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Disciplina: 2º CICLO - HISTÓRIA - LICENCIATURA 
 
 
 1a Questão (Ref.: 1057598) Pontos: 1,0 / 1,0 
"Os anos 30 e 40 são verdadeiramente revolucionários no que diz respeito ao 
encaminhamento da questão do trabalho no Brasil. Neste período, elabora-se toda a 
legislação que regulamenta o mercado de trabalho do país, bem como estrutura-se uma 
ideologia política de valorização do trabalho e de "reabilitação" do papel e do lugar do 
trabalhador nacional. A dinâmica entre os dois processos reforça-os mutuamente." 
GOMES. Angêla de Castro (et.al). In: Estado Novo. Ideologia e Poder. Rio de Janeiro. 
Zahar Editores. 1982. P.154. 
 
A estruturação do Estado Novo pode ser compreendida como conseqüência direta da 
transição feita na Revolução de 30, rompendo não apenas com as estruturas de poder 
consolidadas no eixo São Paulo-Minas mas inaugurando uma relação direta entre o 
Estado e a classe trabalhadora. O trecho que melhor ilustra essa característica é: 
 
 A classe trabalhadora, sobretudo a urbana e industrial, torna-se o público-alvo do 
Estado Novo e do protagonismo político de Vargas. Assim, os marcos legais e a 
criação de um aparato representativo da classe trabalhadora, passaram a funcionar 
como um elemento de identificação direta entre governante e governados, 
formando uma base eleitoral sólida. 
 
O Estado Novo significou um rompimento com as políticas trabalhistas dos anos 30 
e a escolha de um tortuoso caminho político com base em medidas e práticas 
ditatoriais, suspensão dos direitos civis, perseguição a sindicatos e associações e da 
busca por uma interlocução direta entre o Estado e a classe trabalhadora por meio 
do Ministério do Trabalho. 
 
A política de Vargas tinha por base um arco heterogêneo de alianças o que também 
incluía os agentes políticos do sudeste que não participavam como protagonistas no 
cenário anterior. Assim, foi possível a passagem para o Estado Novo sem criar 
fraturas políticas significativas, dando ao governante a possibilidade de utilizar com 
mais liberdade seu carisma como linguagem direta popular. 
 
A criação de uma categoria nova, a do eleitor-cidadão, favoreceu o surgimento de 
diferentes agremiações que defendiam os interesses trabalhistas, sendo elas o 
principal elo de ligação entre o governo e a população. Apesar de independentes, 
procuravam o maior alinhamento possível com as políticas econômicas e sociais 
sem, no entanto, permitir ser por elas controladas. 
 
Os sindicatos, no cenário estrutural do Estado Novo, tornam-se o único elemento de 
contestação tácita ao regime. Ao inaugurar uma fase de regulamentação das 
atividades laborais, Vargas abre um flanco político de disputas em torno da primazia 
e domínio das classes trabalhadoras o que, ao final, acabará por desgastar 
irreversivelmente seu mandato. 
 
 
 
 2a Questão (Ref.: 1057599) Pontos: 0,0 / 1,0 
O termo servidão no debate marxista com freqüência apresenta uma ambigüidade 
desnecessária, que parece derivar-se da pesquisa histórica não-marxista. Takahashi está 
certíssimo em insistir em que servidão é a forma de trabalho e de existência no modo feudal 
de produção. Sua essência estava na transferência, para o uso do terratenente do trabalho 
da família camponesa, além do que era necessário para a subsistência e reprodução 
econômica da mesma. O trabalho excedente poderia ser utilizado diretamente nos domínios 
do senhor, isto é, na mansão rural e terras circunvizinhas, ou seu produto poderia ser 
transferido sob a forma de renda em espécie ou em dinheiro, por parte da família serva, 
para o senhor. HILTON. Rodney (et Al). A Transição do Feudalismo para o Capitalismo. Um 
Debate. São Paulo. Paz e Terra. 1977. 
 
Com base no fragmento acima, observe as asserções abaixo: 
I _ Como a família camponesa era detentora de fato dos bens de produção, a transferência 
do produto excedente de seu trabalho ao senhor deveria, necessariamente, se dar de modo 
forçado. 
II - Os diferentes modos de servidão levaram os historiadores, como Bloch, a considerar que 
entre os séculos IX e XIII, a Europa viveu um processo de "servilização". 
III - Diversos burgos contavam com as guildas, corporações de agricultores que, na 
condição de servidão, podiam praticar o comércio apenas dos recursos de sua subsistência. 
 
Estão corretas: 
 
 Apenas a asserção III. 
 
As asserções I e III. 
 
As asserções II e III. 
 
Todas as asserções estão corretas. 
 As asserções I e II. 
 
 
 
 3a Questão (Ref.: 1057600) Pontos: 1,0 / 1,0 
No início de 1848, o eminente pensador político francês Alexis de Tocqueville tomou a 
tribuna na Câmara dos Deputados para expressar sentimentos que muitos europeus 
partilhavam: "Nós. Dormimos sobre um vulcão ... Os senhores não percebem que a terra 
treme mais uma vez? Sopra o vento das revoluções, a tempestade está no horizonte". 
Mais ou menos no mesmo momento, dois exilados alemães, Karl Marx com trinta anos e 
Friedrich Engels com vinte e oito, divulgavam os princípios da revolução proletária para 
provocar aquilo que Tocqueville estava alertando seus colegas, no programa que ambos 
tinham traçado algumas semanas antes para a Liga Comunista Alemã e que tinha sido 
publicado anonimamente em Londres, por volta de 24 de fevereiro de 1848, sob o título 
(alemão) de Manifesto do Partido Comunista, "para ser publicado em inglês, francês, 
alemão, italiano, flamengo e dinamarquês". 
HOBSBAWM. Eric. A Era do Capital. São Paulo. Paz e Terra. p.25 
 
As revoltas de 1848, apesar de se configurarem como fenômenos de larga abrangência, 
atingiram a Europa de modo heterogêneo. No coração do processo, os países mais 
industrializados e socialmente estratificados de acordo com as novas relações de produção, 
caso da França, dos Estados Germânicos, Áustria e regiões italianas, além dos 
potencialmente explosivos em termos de revoltas sociais, como a Rússia. 
PORQUE 
As rápidas vitórias e derrotas dos movimentos revoltosos no período sofreram influência 
direta dos países periféricos como a Península Ibérica, Suécia e Grécia, tendo em vista 
que, majoritariamente rurais, contribuíram para que o movimento ficasse concentrado em 
um cinturão de estados de natureza conservadora e absolutista, facilitando o processo 
interno de repressão. 
Marque a alternativa correta: 
 
 A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa. 
 
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira. 
 
Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas. 
 
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma 
justificativa correta da primeira. 
 
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa 
correta da primeira. 
 
 
 
 4a Questão (Ref.: 1060815) Pontos: 1,0 / 1,0 
A descoberta de uma estátua em uma favela na região de Mataryia, em Cairo, no Egito, deixou 
entusiastas e arqueólogos em êxtase. Por ser no mesmo local onde se encontrava a cidade de 
Heliópolis, que foi governada por Ramsés II há mais de três mil anos, as chances de a obra ser 
uma representação do faraó eram grandes.Após uma semana de análises, no entanto, os 
pesquisadores estão certos de que a estátua não é de Ramsés II e sim um outro faraó menos 
conhecidos, Psamético I, que governou o Egito entre 664 e 610 a.C.. Isso porque a descoberta, 
que tem cerca de nove metros de altura e pesa sete toneladas, apesar de ter o estilo da época 
de Ramsés II, tem hieroglifos que dizem pertencer a Psamético I. "Não seremos categóricos, 
mas há grandes chances de [a estátua] ser de Psamético I", disse o ministro de antiguidades do 
Egito, Khaled el-Anani, à imprensa. Como o faraó em questão governou a região cerca de 600 
anos depois de Ramsés II,o ministro atenta para outras hipótese: "Existe a possibilidade, ainda 
que pequena, que Psamético I tenha reutilizado uma estátua antiga que foi do Ramsés II". 
http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2017/03/estatua-encontrada-em-favela-do-
egito-nao-era-de-ramses-ii.html 
Ramsés II foi conhecido como um dos maiores governantes do Egito, estendendo seu domínio 
por quase 67 anos. Quando criança, com cerca de quatorze anos de idade, participou junto de 
seu pai, Seth I do cerco da Líbia, já tendo sido nomeado desde os dez como seu sucessor. Das 
diferentes realizações, são marcantes no seu período os seguintes acontecimentos: 
 
 A Batalha de Kadesh na qual se reabrem os enfrentamentos com os hititas e a construção 
dos templos de Abu-Simbel, na região da Núbia. 
 
A expulsão dos Assírios por Psamético I e a derrota para os Persas na Batalha de Pelusa, 
com Psamético III 
 
A unificação do Alto e Baixo Egito em um só Estado teocrático, centrado na figura do Faraó 
e a invasão dos hicsos no Delta do Nilo. 
 
O estabelecimento do monoteísmo, dedicado a figura do deus Aton e a diminuição das 
relações comerciais com os povos do Mar Egeu. 
 
A construção dos Templos de Karnac e Luxor e a ampliação da política de alianças por 
matrimônios na fração oriental do império. 
 
 
 
 5a Questão (Ref.: 1057602) Pontos: 1,0 / 1,0 
ROMA - Uma União Europeia (UE) em plena tempestade irá comemorar neste fim de 
semana, em Roma, o 60º aniversário de seu tratado fundador, proclamando sua unidade e 
seu "futuro comum", superando os ventos da discórdia, dúvida e o desafio populista. A 
celebração será assombrada pela saída do Reino Unido da UE, o Brexit, cujo lançamento 
será feito pelo Reino Unido quase imediatamente depois, em 29 de março. Brexit, onda 
migratória, crise econômica, terrorismo, isolacionismo: concebida por seis países para 
reconstruir a Europa após a 2ª Guerra, a União Europeia com vinte e sete membros corre o 
risco de desaparecer? 
O Estado de São Paulo. Edição de 24 de março de 2017 
 
Instituída oficialmente em 1993 pelo Tratado de Maastricht, ela remonta ao passado da 
reconstrução econômica e política da Europa ao final da Segunda Guerra Mundial. Desse 
modo, analisando todo seu percurso até os dias atuais, podemos afirmar corretamente que 
 
 A constatação do fim da hegemonia europeia ao final da Segunda Guerra e o início do 
mundo bipolar entre Estados Unidos e União Soviética, período conhecido como 
¿Guerra Fria¿, proporcionou o início da mobilização frente às fragilidades bélicas e 
econômicas que se apresentavam no horizonte. 
 
A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço retardou durante décadas a formação da 
União Europeia por impedir a concentração econômica em torno desses recursos 
essenciais. 
 
A União Europeia era uma resposta imediata ao mundo bipolar, possibilitando o 
ressurgimento do sentimento nacionalista, tendo a Alemanha como a principal 
condutora do processo e principal mantenedora do tratado, desde então. 
 
A unificação das zonas ocupadas no território alemão, que resultou na criação da 
Alemanha Ocidental, deteriorou as esperanças de reconciliação com as potências 
vencedoras da Segunda Guerra. 
 
Um dos grandes desafios da União Europeia reside em sua concepção. Ao impedir a 
livre circulação de pessoas, bens, serviços e capital, resultado das desconfianças 
relacionadas ao liberalismo do início do século, criou os entraves históricos que hoje 
ameaçam sua própria sobrevivência.

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