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* * FARMACOLOGIA DA DOR Prof. Esp. Leonardo Sapucaia Fisioterapeuta * * CLASSES E AGENTES FARMACOLÓGICOS AGONISTA DOS RECEPTORES OPIÓIDES; AINES; ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS; ANTICONVULSIVANTES; ANTAGONISTA DOS RECEPTORES NMDA (N-Metil-D-Aspartato); AGONISTAS ADRENÉRGICOS. * * ANALGÉSICOS Centrais Naturais: Morfina, codeína; Sintéticos: Metadona, petidina, buprenorfina, tramadol. * * ANALGÉSICOS Periféricos Analgésicos "puros": metamizol, dipirona; Analgésicos antipiréticos: AAS, paracetamol; Analgésicos anti-inflamatórios: AAS ou acetilsalicilato de lisina (doses elevadas), ibuprofeno, clonixina, naproxeno. * * ANALGÉSICOS A estimulação nocioceptiva ativa no próprio organismo a produção de substâncias que atenuam a dor, são os chamados opióides endógenos: Endorfinas; Encefalinas; Dinorfinas; Serotonina. * * ANALGÉSICOS A este sistema endógeno chamamos sistema analgésico endógeno; Em suma, a dor é sentida perifericamente e integrada centralmente; Existem fármacos analgésicos que atuam a nível periférico, principalmente diminuindo a síntese de prostaglandinas, e outros que agem a nível do SNC, desmotivando o indivíduo em relação à própria dor. * * ANALGÉSICOS Os analgésicos centrais podem produzir uma marcada depressão do SNC (narcóticos), como a morfina ou a metadona, ou não a causar de modo significativo (não narcóticos), como o tramadol. * * ANALGÉSICOS OPIÓIDES Aliviam a dor moderada a forte, por meio da inibição da liberação de substância P nos nervos centrais e periféricos. Inibe ainda, a produção de prostaglandinas nos tecidos periféricos. * * ANALGÉSICOS OPIÓIDES Opiáceos são drogas obtidas do ópio (látex da semente da papoula); Promovem efeito analgésico e hipnótico e por isso, estas drogas são também chamadas de narcóticas. * * Classificação dos opióides Naturais: Morfina, codeína, tebaína; Semi-sintético: Heroína, oximorfina, hidromorfina; Sintética: Meperidina, metadona, propoxifeno. * * RECEPTORES OPIÓIDES Distribuição no SN não é uniforme. São localizados em áreas relacionadas à dor. Localização: 1. córtex cerebral; 2. amígdala; 3. septo; 4. tálamo; 5. hipotálamo; 6. mesencéfalo; 7. medula. * * RECEPTORES OPIÓIDES SUBTIPOS: mu (μ) São responsáveis pela maioria dos efeitos dos opióides. Analgesia; Depressão do SNC; Depressão respiratória; Sedação; Euforia; Obstipação; Tontura; Dependência física. * * RECEPTORES OPIÓIDES kappa (k) Também são responsáveis por: Analgesia, sedação e diminuição da motilidade GI; Delta (d) São importantes no sistema endógeno de analgesia, mas não está claro se há ligação com os opióides; Sigma (s) Alucinação (visual e auditiva). * * ANALGÉSICOS OPIÓIDES MORFINA: Alcalóide do ópio que existe na natureza, usada para aliviar dor aguda ou crônica intensa; Protótipo dos agonistas opióides; É administrada pelas vias oral ou parenteral; Usada em casos de dor aguda e relacionada com o câncer e nos últimos anos na dor crônica e de outras etiologias. * * ANALGÉSICOS O protótipo dos analgésicos narcóticos é a Morfina, um alcalóide do ópio (que provém da papoula dormideira) e que atua em receptores específicos no organismo (estimulados pelas endorfinas, encefalinas e dinorfinas). * * * * Morfina Em relação à morfina é necessário sublinhar ainda a tolerância que se desencadeia e a marcada dependência física (com síndrome de abstinência) e psíquica (vício) que provoca; A morfina é ainda causa frequente de intoxicação aguda, principalmente quando usada em "overdose“; Antagonista narcótico Opioide: Naloxona (Narcan). * * ANTAGONISTAS OPIÓIDES NALTREXONA, NALOXONA Revertem ou bloqueiam a analgesia, a depressão respiratória e outros efeitos fisiológicos dos agonistas opióides; Uso clínico: Aliviar a depressão do SNC e respiratória dos opióides; Tratamento da dependência de opióides e do álcool. * * ANTAGONISTAS OPIÓIDES ALVIMOPAM Ação restrita a nível periférico e utilizado para melhorar os efeitos gastrintestinais após uso crônico dos opióides e reduzir íleo paralítico pós-operatório; * * Codeína Outro analgésico central, menos potente, mas com muito menor capacidade de depressão do SNC e raramente provoca dependência; É usado ainda como antitussígeno ou como antidiarreico; Como antitussígeno pode ser perigoso, já que não conduz à expulsão das secreções que se vão acumulando na árvore respiratória. Deve ser utilizado apenas nas tosses irritativas. * * Petidina Ou demerol ou dolantina é outro analgésico de ação central, narcótico, menos potente que a morfina; Provoca dependência e ao contrário da codeína não é antitussígena. * * DEPENDÊNCIA PSÍQUICA- É o desejo pela repetição do uso da substância que quando suprimida não causa efeitos orgânicos, mas sim psicológicos; DEPENDÊNCIA FÍSICA- Indica que o corpo adaptou-se fisiologicamente ao uso da droga (psicotrópico), com o desenvolvimento de uma síndrome pela abstinência; SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA- É o conjunto de sinais e sintomas desagradáveis que ocorrem quando o uso da droga (psicotrópico) é interrompido. * * ANALGÉSICOS Como analgésicos centrais existem ainda outros fármacos potentes que não deprimem significativamente a respiração nem provocam dependência; Podem causar náuseas e vômitos, perturbação da vigília e das capacidades intelectuais, havendo, no entanto, variação individual; Os fármacos deste tipo ( Tramadol e buprenorfina) representam um enorme avanço no combate às dores muito intensas. * * Dipirona ou metamizol É outro analgésico antipirético, não anti-inflamatório, pouco agressivo para a mucosa gastrointestinal, mas que pode provocar agranulocitose. * * Derivados das anilinas O mais utilizado é o Paracetamol, como analgésico antipirético, não anti-inflamatórios; É destituído de efeito agressivo sobre a mucosa - quase inócuo em doses terapêuticas; Todavia, quando ingerida em dose elevada (acima de 10 g) pode causar necrose hepática. * * Tramadol É uma analgésico oral, sintético, de ação central para alívio da dor moderada a intensa; Usado em casos de dor nas costas, fibromialgia, osteoartrite e dor neuropática; Tem baixo potencial de produzir tolerância e abuso, podendo ser usado a longo prazo. * * Tramadol Seu mecanismo de ação é ainda obscuro, mas parece atuar a nível de receptores dos opióides e inibir a recaptação de noradrenalina e serotonina no encéfalo; Pode ser encontrado puro ou associado ao paracetamol; Efeitos adversos: Sonolência; Náusea; Constipação; Prurido. * * Referências RANG, H.P., DALE, M.M. Farmacologia, 6ª ed., Elsevier, Rio de Janeiro, 2007; KATZUNG, B.G. Farmacologia: básica e clínica, 9ª ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2005; HARDMAN, J.G., LIMBIRD, L.E. Goodman & Gilman’s. As Bases Farmacológicas da Terapêutica, 11ª ed., McGraw-Hill Interamericana, Rio de Janeiro, 2007; BRODY, T.M., LARNER, J., MINNEMAN, K.P., NEU, H.C. Farmacologia Humana: da molecular à clínica, 4ª ed., Elsevier, Rio de Janeiro, 1997; Rocha, M.O., Pedrosso, E.R.P., Fonseca, J.G.M. & Silva, O.A. Terapêutica Clínica, 1ª ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1998.
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