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Economia e Geopolítica Aula 8 Prof. Welinton dos Santos welintonsantos@umc.br Welinton.economista@gmail.com Inflação, dívida e juros – inter-relação Inflação Dívida Pública Taxa de juros Spread bancário Canais de transmissão Inflação afeta estoque da dívida (indexação); Expectativa de inflação determina taxa nominal de juros; Taxa de juros afeta o custo da dívida (ou estoque, caso ela seja rolada); Probabilidade de default da dívida condiciona taxa de juros; Spread bancário – diferença entre taxa de aplicação e de captação – é somado à taxa de juros Não é possível avaliar os fatores condicionantes das taxas de juro no Brasil, bem como formular medidas para a sua redução, se não forem levados em consideração o comportamento da taxa de inflação, da dívida pública e da taxa de juros básica (Selic) Dívida fiscal líquida Em % do PIB, (2002-2010) Dívida pública – evolução histórica (% do PIB) (continuação) A evolução recente do estoque da dívida pública – como porcentagem do PIB – indica uma trajetória bastante preocupante a partir do início dos anos 90. A sustentabilidade da dívida é fundamental para o desenvolvimento sustentado do País. Dívida pública – eventos recentes (continuação) A crise da dívida externa nos anos 80 o Brasil adotou mudanças importantes na área fiscal. No período mais recente a Lei de Responsabilidade Fiscal – LFR representa um marco institucional relevante. Criação do PCASP - Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) Superávit Primário (continuação) O legado de déficits passados é uma dívida pública maior Para estabilizar a dívida, o governo deve eliminar o déficit Para eliminar o déficit, o governo deve gerar um superávit primário pelo menos igual aos pagamentos de juros sobre a dívida existente Superávit Primário (continuação) O que é Para que serve O Superávit primário é a diferença ente as receitas (arrecadação de impostos) e as despesas (pagamento de servidores, investimentos em obras entre outras) do governo. Não são incluídos os gastos com juros. O Superávit primário é o total de recursos destinados para o pagamento de sua dívida Superávit Primário (continuação) Vantagens Desvantagens Mais dinheiro para abater a dívida, com sua consequente redução Sinalização ao mercado de compromisso com pagamento de débitos, o que eleva a confiança Menos dinheiro disponível para investimento Menos dinheiro para aplicação em programas sociais Consequências do superávit Parte do peso das despesas futuras é transferida à geração presente; A redução do endividamento público aumenta a poupança nacional, reduz a taxa de juros real e melhora a situação das gerações futuras; É possível reduzir o endividamento, aumentando os padrões de vida futuros. Consequências do superávit (continuação) Parte do peso das despesas correntes é diretamente repassada às gerações futuras; A emissão de títulos de dívida reduz a poupança nacional, aumenta a taxa de juros real e piora a situação das gerações futuras; O endividamento pode aumentar, reduzindo os padrões de vida futuros. Financiamento do déficit público Emissão de moeda Venda de títulos da dívida pública ao setor privado (externo e interno) Por quê países que têm um déficit público, em relação ao PIB, mais elevado que o Brasil, como Estados Unidos, Itália, Coréia, têm taxas de inflação quase nula? Grécia (109,3%), Itália (106,5%), Bélgica (95,7%), Malta (75,9%), Chipre (72%), Alemanha (66,4%), França (65,1%) e Áustria (64,3%). Déficit público – Tendências de crescimento e alternativas O Brasil tem como perspectiva de longo prazo o crescimento das despesas do governo, principalmente relativo a: concessão de benefícios pelo INSS, principalmente funcionários públicos elevação da proporção de idosos no país, decorrentes do envelhecimento da população, maior expectativa de vida, aposentadorias precoces e aumento dos custos de saúde, o que acarreta elevação das despesas com benefícios Déficit público – Tendências de crescimento e alternativas (continuação) Alternativas para assegurar a viabilidade do INSS: aumento das contribuições aumento da idade para a aposentadoria privatização parcial do sistema Déficit público – Gastos com aposentadorias e pensões Distribuição do gasto com aposentadorias e pensões por faixa etária % dos benefícios pagos Previdência no Brasil e no mundo (continuação) Razões para maior gasto com previdência Sistema muito oneroso e muito generoso ao mesmo tempo Tempo de contribuição muito curto diante do período que o segurado recebe o benefício Aposentadorias rurais sem contrapartida de contribuição Valor alto das aposentadorias dos funcionários públicos sem contrapartida equivalente Previdência no Brasil e no mundo (continuação) Razões para maior gasto com previdência Valor altos das aposentadorias dos militares sem contrapartida equivalente Sem redutor de valor para as pensões por morte Sistema previdenciário muito carregado de subsídios Vídeo interessante de discussão sobre o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=a66yqhqJEqk Previdência no Brasil e no mundo (continuação) Despesas previdenciárias % do PIB (2010 e 2050*) China México Canadá Estados Unidos Argentina Dinamarca Brasil 2010 2050* * projeção Fonte: Standard & Poor’s, 2011
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