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PROCESSO DE INTERDIÇÃO
Segundo Quintiliano, interdição é a privação legal sofrida por uma pessoa no que diz respeito ao usufruto e exercício de seus direitos. Essa pessoa deve estar impossibilitada de responder por seus atos, gerir sua vida e seus negócios, devido suas limitações, tornando-se dependente de uma pessoa que seja encarregada e habilitada legalmente através de nomeação em processo judicial. É a proteção a pessoas que em tese podem ser consideradas aptas a praticar atos da vida civil, mas devido a circunstancias variadas, tornam-se temporária ou permanentemente incapacitadas de exercer por si só tais atos. 
O indivíduo que representa a pessoa interditada recebe o cargo de curador, que pode ser considerado um encargo público, outorgado por lei. 
De acordo com o Art. 1767 do Código Civil, estão sujeitos à interdição: quem por algum motivo transitório ou permanente não pode exprimir sua vontade; ébrios e viciados em toxico; os pródigos (que praticam gastos sem consciência, levando a falência). 
De acordo com o código civil o processo deve ser promovido pela própria pessoa; ou pelo ministério público em caso de doença mental ou intelectual ou se a pessoa for menor ou incapaz. 
O interditando deve comparecer perante o juiz que deverá ser assistido por uma equipe multidisciplinar, e entrevistará pessoalmente o interditando. O interditando tem o prazo de cinco dias para recorrer. Decorrido esse prazo o juiz apresentará o laudo do interditando, podendo assim decretar a interdição, e nomear o curador levando em conta as vontades do interditando.
ESTATUTO DO ÍNDIO
O Estatuto do Índio é uma lei criada com o intuito de integrar os índios à comunhão nacional além de preservar sua cultura. Consta nesse estatuto que é dever da união, estados e municípios nos limites da sua competência proteger e preservar as comunidades indígenas assim como seus direitos, sempre que possível devem ser aplicados aos índios os benefícios da legislação comum, também é dever o Estado, prestar assistência a eles, mesmo que habitem em comunidades isoladas.  Cabe ao Estado garantir a os povos indígenas o pleno exercício de seus direitos civis e políticos, respeitar suas tradições, costumes e valores culturais, além da permanência voluntaria em seu território. Os índios são classificados como: isolados, em vias de integração e integrados em relação à comunhão nacional.
Os índios e as comunidades indígenas que não forem integrados à comunhão nacional, portanto que estão em locais isolados, ficam sujeitos ao regime tutelar da Lei. Qualquer índio pode requerer ao juiz competente sua liberação do regime tutelar previsto na Lei, sendo assim, poderá ter plena capacidade civil, desde que cumpra algumas condições, como: ter mais e 21 anos, conhecer a língua portuguesa, ter razoável compreensão dos hábitos nacionais e ser hábil em alguma atividade que proporcione renda.
Atos praticados entre índio não integrado (comunidades isoladas) e pessoas estranhas à comunidade, são nulos, desde que o órgão tutelar competente não tenha dado assistência e o índio não revele consciência o ato praticado. 
Para os índios não integrados, os registros de nascimento, óbito e casamento civis serão realizados conforme a legislação comum, porém serão atendidas as peculiaridades de sua condição.
Referente ao trabalho, não devera haver discriminação entre os indígenas e demais trabalhadores, sendo nulos contratos de trabalhos e locação realizados com os índios que habitam comunidades ou tribos isoladas. Quando o índio não for de comunidade isolada, o contrato deverá ser aprovado pelo órgão de proteção ao índio.
Em terras habitadas por comunidades indígenas é vedada a pessoas estranhas aos grupos tribais a pratica de pesca, caça, coleta de frutos, atividades agropecuárias e extrativas. Apenas os índios podem usufruir inteiramente dos bens das terras a qual ele reside.  Essas terras não poderão ser arrendadas, ou ser objeto de ato ou negocio jurídico. Se a terra for abandonada pelos índios espontaneamente e definitivamente a posse passará plenamente à União. 
Cabe à União demarcar a parte do território nacional que será destinada aos índios. O órgão federal pode inclusive solicitar a colaboração de Forças Armadas e Auxiliares e Polícia Federal para que seja assegurada a proteção de terras indígenas, também cabe ao órgão federal assistência à defesa judicial ou extrajudicial dos direitos os indígenas. 
Constituem bens do patrimônio indígena as terras, o usufruto das riquezas naturais, e os bens móveis e imóveis. São titulares do patrimônio a população indígena do país, sem discriminação de pessoas e grupos tribais. A gestão o patrimônio indígena cabe a um órgão de assistência, porém deve haver a participação dos grupos tribais. 
	A renda indígena será reaplicada em atividades rentáveis a eles ou utilizadas em programas de assistência ao índio, portanto deverá reverter-se em beneficio a comunidade que produziu os primeiros resultados econômicos. 
Ao patrimônio cultural, seus valores artísticos e meios e expressão, é assegurado o respeito, desde que com as necessárias adaptações. Estende-se a população indígena o sistema de ensino em vigor no país, a alfabetização deverá ser realizada na língua do grupo a que o indivíduo pertença e em português, priorizando o uso da primeira. Para fins educacionais, deverá ser prestada a assistência aos menores, sem afastá-los do convívio familiar ou tribal. Serão estimulados os artesanatos e indústrias rurais. Em relação a saúde, os índios têm direito a proteção facultada à comunhão nacional. O regime geral da previdência social será extensivo aos índios. 
No caso de infração penal, a pena deverá ser atenuada e deve ser considerado o grau e integração o índio. Penas de reclusão deverão ser cumpridas se possível em regime de semiliberdade. Poderá ser feita a aplicação de penas pelos grupos tribais, de acordo com instituições próprias, desde que não tenha caráter de crueldade, é proibida em qualquer caso a pena de morte.
São crimes passíveis de punição: escarnecer de cerimônias, ritos, uso ou costume, tradição cultural. Utilizar o índio ou comunidade como propaganda turística, propiciar a aquisição ou uso de bebidas alcoólicas nos grupos tribais ou de índios não integrados. Em caso de crime contra índios que não sejam integrados a pena será agravada um terço.
De acordo com o estatuto do índio, indígenas não precisam pagar imposto. Os privilégios da fazenda pública, são extensivos aos interesses do patrimônio indígena. Os efeitos jurídicos dos atos que tenham por objeto o domínio, posse ou ocupação de terras indígenas são nulos. Se não houver prévia audiência da união, e do órgão de proteção ao índio, nenhuma medida judicial será concedida liminarmente em causas que envolvam interesses dos índios e seu patrimônio. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
PORTAL TRIBUTÁRIO: mapa jurídico. Disponível em:<http://www.normas legais.com. br/guia/clientes/login.php>. Acesso em: 05 abr. 2017.
BRASIL. Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 dez. 1973. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6001.htm >. Acesso em: 05 abr. 2017.
BRASIL. Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2002. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 05 abr. 2017.
QUINTILIANO, M.R., e S. F. VECCHI. A interdição no Novo Código de Processo Civil. Disponível em: < https://marciaquinti22.jusbrasil.com.br /artigos/268653395/a-interdi cao-no-novo-codigo-de-processo-civil>. Acesso em: 05 abr. 2017.
Material elaborado por: Amanda de Almeida Picoli, Fernando Rocha e Samuel Froes.

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