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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS

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Unidade I: 
 
Unidade: INSTALAÇÕES 
PREDIAIS DE PROTEÇÃO E 
COMBATE A INCÊNDIOS E 
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE 
GÁS 
 
 
 
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Unidade: INSTALAÇÕES PREDIAIS DE PROTEÇÃO E 
COMBATE A INCÊNDIOS E INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS 
 
 1 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE PROTEÇÃO E COMBATE A 
 INCÊNDIOS 
 
1.1 O projeto de proteção e combate a incêndios 
Neste tipo de projeto de instalações prediais são definidos os sistemas 
de prevenção, proteção e combate a incêndios que deverão ser instalados na 
obra para que esta, quando for terminada e passar a ser utilizada, tenha o 
recurso de fornecer aos usuários do imóvel um conjunto de equipamentos 
destinados a permitir um primeiro combate para extinção de chamas em focos 
de incêndio iniciais, enquanto se aguarda a chegada de brigadas 
especializadas do Corpo de Bombeiros para casos em que o princípio de 
incêndio é de maior risco constatado. 
Basicamente uma instalação de proteção e combate a incêndios é 
composta por equipamentos móveis para extinção de incêndios (os extintores) 
e equi-pamentos fixos para extinção de incêndios (os hidrantes). 
 
1.2 Classificação das edificações quanto a sua ocupação 
Para efeito da dotação do equipamentos nesta instalação predial e em 
função das medidas de segurança que deverão ser adotadas classificamos as 
edifi-cações, em função de seu tipo de uso, da seguinte forma: 
1.2.1 Residencial 
1.2.1.1 Privativa multifamiliar 
1.2.1.2 Coletiva (asilos, internatos, pensionatos, etc) 
1.2.1.3 Transitória (hotéis, motéis, flats, apart-hotéis, etc) 
1.2.2 Comercial 
1.2.3 Industrial 
1.2.4 Mista (residencial e comercial) 
1.2.5 Pública (prefeituras, secretarias, tribunais, delegacias, etc) 
1.2.6 Escolar (colégios, creches, faculdades,etc) 
 
 
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1.2.7 Hospitalar e laboratorial 
1.2.8 Garagens 
1.2.9 Locais de reunião (cinemas, igrejas, teatros, auditórios, etc) 
1.2.10 Edificações especiais: 
1.2.10.1 Arquivos 
1.2.10.2 Cartórios 
1.2.10.3 Museus 
1.2.10.4 Bibliotecas 
1.2.10.5 Estações de Rádio e TV 
1.2.10.6 Centros de Computação 
1.2.10.7 Subestação Elétrica 
1.2.10.8 Centrais de Telefonia e Comunicações 
1.2.10.9 Postos de Reabastecimento de Combustíveis 
1.2.10.10 Terminais Rodoviários 
1.2.10.11 Oficinas de Conserto de Veículos Automotores 
1.2.11 Depósito de Inflamáveis 
1.2.12 Depósito de Explosivos e Munições 
 
1.3 Classificação quanto aos riscos de incêndios 
Os diversos níveis de exigências do sistema de segurança contra 
incêndios implicam numa classificação onde é considerada a sua forma de 
ocupação, a sua localização e a carga de fogo instalada no imóvel. 
1.3.1 Risco leve 
São consideradas de Risco Leve as edificações classificadas com os 
seguin-tes tipos de utilização: 
1.3.1.1 Residencial 
1.3.1.2 Pública 
1.3.1.3 Escolar 
 
 
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1.3.1.4 Local de reunião 
1.3.1.5 Comercial (carga de fogo inferior a 60 kg/m2) 
1.3.1.6 Mista 
 
1.3.2 Risco Médio 
São consideradas de Risco Médio as edificações classificadas com os 
se-guintes tipos de utilização: 
1.3.2.1 Hospitalar e laboratorial 
1.3.2.2 Garagens 
1.3.2.3 Comercial (carga de fogo entre 60 e 120 kg/m2) 
1.3.2.4 Industrial 
 1.3.2.5 Mista 
 1.3.2.6 Especiais 
 
Considera-se de Risco Médio, também, as edificações comerciais, 
industriais ou mistas quando instaladas em mais de um pavimento, nas mistas 
quando houver sobreposição de usos comercial e residencial e com carga de 
fogo média entre 60 e 120 kg/m2. 
1.3.3 Risco Elevado 
São consideradas de Risco Elevado as edificações classificadas com os 
se-guintes tipos de uso: 
1.3.3.1 Comercial 
1.3.3.2 Industrial 
1.3.3.3 Mista 
1.3.3.4 Especiais 
Quando a somatória das unidades comerciais da edificação ou as 
demais apresentarem uma carga de fogo maior do que 120 kg/m2. 
1.3.4 Carga de fogo 
Para o dimensionamento da carga de fogo o seu cálculo deve obedecer 
ao seguinte roteiro: 
 
 
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1.3.4.1 Levantamento dos materiais combustíveis encontrados na 
edificação, inclusive o mobiliário; 
1.3.4.2 Levantamento do peso estimado dos materiais combustíveis; 
1.3.4.3 Relação dos respectivos poderes caloríficos dos materiais 
combustíveis, conforme tabela: 
Material Poder calorífico (kcal/kg) 
Resíduos de comida 3324 
Resíduos de fruta 4452 
Resíduos de carne 6919 
Papel cartão 4127 
Papel cartão encerado 6513 
Papel jornal 4713 
Papel (mistura) 4206 
Revistas 3043 
Polietileno 10402 
Poliestireno 9140 
Poliuretano 6237 
PVC 5430 
Têxteis 4913 
Borracha 6123 
Couro 4467 
Resíduos de jardim 3613 
Madeira (verde) 2333 
Madeira seca 4641 
Madeira (mistura) 4620 
Vidro e mineral 48 
 
 
 
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1.3.4.4 Cálcular a quantidade de calor por combustíveL, conforme a 
equação: 
 Qi = Ki Pi 
 
 Onde: 
 Qi = quantidade de calor para o combustível i (kcal) 
 Ki = poder calorífico do combstível i (kcal/kg) 
 Pi = peso do combustível i (kg) 
 n = o número total de combustíveis 
 
1.3.4.5 Somatória das quantidades de calor para cada combustível, 
através da equação: 
 n 
 Q =∑ Qi 
 i = 1 
 
 Onde: 
 Q = quantidade de calor total (kcal) 
 Qi = quantidade de calor para o combustível i (kcal) 
 n = o número total de combustíveis 
 
1.3.4.6 Cálculo da equivalência em madeira através da equação: 
 Pm = __Q__ 
 Km 
 
 Onde: 
 Pm = Poder calorífico equivalente em madeira (kg) 
 
 
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 Q = Quantidade de calor total (kcal) 
 Km = Poder calorífico da madeira (recomendado que se 
 adote 4400 kcal/kg)1.3.4.7 Cálculo da carga de fogo ideal, conforme a equação: 
 q = __Pm____ 
 A 
 Onde: 
 Q = Carga de fogo ideal (kg/m2) 
 Pm = Poder calorífico equivalente em madeira (kg) 
 A = Área da unidade 
 
1.3.4.8 Cálculo da carga de fogo corrigida, conforme a equação: 
 
 qc = q _m_ 
 2 
 Onde: 
 qc = Carga de fogo corrigida (kg/m2) 
 q = Carga de fogo ideal (kg/m2) 
 m = Coeficiente de correção (adimensional) 
 
 
Tabelas dos coeficientes de correção: 
 
 
material coeficiente 
 
 
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 solto empilhado compac. 
algodão 1,2 0,8 0,5 
borracha 1,3 1,0 0,7 
Plástico 1,3 1,0 0,7 
Cereais 1,0 0,8 0,6 
Coque ---- 0,3 0,2 
Papel 1,7 1,2 0,6 
Pedaços de 
madeira 
1,7 1,2 0,6 
Farinha 0,9 0,7 0,5 
Pele 1,0 0,8 0,6 
palha 1,8 1,3 0,9 
Lã 0,8 0,6 0,4 
Madeira 1,4 1,0 0,5 
Carvão vegetal 0,8 0,6 0,5 
 
 
 materiais líquidos 
 coeficiente 
gases combustíveis 1,5 
líquidos que podem esquentar 
até seu ponto de inflamação 
1,0 
líquidos com ponto de inflamação 
maior que 100ºC 
0,6 
 
 
 
1.4 Proteção por extintores 
 
 
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É exigido o Sistema Preventivo por Extintores para edificações que 
independentemente do total de área construída ou do número de pavimentos 
tenha destinação para: 
 Residências privativas multifamiliares 
 Residências coletivas 
 Residências transitórias 
 Indústrias 
 Mistas 
 Públicas 
 Escolares 
 Hospitalares, laboratórios e similares 
 Garagens 
 Locais de reunião 
 Especiais 
 Depósitos de inflamáveis 
 Depósitos de explosivos e munições 
 
O projeto deverá apresentar os extintores localizados em planta baixa, 
representados com a simbologia própria e indicação da capacidade extintora. 
Os extintores poderão ser do tipo manual ou sobre rodas. 
O número mínimo de extintores necessários depende: 
1 Do risco de incêndio; 
2 Da adequação do agente extintor à classe de incêndio do local a 
 proteger; 
3 Da capacidade extintora do agente extintor; 
4 Da área e do respectivo caminhamento necessário a distribuição dos 
 extintores; 
5 Da ocupação. 
 
 
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1.4.1 Capacidades extintoras 
Os extintores são divididos em “capacidades extintoras” e a condição 
mínima para que se constitua uma Capacidade Extintora obedece a critérios de 
tipo e quantidade de agente extintor, conforme tabela: 
 
 Agente extintor Capacidade extintora 
 Espuma: 10 litros; 
 Gás carbônico: 4 kg; 
 Pó químico seco: 4 kg 
 Água: 10 litros 
Denominamos “carreta” o extintor sobre rodas, provido de mangueira 
com 5 metros de comprimento, no mínimo, equipada com difusor ou esguicho, 
e com as seguintes capacidades mínimas: 
 Agente extintor Capacidade extintora 
 Espuma 50 litros 
 Gás carbônico 30 kg 
 Pó químico seco 20 kg 
 Água 50 litros 
 
1.4.2 Área de proteção 
Cada capacidade extintora protege uma área máxima de acordo com o 
grau de risco, conforme tabela: 
 Risco Área máxima (m2) 
 Leve 500 
 Médio 250 
 Elevado 250 
 
1.4.3 Caminhamento 
Os extintores devem ser, tanto quanto possível, equidistantes e 
distribuídos de forma a cobrir a área do risco respectivo e que o seu operador 
não percorra, do extintor até o ponto mais afastado, uma distância conforme a 
indicada na tabela: 
 
 
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 Risco Caminhamento (m) 
 Leve 20 
 Médio 15 
 Elevado 10 
 
1.4.4 Tipo e quantidade de extintores 
Quando houver diversificação de riscos numa mesma edificação, os 
extintores devem ser colocados de modo adequado à natureza do fogo a 
extinguir, dentro de sua área de proteção. 
 
Quando a edificação dispuser de riscos especiais, tais como: 
 Casas de caldeiras 
 Cabines de força 
 Queimadores 
 Casas de máquinas 
 Galerias de transmissão 
 Pontes rolantes (casa de máquinas) 
 Escadas rolantes (casa de máquinas) 
 Cabines rebaixadoras 
 Casa de bombas 
 
Devem as mesmas ser protegidas por Capacidades Extintoras, 
adequadas à natureza do fogo a extinguir e cobrir o risco, independentemente 
da proteção geral da edificação. Os extintores deverão ser locados e instalados 
na parte externa dos abrigos dos riscos especiais. 
Para áreas superiores a 400 m2 com Risco Elevado de incêndio é 
obrigatório o emprego de extintores manuais e extintores sobre rodas 
(carretas). 
Os extintores sobre rodas só podem ser instalados em pontos centrais 
da edificação e sua área de cobertura é restrita ao pavimento onde se encon-
tram. 
 
 
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1.5 Sistema Hidráulico Preventivo 
Denominamos Sistema Hidráulico Preventivo o sistema de prevenção e 
combate a incêndios constituído por um conjunto de hidrantes alimentados por 
uma rede de canalizações, bombas hidráulicas e reservatórios com reserva 
exclusiva de água para combate a incêndios. 
O projeto de um Sistema Hidráulico Preventivo deverá ter todos os 
equipamentos localizados em planta baixa, apresentação de esquema vertical 
ou isométrico, com os detalhes e as especificações do sistema e ainda 
apresentar a planilha de cálculo, devendo constar do projeto as pressões e as 
vazões reais verificadas nos esguichos dos hidrantes mais desfavoráveis. 
Em edificações com 4 ou mais pavimentos ou com área de construção 
total igual ou superior a 750,00 m2, independentemente do tipo de uso, será 
exigido o Sistema Hidráulico Preventivo. 
 
1.5.1 Canalizações 
A canalização do sistema poderá ser em tubo de ferro fundido ou 
galvani-zado, aço preto ou cobre e as redes subterrâneas exteriores à 
edificação, poderão ser com tubos de cloreto de polivinila rígido, fibro-cimento 
ou categoria equivalente. Nas tubulações internas as canalizações deverão ser 
enterradas a pelo menos 1,20 m de profundidade, observando-se a construção 
de um nicho com as dimensões mínimas de 0,25 x 0,30 m, guarnecido por 
tampa metálica pintada de vermelho. 
Em qualquer situação a canalização, as conexõese peças do sistema 
devem suportar pressão superior a 15 kg/cm2. O diâmetro mínimo deve ser de 
63 mm, devendo ser dimensionado de modo a proporcionar as pressões e 
vazões exigidas por normas nos hidrantes hidraulicamente menos favoráveis. 
As canalizações quando se apresentarem expostas, aéreas ou não, 
deverão ser pintadas de vermelho. 
As canalizações do Sistema Hidráulico Preventivo devem terminar no 
hidrante de recalque. 
 
1.5.2 Reservatórios 
O abastecimento do Sistema Hidráulico Preventivo poderá ser feito de 3 
formas, a seguir descritas: 
 
 
1.5.2.1 Por Reservatório Superior 
 
 
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A adução será feita por gravidade, obedecendo os seguintes requisitos: 
Estar instalada em compartimentos que permitam uma altura mínima de 
4 m, medidos entre a parte inferior do fundo do reservatório e o hidrante menos 
favorável; 
Dispor de botoeiras junto aos hidrantes menos favoráveis, guarnecidas 
por abrigos do tipo “quebra-vidro”, instalados entre 1,20m e 1,50m do piso 
acabado; 
Ser alimentadas por redes independentes e ligadas a um motogerador 
ou a uma bomba de combustão interna com partida automática; 
A canalização do Sistema Hidráulico Preventivo deve ser instalada de 
modo a ter sua tomada de admissão no fundo do reservatório (tomada simples 
ou em colar); 
A canalização para o consumo predial deve ser instalada com saída 
lateral, de modo a assegurar a Reserva Técnica de Incêndio; 
Em reservatórios com células independentes, admite-se a saída para 
consumo pelo fundo do reservatório; 
Abaixo do reservatório, a canalização do Sistema Hidráulico 
 Preventivo deve-rá ser dotada de registro de manutenção no mesmo 
diâmetro da canalização; 
Abaixo do registro de manutenção deverá ser instalada válvula 
direcional, no mesmo diâmetro da canlização, de maneira a bloquear o 
recalque; 
A prumada no Sistema Hidráulico Preventivo apresentará, nos 
pavimentos ou setores, um ou mais hidrantes. 
 
1.5.2.2 Por Reservatório Inferior 
Deverão estar situados em locais que permitam o acesso 
desembaraçado e ter espaço para manobras de bombas de incênio; 
As bombas deverão ser dimensionadas a fim de garantir as vazões 
mínimas, em função da classe de risco e o funcionamento de: 
 
 
 1 hidrante: quando instalado 1 hidrante; 
 2 hidrantes: quando instalados 2 a 4 hidrantes; 
 
 
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 3 hidrantes: quando instalados 5 ou 6 hidrantes; 
 4 hidrantes: quando instalados mais de 6 hidrantes. 
 
Será exigida pressão dinâmica mínima de: 
 
 4,0 mca para edificações de Risco Leve; 
 15,0 mca para edificações de Risco Médio; 
 45,0 mca para edificações de Risco Elevado. 
 
A pressão residual mínima no hidrante mais desfavorável será 
alcançada considerando em funcionamento simultâneo tantos hidrantes, 
conforme espe-cificado anteriormente; 
O sistema deverá ter o seu funcionamento assegurado por um 
motogerador ou uma bomba de combustão interna com parida automática; 
As bombas deverão ser instaladas em compartimentos próprios, que 
permi-tam fácil acesso, espaços internos para manutenção e ofereçam 
proteção contra a ação das chamas; 
As bombas devem ser de acoplamento direto, sem interposição de 
correias ou correntes. 
 
1.5.2.3 Por Castelo d’Água 
Os reservatórios elevados do tipo castelo d’água poderão ser montados 
em estruturas independentes da edificação ou edificações que o sistema irá 
proteger ou instalados em cota dominante do terreno; 
O sistema, partindo desses reservatórios, poderá alimentar a rede de 
hidran-tes internos e/ou externos, observando-se as condições mínimas de 
pressão e vazão. 
 
 
1.5.3 Hidrantes 
Os hidrantes deverão estar localizados em lugares de modo a se 
perceber facilmente a sua localização, em menor tempo possível; 
 
 
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Preferencialmente deverão ser instalados dentro do abrigo de 
mangueiras, de modo que seja permitida a manobra e a substituição de 
qualquer peça; 
Em instalações de Risco Médio e de Risco Elevado os hidrantes devem 
ser sinalizados com um quadrado de cor amarela e vermelha, com 1 m de cada 
lado, pintado no piso e com as bordas de 10 cm, pintadas na cor branca; os 
hidrantes devem ser dispostos de modo a evitar que, em caso de sinistro, 
fiquem bloqueados pelo fogo; 
Para as edificações de Risco Leve os hidrantes terão saída única, 
enquanto nas edificações de Risco Médio ou de Risco Elevado, terão saída 
dupla; 
Quando externos, os hidrantes devem ser localizados tanto quanto 
possível afastados das paredes da edificação, não podendo, no entanto, distar 
mais de 15 m; 
Os hidrantes deverão estar situados em locais de fácil acesso e devem 
ter o centro geométrico da tomada d’água variando entre as cotas de 1,20 e 
1,50 m, tendo como referencial o piso acabado; 
Os hidrantes não poderão ser instalados em rampas, em escadas e nem 
em patamares; 
O número de hidrantes de uma edificação é determinado pela cobertura 
proporcionada pelas mangueiras; 
Em edificações onde a vazão vertical é predominante, haverá em cada 
pavi-mento pelos menos um hidrante; 
Quando a adução do sistema for gravitacional, a pressão dinâmica no 
hidran-te hidraulicamente menos favorável, mediada no requinte, não poderá 
ser inferior aos valores indicados na seguinte tabela: 
 
 Risco Pressão (mca) 
 Leve 4 
 Médio 15 
 Elevado 45 
Em todos os casos deve-se considerar o funcionamento de: 
 
 1 hidrante: quando instalado 1 hidrante; 
 
 
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 2 hidrantes: quando instalados 2 a 4 hidrantes; 
 3 hidrantes: quando instalados 5 ou 6 hidrantes; 
 4 hidrantes: quando instalados mais de 6 hidrantes. 
1.5.3.1 Dimensionamento 
A vazão deverá ser calculada na boca do requinte pela fórmula geral 
para orifícios pequenos, conforme indicado na equação: 
 Q = Cd A √2gH 
 
 Onde: 
 Q é a vazão na boca do requinte (m3/s); 
 Cd é o coeficiente de descarga; 
 A é a área do bocal (m2); 
 g é a aceleração da gravidade (m/s2); 
 H é a pressão dinâmica mínima na boca do requinte (mca). 
 
Para o cálculo da vazão deve-se adotar o coeficiente de descarga (Cd) 
igual a 0,98; 
Fazendo-se a substituição dos valores conhecidos, obtém-se a equação: 
 
 Q = 0,2046 D2 √H 
 
 Onde: 
 Q é a vazão na boca do requinte (litros/min); 
 D é o diâmetro do requinte (mm); 
 H é a pressão dinâmica mínima na bocado requinte (mca). 
A perda de carga unitária é calculada pela fórmula de Hazen Williams, 
confor-me equação: 
 1,85 
 
 
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 J = _10,641 Q__ 
 1,85 4,87 
 C D 
 
 Onde: 
 J é a perda de carga unitária (mca/m); 
 Q é a vazão (m3/s); 
 C é o coeficiente de rugosidade; 
 D é o diâmetro da tubulação ou da mangueira (m). 
 
Deve-se adotar coeficiente de rugosidade de 120 para as canalizações e de 
140 para as mangueiras com revestimento interno de borracha. 
 
1.5.3.2 Abrigos de mangueiras 
Preferencialente os abrigos de mangueiras terão a forma de um 
paralele-pípedo com dimensões máximas de 0,90 m de altura, por 0,70 m de 
largura, por 0,20 m de profundidade, para as edificações consideradas de 
Risco Leve. Para as instalações consideradas de Risco Médio e de Risco 
Elevado deve-rão ser observadas dimensões que permitam abrigar com 
facilidade os lan-ces de mangueira determinados para cada projeto; 
As portas dos abrigos deverão dispor de viseiras de vidro com a 
inscrição “incêndio”, em letras vermelhas com as dimensões mínimas: traço 0,5 
cm e moldura de 3 x 4 cm. A porta do abrigo deverá possuir dispositivos para a 
ventilação, de modo a evitar o desenvolvimento de fungos e/ou liquens no 
interior dos abrigos. 
 
1.5.3.3 Linhas de mangueiras 
As linhas de mangueiras, dotadas de juntas de união, tipo Storz, não 
poderão ultrapassar o comprimento máximo de 30 m; 
Quando o caminhamento máximo for de 30 m, as mangueiras deverão 
ser em dois lances de tamanhos iguais; 
As mangueiras deverão ser previstas de modo a não existirem áreas 
bran-cas; 
 
 
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As mangueiras deverão resistir à pressão mínima de 8,5 kg/cm2; 
Os diâmetros mínimos das mangueiras e os requintes, a serem 
adotados nos esguichos, deverão obedecer aos valores indicados na tabela: 
 Risco Diâmetro da mangueira Diâmetro do requinte 
 Leve 38 mm 13 mm 
 Médio 63 mm 25 mm 
 Elevado 63 mm 25 mm 
As mangueiras devem ser flexíveis, de fibra resistente à umidade e com 
revestimento interno de borracha. Deverão estar acondicionadas nos abri-gos, 
de modo a facilitar o seu emprego imediato; 
As mangueiras poderão ser dotadas de esguicho de vazão regulável, em 
substituição ao esguicho com requinte, desde que a pressão residual, medida 
no esguicho, atenda às exigências de pressão mínima; 
Em parques de armazenamento e/ou depósito de líquidos inflamáveis, 
com Risco Médio e Elevado, os esguichos deverão ser do tipo vazão regulável. 
 
1.5.3.4 Hidrante de recalque 
O hidrante de recalque será localizado preferencialmente junto à via 
pública, na calçada ou embutido em muros ou fachadas, observando-se as 
mesmas cotas para instalação dos hidrantes de parede; 
Poderá ser instalado junto à via de acesso de veículo, via de circulação 
interna, de modo a ser operado com facilidade e segurança e em condições 
que lhe permitam a fácil localização; 
O hidrante de recalque será dotado de válvula angular com diâmetro de 
63 mm, dotado de adaptador RxS de 63 mm com tampão cego; 
O abrigo do hidrante de recalque deverá ser em alvenaria de tijolos ou 
em concreto, com as dimensões mínimas de 0,50 x 0,40 x 0,40 m, dotado de 
dreno ligado à canalização de escoamento pluvial ou com uma camada de 0,05 
m de brita no fundo, de modo a facilitar a absorção de água, quando a ligação 
do dreno com a canalização não puder ser efetuada; 
A borda superior do hidrante de recalque não pode ficar abaixo de 0,15 
m da tampa do abrigo, e o hidrante dentro do abrigo, instalado em uma curva 
de 45º, deve ocupar uma posição que facilite o engate da mangueira, não 
provo-cando quebra com perda de carga; 
 
 
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A tampa do abrrigo do hidrante de recalque será metálica, com 
dimensões mínimas de 0,40 x 0,30 m e possuirá a inscrição INCÊNDIO; 
O hidrante de recalque poderá ser instalado em um nicho (quando for 
em paredes), observando as dimensões de 0,40 x 0,50 x 0,20 m, projetando a 
saída para frente, deve constar a inscrição INCÊNDIO na viseira da porta em 
fibra de vidro e com eixo pivotante, deve também dispor de dreno em 
pingadeiras. 
 
1.6 Reserva Técnica de Incêndio 
A reserva técnica de incêndio será dimensionada de tal forma que 
forneça ao sistema uma autonomia mínima de 30 minutos; 
No dimensionamento da reserva técnica de incêndio, deverão ser 
consideradas as seguintes vazões: 
 
1.6.1 Risco Leve: 
A vazão no hidrante mais favorável (maior pressão), acrescido de 2 
minutos por hidrante excedente a quatro; 
 
1.6.2 Risco Médio e Risco Elevado: 
As vazões nos hidrantes mais desfavoráveis (menor pressão), 
considerado em uso simultâneo: 
 1 hidrante: quando instalado 1 hidrante; 
 2 hidrantes: quando instalados 2 a 4 hidrantes; 
 3 hidrantes: quando instalados 5 ou 6 hidrantes; 
 4 hidrantes: quando instalados mais de 6 hidrantes 
 e acrescentar 2 minutos por hidrante excedente a 4. 
Em edificações de Risco Leve a Reserva Técnica de Incêndio mínima 
deve ser de 5000 litros; 
Admite-se o desmembramento da RTI, em reservatório elevado, em 
células separadas com unidades equivalentes, desde que estas sejam 
interligadas em colar ou barrilete e abasteçam o mesmo sistema; 
Quando o reservatório for inferior e em células separadas, estas terão que ser 
desmembradas em unidades equivalentes. 
 
 
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 2 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS 
 
Denominamos Instalações Prediais de Gás o sistema que utilizando-se 
de gás combustível produz, através de equipamentos de queima deste 
combustível, a energia térmica necessária e suficiente para aquecer água, 
alimentos, ar e demais materiais que se fizerem necessários no local. 
Este sistema, de uma maneira geral, se compõe das seguintes 
instalações: 
1 Uma central de fornecimento de gás onde ficam armazenados os 
 cilindros de gás; 
2 Uma rede de canalizações destinadas a distribuir esse gás até todos 
 os pontos de consumo da edificação; 
3 Os medidores de consumo de gás. 
Um projeto de instalações prediais de gás normalmente é apresentado 
da seguinte forma: 
1 Planta baixa e cortes da rede; 
2 Detalhes construtivos das canalizações; 
3 Planilha de cálculo do dimensionamento das canalizações; 
4 Planilha de cálculo do dimensionamento da central de gás. 
 
2.1 Central de gás 
Denominamos central de gás o ambiente onde ficam localizados os 
cilindros de armazenamento de gás; 
Estescilindros podem conter 13 kg, 45 kg ou 90 kg de gás e ficar 
agrupados de forma a constituir duas baterias: uma denominada Ativa que fica 
em uso e uma denominada Reserva que fica aguardando o término da bateria 
Ativa para entrar em operação de fornecimento; 
Dimensionamos, em projeto, a quantidade de cilindros necessários de 
uma central para atender a demanda de consumo; 
Devemos, ainda, evitar o efeito de congelamento do gás pois se o gás 
estiver em estado líquido e não gasoso este não chegará aos pontos de 
consumo. 
 
 
 
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O dimensionamento de uma bateria de gás é feito em função da 
somatória das potências nominais em kcal/min dos aparelhos técnicos de 
queima, pelo grau de simultaneidade, pelo número de horas diárias e pelo 
número de dias de uso. 
 
2.2 Abrigo para Central de Gás 
Recomendações gerais: 
1 Paredes de alvenaria de tijolos tipo corta-fogo (resistentes a 4 horas 
 de exposição às chamas); 
2 Cobertura de concreto armado com o mínimo de 10 cm de espessura; 
3 Nas paredes laterais e frontais deverão ser feitas aberturas para venti
 lação, nos níveis do teto e do piso, nas dimensões mínimas de 15 x 
 10 cm, protegidas por telas quebra-chamas; 
4 Os cilindros deverão ser dispostos sobre estrados de madeira tipo 
 grade. 
A central de gás deve obedecer a um afastamento mínimo de projeção 
vertical do corpo da edificação, levando-se em consideração a quantidade de 
gás, de acordo com a seguinte tabela: 
 Quantidade de GLP Afastamento mínimo 
 De 91 kg a 179 kg 0,50 m 
 De 180 kg a 359 kg 1,00 m 
 De 360 kg a 539 kg 1,50 m 
 De 540 kg a 719 kg 2,00 m 
 De 720 kg a 899 kg 2,50 m 
Os cilindros de gás serão ligados à rede de distribuição por meio de um 
tubo coletor com válvula de paragem de fecho rápido para cada bateria; 
Inicialmente o gás é liberado dos cilindros que estão na Central de Gás 
através da abertura dos registros que estão no próprio corpo dos cilindros; Em 
cada bateria os cilindros são conectados ao “tredolet” através de chicotes “pig 
tail” de cobre ou de borracha, com diâmetro de 6,4 mm; 
Em cada “tredolet” haverá uma válvula de retenção; 
Como medida preventiva para eventuais vazamentos ao longo da rede, 
sem precisar ter acesso ao interior da Central de Gás, esta deverá apresentar 
 
 
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um Conjunto de Controle e Manobra, atendendo as seguintes características: 
1 Abrigo com as dimensões mínimas de 30 x 60 x 29 cm sobreposto na 
 parede externa da própria Central de Gás, a uma altura mínima de 
 1,00 m do piso externo; 
2 Tampa de vidro temperado (espessura máxima = 2 mm), com os 
 seguintes dizeres: “Em caso de incêndio, quebre o vidro e feche o 
 registro”, com letras em amarelo ou vermelho; 
3 Dentro do abrigo deverão ser instaladas as seguintes peças: 
 Válvula de Primeiro Estágio; 
 Manômetro; 
 Registro de Paragem (fecho rápido). 
A proteção da Central de Gás deverá ser feita por extintores portáteis de 
incêndio conforme tabela abaixo, de acordo com a Capacidade Extintora: 
 Quantidade de GLP Total de Capacidade Extintora 
 Até 360 kg 01 
 De 361 kg até 720 kg 02 
De 721 kg até 1080 kg 03 
A partir de 1081 kg de gás armazenado na Central de Gás, para cada 
360 kg excedente, será exigida a instalação de mais uma Capacidade 
Extintora; 
Os extintores de incêndio que protegem a Central de Gás não podem 
ficar a descoberto; 
Do lado externo da Central de Gás deverá ser afixada a inscrição: 
“Cuidado Central de Gás” 
 
2.3 Canalizações de Gás 
Para execução das redes de instalação de gás são admitidos os 
seguintes materiais: 
1 Tubos de aço galvanizado, cobre ou latão com ou sem costura; 
2 Tubos de polietileno de Alta Densidade com conexões soldadas atra-
 vés de eletrofusão. 
 
 
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As canalizações de gás não podem passar em: 
 Dutos de lixo; 
 Dutos de ar condicionado; 
 Reservatórios de água; 
 Incineradores de lixo; 
 Poços de elevadores; 
 Subsolos ou porões; 
 Compartimentos não ventilados; 
 Poços de ventilação; 
 Ao longo de qualquer forro falso; 
 Dutos de ventilação. 
As normas recomendam, ainda, que a rede de distribuição não deve ser 
embutida em tijolos vazados ou outros materiais que permitam a formação de 
vazios no interior das paredes. 
 
2.4 Abrigos de medidores 
As instalações prediais deverão dispor de abrigos, dentro dos quais, 
serão instalados os medidores de consumo; 
A localização desses abrigos deverá obedecer as seguintes condições: 
1 Estar situado em área comum; 
2 Possuir fácil acesso; 
3 Não podem ser instalados em compartimentos que tenham outras 
 destinações; 
4 Não podem ser instalados em escadas, nem em seus patamares. 
 
2.5 Sistema de Gás Centralizado 
2.5.1 Tanque fixo de GLP 
Nos países desenvolvidos o uso de batedeiras substituíveis de GLP nos 
sistemas de gás centralizado está se tornando ultrapassado e praticamente 
 
 
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não mais utilizado. 
Nos últimos anos o Brasil vem se adequando à esta nova, com a criação 
de normas técnicas específicas e as empresas distribuidoras de GLP já 
desenvolveram pesquisas, testaram equipamentos e estão adaptando-se para 
lançar o novo produto no Mercado. 
Atualmente, no Brasil, praticamente todos os projetos de novas 
edificações já estão prevendo o sistema de gás centralizado com tanque fixo 
recarregável. 
O novo sistema desenvolvido permite o abastecimento do GLP 
diretamente de um caminhão para o tanque estacionário (fixo) localizado na 
casa de gás. 
O tanque, além de ser equipado com dispositivos de segurança, possui 
um medidor de nível que possibilita ao usuário manter um controle constante 
do estoque de gás, pois indica o nível de gás disponível. 
As principais vantagens deste novo sistema de armazenamento do GLP são: 
1 O tanque estacionário ocupa cerca de 50% do espaço que seria 
 necessário para armazenar a mesma quantidade de gás em cilindros 
 comuns; 
2 O tempo gasto com o reabastecimento é muito menor, não havendo 
 necessidade de remover os cilindros vazios da casa de gás e carregá-
 los até o caminhão para, então, carregar os cilindros cheios; 
3 No novo sistema, basta encaixar a mangueira do caminhão no tanque 
 e fazer o abastecimento; 
4 O novo sistema proporciona maior segurança, sendo que o risco de 
 vazamento fica reduzido aos menores níveis; 
5 No sistema de baterias removíveis o consumidor sempreperde com o 
 resíduo de GLP, remanescente nos cilindros, que acaba indo para a 
 distribuidora dentro dos cilindros considerados “vazios”; 
6 O tanque estacionário, além de ser equipado com dispositivo de segu-
 rança, possui em sua parte superior um mostrador de nível (volume) que 
 indica com precisão o nível de gás ainda disponível, facilitando ao 
 usuário o controle de recarga; 
7 O próprio caminhão da empresa distribuidora do gás possui uma 
 impressora que imediatamente após o abastecimento emite o com-
 provante de medição, incluindo a quantidade fornecida, data e hora do 
 fornecimento. 
 
 
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Referências 
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Macintyre, A. J. Instalações Hidráulicas - Prediais e Industriais. Rio de 
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Sites: 
www.abnt.org.br 
www.ccb.polmil.sp.gov.br 
 
 
 
 
 
 
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