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Jazidas Minerais -ADELIR JOSÉ STRIEDER

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CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS 
ESCOLA DE ENGENHARIA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JAZIDAS 
MINERAIS 
 
 
 
ENG05517 
 
 
 
 
 
 
 
A D E L I R J O S É S T R I E D E R 
 
 
 
 
 
 
1 9 9 9 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 4 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO CURSO 
 
AMSTUTZ, G.C. & BERNARD, A.J. 1973. Ores in sediments. Intern. Union Geol. 
Sciences, Series A, Number 3, Springer-Verlag, Berlin - Germany, 350 p. 
BATEMAN, A.M. 1951. The formation of mineral deposits. John Wiley & Sons Inc., New 
York - USA, 371 p. 
BIONDI, J.C. 1986. Depósitos de minerais metálicos de filiação magmática. CBMM & 
T.A.Queiroz ed., São Paulo - Brasil, 602 p. 
COX, D.P. & SINGER, D.A. 1986. Mineral deposits models. U.S. Geological Survey 
Bulletin 1693, 379 p. 
GUILBERT, J.M. & PARK Jr., C.F. 1986. The geology of ore deposits. W.H. Freeman and 
Co., New York - USA, 985 p. 
HUTCHISON, C.S. 1983. Economic deposits and their tectonic setting. MacMillan Publ. 
Ltd., London - UK, 365 p. 
KIRKHAM, R.V.; SINCLAIR, W.D.; THORPE, R.I. & DUKE, J.M. eds. 1993. Mineral 
Deposits Modeling. Geological Association of Canada, Canada, 798 p. 
MITCHEL, A.H.G. & GARSON, M.S. 1981. Mineral deposits and global tectonic settings. 
Academic Press, London - UK, 405 p. 
ROBERTS, R.G. & SHEAHAN, P.A. eds. 1988. Ore deposits models, Vol. 1. Geoscience 
Canada, Reprint Series 6, Canada, 194 p. 
ROUTHIER, P. 1963. Lesgisements métallifères: geologie et principes de recherche. 
Masson et Cie Ed., Paris - France, 867 p. 
SAWKINS, F.J. 1984. Metal deposits in relation to plate tectonics. Springer-Verlag, Berlin - 
Germany, 325 p. 
SCHOBBENHAUS, C. & COELHO, C.E.S. coords. 1985. Principais depósitos minerais 
do Brasil. Vol. 1 – Recursos Minerais Energéticos. Publicação do Convênio 
DNPM/CVRD/CPRM, Brasília (DF, Brasil), 187 p. 
SCHOBBENHAUS, C. & COELHO, C.E.S. coords. 1986. Principais depósitos minerais 
do Brasil. Vol. 2 – Ferro e metais da indústria do aço. Publicação do Convênio 
DNPM/CVRD/CPRM, Brasília (DF, Brasil), 501 p. 
SCHOBBENHAUS, C. & COELHO, C.E.S. coords. 1988. Principais depósitos minerais 
do Brasil. Vol. 3 – Metais básicos não-ferrosos, ouro e alumínio. Publicação do 
Convênio DNPM/CVRD/CPRM, Brasília (DF, Brasil), 670 p. 
SCHOBBENHAUS, C. & COELHO, C.E.S. coords. 1992. Principais depósitos minerais 
do Brasil. Vol. 4 – Rochas e minerais industriais. Publicação do Convênio 
DNPM/CVRD/CPRM, Brasília (DF, Brasil), 305 p. 
SHEAHAN, P.A. & CHERRY, M.A. eds. 1993. Ore deposits models, Vol. 2. Geoscience 
Canada, Reprint Series 6, Canada, 154 p. 
SMIRNOV, V.I. 1976. Geology of mineral deposits. Mir Publisher, Moscow - URSS, 520 p. 
WOLF, K.H. 1976. Handbook of stratabound and stratiform ore deposits, I. Principles and 
general studies, Vol. 1: classification and historical studies. Elsevier Sci, Publ. Co., 
Amsterdan - Netherlands, 338 p. 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 5 
CONCEITOS GERAIS APLICADOS A JAZIDAS MINERAIS 
 
 
PROVÍNCIA METÁLICA: é definida como a área que possui uma concentração anormal 
de depósitos ou de ocorrências de 1) um metal particular, ou de 2) um grupo de metais 
específicos. Uma província metálica pode incluir depósitos de diferentes idades e modos de 
formação. As províncias metálicas são, portanto, heterocronas e multitípicas (senso Routhier 
1976). 
 Embora úteis para mostrar regiões favoráveis à concentração de determinados bens 
minerais, mapas de Províncias Metálicas têm valor limitado para relacionar a formação dos 
depósitos com um ambiente específico, ou para determinar o seu modo de formação. 
 Exemplos de províncias metálicas: 
1) Província de Carajás, Pará-Brasil. 
 
 
PROVÍNCIA METALOGENÉTICA: é definida como a área que possui uma concentração 
anormal de depósitos minerais formados num estreito intervalo de tempo e numa situação 
geológica particular. Isto implica que se pode relacionar os depósitos minerais a determinados 
processos geológicos que lhe dão origem. As províncias metalogenéticas compreendem 
depósitos homocrônicos e monotípicos (senso Routhier 1976). 
 Os mapas metalogenéticos são de grande utilidade para selecionar áreas promissoras 
de acordo com os objetivos estipulados pelas empresas. 
 Exemplos de províncias metalogenéticas: 
1) Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais - Brasil. 
2) Província Gemológica Sul-brasileira. 
3) Carajás, Pará - Brasil. 
 (relação entre província metálica e metalogenética). 
 
 
DISTRITO MINEIRO: é definido como a área que inclui um conjunto de depósitos 
minerais. Originalmente, o termo tinha o mesmo significado de Província Metálica, porém 
com aplicação apenas local; atualmente, também tem sido utilizado para designar um 
conjunto de depósitos minerais com as mesmas características metalogenéticas. 
 Exemplo de distrito mineiro: 
1) Serra de Carajás, Pará - Brasil. 
2) Bacia de Campos, São Paulo – Brasil 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 6 
VARIÁVEIS INTENSIVAS E EXTENSIVAS 
 DE MINERALIZAÇÃO 
 
 As variáveis intensivas que controlam a deposição das jazidas minerais são 
propriedades físicas e/ou químicas cuja importância não depende da quantidade de material 
presente no sistema considerado; pode-se dizer que as variáveis intensivas são as 
propriedades que dependem da intensidade de sua atuação no sistema para estabelecer um 
depósito mineral. As variáveis extensivas, por outro lado, são as propriedades físicas cuja 
importância na deposição de uma jazida mineral depende da quantidade de material presente 
no sistema; ou seja, as variáveis extensivas dizem respeito ao volume de material envolvido 
pelo processo geológico. 
 
VARIÁVEIS INTENSIVAS 
Æ Fusão magmática. 
Æ Sequência de cristalição magmática. 
Æ Imiscibilidade. 
Æ fO2 do magma. 
Æ Propriedades físicas (viscosidade) e químicas (composição) do magma. 
Æ Conteúdo de voláteis do magma. 
Æ Interação química de rochas composicionalmente contrastantes (metassomatismo). 
Æ Composição dos fluidos hidrotermais. 
Æ Mudanças químicas (interação com outros fluidos) e/ou físicas (ebulição por mudança de 
pressão confinante ou de temperatura) dos fluidos hidrotermais. 
Æ Condições de pH e/ou Eh 
Æ Alteração química. 
 
VARIÁVEIS EXTENSIVAS 
Æ Tamanho e forma das intrusões ígneas. 
Æ Profundidade de alojamento das intrusões ígneas. 
Æ Comportamento do sistema: aberto vs. fechado 
 - sistema plutônico. 
 - sistema vulcânico. 
 - sistema vulcano-sedimentar. 
Æ Condições de deformação: 
 - mecanismos de deformação (caráter e distribuição). 
 - abertura de zonas dilatacionais e permeabilidade secundária 
Æ Tamanho, forma e profundidade das bacias de sedimentação. 
Æ Taxa e tipo de sedimentação (permeabilidade primária). 
Æ Condições climáticas e geomorfológicas. 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 7 
CONTROLES DE DEPÓSITOS MINERAIS 
 
 A atuação das variáveis extensivas e intensivas de mineralização determina o 
desenvolvimento de estruturas que acomodam ou, em palavras mais próprias, controlam os 
depósitos minerais. Estas estruturas controladoras podem ser de diversos tipos e constituem 
os elementos por meio dos quais se pode determinar a geometria dos depósitos minerias e 
prospectar outros depósitos minerais de mesma tipologia; neste último caso, os controles de 
depósitos minerais constituem critérios, ou guias de prospecção. 
 
--> TIPOS DE CONTROLES DE DEPÓSITOS MINERAIS 
 
1. Controles magmatogênicos. 
 - Relação entre d.m. e composição química do magma; 
 - Relação entre d.m. e diferenciação magmática; 
 - Relação entre d.m. e a alteração de suas rochas encaixantes; 
 - Relação entre d.m. e o tamanho das intrusões; 
 - Relação entre d.m. e as estruturas das intrusões. 
2. Controles metamorfogênicos. 
3. Controles estruturais. 
 - Estruturas concordantes de rochas estratificadas; 
 - D.M.associados a falhas regionais; 
 - D.M. associados a zonas tectonicamente fraturadas; 
 - D.M. em intrusões, ou nos contatos de intrusões; 
 - D.M. em estruturas combinadas; 
4. Controles estratigráficos; 
5. Controles litológicos; 
6. Controles geoquímicos; 
7. Controles geomorfológicos; 
8. Controles paleogeográficos; 
9. Controles paleoclimáticos; 
10. Controle histórico; 
11. Controle Geotectônico. 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 8 
FORMAS DOS DEPÓSITOS MINERAIS 
 
 Os depósitos minerais são raramente regulares e precisamente separáveis das suas 
rochas encaixantes. As formas dos d.m. são muito variáveis e são importantes fatores para se 
levar em conta tanto na prospecção e explotação, como na avaliação das relações genéticas 
dos d.m. Em termos gerais, é praticamente impossível reduzir todas as formas possíveis a um 
modelo simples, entretanto, pode-se definir termos gerais que correspondam à maioria dos 
principais tipos morfológicos. Da definição precisa da forma geométrica dos d.m., depende o 
adequado planejamento da lavra. 
 
1. DISSEMINAÇÃO: quando certos tipos de minerais de interesse econômico estão 
variavelmente dispersos numa determinada litologia. Esta dispersão pode ocorrer sob a forma 
de CORPOS LENTICULARES, onde os minerais de interesse econômico estão mais 
concentrados e passam transicionalmente a uma rocha com menor concentração. A dispersão 
pode ainda ocorrer sob a forma de uma REDE DE VEIOS INTERCONECTADOS 
(STOCKWORK), finos, que penetram aleatoriamente um determinado local. 
2. CONCENTRAÇÃO: quando os minerais de interesse econômico formam parte 
largamente predominante (> ±80 %) de uma litologia; mais propriamente, formam uma 
unidade de rocha particular. Normalmente, as concentrações minerais tomam a forma de 
estratos. 
3. CORPOS ESTRATIFORMES, OU ESTRATÓIDES: diz respeito à concentração de 
minerais de interesse econômico em camadas paralelas à estratificação das rochas, de modo 
que a sua espessura é variavelmente menor do que as outras dimensões. De acordo com as 
suas dimensões e formas geométricas, os corpos estratiformes podem gradar a LENTES, ou a 
ACUMULAÇÕES IRREGULARES. 
4. LENTES: são formas tabulares, lateralmente descontínuas. As lentes não necessariamente 
devem estar dispostas concordantemente com os estratos rochosos. 
5. ACUMULAÇÕES IRREGULARES (AMAS): diz-se de depósitos minerais de contornos 
irregulares que não se ajustam a um modelo geométrico simples. 
6. FILÕES (VEIOS): são corpos que possuem faces paralelas, ou quase paralelas, e que têm 
forma determinada pela predominância de uma, ou de duas dimensões sobre as demais 
(corpos tabulares, ou colunares). São corpos de materiais introduzidos por infiltração, ou por 
substituição em zonas dilatacionais. O termo não implica conteúdo petrológico, ou relação 
com as rochas encaixantes. 
7. CONDUTOS TUBULARES (PIPES): são estruturas circulares, ou elípticas alongadas, 
que estão relacionadas ao plutonismo/vulcanismo. São caracterizados pela fragmentação das 
rochas (brechas) e por variável alteração hidrotermal e/ou por infiltração de material. A forma 
e as dimensões dos condutos tubulares depende do tamanho e da geometria da câmara 
magmática, além das próprias condições do magmatismo. 
Jazidas Minerais (ENG05517) 9 
8. CHAMINÉS: são estruturas circulares, ou elípticas alongadas também relacionadas ao 
plutonismo/vulcanismo; possuem, entretanto, menor porte do que os condutos tubulares e 
estão preferencialmente ligadas às emanações de voláteis e à circulação de fuidos 
hidrotermais. São normalmente controladas pela intersecção de fraturas. 
9. CORPOS CILÍNDRICOS: são estruturas colunares de forma circular, elíptica, ou 
levemente lenticular curva relacionadas às charneiras de dobras, às intersecções de zonas de 
falhas, ou às intersecções de zonas de falha com estratos permeáveis ou quimicamente 
reativos com fluidos que percolam as zonas de falha. São normalmente veios de quartzo 
acompanhados por minerais de minério. 
 
 
TEXTURAS E ESTRUTURAS DOS MINÉRIOS 
 
 O conteúdo mineral de um d.m. pode ser simples ou muito complexo, homogêneo ou 
muito heterogêneo, sob qualquer ponto de vista: composicional, textural, estrutural, etc... 
Estas características dependem exclusivamente da atuação das variáveis intensivas e 
extensivas de mineralização. O estudo destas feições constitui a CARACTERIZAÇÃO 
TECNOLÓGICA DO MINÉRIO e será imprescindível no planejamento dos métodos de 
beneficiamento mineral. 
 
1. TEXTURA: designa as relações espaciais e formais de um conjunto de minerais, ou 
designa as variações na continuidade de um conjunto de minerais. Alguns tipos, mais 
comuns, podem ser nominados: 
-- Maciça 
-- Bandada 
-- Concêntrica 
-- Brechóide 
-- Zonada 
-- etc... 
 Faz parte do estudo textural, também, o exame da granulometria e das relações 
paragenéticas dos minerais. 
 
2. ESTRUTURA: designa a forma ou a posição de um mineral isoladamente, ou na sua 
relação com os minerais imediatamente vizinhos (relações mútuas). Designa também as 
particularidades da estrutura interna dos minerais individuais. Alguns tipo principais podem 
ser nominados: 
-- Estrutura reticular, ou em rede 
-- Estrutura gráfica, ou mirmequítica 
-- Estrutura zonada, ou concêntrica 
-- Estruturas pseudomórficas 
Jazidas Minerais (ENG05517) 10 
-- Estruturas e textura colomórficas 
 Faz parte do estudo estrutural, também, o exame da forma externa dos minerais. 
Jazidas Minerais (ENG05517) 11 
 
D.M. EM HOT-SPOTS CONTINENTAIS, 
RIFTS E AULACÓGENOS 
 
 Estas posições tectônicas e os seus depósitos minerais estão desenvolvidos e 
acumulados em ambientes continentais não relacionados a processos orogênicos; ou seja, em 
ambientes geológicos costumeiramente denominados de anorogênicos. Estas posições 
tectônicas são caracterizadas por um alto gradiente geotérmico, que resulta 1) da subida de 
plumas mantélicas quentes (hot-spots - "convecção colunar" !?), ou 2) do afinamento da 
litosfera terrestre sobre zonas de ascenção de células convectivas que, na superfície da Terra, 
têm distribuição linear. 
 
1. HOT-SPOT e ROTAS DE HOT-SPOTS 
 
 POSICIONAMENTO TECTÔNICO E MAGMATISMO 
 É normalmente sugerido que os hot-spots se desenvolvem sobre antigas zonas de 
fraqueza crustal; quando os hot-spots emergem sob crosta continental estável, sugere-se que 
eles causam apenas um domeamento da crosta, sem manifestações magmáticas (high-spots). 
 Os hot-spots são caracterizados por magmatismo de natureza essencialmente alcalina: 
-- Rochas básicas alcalinas: basaltos alc., fonolitos, carbonatitos, etc... e seus equivalentes 
plutônicos; 
-- Rochas ácidas alcalinas: granitos peralcalinos (k-feldsp. granito), sienitos, etc..., e seus 
equivalentes vulcânicos (riolitos, traquitos, etc...). 
 Quando o magmatismo em área continental não acompanha processo de rifteamento e 
desenvolve trilhas de centros vulcânicos, têm-se sugerido que a crosta terrestre está se 
deslocando sobre um hot-spot fixo com relação à astenosfera. 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 12 
2. RIFTS INTRACONTINENTAIS E AULACÓGENOS 
 
 POSICIONAMENTO TECTÔNICO E MAGMATISMO 
 Os rifts são grandes estruturas crustais de natureza extensional; são estruturas 
caracterizadas por falhas normais, que apresentam movimentos diferenciais de abatimento 
para dar origem a horts e grabens. 
 Os rifts podem ser agrupados em duas categorias de acordo com o posicionamento 
tectônico na época de sua formação: 
a. Rifts relacionados a hot-spots: localizados nas junções tríplices extensionais e associados a 
estruturas de domeamento formadas nas fases iniciais, antes da formação de novo assoalho 
oceânico. A continuidade dos esforços extensionais pode determinar a formação de crosta 
oceânica e, conseqüentemente, o gradativo estabelecimento do rift como uma estrutura de 
dorsal meso-oceânica. Freqüentemente,os esforços extensionais que dão origem à crosta 
oceânica são acomodados em apenas dois ramos das junções tríplices; o terceiro ramo é 
abortado, de modo que a sua evolução tectônica cessa com a intrusão de diques basálticos e 
a deposição de sedimentos em sistemas deltáicos. Posteriormente, com o fechamento do 
oceano formado pelos dois primeiros ramos de rift, o rift abortado é envolvido em processos 
de convergência de placas de modo a constituir uma importante anisotropia colocada em alto 
ângulo com as estruturas orogênicas (aulacógeno). 
b. Rifts induzidos por processos colisionais: são estruturas de abatimento 1) paralelas, ou 2) 
oblíquas a uma cadeia orogência. No primeiro caso, os rifts são causados pelo efeito de 
flutuação de um orógeno posicionado sobre uma placa crustal com alto ângulo de subducção; 
no segundo caso, os rifts são estruturas secundárias de transtensão de falhas transcorrentes 
formadas pela colisão de bordos continentais irregulares. 
 O magmatismo relacionado aos rifts e aos aulacógenos é essencialmente o mesmo 
daquele associado aos hot-spots: granitos e basaltos alcalinos. A intrusão destes magmas 
ocorre preferencialmente em zonas dilatacionais e em intersecção de falhas. As intrusões 
possuem estrutura concêntrica, desenvolvem fraturas anelares e radiais e estão associadas a 
caldeiras vulcânicas. 
 As altas taxas de abatimento dão origem a bacias sedimentares preenchidas por 
sedimentos clásticos grossos (conglomerados, arenitos arcoseanos conglomeráticos) nas suas 
primeiras etapas. O continuado aprofundamento da bacia propicia a invasão marinha, a 
formação de depósitos evaporíticos e, subseqüentemente, a deposição de sedimentos 
químicos calcários. 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 16 
D.M. ASSOCIADOS COM BACIAS INTRACONTINENTAIS 
 
 Estas bacias sedimentares não estão necessariamente relacionadas a estruturas 
regionais de extensão, ou de compressão; tem sido levantada a hipóstese de estarem 
relacionadas a hot-spots: sedimentos oriundos dos arqueamentos provocados pela ascenção 
da pluma convectiva astenosférica. Estas bacias sedimentares não possuem estruturas de 
rifteamento sin-sedimentar desde os primeiros estágios, tampouco estruturas de cavalgamento 
que as possam vincular com regimes tectônicos compressivos. O vulcanismo é muito escasso 
nestas bacias sedimentares. 
 As características gerais do embasamento destas bacias permite relacioná-las com os 
regimes tectônicos intracontinentais. 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 18 
 
D.M. FORMADOS EM MARGENS CONTINENTAIS PASSIVAS 
 Margens continentais passivas são aquelas onde não há movimentos relativos entre a 
crosta continental e a crosta oceânica. A maior parte deste tipo de posição tectônica é 
desenvolvida a partir do espalhamento do assoalho oceânico após o desenvolvimento dos 
sistemas de rifts intracontinentais; este tipo de posição tectônica é normalmente conhecida 
como MARGEM DO TIPO ATLÂNTICA. Como esta posição tectônica deriva da continuada 
extensão dos rifts intracontinentais, elas possuem as características iniciais (magmática e 
sedimentares) daquelas posições; o limite entre a evolução tipo rift e a evolução de um bordo 
continental passivo é arbitrariamente fixado de modo a coincidir com as primeiras erupções 
de magmas básicos toleíticos (MORB). 
 
 POSICIONAMENTO TECTÔNICO E FEIÇÕES MORFOLÓGICAS 
 As principais feições morfológicas (ambientes geológicos) relacionadas com as 
margens continentais passivas incluem: 
- leques aluviais de talus (conglomerados e arenitos); ou 
- mares restritos (argilitos negros, evaporitos e calcários); 
- planície costeira (lagunas e dunas costeiras, sed. praiais, etc...); 
- plataforma continental (arenitos finos, argilitos, carbonatos, recifes); 
- talude continental (canyons, sedim. detríticos finos e carbonáticos detríticos) 
- base de talude (turbiditos, cherts e argilitos não-calcários). 
 O principal processo que leva ao desenvolvimento das margens continentais passivas 
é a acumulação de espessa sucessão sedimentar como resultado da subsidência térmica pós-
rift. As sucessões sedimentares dos ambientes descritos acima são interrompidas somente 
pelo ingresso de grandes deltas aluviais, usualmente localizados junto aos rifts abortados. 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 22 
D.M. FORMADOS EM CADEIAS MESO-OCEÂNICAS 
E EM BACIAS OCEÂNICAS 
 
 As cadeias meso-oceânicas são importantíssimas feições morfológicas da crosta 
oceânica; são caracterizadas por altos topográficos lineares, que limitam uma faixa interna 
abatida por falhas normais (estrutura em horst e grabens); são caracterizadas, ainda, por um 
alto fluxo térmico, por vulcanismo básico e por uma atividade sísmica rasa. A elevação das 
cadeias meso-oceânicas diminui gradativamente a partir do eixo central, como resultado da 
subsidência térmica da litosfera oceânica; esta subsidência dá origem às bacias oceânicas que 
bordejam as cadeias meso-oceânicas. 
 A crosta oceânica formada nas cadeias meso-oceânicas tem a seguinte estrutura: 1) 
sedimentos; 2) pillow lavas; 3) diques laminados (sheeted dikes); 4) gabro fino alterado, com 
pequenos veios e injeções de plagiogranito; 5) gabro não alterado, com níveis cumuláticos de 
piroxenito e de dunito na sua base; 6) camadas cumuláticas de piroxenito e de dunito; e 7) 
harzburgito tectonizado de manto. 
 As bacias oceânicas são caracterizadas por planícies abissais, onde as "rugosidades" 
derivadas do processo de rifteamento na cadeia meso-oceânica são preenchidas por 
sedimentos. Os primeiros sedimentos depositados são precipitados químicos de óxidos e 
hidróxidos de ferro e de manganês. Com a continuidade da abertura do oceano e, 
conseqüentemente, a alocação das porções de crosta nova progressivamente na planicie 
abissal, os sedimentos podem derivar de três fontes principais: 1) contribuição de rochas 
vulcanoclásticas, ou de sedimentos calcários a partir de ilhas vulcânicas, ou próximo às 
margens continentais passivas (formam grandes lentes de turbiditos submarinos); 2) 
sedimentos formados a partir da deposição de restos de organismos pelágicos calcários ou 
silicosos; e 3) argilitos vermelhos pelágicos, que podem estar interacamadados com 
turbiditos. 
 
 
 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 25 
 
D.M. ASSOCIADOS COM CADEIAS DE ILHAS 
VULCÂNICAS E MONTES SUBMARINOS 
 
 Cordões lineares de montes submarinos e ilhas vulcânicas, que formam cadeias 
submarinas em alguns casos, são feições comuns de fundo oceânico. Estes cordões, ou 
cadeias não estão relacionadas com estruturas de convergência (zonas de subducção), ou de 
divergência (cadeias meso-oceânicas) de placas; em muitos casos, também não estão 
relacionadas a falhas transformantes. Estes cordões de montes submarinos e de ilhas 
vulcânicas são zonas assísmicas e são caracterizados por um tipo particular de vulcanismo. O 
magmatismo dessas estruturas de crosta oceânica é de natureza basáltica, mas com fortes 
afinidades alcalinas; predominam as manifestações vulcânicas, mas, em alguns poucos casos, 
estão registradas manifestações intrusivas subvulcânicas. A origem destas cadeias de montes 
submarinos e de ilhas vulcânicas é comumente explicada por meio de hot-spots estacionários 
sobre os quais a placa oceânica migra durante a abertura dos oceanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 27 
D.M. ASSOCIADOS COM FALHAS TRANSFORMANTES EM 
PLACA OCEÂNICA 
 As falhas transformantes são falhas transcorrentes cujo sentido de deslocamento é 
oposto àquele apresentado pela separação das cadeias meso-oceânicas. Em domínio de crosta 
oceânica, as falhas transformantes comumente apresentam segmentos curtos (poucas dezenas 
a centenas de quilômetros), que seccionam as cadeias meso-oceânicas; porém, estas falhas 
podem fazer parte de junções tríplices com falhas inversas (zona de trincheira, ou de 
subducção) e/oucom falhas normais de abatimento de blocos (rifts, cadeias meso-oceânicas). 
 Morfologicamente, as falhas transformantes que seccionam as cadeias meso-oceânicas 
formam pequenas cristas associadas com escarpas de relevo negativo. Nessas falhas, ou zonas 
de fratura, é registrada a intrusão de magmas básicos subsaturados (Mg-basaltos: boninitos), 
principalmente próximo à interserção das falhas transformantes com as falhas normais da 
cadeia meso-oceânica. 
 
 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 29 
 
D.M. FORMADOS POR FALHAS TRANSFORMANTES 
EM CROSTA CONTINENTAL 
 
 As falhas transformantes que seccionam as cadeias meso-oceânicas, ou que 
estabelecem limites de placas em junções tríplices com cadeias meso-oceânicas e/ou zonas de 
subducção podem ser algumas vezes prolongadas até os bordos de uma crosta continental. Na 
maioria dos casos, as falhas transformantes que interceptam bordos continentais estão 
relacionadas com processos de subducção em bordos continentais, ou em sistemas de arcos-
de-ilha; nessa situação, as falhas transformantes são desencadeadas por processos de 
subducção oblíqua. 
 Em geral, as falhas transformantes diretamente relacionadas à subducção em crosta 
continental apresentam poucos tipos de depósitos minerais geneticamente ligados. O único 
tipo de mineralização sulfetada possivelmente relacionado com falhas transformantes nessa 
situação são os depósitos de calcita-quartzo-estibinita no Paquistão. 
 Em outra situação, as falhas transformantes interpostas em crosta continental nos 
estágios iniciais de desenvolvimento de rifts intracontinentais, antes da formação de uma 
crosta oceânica e de uma cadeia meso-oceânica; essas estruturas, com a abertura de uma 
crosta oceânica ampla, são preservadas nas margens continentais e são entendidas como a 
continuação continental das falhas transformantes que seccionam as cadeias meso-oceânicas 
(ridge-ridge transform). As falhas transformantes dessa situação tectônica são de particular 
interesse, na medida que vários tipos de depósitos minerais podem estar relacionados a elas; 
além disso, a extensão destas falhas transformantes exerce um forte controle no 
desenvolvimento das bacias sedimentares de margem continental passiva. 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 32 
 
D.M. ASSOCIADOS A ZONAS DE CONVERGÊNCIA 
 
 As causas postuladas para dar início à convergência de placas e, conseqüentemente, à 
subducção são várias: 1) movimentos gravitacionais para longe da cadeia meso-oceânica, 2) 
subsidência de uma litosfera densa e fria e 3) arraste viscoso da litosfera fria e densa em 
função do movimento descendente das células de convecção astenosféricas. A distribuição 
das zonas de convegência mais jovens sugere que a subducção comumente inica no limite 
entre uma crosta oceânica pouco espessa e uma crosta bastante espessa (continental, ou 
oceânica anomalamente espessada). Uma vez iniciado o processo de subducção, vários 
subambientes tectônicos são formados: 
1) Calha de subducção (trench, or fore-deep); 
2) Arco externo (outer arc, fore-arc); 
3) Bacia de frente-de-arco (fore-arc basin); 
4) Arco magmático (Volcanic, magmatic arc, or island arc); 
5) Cinturões magmáticos e de cavalgamento pós-arco (back-arc magma-tic and thrust belts); 
6) Bacias pós-arco compressivas (back-arc compres. basin); 
7) Bacias pós-arco extensionais, ou bacias marginais (back-arc extensional basins, or 
marginal basins). 
 
D.M. PRESENTES NAS CALHAS DE SUBDUCÇÃO E ARCOS EXTERNOS 
 A calhas de subducção são depressões topográficas, normalmente submarinas, 
posicionadas no contato entre a placa descendente (em subducção) e a placa cavalgante; 
formam, então, bacias de sedimentação alongadas paralelamente aos arcos magmáticos. Os 
sedimentos são predominantemente derivados de correntes turbidíticas provenientes do 
sitema de arcos localizados na placa cavalgante; ocorrem, também, sedimentos pelágicos 
interacamadados. 
 Os arcos externos (fore-arcs) estão posicionados na placa cavalgante e limitam a 
calha de subducção com uma "parede" de declividade abrupta. O arco externo é 
predominantemente formado por sedimentos clástico-terrígenos, que estão muito deformados 
e que incluem fragmentos de crosta oceânica (rochas básicas e ultrabásicas: fragmentos de 
ofiolítos) e de depósitos sedimentares forma-dos em crosta oceânica ou em margens 
continentais; estes fragmentos podem ter vários tamanhos (m Æ km) e são exóticos com 
relação aos sedimentos terrígenos, pois foram aí alojados por meio de um misto de processos 
deformacionais e sedimentares. Esse tipo de associação petrotectônica é descrita como 
melange ofiolítica. 
 Os depósitos minerais presentes neste subambiente tectônico podem derivar da 
obducção de crosta oceânica (retirada de fragmentos de crosta oceânica por meio de falhas 
inversas e alojamento no arco externo), ou podem derivar da atividade magmática e 
hidrotermal características dessa posição tectônica; no primeiro caso, os depósitos minerais 
são herdados de outros ambientes tectônicos. 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 34 
 
D.M. FORMADOS NAS BACIAS DE FRENTE-DE-ARCO 
 As bacias de frente-de-arco (fore-arc troughs) são depressões localizidas entre o arco 
externo e o arco magmático. Nas zonas de convergência de palcas onde o arco externo não é 
bem desenvolvido, a posição da bacia de frente-de-arco é ocupada por um declive arco 
magmático - calha de subducção, caracterizado por falhas normais com pequenas depressões 
tipo graben preenchidas por sedimentos derivados da erosão do arco magmático. Como 
acontece com a calha de subducção e o arco externo, as bacias de frente-de-arco também 
possuem um gradiente térmico baixo. 
 As bacias de frente-de-arco possuem espessas seqüências de sedimentos derivados da 
denudação do arco externo e do arco magmático, o que resulta numa predominância de 
sedimentos feldspáticos. As fácies sedimentares variam de turbidíticas (marinhas), a deltáicas 
e a fluviais; há uma tendência de predominarem fácies não-marinhas em direção ao topo da 
seqüência estratigráfica. As rochas piroclásticas são constituintes menores e as lavas são 
ausentes. 
 As bacias de frente-de-arco são alongadas paralelamente ao arco magmático, ao arco 
externo e à calha de subducção. As unidades estratigráficas estão deformadas em monoclinais 
e em amplas sinclinais, que estão cortadas por falhas inversas de baixo ângulo (falhas de 
cavalgamento: thrust faults). O contato entre as sucessões litológicas do prisma acrescionário 
e do arco externo com os sedimentos da bacia de frente-de-arco é basicamente estratigráfico, 
por meio de uma superfície de não-conformidade angular causada pelo onlap das sucessões 
da bacia sobre as rochas tectonicamente alojadas no arco externo. Entretanto, esse contato é 
normalmente complicado pelas falhas de cavalgamento, uma vez que a deformação e a 
sedimentação ocorrem concomitantemente. 
 
 
 
 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 36 
 
D.M. FORMADOS EM ARCO MAGMÁTICO 
 Os arcos magmático são estruturas lineares a levemente arqueadas, que se extendem 
por milhares de quilometros e que são caracterizadas por uma alta sismicidade, por alto 
gradiente geotérmico e por uma atividade magmática (vulcanismo e plutonismo) particular. 
Os arcos magmáticos formam grandes elevações topográficas exposta acima do nível do mar. 
 Os arcos magmáticos podem estar localizados em crosta oceânica, ou na margem da 
crosta continental. Aqueles situados sobre crosta oceânica são freqüentemente denominados 
de arcos-de-ilha, pois desenvolvem extensas cadeias de ilhas vulcânicas separadas das 
margens continentais. A crosta sob os arcos magmáticos consiste basicamente de crosta 
oceânica espessada devido às falhas inversas de cavalgamento e ao alojamento de magmas 
com afinidade cálcio-alcalina. As rochas ígneas têm composição predominantemente 
andesítica, algumas vezes basálticaa dacítica, mas raramente incluem os termos mais ácidos 
e potássicos. O vulcanismo ocorre tanto em ambiente subaquoso, quanto em ambiente 
subaéreo; porém, como os arcos-de-ilhas estão sujeitos à erosão rápida e baixa taxa de 
subsidência, as rochas vulcânicas subaéreas raramente são preservadas. A seqüência de 
rochas em superfície é predominantemente composta por lavas basálticas almofadadas (pillow 
lavas), ou por derrames de lavas andesítica brechada. Essas rochas são recobertas por 
depósitos submarinos de fluxo de lama, turbiditos e argilitos; próximo aos centros vulcânicos 
ocorrem sedimentos marinhos vulcanogênicos interacamadados com depósitos de talus, com 
fanconglomerados, com sedimentos fluviais e lagunares e com calcários. 
 Os arcos magmáticos que estão localizados em margens continentais são comumente 
denominados arcos magmáticos tipo andino. A crosta continental é mais espessa do que 
normalmente, devido ao alojamento de grande volumes de magma derivado principalmente 
da fusão da placa em subducção e ao encurtamento tectônico garantido pelas falhas de 
cavalgamento. As construções vulcânicas são suportadas por grandes câmaras, formadas por 
magmas de afinidade geoquímica cálcio-alcalina; o magmatismo é predominantemente 
intermediário a ácido, raramente basáltico. As construções vulcânicas são do tipo estrato-
vulcões, formadas por: rochas piroclásticas ácidas, derrames finos de lava e de ignimbrito e 
lavas andesíticas; espessas seqüências de sedimentos vulcanogênicos são acumuladas nos 
flancos dos vulcões por sistemas fluviais e lagunares. Grande variação lateral de fácies desde 
as unidades das construções vulcânicas até os sedimentos vulcanogênicos. Essa mesma 
variação lateral de fácies pode ocorrer com as unidades da bacia de frente-de-arco, ou os 
depósitos de calha de subducção. 
 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 41 
 
D.M. FORMADOS NA PARTE POSTERIOR DOS ARCOS MAGMÁTICOS 
 
CINTURÕES MAGMÁTICOS E DE CAVALGAMENTO PÓS-ARCO 
BACIAS PÓS-ARCO COMPRESSIVAS 
 Em direção à parte posterior de alguns arcos magmáticos continentais, pode ocorrer 
um cinturão elevado caracterizado por intrusões graníticas de afinidade peraluminosa, que é 
limitado por zonas de cavalgamento e de dobramento (back-arc thrust belt). As falhas 
inversas são dirigidas em sentido contrário aos das falhas inversas da zona de subducção 
(back-thrust). Esse cinturão está separado do arco magmático propriamente dito por meio de 
uma depressão intermontana. 
 A formação do cinturão magmático e de cavalgamento pós-arco está relacionado com 
a manutenção de esforços compressivos na região de pós-arco magmático. Nessas condições, 
o espessamento crustal que acompanha a deformação pode gerar granitos anatéticos (granitos 
peraluminosos) em nível de crosta continental, num processo análogo àquele dos cinturões 
colisionais. 
 A última zona estrutural, ou ambiente tectônico dos regimes convergentes que 
mantém esforços compressivos na região de pós-arco, é a bacia compressiva de pós-arco. A 
sedimentação, nestas bacias, geralmente mostra uma sucessão estratigráfica a partir de fácies 
marinhas até as fácies molássicas continentais. As fácies fluviais a deltáicas podem 
predominar em algumas bacias de pós-arco. O limite com o cinturão de cavalgamento pós-
arco é feito por meio de falhas inversas concomitantes à sedimentação, de modo que o eixo 
da bacia migra gradativamente em direção ao continente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 44 
 
BACIAS EXTENSIONAIS PÓS-ARCO EM ÁREA CRATÔNICA E BACIAS 
MARGINAIS 
 
 Em contraste com as estruturas e os depósitos minerais gerados em ambiente 
compressional de pós-arco, pode ocorrer a formação de estruturas extensionais, 
caracterizadas principalmente por falhas normais, na região de pós-arco. Estas estruturas são 
geradas na medida em que os esforços compressivos dos limites convergentes estejam 
confinados à região do arco magmático, como conseqüência de um alto mergulho da placa 
crustal em subducção; nesta situação, o arco-magmático é submetido, também, a um grande 
esforço de flutuação (bouyancy), ao que a crosta pós-arco reage com a formação de estruturas 
de abatimento de blocos. 
 A principal feição formada em ambiente extensional pós-arco é uma bacia sedimentar 
extensonal tipo rift (Rifts tipo B, ver descrição anterior), normalmente situada sobre placa 
continental. A continuidade do processo extensional na região de pós-arco pode dar início à 
formação de crosta oceânica em pequena cadeia vulcânica de características análogas àquelas 
meso-oceânicas; essa bacia oceânica extensional pós-arco é denominada bacia marginal. 
 As bacias extensionais pós-arco são caracterizadas por pequena espessura crustal e 
por alto fluxo térmico. O magmatismo nas bacias extensionais desenvolvidas sobre crosta 
continental é predominantemente bimodal (basalto Æ riolito); nas bacias marginais, o 
magmatismo é toleítico, porém mais enriquecido em elementos alcalinos e empobrecido em 
Ti comparativamente aos toleitos de bacia e cadeia meso-oceânica normal. 
 Os depósitos minerais formados durante o desenvolvimento das bacias marginais 
podem incluir depósitos semelhantes àqueles formados em bacias de margem continental 
passiva e àqueles formados pelos processos hidrotermais e magmáticos estabelecidos sobre 
crosta oceânica em cadeia meso-oceânica (Sulfetos de Cu,Fe,Zn e Cromitas podiformes). No 
entanto, há pouca evidência de depósitos associados a rochas vulcânicas alcalinas, 
características de processos extensionais sobre crosta continental espessa, ou depósitos de 
placers de Sn e de Au, pois as rochas fontes são deslocadas para longe da bacia durante o 
processo extensional. A maior parte dos depósitos minerais de bacias marginais é explorada 
em bacias marginais e arcos magmáticos já extintos, que foram acrescidos aos continentes 
durante o fechamento dos oceanos. 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 46 
 
DEPÓSITOS MINERAIS RELACIONADOS A 
AMBIENTES COLISIONAIS 
 
 Os processos colisionais resultam da continua subducção de crosta oceânica e, 
eventualmente, da aproximação e juxtaposição de arcos-de-ilha e continentes (placa em 
subducção) a outro arco-de-ilha, ou continente (placa cavalgante). As juxtaposições mais 
significativas, em termos de construção de cadeia de montanhas (orogênese) e de 
mineralização, tem envolvido uma margem continental passiva na placa em subducção e um 
arco magmático continental (colisão tipo continente-continente), ou um arco-de-ilhas (colisão 
tipo arco-continente) na placa cavalgante. Dentro dessas condições, torna-se evidente que 
alguns depósitos minerais serão formados pelo processo colisional, enquanto outros serão 
alojados (acrescidos) na crosta cavalgante. O processo colisional resulta num espessamento 
acentuado da crosta continental; este espessamento é conduzido por falhas inversas de alto e 
de baixo ângulo, que juxtapõem sedimentos de margem continental, largos fragmentos de 
crosta oceânica (lâminas ofiolíticas) e mesmo fragmentos das crostas continentais mais 
antigas (rochas ígneas e metamórficas, principalmente). O alto gradiente geotérmico na 
região de arco magmático e o espessamento crustal pela subducção de continente dão origem 
a anatexia de rochas que já passaram por diversos processos em nível de crosta; o produto 
dessa anatexia são os magmas peraluminosos. As feições estruturais mais importantes 
desenvolvidas pelos processos colisionais são: 
1) zona de sutura colisional: sedimentos molássicos e turbiditos com olistostromas e com 
fragmentos a) de crosta oceânica, b) de sedimentos de margem continental, ou de bacias 
oceânicas "residuais", e c) de crosta continental antiga. Os depósitos minerais presentes são 
herdados junto com os fragmentos tectônicos aí alojados; 
2) a bacia e o cinturão de cavalgamento de frente-de-colisão (foreland basin and thrust belt): 
formadapelo arqueamento flexural do continente em subducção; 
3) bacias intermontanas: são as bacias sedimentares entre as cadeias montanhosas que 
compõem o cinturão orogênico. As bacias intermontanas podem ser formadas a) na 
juxtaposição de arcos-de-ilha pelo fechamento de um oceano, b) na acresção de um arco-de-
ilhas à margem passiva de um continente, ou c) em estruturas extensionais na região de arco 
magmático (falhas transcorrentes, ou grabens paralelos aos arco magmático); 
4) bacias interiores (hinterland basins): são bacias formadas na porção posterior das cadeias 
colisionais. Essas bacias podem ser compressionais, ou extensionais, conforme a geometria 
da zona de subducção, ou serem cortadas por uma série de falhas transcorrentes, conforme a 
geometria dos bordos continentais e conforme o tipo de aproximação e colisão dos 
continentes (frontal ou oblíquo). Os depósitos minerais formados nesse ambiente foram 
abordados anteriormente. 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 50 
 
 
D.M. EM TERRENOS GRANITO - GREENSTONE BELT 
 
 Os Terrenos Granito - Greenstone constituem a feição geológica mais características 
da crosta continental arqueana. Esses terrenos são constituídos por 1) cinturões largos de 
rochas vulcânicas máficas e ultramáficas associadas com sedimentos químicos, 
vulcanoclásticos e terrígenos (greenstone belts) e por 2) extensas áreas de granitos intrusivos 
e de ortognaisses que circundam os cinturões de rochas verdes. Os greenstones belts são 
particularmente ricos em mineralizações e, por isso, despertam grande interresse prospectivo 
e têm sua evolução tectônica cuidadosamente avaliada. 
 A unidade intrusiva é constituída por 1) corpos subvulcânicos (sills e diques) de 
rochas máficas e ultramáficas, por 2) pequenos plutons de tonalitos, de trondhjemitos e de 
granodioritos e por 3) plutons tardios de granitos e de sienitos. O Cinturão de rochas verdes 
de Greenstone Belt pode ser subdividida em: 1) unidade vulcanogênica e 2) unidade 
sedimentar. A unidade vulcanogênica possui suites ígneas bimodais (ultramáfico-máficas e 
félsicas); as primeiras manifestações vulcânicas são caracterizadas por rochas ultramáficas 
(komatititos), que são reconhecidos pela presença de texturas spinifex nos derrames maciços 
e por estruturas almofadadas (pillows) circundadas por rochas vulcanoclásticas (vulcanismo 
subaquoso; a escasses de sedimentos entre os derrames ultramáficos indica que o vulcanismo 
ocorreu numa sucessão de rápidas e freqüentes erupções. A evolução do magmatismo ocorre 
com a diminuição do conteúdo de Mg da rochas vulcânicas e, conseqüentemente, com a 
erupção de basaltos komatiíticos e pricríticos ainda em condições subaquosas. O clímax do 
vulcanismo é dado por toleítos normais (baixo K) e por rochas vulcânicas félsicas (dacitos e 
riolitos) ricos em Na; o padrão de ETR destas rochas indica magmas altamente fracionados. 
A unidade sedimentar está recobrindo a unidade vulcanogênica e é dominado por: 1) 
grauvacas, 2) argilitos carbonosos, 3) cherts e 4) formações ferríferas bandadas (BIF's); 
cálcários e quartzitos são muito raros. O ciclo de sedimentação é encerrado com 
conglomerados polimítico e arenito conglomerático. 
 Os cinturões de greenstone ocorrem como grandes calhas sinformais, dominadas por 
dobras e por falhas; as antiformes geralmente acompanham falhas regionais; as falhas são 
comumente do tipo direcional. O metamorfismo que acompanha a deformação está 
geralmente relacionado ao fácies xistos verdes de baixa pressão. 
 Os cinturões de greenstone são formados ao longo de um intervalo de tempo entre 50 
e 100 Ma. A formação destes cinturões ocorre em não mais do que três gerações, que ocupam 
menos da metade do período Arqueano (3700 a 2500 Ma). Quanto a origem deste tipo de 
associação petrotectônica, não há concordância geral entre os pesquisadores; as particu-
laridades de magmatismo, de estrutura deformacional e de evolução tectônica não permitem 
uma pronta analogia com as associações petrotectônicas formadas pela Tectônica de Placas 
durante o Fanerozóico. Entretanto, duas hipóteses principais são geralmente apreciadas: 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 51 
 
1) Relacionados a associações ofiolíticas formadas em crosta oceânica após estágio de 
rifteamento de crosta continental. As seguintes condições de formação são postuladas: a) o 
alto gradiente geotérmico durante o Arqueano resulta na formação de uma crosta granulítica; 
b) o rifteamento inicial de uma crosta oceânica máfico-ultramáfica é causado pela subsidência 
da crosta acima de uma pluma mantélica; c) a fusão parcial de eclogitos e/ou de granulitos 
máficos durante a subsidência da crosta dá origem aos diápiros de plagiogranito e de tonalito; 
d) movimentos verticais diferenciais dos diápiros e dos segmentos de crosta máfico-
ultramáfica causam a formação das calhas sinformais onde há acumulação dos sedimentos; e) 
um extenso episódio de metamorfismo anatético (fácies anfibolito) dos plagiogranitos dá 
origem aos granitos e sienitos potássicos mais jovens. 
No entanto, tem sido verificado que a composição isotópica dos granitos realcionados 
aos cinturões de greenstone não são compatíveis com uma origem a partir de fusão de 
material crustal, mas, sim, a partir de fusão parcial e diferenciação a partir do manto superior. 
Assim, a hipótese mais plausível para a origem dos cinturões de greenstone está relacionada a 
2) pequenas cadeias meso-oceânicas em bacias marginais, ou a hot-spots mantélicos em 
crosta oceânica. O alto gradiente geotérmico do Arqueano assegura uma grande quantidade 
de fusão parcial do manto para dar origem ao magmatismo ultramáfico (Komatiítos) nestas 
posições tectônicas. A operação de uma atividade tectônica parecida com a Tectônica de 
Placas Fanerozóica em margens convergentes possibilita a deformação e o metamorfismo nos 
moldes verificados para os cinturões Greenstone Arquenos. 
 Os cinturões de Greenstone constituem a associação petrotectônica mais enriquecida 
em depósitos metálicos econômicos e parecem possuir o mais amplo espectro de tipos de 
mineralização. Alguns pesquisadores chegam a admitir que o pico de mineralização ocorreu 
no Arqueano. A distribuição dos principais depósitos minerais pode ser sumarizada da 
seguinte forma: 
1) na unidade vulcanogênica: a) formações ferríferas bandadas (BIF's) e sedimentos 
manganisíferos inter-estratificados com as rochas vulcânicas, b) depósitos de sulfeto de Cu-
Zn-Fe relacionados aos centros vulcânicos da seqüência intermediária-ácida e c) veios de Au-
quartzo e Au-teluretos segregados durante a deformação e o metamorfismo das rochas 
vulcânicas e sedimentares; 
2) na rochas máfico-ultramáficas intrusivas e extrusivas: sulfetos de Ni formados por 
imiscibilidade de líquidos nas rochas vulcânicas ultramáficas. 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 11 
 DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS COM HOT-SPOTS 
Associação 
petrotectônica 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
Granitos peraluminosos e 
peralcalinos 
 
- Intrusões.(plutons e stocks) 
concêntricas, que desenvolvem 
estruturas anelares e caldeiras 
vulcânicas. 
 
Sn (cassiterita) 
 
Nb, W-Ta e topázio 
(concentrações secundárias). 
- Sn concentrado no biotita granito 
- Normalmente, possuem dois episódios de alteração hidrotermal 
mineralização: 
1. tardi->pós-magmático (fluidos primários) com mineralização 
dispersa de columbita, xenotimo, thorita e cassiterita; 
2. hidrotermal tardio (mistura de fluidos primários e meteóricos) com 
formação de greisens controlados por veios e portadores de 
cassiterita, esfalerita, calcopirita, galena e pirita. 
- Jos Plateau, Nigéria (Jur) 
- St. François Mts., Missouri 
(Nprot.) 
- Rondônia, Brasil (Nprot.) 
Granitos peralcalinos 
 
Intrusões concêntricas, que 
desenvolvem estruturasanelares 
e caldeiras vulcânicas. 
U - Também relacionados à circulação de fluidos hidrotermais em dois 
episódios principais, como no tipo de d.m. anterior. No entanto, no 
primeiro episódio, as disseminações e segregações primárias estão 
associadas com aplitos e pegmatitos; no segundo episódio, a 
mineralização está associada com vênulas e veios que preenchem 
fraturas, ou espaços vazios no granito e nas rochas encaixantes. 
- Bokan Mts., Alaska (Mesoz.) 
- Apalaches (MPal. - Mesoz.) 
Carbonatitos 
Intrusões ígneas de basaltos 
alcalinos e de carbonatitos, 
associados a construções 
vulcânicas anelares. 
 
P (apatita), 
Ti (magn., anat.), 
TR,Nb (pirocloro) 
- Os magmas básico-alcalinos possuem alto conteúdo de voláteis 
(CO2 predominate) e são enriquecidos em elementos alcalinos. 
- Formam estruturas concêntricas pela recorrência de episódios 
intrusivos de composição cada vez mais diferenciada. 
- Estruturas de brechação, de venulação e de alteração hidrotermal 
por atividade ígneas são feições típicas. 
- Os depósitos têm forma tabular e estão localizados 
preferencialmente no contato dos diferentes pulsos magmáticos. 
- Peníns. de Kola, (Nprot. - 
Paleoz.) 
- Poços de Caldas, Salitre, 
Araxá, (Brasil - Mesoz.) 
 
Basaltos basanitóides Safira e Rubi - Derrames e plugs de basaltos alcalinos e basanitóides associados 
a ambientes tensionais em regime compressional-transformante com 
abertura de bacias. 
- As gemas são interpretadas como megacristais formados em 
condições de alta pressão (no manto terrestre) e transportados 
rapidamente para a superfície. 
- Os principais depósitos são placers que resultam da alteração 
supergênica e erosão dos derrames e dos plugs. 
Kampuchea, Tailândia (Quat.) 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 13 
 
 DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS A RIFTS TIPO A 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
ARGILITOS, comumente 
calcários e betuminosos; 
também em ARENITOS 
CONGLOMERÁTICOS. 
- Posicionados acima de não-
conformidades regionais e 
abaixo de unidades evaporíticas. 
Cu 
Cu-Pb-Zn-Ag 
Cu-Co-V 
- Depósitos stratabound disseminados 
- Minério relacionado aos estratos de argilito carbonoso e, em alguns 
casos, a arenitos e conglomerados de sistemas deltáicos marinhos; 
a influência das fácies sedimentares está ligada à fonte metálica 
próxima, à profundidade da bacia e aos limites de Eh/pH 
estabelecidos pelos fluidos formacionais durante a diagênese. 
- Kupferschiefer, Europa 
(Permiano) 
- Margem Atlântica, África 
(Cretácio). 
- Zambia, Zaire (Proter. Sup.) 
ARGILITOS, comumente 
betuminosos, em seqüências 
terrígenas 
- Aulacógenos 
Ag-Pb-Zn - Depósito ocorre em espessas seqüências clásticas; são depósitos 
estratiformes intimamente relacionados com argilitos e siltitos. 
Mineralização disseminada. 
- Depósitos apresentam nítida zonação metálica: Cu na borda da 
bacia, Pb na parte intermediária e Zn no centro da bacia. 
- Mina Sullivan, Columbia Brit. 
(Proter. Sup.) 
- Mt. Isa, Austrália (Proter. Sup.) 
- Gamsberg, Áfr. Sul (Pro-
terozóico Sup.) 
SEQÜÊNCIAS CLÁSTICAS 
TERRÍGENAS 
- Arenitos 
U - Espessas seqüências de arenitos e conglomerados continentais a 
marinhos, associadas a rochas vulcânicas. 
- Minério disseminado na forma de uraninita intersticial que substitui 
sulfetos. 
- Mineralização epigenética por fluidos hidrotermais metamórficos. 
- Aulacógeno Athapuscow, 
Canadá (Proter. Médio) 
CARBONATOS MAGNESIANOS Evaporitos - Mineralização estratiforme por precipitação química sin-genética 
em mar raso e em clima equatorial. 
- Zechstein, Europa (Permia-no) 
CARBONATITOS 
 
P (apatita); 
Cu-U (Baddeleyita); 
TR, Nb (pyrochloro); 
 
- Magmatismo e metassomatismo associados devido ao alto 
conteúdo de voláteis dos magmas, à forte diferenciação e à intrusão 
periódica de magmas diferenciados na mesma estrutura; 
- Enriquecimento supergênico do P e dos elementos metálicos é 
importante fator de economicidade destes depósitos; 
- O Carbonatito de Palabora é único em possuir concentração de 
sulfetos de Cu (calcopir., bornita, calcocita, e valerita). 
- Palabora, Afr. Sul 
(Proterozóico); 
- Oka, Canadá (Cret. Inf.) 
Jazidas Minerais (ENG05517) 14 
 
KIMBERLITOS associados com 
carbonatitos 
Diamantes - Os kimberlitos são rochas peridotíticas alcalinas de granulação 
fina, que possuem megacristais de Mg-olivina, flogopita, 
Mg-ilmenita, piropo. 
- Os kimberlitos estão presentes em espaços abertos por 
fraturamento e, portanto, ocorrem na forma de diques e sills. 
- A presença dos diamantes está relacionada com a profundidade de 
formação do magma e com altas velocidades de ascenção (evitar a 
oxidação do magma, a imiscibilização das fases silicatada e 
carbonatada e a sua transformação pós-magmática). Alta pressão 
magmática determina intrusões colunares (pipes), principalmente 
em intersecção de falhas profundas. 
- Tanzânia, (Mesoz) 
- Afr. Sul, (Proter. e Cretácio). 
INTRUSÕES BÁSICO-ULTRA-
BÁSICAS 
- Grandes corpos ígneos 
estratiformes, intrudidos em 
zonas dilatacionais de falhas 
profundas. 
Cr, Ni, Pt, Cu, Ti - Diferenciação ígnea que forma níveis acamadados de distintas 
composições petrológicas. 
- Níveis estratiformes de Cromita na seqüência peridotítica basal e 
níveis de V-Ti-magnetita na seqüência norito-anortosítica superior. 
- Níveis com enriquecimento em voláteis (Merenski reef) e 
estruturas colunares (pipes, potholes), onde estão localizadas as 
concentrações de Pt-Cu-Ni sulfetados; estes níveis e estruturas 
colunares ocorrem na transição da seqüên-cia gabróica para a 
seqüência anortosítica superior. 
- O Complexo de Duluth consiste em uma intrusão gabro-troctolítica 
de pequeno porte, onde a mineralização de Cu-Ni sulfetado está 
localizada no contato basal com as rochas encaixantes; a 
mineralização se deve à imiscibilização das fases silicáticas e 
sulfatadas do magma pela assimilação de sílica. 
- Great Dyke, Zimbabwe (Prot. 
Inf.) 
- Bushveld, Afr. Sul (Prot. Inf.) 
- Duluth Complex, USA (Prot. 
Sup.) 
 
VEIOS em falhas e linea-mentos F - Veios que acompanham falhas direcionais e normais de sistemas 
de rifts 
- Veios de fluorita, barita e de alguns sulfetos de metais básicos. 
- São veio epitermais que resultam da percolação de fluidos 
meteóricos e/ou magmáticos. 
- Illinois-Kentacky, EUA 
(Cretáceo). 
- Santa Catarina, Brasil 
(Cretácio). 
VEIOS EM ARGILITOS 
NEGROS 
Pb-Zn em veios - Depósitos ocorrem em veios e vênulas ligadas a sistemas de 
fraturas em anticlinais internas do sistema de rift. 
- Os veios estão limitados aos estratos de argilitos negros e devem 
estar ligados à percolação de fluidos conatos/formacionais. A 
paragênese inclui esfalerita, galena e pequenas quantidades de 
pirita. 
- Calha de Benue e Zona de 
Fraturas do Amazonas (Cre-
tácio) 
Jazidas Minerais (ENG05517) 15 
 
 
DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS A RIFTS TIPO B 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
COMPLEXOS ALCALINOS 
SUB-SATURADOS 
P (Apatita) - Baikal 
Re (apatita) e Ti (magnetita) - 
Oslo 
- Complexos alcalinos zonados com sienitos nefelínicos, leu-cititos, 
etc... e seus equivalente vulcânicos (jacupiranguitos, ijolitos, etc...); 
normalmente sem carbonatito 
- Depósitos derivados da diferenciação magmática; 
- corpos tabulares descont. no contato dos diferentes pulsos 
magmáticos; 
- Rift Baikal, URSS 
(Paleoz. Sup.) 
- Graben Oslo, 
(Permiano) 
GRANITOS SHOSHONÍTICOS 
- Intrusões concêntricas, es-
truturas anelares e constru-ção 
de caldeiras vulcãnicas 
Mo-pórfiro - Mineralização associadacom biotita granitos porfiríticos, que é 
intrudido na parte central da caldeira vulcânica. 
- A mineralização resulta da alteração hidrotermal do biotita granito e 
das rochas encaixantes por fluidos de origem mag-mática e 
meteórica. A alteração hidrotermal estabelece uma rede de vênulas 
(stockwork) de quartzo-Mo na zona de sericitização. 
- Glitrevann, Oslo Rift (Per-
miano) 
- Climax, USA 
(Mesozóico) 
VEIOS em falhas e linea-mentos F - Veios de fluorita que acompanham falhas normais dos rifts. 
- Fluorita de origem epitermal, resultado da mistura de fluidos 
hidrotermais magmáticos e meteóricos. 
- Oeste dos EUA 
(Cenozóico) 
VEIOS em granitos e no em-
basamento 
Mo-quartzo 
Ag-Co-Ni arsenetos 
- Veios epigenéticos e epitermais portadores de sulfetos de Mo-Cu-
Pb-Zn relacionados com intrusões de granitos alca-linos. 
- Graben Oslo, 
(Permiano) 
- Rift Keweenawan, EUA 
(Proter. Sup.) 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 16 
 
 
 DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS COM BACIAS INTRACONENTAIS 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
VEIOS em SEDIMENTOS 
TERRÍGENOS 
U - Depósito stratabound disseminado em veios de quartzo-
pitchblenda-uraninita; 
- Os veios estão localizados adjacente a importantes superfícies de 
não-conformidade, em arenitos; a mineralização es-tá dispersa nos 
sedimentos acima e abaixo da não-conformidade. 
- A deposição ocorre pela circulação de fluidos meteóricos 
imediatamente após a sedimentação; posteriormente, ocorrem 
transformações diagenéticas por fluidos conatos. 
- Athabasca Basin, Canadá 
- Alligator River, Austrália 
Prot. Inferior-Médio 
ORTOCONGLOMERADOS, 
usualmente acima de 
não-conformidades 
U, Au - Depósitos stratabound disseminados de U (Uraninita) e Au, com 
pirita associada, que estão localizados imediatamente acima de 
grandes superfícies de não-conformidade, na base de espessas 
seqüências continentais, ou marinhas rasas; 
- Os minerais de minério estão dispersos em sedimentos clásticos 
grossos (ortoconglomerados de seixos de quartzo); 
- os minerais de minério se apresentam na forma de grãos detríticos 
(arredondados) e com sobrecrescimento; isto indica deposição como 
placer em ambiente livre de O2 e re-equilíbrio diagenético e/ou 
metamórfico. 
- Witwatersrand, 
África do Sul 
- Jacobina, Brasil 
- Elliott Lake, Canadá 
(Proter. Inf.) 
SED. DETRÍTICOS de planície 
costeira. 
Carvão, gás - Deposição de m.o. derivada predominantemente de plantas 
continentais em ambientes lagunares costeiros restritos; 
- Depósitos estratiformes com variável conteúdo de sedimentos 
clásticos finos; 
- Em ambientes não tão restritos, com ingresso de águas marinhas, 
as camadas carbonosas têm contribuição de m.o. derivada de algas, 
o que modifica as características físico-químicas do carvão. 
- Província Carbonífera Sul-
brasileira 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 19 
 
 
 DEP. MINERAIS ASSOCIADOS COM MARGENS CONTINENTAIS PASSIVAS 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
CARBONATOS MAGNESIANOS 
em seqüências transgressivas 
Evaporitos - Depósitos estratiformes maciços; 
- Sedimentação química em mares restritos; clima equatorial; 
- Formam diápiros nas seq. sedim. superiores quando do início da 
subsidência mecânica flexural das margens passivas; os diápiros 
são formados em função da inversão da densidade dos estratos 
sedimentares. Os diápiros formam importantes estruturas que 
servem de armadilha para as acumulações de petróleo 
- Os estratos de evaporito controlam a composiçao dos fluidos 
conatos/formacionais durante os processos diagenéticos que levam 
à mineralização das unidades clásticas inferiores (Cu stratabound) 
e carbonáticas superiores (Pb-Zn stratabound) 
- Atlântico Sul (Cretácio) 
- Mar Vermelho (Mioceno) 
 
ARGILITOS NEGROS, CHERT 
E DOLOMITOS, comumente em 
seqüências transgressivas 
Fosforitos - Depósitos stratabound disseminados; 
- Deposição de lamas associada com precipitação química e/ou 
bioquímica de fosfatos; as lamas fosfáticas comumente possuem 
intraclastos, pellets, oólitos e material esqueletal fóssil; 
- Deposição em águas rasas com pequena contribuição de material 
clástico; relacionados a climas tropicais a equatoriais, onde há 
ressurgência de águas marinhas profundas. 
- As seq. transgressivas indicam um afogamento das margens 
epicontinentais e resultam numa alta produtividade orgânica; o 
fosfato é acumulado em ambiente levemente redutor pela atividade 
de bactérias. 
- Peru, 
- Oeste da África, (Recente) 
- Flórida, EUA 
(Mioceno) 
ARGILITOS NEGROS em 
seqüências transgressivas 
Lamas metalíferas 
(Cu-Pb-Zn) 
- Depósitos stratabound disseminados; 
- Deposição de sedim. clásticos finos, com m.o., enriquecidos em 
metais (Ag, Ni, Cr, V, Cu, Pb, Zn, U) em ambiente pelágico anóxico; 
- É comumente observado que a transgressão marinha tende a 
depositar fosfato em áreas de mar raso, lamas negras metalíferas 
em altos topográficos e nódulos e crostas manganesíferas nos 
ambientes oxidantes. 
- Argilitos Alum, 
Suiça (Cambriano) 
- Alpes Venetian, 
(Mesozóico) 
Jazidas Minerais (ENG05517) 20 
 
 
Sed. clásticos marinhos em 
seqüências regressivas 
Formações ferríferas 
tipo Minette 
- Depósito sedimentar de minério de Fe, que consiste 
predominantemente, de nódulos de chamosita imersos numa matriz 
de lama chamosítica ou siderítica; 
- Precipitação química em mar raso; a contribuição de Fe é 
proveniente do intemperismo químico das rochas continentais; 
- Oeste Europa (Jurássico) 
- Leste EUA (Siluriano) 
CHERTS e SEDIMIMENTOS 
CLÁSTICOS de águas rasas 
Banded Iron 
Formation 
- Depósitos estratiforme de Fe, que consiste na alternância de 
bandas/camadas de hematita e de chert; 
- A deposição das camadas de BIF ocorre em mares restritos, 
anaeróbicos, onde a atividade de bactérias oxidantes causa a 
precipitação química/bioquímica de chert e de hematita. 
- Labrador, África do Sul 
(Proter. Inf.) 
PLACERS em 
arenitos praiais 
Ilmenita, rutilo, 
zircão, monozita, 
diamente 
- Concentrações stratabound de minerais pesados em arenitos 
praiais; 
- O estabelecimento de placers depende da morfologia e da 
dinâmica das correntes costeiras; 
- África do Sul 
- Costa E Austrália 
- Costa E Brasileira 
(Quaternário) 
CARBONATOS PLATAFOR- 
MAIS, profundamente soter-
rados 
Pb-Zn - Depósitos stratabound disseminados em calcários e dolomitos; 
raramente, em margas; também como concentrações estratiformes, 
ou como depósitos de substituição e preenchimento de cavidades 
(neste caso, discordantes dos estratos); 
- os depósitos minerais também podem estar relacionados com 
falhas. de um modo geral, todas as estruturas mineralizadas estão 
preferencialmente relacionadas com o eixo, ou os flancos de amplas 
anticlinais. 
- Circulação de fluidos meteóricos e conato/formacionais antes da 
compactação dos sedimentos; a composição dos fluidos está 
controlada pela atividade bacteriana redutora (precipitam sulfetos) e 
pela presença de evaporitos (fluidos ricos em Cl). 
- Mississipi Valley, 
EUA (Cambr., Carb.) 
- Eire, Áfr. (Carb.) 
- Alpes Sul (Triás.) 
CARBONATOS 
PLATAFORMAIS 
Ba, F - Depósitos stratabound diseminados a concentrados, que ocorrem 
em seq. de carbonatos plataformais sem presença significante de 
mineralizações em Pb-Zn; 
- comumente formam veios, ou corpos irregulares restritos aos 
estratos carbonáticos. 
- Paquistão (Jur.) 
- Burma, Ásia (Ordov.) 
Jazidas Minerais (ENG05517) 21 
 
 
 PETRÓLEO e GÁS - Depósito stratabound aprisionado em estruturas sedimentares, oudeformacionais em rochas permeáveis que não foram geradoras. 
- A maturação da m.o. dos sedimentos clásticos finos ocorre quase 
que simultaneamente à diagênese dos sedimentos; a natureza fluida 
deste minério permite a migração para fora da rocha geradora e, 
desta forma, requer a presença de estruturas favoráveis para o 
aprisionamento. 
- As armadilhas estruturais de petróleo e gás são desenvolvidas 
principalmente a partir da subsidência mecânica flexural da bacia 
sedimentar; neste episódio, ocorre a formação de grande quantidade 
de falhas lístricas, de estruturas antiformais e a intrusão de domos 
salinos com suas estruturas particulares associadas. 
- Bacias sedimentares da 
margem Atlântica brasileira. 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 23 
 
DEPÓSITOS MINERAIS FORMADOS EM CADEIAS MESO-OCEÂNICAS E EM BACIAS OCEÂNICAS 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
ARGILAS VERMELHAS 
PELÁGICAS e basaltos 
Óxidos e hidróxidos de Mn, Fe, 
Ni, Co, Cu em nódulos e em 
encrustações 
- Depósitos estratiformes mais ou menos concentrados associados a 
sedimentos pelágicos, ou a carbonatos, que recobrem as lavas 
basálticas; 
- Deposição de sedimentos hidrogenados em áreas de fortes 
corrente de fundo, que impedem a deposição de sedimentos 
químicos e que formam superfícies de erosão e escavações; 
- Possuem alta concentração de Cu, Ni, e Co (Pb e V) 
- Oceanos Atlântico, Pacífico e 
Índico (Recente) 
- Timor, África (Cretácio) 
- Península Olímpica, EUA 
 (Eoceno). 
BASALTOS em cadeias meso-
oceânicas 
Óxidos e hidróxidos de Mn e Fe 
(nódulos e encrustações) 
- Depósitos estratiformes mais ou menos concentrados, que 
recobrem diretamente as lavas basálticas; podem, em depósitos 
ainda não compactados pela carga sedimentar, atingir 2000 m de 
espessura; 
- Deposição de sedimentos químicos ricos em Mn, ou em Fe, que 
resultam da precipitação a partir de fluidos hidrotermais; 
- Possuem baixas concentrações de metais calcófilos; 
- Cadeia Meso-atlântica e East 
Pacific Rise (Recente) 
BASALTOS em cadeias meso-
oceânicas 
- Lamas metalíferas e sulfe-tos 
maciços 
- Depósitos estratiformes disseminados de argila (Fe-
montmorilonita), goethita, manganita, manganosiderita e sulfetos 
(pirita, esfalerita, calcopirita); 
- Lixiviação do basalto por fluidos hidrotermais e deposição de 
material clástico (argila) e de sedimento químicos; 
- os depósitos de sulfeto maciço ocorrem como elevações colunares 
acima das pillow lavas, junto a depressões estruturais e zonas de 
intenso fissuramento; 
- Cadeia Meso-atlântica e East 
Pacific Rise (Recente) 
SEDIMENTOS CARBONOSOS 
PELÁGICOS 
Argilas ricas em 
metais 
- Depósitos disseminados de lamas metalíferas originadas por 
circulação hidrotermal de fluidos em cadeia meso-oceânica 
depositadas próximo às margens continentais (plataforma cont.) 
durante episódios de transgressão marinha. 
- South Uplands, Escócia (Pa-
leozóico Inf.) 
Jazidas Minerais (ENG05517) 24 
 
 
BASALTOS em cadeias meso-
oceâ-nicas 
Sulfetos de 
Cu, Fe e Zn 
- Depósitos estratiformes, lenticulares de sulfeto maciço, que 
ocorrem sobrepostos ou interacamadados com as pillow lavas 
basálticas; 
- Deposição química de sulfetos a partir de fluidos hidrotermais que 
percolam as lavas basálticas em zonas de intenso fraturamento; 
- Podem ser individualizados três tipo, de acordo com o 
posicionamento tectônico: 
1) Tipo Chipre: formado nos estágios iniciais de abertura de bacia 
pós-arco; 
2) Tipo Løkken: formado e cadeias de expansão oceânica pós-arco; 
3) Tipo Joma: formados em pequenas bacias oceânicas tipo Mar 
Vermelho. 
- E Pacific Rise e Mar Vermelho 
(Recente) 
- Troodos, Chipre 
(Cretácio) 
DUNITOS em harzburgitos do 
manto 
Al-cromita - Corpos lenticulares de cromita podiforme (nódulos, glóbulos, 
schlieren, maciça) alojadas próximo ao contato de dunitos e de 
harzburgitos; os dunitos normalmente aparecem como corpos 
também lenticulares; o conjunto foi envolvido na deformação do 
manto pela arraste da litosfera durante a expansão do fundo 
oceânico); 
- As Al-cromitas são formadas pela cristalização in situ do magma 
em ascenção através do harzburgito do manto; 
- Chipre, Cuba, Filipinas 
(Terciário) 
- Goiás, Brasil (Neoproter.) 
PERIDOTITOS E 
SERPENTINITOS 
Ni, Fe, Ti, Au, Pt 
Asbesto, talco e magnesita 
- Depósitos stratabound disseminados, formados pela alteração 
intempérica das rochas básicas e ultrabásicas, ou pelo 
metamorfismo/metassomatismo quando estas rochas são envolvidas 
em processos de convergência de placas. 
- Filipinas, Itália e Grécia 
(Mesoz. e Terciário Inf.) 
- Goiás, Brasil (Neproter.) 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 26 
 
 
 D.M. ASSOCIADOS COM CORDÕES DE ILHAS VULCÂNICAS 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
INTRUSÕES ALCALINAS 
SUBSATURADAS 
Carbonatitos (?) - Intrusões de magmas carbonatíticos no estágios finais de 
magmatismo; contudo, a sua ocorrência é incerta e pouco freqüente; 
não são registrados depósitos metálicos associados diretamente 
com o magmatismo; 
- Ilhas Canárias e do Cabo 
Verde, Oc. Atlântico 
BASALTOS e seqüên cias 
grauvaquianas com margas e 
carbo natos clásticos. 
Cu e Zn - Depósitos maciços estratiformes de sulfetos posicionados em meio 
a basaltos, pelitos, grauvacas e menores quantidades de quartzito. 
Depósito exalativo distal. 
- Besshi, Ilha Honshu 
(Paleozóico) 
- Matahambre, Cuba 
 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 28 
 
D.M. ASSOCIADOS COM FALHAS TRANSFORMANTES EM CROSTA OCEÂNICA 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
SEDIMENTOS DE LEQUES 
ALUVIAIS e BASALTOS ALTO 
Ba 
Ba - Depósitos colunares, maciços de barita em pequenos cristais 
tabulares; com o soterramento por sedimentos, formam depósitos 
lenticuares; 
- Precipitados químicos (sedim. química) a partir de fluidos 
hidrotermais exalados em zonas de fratura (água oceânica em 
percolação); precipitação quando os fluidos hidrotermais se 
misturam com as águas de fundo do oceano ricas em sulfato. 
- Zona de Falhas San Clement 
(Recente) 
BASALTOS DE 
CROSTA OCEÂNICA 
Óxidos e hidróxidos de Fe e Mn - Pequenos depósitos estratiformes disseminados que capeam as 
lentes de barita e os sedimentos de leques aluviais; 
- Sedimentação química a partir de fluidos hidrotermais exalados em 
zonas de fratura. 
- Zona de Falhas San Clement 
(Recente) 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 30 
 
D.M. FORMADOS POR FALHAS TRANSFORMANTE EM CROSTA CONTINENTAL 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
VEIOS e PODS de calcita-
quartzo-estibinita 
Falhas transf. relacionadas à 
subducção 
Sb - Veios de calcita-quartzo-estibinita alojados em zonas de 
fratura sobre sedimentos finos tipo flysch. 
- Percolação de fluidos hidrotermais conatos que lixiviam 
rochas ultramáficas é condição importante para este tipo de 
depósitos mineral. 
- Transf. Chaman, 
Paquistão (Terciário). 
 
CARBONATITOS 
Extensão de ridge-ridge 
transforms 
Ba, Elem. Terras Raras, Ti - Complexos anelares de rochas carbonatíticas, com vários 
pulsos de intrusão. Mineralização relacionada com processos 
de autometassomatismo e metassomatismo sobre as rochas 
encaixantes (fenitos e glimeritos), além dos processos 
inteméricos superpostos. 
- VER D.M. formados em Trilhas de Hot-spots e em Rifts 
intracontinentaispara maiores detalhes. 
 
- Angola, Namíbia e Brasil 
(Cretácio a Terciário) 
KIMBERLITOS 
Extensão de ridge-ridge 
transforms 
Diamantes - Intrusões kimberlíticas tabulares a colunares ao longo das 
zonas de fratura. As intrusões ocorrem preferencialmente na 
intersecção das zonas de fratura. 
- A seqüência de eventos que culminam com o alojamento de 
Kimberlitos é a seguinte: a) intrusão de diques do-leríticos 
associados com os esforços tensionais antes da separação 
continental; b) derrames de lavas basálticas durante os 
estágios iniciais de deriva (crosta continental bastante 
atenuada); c) vulcanismo alcalino e erupção de carbonatitos 
no incremento da deriva continental; e, imediatamente após 
as primeiras manifestações alcalinas, d) alojamento de 
Kimberlitos. 
- W Africa, Brasil e 
Austrália (Cretácio) 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 31 
 
INTRUSÕES BÁSICO-
ULTRABÁSICAS 
Extensão de 
ridge-ridge transforms 
Cu, Ni, Pt, Ti e Au - Intrusões básico-ultrabásicas diferenciadas com forma 
tabular podem estar alojadas nas zonas de fratura 
continentais que se prolongam a partir das falhas 
transformantes oceânicas. As intrusões podem ocorrer em 
vários pulsos e apresentar formas geométricas distintas 
(lopolitos, diques, plugs, sills). 
- Camadas ricas em Ilmeno-magnetita em troctolito 
(oliv.+plagiocl.) ocorrem na base da intrusão; nódulos de 
sulfeto (Ni, Cu, Pt e Au) que atestam imiscibilidade de 
líquidos estão situados mais no topo da intrusão. A parte 
superior da intrusão pode estar relacionada com veios 
hidrotermais tardios. 
- Freetown, Sierra Leone 
(Jurássico) 
- SE Desert, Egito 
BASALTOS e LAMAS 
METALÍFERAS SALINAS 
Sedimentos metalíferos 
com sulfetos de Cu, Pb e Zn, 
ou com óxidos de Mn 
 
- Lamas metalíferas em mares restritos formados nos 
primeiros estágios de separação continental e de aber-tura 
de um oceano. As lamas metalíferas estão localizadas na 
intersecção das falhas transformantes com uma incipiente 
cadeia oceânica. 
- As lamas metalíferas são produzidas pela erosão 
continental (arenitos e argilitos) e deposição em ambiente 
subaquoso sujeito a atividade hidrotermal com águas 
marinhas enriquecidas em sais ("salmouras quentes"). As 
salmouras quentes movem-se através dos evaporitos e 
rochas basálticas e depositam a sua carga metálica nos 
sedimentos. 
- Mar Vermelho 
- Golfo Califórnia 
(Recente) 
PEGMATITOS Sn e Li - Pegmatitos relacionados com granitos alcalinos à base de 
Cassiterita, turmalina e biotita; estes granitos ocupam um 
graben dentro da zona de fratura. Os pegmatitos estão 
alojados nas zonas de fratura e possuem dois tipos de 
paragêneses: a) cassiterita-lepidolita-albita e 
b) cassiterita-turmalina. 
- Os pegmatitos com lepidolita têm granulação mais fina, não 
são zonados, possuem ±20 m de espessura por 1 km de 
extensão e contêm quantidades menores de microclínio, 
tantalita e xenotimo. Os pegmatitos com turmalina são menos 
espessos e contém wolframita e columbita. 
- Tailândia Peninsular 
(Mesozóico) 
Jazidas Minerais (ENG05517) 33 
 
D.M. CARACTERÍSTICOS DE ARCOS EXTERNOS 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
OFIOLITOS OBDUZIDOS Sulfetos de Cu e Fe Ver D.M. formados sobre BASALTOS em cadeias meso-oceânicas - Troodos, Chipre 
(Cretáceo) 
OFIOLITOS OBDUZIDOS Al-cromitas podiformes Ver D.M. formados sobre DUNITOS e harzburgitos em cadeias 
meso-oceânicas 
- Goiás, Brasil 
(Neoproteroz.) 
GRANITOS Sn, W - Pequenos depósitos em cúpulas de turmalina granitos, em 
processo de alteração hidrotermal por fluidos magmáticos e 
meteóricos. Podem ocorrer pequenos depósitos de veio de 
wolframita+turmalina+qzo. 
- Associação de granodioritos e sienogranitos com alta relação 
K2O/Na2O, alto conteúdo de Fe e baixo de magnetita. 
- Shimanto Belt, SW 
Japão (Mioceno) 
GRANITOS U - Intrusões de granitos cálcio-alcalinos diferenciadas (dioritos, 
monzodioritos, monzonitos e granodioritos). 
- Depósitos disseminados em veios e vênulas em zonas de fratura 
no granodioritos, associadas com atividade hidrotermal tardi a pós-
magmática. 
- S Uplands, Escócia 
(Devoniano). 
GRANODIORITOS Cu-pórfiro - Intrusões cálcio-alcalinas diferenciadas. 
- Depósitos disseminados de pirita+calcopirita em pulsos intrusivos 
de granodiorito (sheets, stocks, pipes), asso-ciados com zonas de 
alteração hidrotermal tardi a pós-magmática (sericita e propilita). 
- S Uplands, Escócia 
(Devoniano) 
SEDIMENTOS CLÁSTICO- 
TERRÍGENOS 
Veios Au+quartzo - Segregações de veios de quartzo em zonas dilatacionais de 
charneira de dobras e de combinação de falhas sintéticas (fluidos 
metamórficos). 
- Taiwan (Cenozóico) 
CARBONATOS MAGNESIANOS Hg - Depósitos disseminados a concentrados de Cinábrio (Hg) 
relacionados à alteração metassomática de serpentinitos em contato 
com sedimentos terrígenos pela circulação de fluidos metamórfico a 
conatos e meteóricos; também em zonas de falhas com alteração 
hidrotermal. 
- Coast Ranges, EUA 
(Plioceno) 
- Gornyi Altai, Tyan Shan 
URSS (Cretáceo) 
SED. TERRÍGENOS 
QUARTZOSOS E 
CARBONATOS 
Sb - Depósitos diseminados a concentrados em veios de 
estibinita+quartzo+calcita em zonas de falhas transcorrentes-
transformantes de frente de arco. 
- Paquistão (Terciário) 
Jazidas Minerais (ENG05517) 35 
 
D.M. FORMADOS EM BACIA DE FRENTE-DE-ARCO 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
SEDIMENTOS FLUVIAIS Placers de Au - Os placers de Au estão localizados em depósitos de rios a 
leste do eixo da bacia (W Trough, Burma). O Au deriva 
primariamente das intrusões e dos derrames a leste (arco 
magm.) e, secundariamente, de uma sucessão de 
conglomerados polimíticos a oeste; evidenciam-se ciclos de 
retrabalhamento do Au, desde a fonte primária. 
- W Trough, Burma 
(Quarternário) 
- Great Valley, Califórnia EUA 
(Quatern.) 
SEDIMENTOS DELTÁICOS Carvões 
sub-betuminosos 
- Os depósitos de carvão ocorrem no limbo oeste da bacia e 
recobrem uma espessa seqüência de turbiditos. 
- W Trough, Burma 
(Eoceno) 
 
 
Jazidas Minerais (ENG05517) 37 
 
D.M. FORMADOS EM ARCOS MAGMÁTICOS 
Associação 
petrotectônica 
 
Composição 
do d.m. 
Variáveis de mineralização; controles; 
características de estrutura e de textura 
Exemplos 
de d.m. 
TONALITOS e 
GRANODIORITOS 
Magma CA tipo I 
- Arcos magmáticos tipo 
Andino e tipo Arcos-de-ilhas. 
- As intrusões normalmente 
estão alojadas em zonas de 
intenso falhamento 
(intersecção, ou zonas 
dilatacionais de falhas); 
nessas zonas, a 
permeabilidade secundária é 
fator decisivo para dar origem 
a grandes células 
convectivas hidrotermais e, 
conseqüentemente, a 
depósitos disseminados de 
grande volume e baixo teor. 
- Cu-Au pórfiro 
- Cu-Mo pórfiro 
 
- Au pórfiro 
- A fonte dos metais inclui 
antigos depósitos metálicos, 
rochas vulcânicas e argilitos 
subduzidos na zona de 
convergência. 
 
- Depósito disseminado em cúpula de intrusões 
granodioríticas subvulcânicas (granodor. porfiríticos). O 
contato das intrusões com as rochas encaixantes geralmente 
apresenta pouca perturbação estrutural, mas possui 
abundantes diques e sills. As intrusões geralmente estão 
acima de largas câmaras magmáticas (batólitos). 
- Incluem concentrações menores, mas econômicas de Mo e 
de Au 
- A mineralização está associada com estruturas de brechas 
de colapso e de brechas hidrotermais, que formam corpos 
irregulares, sills e diques de rocha fragmentada, colunas de 
brechas com turmalina (feições de fluidização). A 
mineralização é normalmente tardia aos eventos hidrotermais

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