sociedades anônimas é permitido constar o nome do fundador acionista
ou pessoa que contribui para o bom êxito da formação da empresa.
Sociedades cooperativas:   adota  a  forma  de  denominação,  devendo  conter  a
palavra cooperativa  (artigo 1.159, CC).
Sociedade  em  comandita  por  ações: pode  adotar  uma  razão  social  ou  uma
denominação.  Caso  adote  razão  social,  deverão  constar  apenas  os  acionistas
que  possuem  responsabilidade  ilimitada  e  pessoal.  Deverá  constar  a
expressão “comandita por ações”.
Sociedade em comandita simples: deverá  adotar  apenas  a  firma  social.  Será
formado apenas pelos nomes dos sócios comanditados (artigo 1.157, parágrafo
único);
 
Outras regras:
Princípio da novidade: o nome do empresário deve distinguir de qualquer outro
já  inscrito  no  mesmo  registro  (art.  1.163,  CC).  Reflexo  da  preocupação  de
individualização  e  identificação  satisfatórias,  evitando­se  confusões,
concorrência desleal, etc. A inscrição do empresário assegura o uso exclusivo do
nome nos limites do respectivo Estado (art. 1.166, CC). O nome empresarial não
pode ser objeto de alienação (art. 1.164, CC).
Princípio da veracidade: o nome empresarial não pode  trazer uma  ideia  falsa
da atividade exercida pelo empresário ou os sócios que compõem a sociedade.
Impede que induza ao erro as pessoas que negociarem com este empresário.
Natureza  Jurídica:  é  considerado  um  direito  de  personalidade,  compondo  o
patrimônio  do  empresário  ou  da  sociedade  empresária,  não  comportando
transmissão, sucessão hereditária, penhor, penhora, etc. Mas são passíveis de
alterações, caso haja alterações na estrutura social, tipo societário, etc.
 
Regras de proteção:
É  protegido  pelo  registro  na  Junta  Comercial,  apenas  naquela  unidade  da
federação  onde  foi  registrado.                        Pode  ser  requerida  às  outras  Juntas
Comerciais a proteção do nome (art. 1.166, CC). A proteção perdurará enquanto
o  nome  estiver  inscrito  na  Junta  Comercial.  O  cancelamento  do  nome  pode
ocorrer  quando  cessar  as  atividades  ou  quando  se  realizar  a  liquidação  da
sociedade (art. 1.168, CC).
Caso  a  sociedade  permaneça  10  anos  sem  qualquer  arquivamento,  a  Junta
Comercial  irá considerar a empresa  inativa, promovendo­lhe o cancelamento do
registro (art. 60, Lei n. 8.934/94).
 
Registro público do empresário
É  obrigatória  a  inscrição  do  empresário  no  Registro  Público  de  Empresas
mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade (artigo 967, CC).
  Esta inscrição tem caráter apenas declaratório e não constitutiva, cuja função
é dar publicidade ao ato.
Órgãos de Registro de empresas: o Registro de Empresas está regulado pela Lei
8.934/94 (LRE).
Âmbito  federal:  Departamento  Nacional  de  Registro  do  Comércio  (DNRC).  Fixa
as  diretrizes  gerais  para  a  prática  dos  atos  registrários,  pelas  Juntas
Comerciais, acompanhando sua aplicação e corrigindo distorções.
Âmbito  Estadual:  Junta  Comercial  compete  realizar  o  registro  de  empresa,
compilar  as  regras  consuetudinárias,  habilitação  e  nomeação  de  tradutores
públicos e intérpretes comerciais.
 
Atos de registro de empresa:
Matrícula:  ato  de  inscrição  dos  tradutores  públicos  intérpretes  comerciais,
leiloeiros, etc.
Arquivamento:  inscrição  do  empresário  individual,  das  cooperativas,  das
sociedades empresárias, das declarações de microempresa e EPP, etc.
Averbações: são atos de arquivamentoque modificam a inscrição do empresário.
Todos  os  arquivamentos  devem  ser  realizados  até  30  dias  após  a  data  da
assinatura do ato, para que ocorra a retroatividade dos efeitos à data do ato.
Autenticação:  atos  relacionados  aos  instrumentos  de  escrituração  (livros
comerciais). A autenticação é condição de regularidade dos documentos.
As  finalidades  destes  atos  é  conferir  a  garantia,  publicidade,  autenticidade,
segurança  e  eficácia  aos  atos  jurídicos  das  empresas  individuais  e  das
sociedades empresárias; cadastrar os empresários e as sociedades empresárias
nacionais e estrangeiras, com atividades no país e; proceder à matrícula e seu
cancelamento dos agentes auxiliares do comércio.
Inatividade  da  empresa:  após  10  anos  sem  qualquer  arquivamento  a  Junta
Comercial  considerará  os  empresários  inativos,  podendo  cancelar  o  registro.
Perde­se a proteção do nome e torna­se irregular caso continue funcionando. O
empresário deverá ser intimado sobre a inatividade da empresa.
 
Livros Comerciais (escrituração)
Uma  das  obrigações  do  empresário  é  escriturar  regularmente  os  livros
obrigatórios.  Os  microempresários,  empresários  de  pequeno  porte  e  pequeno
empresário  estão  dispensados  de  uma  escrituração  contábil  obrigatória.  Os
empresários  optantes  do  Simples  Nacional  estão  dispensados  de manter  uma
escrituração mercantil desde que mantenham arquivados documentos referentes
ao  seu  giro  empresarial  que  permitam  a  identificação  da  movimentação
financeira.
Livros  contábeis:  aqueles  que  servem  à  memória  dos  valores  relacionados  às
operações de compra e venda, mútuo, liquidação de cobrança, etc.
Livros memoriais: servem à memória de dados fáticos, como o livro de registro
de empregados ou de atas das assembleias gerais.
Livros empresariais obrigatórios:  imposta aos empresários. Comuns:  imposto a
todos, "Diário". Livros Especiais: impostos apenas a uma determinada categoria
de atividades empresariais. Ex. Registro de Duplicatas.
Funções da escrituração: demonstrar a história da vida mercantil do empresário,
proporcionar a  fiscalização das atividades do empresário, permite que os  livros
possuam  valor  probatório  nos  processos  judiciais  e  proporciona  a  função
gerencial, fiscal e documental.
 
Princípios informadores:
Fidelidade:  consiste  em  exprimir,  com  fidelidade  e  clareza,  a  real  situação  da
empresa.
Sigilo: os  livros são protegidos pela garantia da  inviolabilidade, visa  impedir a
concorrência desleal.
Liberdade: liberdade em adotar qualquer livro contábil, apenas o livro "Diário" é
obrigatório.
Os  livros  podem  ser  escriturados  em  "livros  digitais",  isto  é,  processados  e
armazenados exclusivamente em meio eletrônico.
A irregularidade dos livros podem trazer as seguintes consequências: não terão
eficácia probatória, terão reputação de crime falimentar e presunção de verdade
dos fatos alegados contra o empresário sem livros regulares.
Exercício 1:
Considere que determinada empresa, constituída no Estado de São Paulo e em
fase de franca expansão, decida abrir estabelecimento em município do Estado
do Paraná. Nessa situação, a instituição da filial no Paraná, no que se refere à
formalização no registro público de empresas mercantis, deve ser:
A ­ registrada necessariamente em ambos os Estados. 
B ­ registrada em São Paulo ou no Paraná, a critério da empresa. 
C ­ apenas averbada em São Paulo. 
D ­ apenas registrada no Estado do Paraná. 
E ­ registrada no Paraná e averbada em São Paulo. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
Assinale a alternativa correta a respeito de empresa, empresário,
estabelecimento e locação empresarial:
A ­ de acordo com a lei civil, é obrigatória a inscrição, no registro público de
empresas mercantis, do empresário que desenvolva atividade rural. 
B ­ o adquirente do estabelecimento responde pelos débitos anteriores à
transferência, estejam, ou não, tais débitos contabilizados na escrituração. 
C ­ a natureza jurídica do estabelecimento empresarial é de universalidade de
direito. 
D ­ por meio de representação ou assistência, o menor não emancipado pode
continuar a atividade empresarial exercida por seus pais. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3:
Acerca da escrituração e do estabelecimento empresarial, assinale a opção
correta:
A ­ ocorrendo o extravio de livros ou fichas já autenticadas pela junta comercial,
impõe­se ao empresário, em razão do extravio, o pagamento de multa em favor
da junta comercial. 
B ­ a moderna teoria do direito empresarial equipara o estabelecimento
empresarial à sociedade empresária, ambos considerados sujeitos de direito. 
C ­ a empresa, mas não o estabelecimento empresarial, pode ser alienada,
onerada, arrestada ou penhorada. 
D ­ define­se estabelecimento empresarial como o conjunto de bens
considerados indispensáveis ou úteis ao desenvolvimento da empresa. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 4:
Com relação ao nome empresarial, assinale a opção correta.
A ­ em princípio, o nome empresarial, após ser registrada, goza de proteção em
todo território nacional. 
B ­ o empresário individual opera sob denominação. 
C ­ o nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
D ­ as companhias podem adotar a firma ou denominação social; 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 5:
A respeito do registro público de empresas, assinale a opção correta:
A ­ as juntas comerciais estão subordinadas, relativamente a matérias
administrativas, ao Departamento Nacional de Registro de Comércio. 
B ­ o registro a cargo das juntas comerciais compreende a matrícula dos atos
constitutivos das sociedades empresárias. 
C ­ de acordo com a legislação, deve haver uma junta comercial em cada
unidade federativa, com sede na capital e jurisdição na área da circunscrição
territorial respectiva. 
D ­ compete às juntas comerciais a matrícula de declarações de microempresas.
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 6:
Assinale opção correta acerca do nome empresarial.
A ­ por expressa disposição legal, a sociedade em conta de participação deve
operar sob firma ou denominação. 
B ­ é vedado ao adquirente de estabelecimento usar o nome do alienante
precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor, mediante ato entre
vivos e autorização contratual, visto que o nome empresarial não pode ser
objeto de alienação. 
C ­ o Código Civil determina que se aplique às pessoas jurídicas, no couber, a
proteção dos direitos da personalidade, sendo entendimento pacífico da
doutrina brasileira que o nome empresarial deve ser compreendido como direito
da personalidade do empresário. 
D ­ a inscrição do nome empresarial deve ser cancelada, a requerimento de
qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para a qual tenha
sido adotado o nome, ou quando se ultimar a liquidação da sociedade que o
tenha inscrito. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Estabelecimento Empresarial:
É o conjunto de bens organizados pelo empresário para o exercício da empresa
(artigo 1142, CC). Formado por bens materiais e imateriais. Bens Imateriais são
a  patente  de  invenção,  modelo  de  utilidade,  registro  de  desenho  industrial,
marga registrada, nome empresarial, título do estabelecimento e o ponto.
Não  pode  o  estabelecimento  empresarial  ser  confundida  com  a  sociedade
empresária  e  nem  com  a  empresa  (atividadeempresarial).  Também  não
podemos  confundir  o  estabelecimento  empresarial  com  o  patrimônio  da
empresa, pois esta tem uma conotação mais ampla, fazendo parte as dívidas do
empresário.
 
Aviamento: 
É  a  aptidão  de  produzir  lucro  conferido  ao  estabelecimento  empresarial,
representa  um  atributo,  sendo  a  clientela  um  dos  fatos  preponderantes  do
aviamento.
Aviamento  objetivo:  ocorre  em  razão  da  localização  do  estabelecimento.  Ex.
lanchonete dentro de um colégio.
Aviamento  subjetivo:  ocorre  em  razão  da  competência  do  empresário,  um
restaurante, não importando sua localização.
Cada estabelecimento empresarial possui um aviamento, maior ou menor, sendo
o resultado de um conjunto de vários fatores de ordem material ou imaterial, os
quais conferem ao estabelecimento a capacidade ou aptidão de gerar lucros.
Protege­se  indiretamente  o  aviamento  no  artigo  52,  parágrafo  3,  da  Lei  n.
8.245/91.
 
Clientela:
Conjunto  de  pessoas  que,  de  fato,  mantém  com  o  estabelecimento  relações
continuadas  de  procura  de  bens  e  serviços.  Constitui manifestação  externa  do
aviamento. Elemento importante na venda do estabelecimento.
Não pertence ao empresário, pode migrar para outro a qualquer momento. Não
como amarrar a clientela numa venda do estabelecimento.
A proteção legal à clientela ocorre de forma indireta, em duas hipóteses:
I ­ Direito a indenização, no caso de não renovação do contrato de locação;
II ­ Proteção à concorrência desleal, conforme artigo 195 da Lei 9.279/96 (Lei da
Propriedade Industrial).
Não  pode  ser  confundida  com  o  ponto,  pois  este  representa  apenas  a
localização  física  do  estabelecimento,  que  muitos  o  chamam  de  fundo  de
comércio. O ponto se difere do imóvel, podendo ser alienado sem a alienação do
imóvel.
 
Ponto ­ Localização empresarial
O  local  em  que  se  situa  o  estabelecimento  tem  fundamental  importância,  por
estar  ligado a sua capacidade de geração de  lucros. Estar próximo ao mercado
de  consumo  ou  as  fontes  de  insumos  é  importante  no  custo  da  atividade
empresarial.
O direito prestigia a permanência no ponto visando garantir ao empresário um
dos  fatores decisivos no sucesso da atividade empresarial. Caso o  imóvel seja
alugado  pelo  empresário,  este  terá,  em  algumas  condições,  o  direito  de
prorrogação  compulsória  do  contrato  pelo  período  igualao  do  último  contrato.
Surgiu em 1934, com a chamada Lei de Luvas.
A Lei de  locação de prédios urbanos, no seu artigo 51, apresenta os requisitos
essenciais para o direito de renovação compulsória:
I. Contrato por escrito, com prazo determinado;
II. Mínimo de 5 anos de relação locatícia;
III.Exploração  da  mesma  atividade  econômica  por  pelo  menos  3  anos
ininterruptos.
Se  o  contrato  for  por  prazo  indeterminado  o  locador  poderá  a  qualquer
momento, mediante aviso por escrito, com a antecedência de 30 dias, denunciar
a locação.
A soma de prazos de contratos sucessivos pode ser invocada pelo locatário.
Em  algumas  situações  a  renovação  não  ocorrerá,  mesmo  havendo  o
preenchimento de todos os requisitos legais:
I. Realização de obras no imóvel, por exigência do Poder Público;
II. Reformas no imóvel que valorizem o mesmo;
III. Insuficiência da proposta apresentada pelo locatário;
IV. Proposta melhor de terceiros;
V. Transferência de estabelecimento existente há mais de um ano, pertencente
ao  cônjuge,  ascendente  ou  descendente  do  locador  ou  a  sociedade  por  ele
controlado;
VI. Uso próprio.
O  locador  não  poderá  explorar  no  prédio  a  mesma  atividade  econômica  do
locatário.
O locatário poderá se utilizar da ação renovatória: ação própria para o exercício
do direito de renovação compulsória de locação empresarial. Deve ser proposta,
no prazo decadencial de 1 ano a 6 meses antes do término do prazo do contrato
a  renovar.  Deverá  comprovar  na  petição  inicial  o  pagamento  de  todas  as
obrigações do locatário e deve ser apresentada uma nova proposta de aluguel.
O locatário poderá requerer uma indenização pela não renovação compulsória do
seu ponto empresarial, mas esta indenização somente poderá ser pleiteada nos
casos  em  que  a  renovação  não  ocorrer  em  razão  das  exceções  apresentadas
pelo  locador.  A  indenização  deverá  cobrir  os  prejuízos  e  lucros  cessantes  do
fundo de comércio.
 
Trespasse ­ Alienação do estabelecimento empresarial
Não  se  confunde  com  a  cessão  de  quotas  sociais  de  sociedade  limitada  ou
alienação de controle de sociedade por ações. Nessas cessões não há mudança
de  titular do estabelecimento empresarial. Apenas  se  realiza a modificação da
composição de sócios.
No  trespasse  realiza­se  a  transferência  dos  bens  corpóreos  e  incorpóreos  dos
empresários  para  outro.  O  trespasse  é  um  negócio  jurídico,  devendo  ser
realizado por agente capaz, na  forma prescrita em lei ou não defesa em lei. O
contrato de alienação do estabelecimento somente produzirá efeitos, quanto a
terceiros, depois de averbado no Registro Público de Empresas Mercantis.
Está  incluído  no  trespasse:  contratos,  direitos,  negócios  jurídicos,  móveis,
imóveis, bens corpóreos e incorpóreos e etc...
O  adquirente  se  sub­roga  em  todos  os  contratos  de  exploração  do
estabelecimento,  salvo  àqueles  que  têm  caráter  pessoal.  Nesses  casos  os
terceiros  que  possuem  contratos  personalíssimos  podem  no  prazo  de  90  dias
rescindirem o contrato.
Para  que  o  trespasse  tenha  eficácia  será  necessário  que  todos  os  credores
sejam  pagos  ou  que  os  mesmos  concordem  expressamente  ou  tacitamente
sobre a alienação.
O alienante deverá notificar seus credores, para que eles possam, no prazo de
30 dias, manifestar­se sobre a realização do trespasse.
A  grande  preocupação  da  legislação  no  trespasse  é  tutelar  os  interesses  dos
credores.  Assim,  o  empresário  alienante  responde  por  todas  as  obrigações
relacionadas  ao  negócio  explorado  naquele  local  desde  que:  devidamente
contabilizadas e até um ano após o trespasse, contados da data da publicação
do trespasse, para as dívidas vencidas e, para as dívidas a vencer, contado da
data do vencimento da dívida.
O  trespasse deverá  ser  arquivado na  Junta Comercial  e publicado na  imprensa
oficial.
Independentemente de qualquer cláusula no  trespasse, o adquirente é sempre
sucessor  do  alienante,  em  relação  às  obrigações  trabalhistas  e  fiscais  ligadas
ao  estabelecimento,  diante  das  orientações  jurisprudenciais  de  nossos
tribunais.
 
Clausula de não restabelecimento
A  obrigação  do  não  restabelecimento  está  implícita  no  contrato  de  trespasse,
devendo  ser  respeitada  independentemente  de  ter  sido  acordado  entre  as
partes.  As  cláusulas  proibitivas,  classificadas  como  obrigação  de  não  fazer:
importa  na  proibição  do  alienante  em  restabelecer  sua  atividade  empresarial,
fazendo concorrência com o adquirente. Referida cláusula deve conter restrições
temporais e territoriais, só pena de ser considerada inválida.
Seu  principal  objetivo  é  impedir  o  enriquecimento  ilícito  do  alienante,  que
recebeu o aviamento do estabelecimento vendido.
O Código Civil em seu artigo 1.147 determina a proibição em 5 anos.
 
Títulos do estabelecimento
Não pode confundir o título do estabelecimento com o nome empresarial, pois é
por  intermédio  deste  que  o  empresário  exerce  e  assina  os  atos  relativos  à
empresa.
Além  do  nome  empresarial,  admite­se  o  uso  de  um  títuo  de  estabelecimento
que  se  relacione  à  atividade  da  empresa  ou  seu  titular.  Ex.  Sorveteria  do
Centro, Rei do Retalho, etc...
Não existe no Brasil  o  registro do Título do estabelecimento empresarial, mashá  sua  proteção  contra  usurpações  e  uso  indevido,  art.  195  do  Código  de
Propriedade Industrial.
O título do estabelecimento é vendável, diferentemente do nome empresarial.
Exercício 1:
Não é condição para que o locatário tenha direito à renovação compulsória do
contrato de locação não­residencial:
A ­ contrato por escrito e por prazo determinado. 
B ­ prazo do último contrato superior a cinco anos. 
C ­ exercício da mesma atividade pelos últimos três anos. 
D ­ propositura da ação renovatória no penúltimo semestre de vigência do
contrato renovado. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
O Estabelecimento:
A ­ não pode ser objeto unitário de direito e de negócios jurídicos, translativos
ou constitutivos; 
B ­ uma vez arrendado, tal ato negocial, "ipso iure", produzirá efeitos em
relação a terceiros; 
C ­ é elemento essencial à empresa, pois impossível é qualquer atividade
empresarial sem que antes se organize; 
D ­ com o trespasse, não gera, para o adquirente, a responsabilidade pelo
pagamento de dívidas pendentes, desde que regularmente contabilizados. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3:
Independente de seu objeto, considera­se empresária a:
A ­ sociedade por ações; 
B ­ sociedade por ações e a cooperativa; 
C ­ cooperativa. 
D ­ sociedade simples personificada. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 4:
Quanto à alienação de um estabelecimento comercial, pode­se afirmar que:
A ­ não é possível por se tratar de patrimônio indisponível de uma sociedade
empresária. 
B ­ implica o impedimento de o alienante fazer concorrência ao adquirente, no
prazo de 5 anos subsequentes à transferência, salvo se tal condição tiver sido
expressamente dispensada pelo adquirente. 
C ­ o adquirente do estabelecimento não ficará sub­rogado no pagamento das
dívidas anteriores à alienação. 
D ­ o adquirente ficará sub­rogado nos créditos referentes ao estabelecimento,
independentemente da publicação da transferência. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 5:
O direito de inerência ao ponto comercial é exercido através de uma ação
judicial própria, denominada renovatória. Essa ação deve ser proposta
pelo locatário no prazo:
A ­ entre 1 e 6 meses antes do término do prazo do contrato a renovar. 
B ­ de 3 meses antes do término do prazo do contrato a renovar. 
C ­ entre 6 meses e 3 meses antes do término do prazo do contrato a renovar. 
D ­ entre 4 e 2 meses antes do término do prazo do contrato a renovar. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 6:
Assinale a alternativa correta:
A ­ o estabelecimento empresarial abrange apenas os bens de natureza
corpórea ou material. 
B ­ o contrato que prevê a venda do estabelecimento empresarial pode ser
particular e sua eficácia dispensa qualquer espécie de registro. 
C ­ a venda do estabelecimento empresarial irremediavelmente importa
mudança da estrutura societária do vendedor ou do comprador. 
D ­ não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não
pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à
transferência. 
E ­ Nenhuma das alternativas acima. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
A  propriedade  industrial  é  a  divisão  do  direito  empresarial  que  protege  os
interesses  dos  inventores,  designers  e  empresários  em  relação  às  suas
invenções,  modelo  de  utilidade,  desenho  industrial,  marcas  e  concorrência
desleal.
Seu  surgimento  se  deu  na  Inglaterra,  em  1623,  com  a  edição  do  Statute  of
Monopolies, onde pela primeira vez prestigiou as inovações técnicas, utensílios
e ferramentas de produção.
Momento  de  imensa  importância  foi  a  criação,  em  1883,  da  União  de  Paris,
convenção internacional do qual o Brasil é participante desde o início. Teve sua
vigência  iniciada  em  07/07/1883  –  Convenção  da  União  de  Paris,  CUP.  Seu
principal  objetivo  é  determinar  os  princípios  da  disciplina  da  propriedade
industrial.
 
Bases da propriedade industrial no Brasil
A  propriedade  industrial  está  protegida  pela  norma  constitucional,  artigo  5º,
inciso  XXIX,  além  da  Lei  n.  9276/96,  onde  prevê  como  integrantes  da
propriedade industrial: a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e
a marca.
Além  disso  determina  os  direitos  de  exploração  exclusiva  de  referidas
propriedades industrias:
Patentes (carta­patente): invenção e modelo de utilidade;
Registro (certificado): desenho industrial e a marca.
A  concessão  da  patente  ou  do  registro  (certificado)  fica  a  cargo  de  uma
autarquia federal: Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.
É  uma  autarquia  federal  criada  em  1970,  vinculada  ao  Ministério  do
Desenvolvimento,  Indústria  e  Comércio  Exterior  (MDIC),  responsável  pelo
aperfeiçoamento,  disseminação  e  gestão  do  sistema  brasileiro  e  garantia  de
direitos de propriedade intelectual para a indústria.
 
Propriedade Intelectual
Os  bens  sujeitos  à  tutela  jurídica  da  propriedade  industrial  integram  o
estabelecimento empresarial, nos chamados bens imateriais da propriedade
do empresário.
Ocorre  que,  esses  bens  imateriais  fazem  parte  da  chamada  propriedade
intelectual,  sendo  dividida  em:  direitos  autorais  e  propriedade  industrial.  Tal
nome  se  deve  a  sua  imaterialidade  e  à  origem  comum,  isto  é,  exercício  de
aptidões de criatividade pelos titulares dos respectivos direitos.
Existem grandes diferenças nos efeitos jurídicos entre a propriedade industrial e
a  propriedade  autoral,  capazes  de  criar  sérios  problemas  na  condução  ou
resolução de litígios na prática.
Em relação à origem do direito industrial podemos dizer: 
­  A  exclusividade  na  exploração  dos  bens  do  direito  industrial  ocorrerá  após  a
expedição  da  patente  ou  do  certificado  de  registro  do  INPI.  Assim,  o  ato
administrativo que garante esse direito é de natureza constitutiva.
­  Quem  pedir  a  patente  ou  registro  em  primeiro  lugar  terá  o  direito  de
exclusividade, não interessando saber quem foi o inventor.
 
Quanto à origem do direito autoral:
­  O  direito  de  exclusividade  decorre  do  ato  de  criação  da  obra  científica,
artística,  literária ou de programa de computador. Os criados do direito autoral
devem  registrar  suas  obras, mas  esse  registro  não  tem  natureza  constitutiva,
mas servem apenas para à prova de anterioridade da criação.
 
Quanto à extensão da tutela.
­  No  direito  industrial  protege  a  forma  exterior  do  objeto  e  também  a  própria
ideia  inventiva.  Já  no  caso,  do  direito  autoral  protege  a  forma  exterior  da
criação, proibindo­se os plágios, mas não a ideia.
 
Patente
Documento que prova o direito de uso de exploração exclusiva da  invenção ou
do modelo de utilidade. Os requisitos para a concessão do direito  industrial de
patenteabilidade:  novidade,  atividade  inventiva,  industriabilidade,
desimpedimento (licitude).
Modelos de utilidade  trata­se de uma  inovação em equipamento ou produto  já
existe e não protegido por patente, podemos dizer que um aperfeiçoamento da
invenção original.
 
Novidade
Uma  invenção  será  considerada  nova  quando  não  compreendida  do  estado  da
técnica,  quando  for  desconhecida  pelos  pesquisadores  especializados.  Estado
da técnica: compreende  todos os conhecimentos difundidos no meio científico,
acessívela  qualquer  pessoa,  e  todos  os  reivindicados  regularmente  por  um
inventor, por meio de depósito de patente, mesmo ainda não tornado público.
Nem todas as formas de divulgação comprometem a novidade do invento, como:
publicação  da  invenção  em  congressos  ou  revistas  científicas,  nos  12  meses
anteriores  ao  depósito  da  patente;  divulgação  em  razão  de  fraude,  nos  12
meses  anteriores  ao  depósito  da  patente  e  divulgação  do  invento  por  pessoa
não autorizada, nos 12 meses anteriores ao depósito da patente. Esse período
de 12 (doze) meses é chamado de “período de graça”.
Importante  ressaltar  que  o  depósito  feito  no  exterior  nos  12  (doze)  meses
contados do pedido já realizados no território nacional, o titular poderá solicitar
o  reconhecimento  da  prioridade  a  invenção.  Tal  proteção  decorre  do  acordo
internacional assinado pelo Brasil – Tratado da União de Paris.
 
Atividade inventiva
Para ser  considerada uma  invenção, esta não poderá ser decorrente do estado
da  técnica  de  um  modo  óbvio,  para  um  especialista.  Não  poderá  derivar  de
forma  simples  dos  conhecimentos  nele  reunidos,  devendo  a  invenção  ser
resultado de um verdadeiro engenho.
 
Industriabilidade
Representa a possibilidade de utilização ou produção do  invento,  por qualquer
tipo de indústria, ou seja, para a atividade produtiva (art. 15, Lei n. 9.279/96).
As  invenção muitas  avançadas  ou mesmo  inúteis  não  são  patenteáveis.  Se  o
pedido  da  patente  descreve  objeto  cuja  industrialização  depende  de  outras
invenções  ainda  inexistentes,  embora  previsíveis,  falta­lhe  o  requisito  da
industriabilidade.
 
Desimpedimento
Existem  situações  que  as  invenções  não  recebem  as  patentes  por  ordem
pública, são três (art. 18, Lei n. 9.279/96):
As  invenções  contrárias  à  moral,  aos  bons  costumes  e  à  segurança,  à
ordem e a saúde públicas;
Substâncias,  matérias,  misturas,  elementos  ou  produtos  resultantes  de
transformação do núcleo atômico;
Seres vivos ou parte deles.
A  patente  é  um  bem  que  poderá  ser  cedido  pelo  seu  proprietário  à  terceiros,
mas  referida  cessão  deverá  ser  averbada  no  INPI  para  que  produza  efeitos
legais para terceiros.
A  cessão  poderá  ser  parcial  ou  total,  isto  é,  poderá  existir  um  condomínio  a
patente, pois esta é indivisível.
Ocorre que, pode existir  as  chamadas  licenças  compulsórias  (artigos 68 a 75),
ou  seja,  situações  que  obrigatoriamente  terceiros  terão  os  privilégios  de
explorarem as invenções. Essas licenças compulsórias podem ocorrer:
Abuso dos direitos de patente ou práticas de abuso de poder econômico por
meio dela;
Não exploração de patente no território brasileiro;
Quando a comercialização não satisfaz as necessidade do mercado;
Em caso da patente ficar dependente de outra;
Casos de emergência nacional ou interesse público.
 
Patentes decorrentes de contrato de trabalho
Em razão do aperfeiçoamento e desenvolvimento das relações empregatícias, o
problema da invenção durante um contrato de trabalho é muito comum, gerando
grandes conflitos de interesses no mercado atual. Dessa forma, importante que
os contratos de trabalhos venham com cláusulas claras e específicas, apontando
quais  são  os  direitos  do  trabalhador,  caso  seja  constituída  uma  invenção
durante a sua prestação de labor.
A Lei de propriedade industrial determina que a invenção será da empresa se a
mesma  é  obtida  na  empresa,  ou  seja,  em  razão  dos  serviços  específicos
contratados, não ocorrendo a individualização do inventor.
O  invento  será  o  empregado  se  for  desenvolvida  pelo  empregado  de  forma
individual,  desde  que  tenha  ocorrido  de  forma  desvinculada  do  contrato  de
trabalho e não de vínculo do mesmo. Não poderá haver utilização de recursos,
dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador.
Por fim, o invento será comum ou misto, quando desenvolvido pelo empregado,
de forma desvinculada do contrato de trabalho, mas com utilização de recursos,
dados, equipamentos, meios materiais ou instalações do empregador.
 
Extinção da patente
A  extinção  da  patente  ocorre  regularmente  com  o  decurso  do  prazo  de  sua
vigência que será:
20 anos para invenção;
15 anos para modelo de utilidade.
Mas, a extinção também poderá ocorrer com a renúncia expressa de seu titular,
além da  caducidade  ou  perda  da  eficácia  da  concessão  deferida,  pela  falta  de
pagamento da retribuição anual, pela não constituição de procurador qualificado
residente no Brasil e pela nulidade da concessão do privilégio, caso esteja em
desacordo com as disposições da Lei de Propriedade Industrial.
 
Marcas
A previsão  legal de proteção das marcas está nos artigos 121 a 164 da Lei n.
9.279/96.
Significa um sinal aposto a um produto, uma mercadoria, ou o indicativo de um
serviço, destinado a diferenciá­lo dos demais. Ex: omo, minerva, sorriso, cheque
ouro, etc.
As principais funções das marcas são:
Função distintiva,  ou  seja,  ela  distingue um produto  ou  serviço de  outros
da mesma categoria; capacidade de individualização do produto;
Função  de  indicação  de  procedência:  indica  ao  consumidor  a  origem  do
produto ou serviço, não necessariamente com a  indicação concreta do seu
fabricante.
Para  os  empresários  as  marcas  servem  como  meios  de  atrair  clientela,  mas
também  para  os  consumidores  resguardam  seus  interesses  em  relação  à
qualidade  ou  proveniência,  ou  seja,  a  marca  é  um  referencial  para  os
consumidores fazerem suas escolhas.
 
Classificação das marcas
Marcas  de  produto  ou  de  serviço:  Essas  marcas  servem  especificamente  para
distinguir  produtos  ou  serviços  de  outros  congêneres  de  origem  diversa.  Ex.
coca­cola, Brastemp, etc.
Marcas de certificação: Servem para atestar a qualidade do produto ou serviço,
atribuído por institutos técnico. Ex. ABIC, ISO, etc.
Marca coletiva: É a marca que possui como principal função garantir a qualidade,
origem  e  natureza  certa  de  certos  produtos  ou  serviços  de  membros  de  uma
determinada entidade. Ex. cooperativa agropecuária de Boa Esperança, etc.
Marca  de  alto  renome:  Trata­se  de  uma  marca  que  possui  alto  grau  de
conhecimento  junto  ao  público  em  geral,  inspirando  confiança  e  exercendo
grande  força  atrativa.  A  proteção  se  estende  a  todos  os  ramos  econômicos,
desde  que  haja  um  registro  no  país,  especificamente  com  essa  conotação  de
alto  renome.  Essa  espécie  de  marca  é  uma  exceção  ao  princípio  da
especialidade,  ou  seja,  as  marcas  não  são  protegidas  apenas  em  suas
atividades empresariais, mas em todas as atividades.Ex. Pirelli, Kibon, Natura,
Banco do Brasil, Coral, etc.
Marca notoriamente conhecidas: São as marcas que detêm prestígio restrito nos
seguimento do público consumidor relacionado ao produto que elas assinalam. É
considerada  famosa  apenas  no  seu  segmento  mercadológico,  dentro  do  seu
ramo de atuação. Sua proteção independe do registro no país, excepcionando o
princípio  da  territorialidade,  embasado  na  vedação  do  enriquecimento  sem
causa, impedindo que pessoas de má­fé se aproveitem da fama internacional de
determinadas marcas ainda não registradas no país.
 
Requisitos para registro de uma marca
Para a realização do registro de uma marca no INPI, será necessário demonstrar
o preenchimento dos seguintes requisitos:
Capacidade distintiva: deverá  ter  capacidade  de  diferenciar  o  produto  ou
serviço de outro;
Novidade: deve­se  ser nova, mas não precisa  ser  criada pelo empresário,
tem  que  ser  capaz  de  diferenciar  o  produto  ou  serviço  do  produto  ou
serviços dos concorrentes. Não é necessário que o requerente tenha criado
o  sinal,  emsua  expressão  linguística,  mas  que  lhe  dê,  ou  ao  signo  não
linguístico escolha, uma nova utilização;
Desimpedimento: o artigo 124 indica várias proibições para o registro das
marcas, dessa forma para que a marca possa ser registrada ela não poderá
incorrer em nenhum dos impedimentos previstos na legislação.
 
Extinção do registro
Conforme estabelece  ao  artigo  142 da  LPI,  o  registro  de marca  é  extinto  pela
expiração  do  prazo  de  vigência,  renúncia  total  ou  parcial,  caducidade  ou
inobservância do disposto no artigo 217 do mesmo diploma legal.
A expiração do prazo de vigência da marca ocorrerá após 10 anos de uso, mas o
seu  titular  tem o direito de  requerer  a prorrogação por mais 10 anos, quantas
vezes quiser, devendo fazê­lo ao longo do último ano de vigência da mesma.
 
Desenho Industrial
O desenho  industrial  será protegido por  intermédio da emissão de um registro
pelo  INPI,  tendo  como  principal  objetivo  garantir  ao  titular  do  registro  a
exclusividade na exploração dos aspectos ornamentais de um objeto.
Isso pode ocorrer quando for criado um novo formato de um relógio, brinquedo,
veículo, caneta, bolsa, etc.
Uma  vez  concedida  pelo  Estado,  o  registro  do  desenho  industrial  é  válido  em
todo  território  nacional  e  dá  ao  titular  o  direito  durante  todo  o  prazo  de
vigência, de excluir terceiros de fabricar, comercializar, importar, usar ou vender
a matéria protegida sem sua prévia autorização.
O prazo de vigência da proteção do desenho industrial é de dez anos, contados
da  data  de  depósito,  prorrogáveis  por mais  três  períodos  sucessivos  de  cinco
anos.
 
Requisitos para o registro
Existem três requisitos essenciais que devem ser observados para a realização
do registro do desenho industrial, que são:
Novidade: é necessário que o desenho  industrial não esteja compreendido
no  estado  da  técnica,  que  é  constituído  por  tudo  aquilo  que  se  tornou
acessível ao público em qualquer meio antes da data de depósito no Brasil
ou no exterior;
Originalidade:  o  desenho  é  considerado  original  quando  resulta  de  uma
configuração visual distintiva em relação a outros objetos conhecidos;
Servir de tipo de fabricação industrial: o objeto deve poder ser reproduzido
industrialmente, em todos os seus detalhes. No Brasil, não são protegidas
partes de um objeto que não sejam objetos independentes.
 
Práticas de concorrência desleal
Concorrência  desleal  é  qualquer  ato  de  concorrência  que  seja  contrária  às
práticas honestas em matéria comercial ou  industrial. As regras em matéria de
concorrência estão previstas nos artigo 195 da Lei de propriedade industrial, que
estabelece como prática de concorrência desleal:
                I  ­  publica,  por  qualquer  meio,  falsa  afirmação,  em  detrimento  de
concorrente, com o fim de obter vantagem;
       II ­ presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim
de obter vantagem;
              III  ­  emprega  meio  fraudulento,  para  desviar,  em  proveito  próprio  ou
alheio, clientela de outrem;
       IV ­ usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a
criar confusão entre os produtos ou estabelecimentos;
              V  ­  usa,  indevidamente,  nome  comercial,  título  de  estabelecimento  ou
insígnia  alheios  ou  vende,  expõe  ou  oferece  à  venda  ou  tem  em  estoque
produto com essas referências;
              VI  ­  substitui,  pelo  seu  próprio  nome  ou  razão  social,  em  produto  de
outrem, o nome ou razão social deste, sem o seu consentimento;
          VII ­ atribui­se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que
não obteve;
           VIII ­ vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou invólucro de
outrem, produto adulterado ou falsificado, ou dele se utiliza para negociar com
produto da mesma espécie, embora não adulterado ou falsificado, se o fato não
constitui crime mais grave;
              IX  ­  dá  ou  promete  dinheiro  ou  outra  utilidade  a  empregado  de
concorrente,  para  que  o  empregado,  faltando  ao  dever  do  emprego,  lhe
proporcione vantagem;
              X  ­  recebe  dinheiro  ou  outra  utilidade,  ou  aceita  promessa  de  paga  ou
recompensa,  para,  faltando  ao  dever  de  empregado,  proporcionar  vantagem  a
concorrente do empregador;
              XI  ­  divulga,  explora  ou  utiliza­se,  sem autorização,  de  conhecimentos,
informações  ou  dados  confidenciais,  utilizáveis  na  indústria,  comércio  ou
prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou
que sejam evidentes para um técnico no assunto, a que teve acesso mediante
relação contratual ou empregatícia, mesmo após o término do contrato;
       XII ­ divulga, explora ou utiliza­se, sem autorização, de conhecimentos ou
informações a que se refere o inciso anterior, obtidos por meios ilícitos ou a que
teve acesso mediante fraude; ou
       XIII ­ vende, expõe ou oferece à venda produto, declarando ser objeto de
patente depositada, ou concedida, ou de desenho industrial registrado, que não
o  seja,  ou  menciona­o,  em  anúncio  ou  papel  comercial,  como  depositado  ou
patenteado, ou registrado, sem o ser;
              XIV  ­  divulga,  explora  ou  utiliza­se,  sem  autorização,  de  resultados  de
testes  ou  outros  dados  não  divulgados,  cuja  elaboração  envolva  esforço
considerável e que tenham sido apresentados a entidades governamentais como
condição para aprovar a comercialização de produtos.
 
Exercício 1:
Com base nas disposições da Lei n.º 9.279/1996, assinale a opção correta
acerca de propriedade industrial:
 
A ­  A criação de marcas comerciais olfativo­aromáticas é amparada pela lei
brasileira, o que viabiliza o registro de fragrâncias que identifiquem
estabelecimentos comerciais.  
B ­ b) O prazo de vigência de um registro de marca é de dez anos, contados da
data da concessão do registro e, a partir de então, prorrogável por quinquênios
sucessivos.  
C ­ Constituem espécies de indicação de procedência a indicação geográfica e a
denominação de origem.  
D ­ Ao registro de desenho industrial não cabe o direito de prioridade, pois o
requerimento no exterior não produz efeitos de depósito nacional.  
E ­ O titular da patente tem direito de pleitear indenização contra quem
explorar indevidamente o objeto patenteado, inclusive em relação a período
anterior à própria concessão da patente. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
 A respeito da propriedade industrial, assinale a opção correta:
 
A ­ Em caso de criação independente, se duas ou mais pessoas reclamarem o
direito à patente de determinado invento, terá prioridade a pessoa que provar a
primazia da criação.  
B ­ No processo de caducidade de patente instaurado a requerimento de parte
interessada, o INPI poderá prosseguir se houver desistência do requerente. 
C ­ Embora autorize a administração pública a condicionar atendimento a pedido
de fiscalização ao prévio recolhimento do valor inadimplido, a falta de
pagamento da retribuição anual por si só não causa extinção da patente.  
D ­ A propriedade do desenho industrial é adquirida pela patente validamente
concedida.  
E ­ É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade
inventiva e aplicação industrial, como, por exemplo, um novo programa de
computador ou um novo método cirúrgico. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3:
De acordo com a Lei n.º 9.279/96, a patente de modelo de utilidade vigorará,
contado da data do depósito, pelo prazo de:
 
A ­ 20 anos.  
B ­ 15 anos. 
C ­ 10 anos.  
D ­ 5 anos.  
E ­  3 anos. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 4:
A respeitoda Lei de Propriedade Industrial (Lei n.º 9.279/1996), assinale a
opção correta.
A ­ As descobertas, as teorias científicas e os métodos matemáticos são
considerados por lei invenção ou modelo de utilidade.  
B ­ A patente de modelo de utilidade deve vigorar pelo prazo de vinte anos, e a
de invenção pelo prazo quinze anos contados da data de depósito.    
C ­ Consideram­se bens imóveis os direitos de propriedade industrial.  
D ­ Não será considerada como estado da técnica a divulgação de invenção ou
modelo de utilidade que ocorra nos doze meses anteriores à data de depósito
ou à data de prioridade do pedido de patente, se promovida pelo inventor.  
E ­ Se dois ou mais autores tiverem realizado a mesma invenção ou modelo de
utilidade, de forma independente, o direito de obter patente deverá ser
assegurado ao que primeiro provar ter inventado ou criado o produto,
independentemente da prova da data do depósito. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 5:
De acordo com a Lei nº 9.279/1996, quanto à titularidade da patente, assinale
a alternativa correta.
A ­ Emblema é suscetível de registro como marca, por ser um sinal distintivo
visualmente perceptível.  
B ­ Sinal ou expressão empregados apenas como meio de propaganda são
suscetíveis de registro como marca.    
C ­ A marca considerada de alto renome goza de proteção especial,
independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil.    
D ­ A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade goza de
proteção especial, independentemente de estar previamente depositada ou
registrada no Brasil.    
E ­ Sendo iguais as invenções de diferentes autores, o direito de obter patente
pertence àquele que provar o depósito mais antigo. A retirada de depósito
anterior sem produção de qualquer efeito não significa que o depósito
imediatamente posterior tenha prioridade 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 6:
É suscetível de registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI):
A ­ desenho industrial considerado original e que dele resulte configuração
visual distintiva em relação a outros objetos anteriores 
B ­ substância físico­química ou parte de seres vivos.    
C ­ indicação geográfica constituída por nome geográfico de uso comum
designando produto ou serviço.  
D ­ invenção ou modelo de utilidade de descobertas, teorias científicas e
métodos matemáticos.    
E ­ marca que empregue sinal ou expressão apenas como meio de propaganda. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Referência histórica
A  ideia  de  sociedade  decorre  do  espírito  associativo  do  homem.  A  sociedade
significa  a  união  de  esforços  comuns  para  a  obtenção  dos  bens  necessários  à
sobrevivência.
A  sociedade  surgiu  da  necessidade  dos  herdeiros  continuarem  as  atividades
exercidas pelo pater familiae.
 
Conceito de sociedade no direito privado
O conceito de sociedade está previsto no Código Civil, no artigo 981. Portanto
para  sabermos  quais  as  características  essenciais  de  uma  sociedade,  é
necessário consultarmos referido artigo, que diz o seguinte:
Artigo  981,  CC:  “Celebram contrato de sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a constituir, com bens e serviços, para
o  exercício  da  atividade  econômica  e  a  partilha,  entre  si,  dos
resultados”.
 
Nas  palavras  do  digníssimo mestre  Rubens  Requião,  “sociedade  é  a  entidade
constituída  por  várias  pessoas  com  objetivos  econômicos,  podendo  ter  como
objeto  atos  de  empresa  (sociedade  empresária)  ou  atos  civis  com  fins
econômicos (sociedade simples)”. 
Assim, quando analisamos o conceito do artigo acima mencionado, encontramos
os seguintes elementos:
Contribuição para o capital social (art. 1004, do Código Civil): os  sócios
devem  contribuir  para  a  formação  de  um  patrimônio  inicial  da  sociedade,
diante da intenção desta exercer uma atividade econômica. Forma o fundo
patrimonial inicial, define a participação de cada sócio e constitui o capital
social;
Participação nos lucros e nas perdas (art. 1008, do Código Civil);
Affectio societatis: significa a vontade de cooperação dos sócios, de atingir
um fim comum;
Pluralidade de partes: para a formação de uma sociedade será necessário
a  existência  de  pelo  menos  dois  sócios.  Com  exceção  da  sociedade
subsidiária  integral,  prevista  no  artigo  251,  da  Lei  das  Sociedades  por
Ações.
 
Espécies de sociedade
De acordo com nossa legislação existem duas grandes espécies de sociedades:
sociedades simples e sociedades empresariais.
Sociedade  empresária:  sociedade  que  tem  por  objeto  o  exercício  de
atividade própria de empresário (artigo 982, CC);
Sociedade simples: são todas as sociedades que não adotam como objeto
o exercício de atividade própria de empresário.
Importante  ressaltar  que  nossa  legislação  classifica  como  sendo  sociedades
empresárias  todas  as  sociedades  por  ações  e,  sociedades  simples  todas  as
sociedades  cooperadas,  conforme  parágrafo  único,  art.  982,  do  Código  Civil,
independentemente da atividade praticada pelas sociedades.
 
Personalidade Jurídica das Sociedades
A  principal  característica  de  uma  sociedade  é  a  sua  capacidade  de  ter  uma
personalidade  jurídica  individualizada  e  independente  das  personalidades
jurídicas dos seus sócios.
Com  isso  as  sociedades  possuem  uma  atribuição  genérica  de  aptidão  para  os
atos jurídicos da vida privada, quando forem devidamente constituídas.
Teorias:
Pré­normativistas: consideram as pessoas jurídicas seres existentes anterior e
independentemente  da  ordem  jurídica,  são  consideradas  realidades
incontestáveis;
Normativistas:  consideram  as  pessoas  jurídicas  seres  criados  pelo  direito,
sendo apenas uma ideia, é chamada de teoria da ficção.
Em razão de sua personalidade jurídica as sociedades são consideradas sujeitos
de direitos, ou  seja,  capazes de  terem direitos e obrigações. Ocorre que, nem
todos  os  sujeitos  de  direito  são  pessoas,  pois  se  encontram  os  chamados
sujeitos despersonalizado, como o espólio, massa falida, nascituro, condomínio
horizontal.
O  sujeito  personalizado  pode  fazer  tudo  que  não  está  proibido,  o
despersonalizado  somente  o  essencial  ao  cumprimento  de  sua  função  ou  os
atos expressamente autorizados.
As sociedades são pessoas jurídicas com personalidade jurídica, conforme artigo
44, do Código Civil.
 
Início da personalidade jurídica da sociedade
A  personalidade  jurídica  de  uma  sociedade  inicia­se  com  o  registro  dos  seus
atos  constitutivos  no  órgão  competente,  ou  seja,  nos  Cartórios  de  Pessoas
Jurídicas  (sociedades  simples)  ou  nas  Juntas  Comerciais  (sociedades
empresárias), conforme os artigos 45 e 985, do Código Civil.
Mas,  nem  todas  as  sociedades  possuem  personalidades  jurídicas,  existem  as
chamadas  sociedades  despersonalizadas,  como  as  sociedades  em  comum  –
espécie  de  sociedade  transitória  –  e  a  sociedade  em  conta  de  participação,
reguladas pelos artigos 986 a 996, CC.
O  fim da personalidade  jurídica das sociedades ocorre com a sua extinção, por
intermédio  do  procedimento  dissolutório,  que  poderá  ser  extrajudicial  ou
judicial, dependendo dos motivos que levam a dissolução da sociedade.
Os efeitos (principais) da personalização das sociedades são:
Titularidade processual: a parte legítima para mover ou responder a ação
é a própria pessoa jurídica;
Titularidade  obrigacional:  terá  capacidade  de  constituir  relações
obrigacionais com outras pessoas;
Responsabilidade  patrimonial:  responderá  diretamente  pelas  obrigações
da sociedade, em regra, apenas os bens sociais.
Pode­se

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