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DIREITO TRIBUTÁRIO Professor: PEDRO PAULO PEIXOTO JR. DIREITO TRIBUTÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO CONCEITO: É uma disciplina componente do Direito Público, tendo natureza obrigacional, pois se refere à relação de crédito e débito que nasce entre sujeitos da relação jurídica. TRIBUTO Art. 3º CTN: “Tributo é toda prestação PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que NÃO CONSTITUA SANÇÃO DE ATO ILÍCITO, instituída em LEI e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. TRIBUTO X MULTA TRIBUTO NÃO TEM FINALIDADE SANCIONATÓRIA VISA ARRECADAR MULTA É SANÇÃO POR ATO ILÍCITO VISA COIBIR ATO ILÍCITO TRIBUTO- ESPÉCIES “CTN” CTN- ART.5º: Os tributos são: ► IMPOSTOS; ► TAXAS; ► CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA; TRIBUTO- ESPÉCIES “DOUTRINA” ► IMPOSTOS; ► TAXAS; ► CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA; ► EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS; ► CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS; “COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA” CONCEITO: “É o poder que os entes federativos, União, Estado e Município, possuem para a instituição, arrecadação e fiscalização de tributos.” COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA- “CLASSIFICAÇÃO” ► PRIVATIVA; ► COMUM; ► CUMULATIVA; ► ESPECIAL; ► RESIDUAL; ►EXTRAORDINÁRIA; COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA- “PRIVATIVA” ► UNIÃO: ART. 153 DA CF ; ( II, IE, IR, IPI, ITR, IOF, IGF) ► ESTADOS: ART. 155 DA CF ; ( ITCMD, ICMS, IPVA) ► MUNICÍPIOS: ART. 156 DA CF; ( IPTU, ITBI, ISS) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA- ► COMUM: TRIBUTOS VINCULADOS; ( TAXAS E CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA) ► CUMULATIVA- ART. 147, CF ; ( COMPETÊNCIA DA UNIÃO) ► ESPECIAL- ART. 148 E 149, CF; ( UNIÃO: EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO E CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA- ► RESIDUAL – ART. 154, I e ART. 195, §4º, CF; ( IMPOSTOS NOVOS- UNIÃO) ► EXTRAORDINÁRIA- ART. 154, II, CF C/C 76, CTN ; ( IEG) ESPÉCIES DE TRIBUTOS “TAXAS” CONCEITO: “É tributo imediatamente vinculado à ação estatal, atrelando-se à atividade pública, e não a ação do particular. É gravame com hipótese de incidência vinculada a atividade da administração pública.” ESPÉCIES DE TRIBUTOS “TAXAS” CF: Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. ESPÉCIES DE TRIBUTOS “TAXAS” •O ESTADO AGE •EU PAGO TAXA “TAXA” ESPÉCIES ► TAXA DE POLÍCIA: PODER DE FISCALIZAR; ► TAXA DE SERVIÇO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇO “TAXA” COMPETÊNCIA E INSTITUIÇÃO ► COMPETÊNCIA: COMUM; ► INSTITUIÇÃO: - REGRA= LEI ORDINÁRIA - EXCEÇÃO= MEDIDA PROVISÓRIA ( QUANDO TIVER URGÊNCIA) “TAXA” LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO ► REGRA: OFÍCIO ► EXCEÇÃO= HOMOLOGAÇÃO “TAXA” FATO GERADOR ► CONDUTA ESTATAL; ► EPP= EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA ► PSPED= PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL “TAXA” BASE DE CÁLCULO ► UNIDADE DE MEDIDA; ► VEDADA BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA DE IMPOSTO; ► NÃO SE PODE USAR BASE DE CÁLCULO DE RIQUEZA; “TAXA” SÚMULA VINCULANTE Nº 29, STF “É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base da outra” “TAXA” SÚMULA VINCULANTE Nº 19, STF “ A TAXA COBRADA EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE COLETA, REMOÇÃO E TRATAMENTO OU DESTINAÇÃO DE LIXO OU RESÍDUOS PROVENIENTES DE IMÓVEL, NÃO VIOLA O ART. 145, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.” “TAXA” SÚMULA Nº 665, STF Súmula 665 “É CONSTITUCIONAL A TAXA DE FISCALIZAÇÃO DOS MERCADOS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS INSTITUÍDA PELA LEI 7940/1989.” Obs.: PATRIMÔNIO LÍQUIDO “TAXA” SÚMULA Nº 667, STF Súmula 667 “VIOLA A GARANTIA CONSTITUCIONAL DE ACESSO À JURISDIÇÃO A TAXA JUDICIÁRIA CALCULADA SEM LIMITE SOBRE O VALOR DA CAUSA.” Obs.: PODER JUDICIÁRIO “TAXA” SÚMULA Nº 670, STF Súmula 670 “ O SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA NÃO PODE SER REMUNERADO MEDIANTE TAXA” Obs.: UNIDADE DE MEDIDA: TAMANHO DO IMÓVEL “TAXA X PREÇO PÚBLICO” TAXA PREÇO PÚBLICO - TARIFA Regime jurídico de direito público Regime jurídico de direito privado Vínculo jurídico de natureza TRIBUTÁRIA (NÃO RESCINDE) Vínculo jurídico de natureza CONTATUAL (RESCINDE) Sujeito Ativo: PJ- Direito Público Sujeito Ativo: PJ- Direito Público e Privado Vínculo Compulsório Vínculo Facultativo Cobrada sobre utilização efetiva ou potencial Cobrada sobre efetiva utilização Sujeição aos princípios tributários Não se sujeita aos princípios tributários “ESPÉCIES DE TRIBUTOS” “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” CONCEITO: “A Contribuição de melhoria representa um tributo democrático e participativo, manifesta-se no poder impositivo de exigir o gravame dos proprietários de bens imóveis beneficiados com a realização da obra pública.” “ESPÉCIES DE TRIBUTOS” “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” ► PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE; ► DEPENDE DE LEI ORDINÁRIA; ► COIBIR ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA; “ESPÉCIES DE TRIBUTOS” “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” CTN. Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; “ESPÉCIES DE TRIBUTOS” “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” CTN. Art. 82. II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” “ FATO GERADOR” - Valorização imobiliária decorrente da obra pública. EX.: Asfaltamento de uma rua gera cont. de melhoria, recapeamento não cabe. PAGAMENTO DA EXAÇÃO APÓS O TÉRMINO DA OBRA PAGAMENTODA EXAÇÃO APÓS O TÉRMINO DA OBRA “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” “ BASE DE CÁLCULO” - Valorização imobiliária decorrente da obra pública. VALOR DO IMÓVEL DEPOIS DA OBRA (-) VALOR O IMÓVEL ANTES DA OBRA PAGAMENTO DA EXAÇÃO APÓS O TÉRMINO DA OBRA “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” “ PERGUNTAS” 1- PODE UM ENTE TRIBUTANTE COBRAR CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA DE OUTRO ENTE? PAGAMENTO DA EXAÇÃO APÓS O TÉRMINO DA OBRA “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” “ PERGUNTAS” 2- ESTAMOS DIANTE DO INSTITUTO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA? (art. 150, VI, CF) PAGAMENTO DA EXAÇÃO APÓS O TÉRMINO DA OBRA “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” “ PERGUNTAS” Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; PAGAMENTO DA EXAÇÃO APÓS O TÉRMINO DA OBRA Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” “ PERGUNTAS” Decreto lei 195/67: Art 2º - Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas: PAGAMENTO DA EXAÇÃO APÓS O TÉRMINO DA OBRA Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: “CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA” “ RESPOSTA” NÃO SE COBRA, CONTUDO COM FUNDAMENTO NO DECRETO LEI 195/67 E NÃO COMO SENDO UMA IMUNIDADE. PAGAMENTO DA EXAÇÃO APÓS O TÉRMINO DA OBRA Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: “ESPÉCIES DE TRIBUTOS” “EMPRÉTIMOS COMPULSÓRIOS” CONCEITO: “É tributo federal, de competência exclusiva da união, instituído por Lei Complementar, não podendo ser criado por MP.” “ESPÉCIES DE TRIBUTOS” “EMPRÉTIMOS COMPULSÓRIOS” CONCEITO: “É tributo federal, de competência exclusiva da união, instituído por Lei Complementar, não podendo ser criado por MP.” “EMPRÉTIMOS COMPULSÓRIOS” CLASSIFICAÇÃO ►EMERGENCIAL; ► EVENTUAL; ►TEMPORÁRIO/TRANSITÓRIO; ►RESSARCIBILIDADE; ►NÃO VINCULADA; ►RECEITA AFETADA(DESTINAÇÃO ESPECÍFICA); “ESPÉCIES DE TRIBUTOS” “EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS” ► Calamidade Pública: refere-se a catástrofes da natureza (terremotos, maremotos, incêndios, enchentes ; ► Guerra externa: quando outro país declara guerra contra o Brasil ; “EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO” “PRINCÍPIO DA ANTERIORIEDADE” ► para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência ; PAGA JÁ ► no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional ; RESPEITA O PRAZO “EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO” “FATO GERADOR” ► LEI COMPLEMENTAR VAI DEFINIR; “EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO” “PERGUNTA” Questão 55 (EXAME DE ORDEM/OAB2012.01/CADERNO AMARELO) No que se refere aos empréstimos compulsórios, NÃO é correto afirmar que A) são restituíveis. B) podem ser instituídos por medida provisória, desde que haja relevância e urgência. C) a competência para sua instituição é exclusiva da União Federal. D) podem ser instituídos em caso de guerra externa ou sua iminência e, neste caso, não respeitam o princípio da anterioridade. “EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO” “PERGUNTA” Questão 55 (EXAME DE ORDEM/OAB2012.01/CADERNO AMARELO) No que se refere aos empréstimos compulsórios, NÃO é correto afirmar que A) são restituíveis. B) podem ser instituídos por medida provisória, desde que haja relevância e urgência. C) a competência para sua instituição é exclusiva da União Federal. D) podem ser instituídos em caso de guerra externa ou sua iminência e, neste caso, não respeitam o princípio da anterioridade.
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