Buscar

DIREITO CIVIL II QUESTÕES DISCURSIVAS PARA REVISAR - AV1 - AV2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula de Revisão para P1 
 
Direito Civil II
João deve a Juca um caminhão da marca xxx, chassi yyy, placa www. Antes de entregar o bem, João, que estava na direção do veículo, ultrapassou outro carro em faixa contínua, vindo a causar um acidente de trânsito. O caminhão sofreu avarias, mas não se tornou inutilizável. Como Juca poderá reaver os prejuízos?
Trata-se de obrigação de dar coisa certa, com inadimplemento culposo por parte do devedor. Nesse caso, poderá o credor:
i) desfazer o pacto, pedindo perdas e danos.
ii) aceitar o bem no estado em que se encontra, com perdas e danos.
Três dançarinas, Barbara; Gabriela e Nathália, devem solidariamente 300 mil reais a um famoso cantor de funk. Diante do fato posto responda de acordo com a situação exposta (situações não cumulativas):
Uma das dançarinas, Barbara, se converteu seriamente a uma religião, e tem sua vida dedicada a ela. O cantor comovido por sua luta e por sua mudança revê o contrato e perdoa sua dívida. Agora ele, com pressa, exige os mesmos 300 mil reais de Nathália. Está certa sua cobrança? Explique.
O cantor ao perdoar sua dívida, caracteriza a remissão da dívida, logo abate-se o valor do perdoado (Barbara), que seriam 100 mil reais. 
Portanto, ele não pode exigir os mesmos 300 mil de Nathália, pois agora Nathália e Gabriela devem solidariamente apenas 200 mil reais. (art. 277 c/c art. 388 CC)
Nathália muito abalada pela situação gasta todo seu patrimônio em festas e bebidas, de modo a se tornar insolvente. Nesse caso, poderia o cantor exigir os mesmos 300 mil reais de Barbara?
Sim, ao se tornar insolvente se fará a repartição do valor entre os demais devedores (art. 283, CC).
O cantor, muito contente com a performance de Gabriela em sua turnê nacional, renuncia à sua solidariedade. Nesse caso, quanto ele exigiria de cada um delas?
Nesse caso, pela força do art. 282 CC, desfaz-se o vínculo de solidariedade de Gabriela, ou seja, o cantor pode exigir 100 mil reais dela, e os 200 mil reais restantes solidariamente de Barbara e Nathália
Joana, André e Fernanda eram devedores solidários de Rachel. A dívida em questão era um colar de diamantes no valor de 30 mil reais. Ocorre que André morreu deixando para seus dois herdeiros seu único patrimônio no valor de 2 mil reais, ou seja, mil reais para cada.
Como Rachel poderá buscar sua dívida dos herdeiros de André?
Rachel só poderá exigir dos herdeiros a quota parte de cada um nos limites da herança, a regra é da divisibilidade. Ou seja, só poderá exigir os mil reais de cada um, pois cessa a solidariedade em relação aos herdeiros.
E, se no caso, André tivesse deixado para um de seus filhos, Daniel, o referido colar que deu origem a dívida. Poderá Rachel cobra-lo inteiramente de Daniel? E como se resolveria a obrigação perante os outros devedores?
Sim, Daniel paga com o colar e busca a quota parte de forma divisível dos demais devedores. (art. 305, CC)
João e Maria firmam uma obrigação em que o primeiro se compromete a pagar o valor de R$800,00 (oitocentos reais) em troca de a segunda dar a ele seu celular ou sua câmera. Considere as situações a seguir, separadamente uma da outra.
a) Antes da tradição, Maria briga com o namorado e joga seu celular na direção dele. O objeto atinge a parede e cai no chão destruído. Quais os desdobramento jurídicos neste caso?
Está-se diante de uma obrigação alternativa, pois há pluralidade de prestações e para o cumprimento da obrigação, uma delas deve ser cumprida. Como não foi acordado quem deveria escolher a prestação a ser cumprida, a escolha cabe ao devedor, no caso, Maria (art 252, CC).
Houve perecimento da coisa e a escolha cabia ao devedor. Neste caso, a obrigação subsiste, devendo ser cumprida por meio da prestação que restou, no caso, a entrega da câmera (art 253, CC). Importante notar que não importa se o perecimento foi por culpa ou não do devedor.
b) Certo dia, Maria resolve fazer um passeio ao Cristo Redentor e leva a câmera para registrar os momentos. Na volta, ela é assaltada e o bandido leva a câmera e também seu celular. Quais as consequências jurídicas deste ocorrido?
Agora, ambas as prestações se perderam e a escolha ainda é do devedor, pois não foi estipulado nada em contrário (art 252, CC). Ocorre que Maria não teve culpa no perecimento de ambas as coisas. Assim, a obrigação está extinta (art 256, CC).
c) Suponha agora que no momento em que firmaram a obrigação, ficou decidido que quem escolheria o objeto a ser entregue seria João. Mudaria alguma coisa nos casos anteriores? Explique.
No primeiro caso, João terá direito a escolher ou a prestação subsistente ou o valor da que se perdeu, mais perdas e danos. Isto porque Maria foi culpada pelo perecimento da coisa (art. 255, 1a parte, CC).
No segundo caso, nada muda, pois Maria não foi culpada pela impossibilidade de cumprimento das prestações. Logo, não importa a quem cabia a escolha (art. 256, CC).
Adriano promete a um certo comprador 200kg de tomate de sua plantação, sendo 50% da safra deste ano e o restante da safra do ano seguinte. Considere as situações a seguir, considerando cada uma separadamente da outra.
Que tipo de obrigação é esta?
Obrigação de dar coisa incerta, pois está definida somente o gênero e a quantidade, não a espécie (art. 243, CC).
Antes da tradição relacionada à 1a safra, a plantação é destruída por uma praga. Adriano então diz ao comprador que não poderá mais lhe entregar o combinado. Que atitudes pode o comprador tomar?
Por se tratar de coisa incerta, sabe-se que esta nunca perece, ainda que por caso fortuito ou força maior (art. 246, CC). Logo, o comprador ainda pode cobrar de Adriano o cumprimento da obrigação, ainda que a coisa tenha perecido sem sua culpa.
No momento da tradição da 2a safra, Adriano entrega os tomates mais feios, de toda a safra. O que se pode dizer sobre a atitude de Adriano?
Como não houve combinado sobre a quem caberia escolha, esta fica com o devedor (art. 244, 1a parte, CC). Entretanto, a coisa deve ter qualidade média, ou seja, não tem que ser necessariamente a coisa melhor, mas também não pode ser a pior (art. 244, 2a parte, CC). Logo, a atitude de Adriano está errada.
Clara contrata os palhaços Patati e Patatá para animarem a festa de sua filha de 4 anos. Considere as situações a seguir, considerando cada uma separadamente da outra.
a) Na noite anterior a festa, Patati e Patatá sofrem um acidente de trânsito e acabam internados em um hospital, com previsão de alta em 10 dias. Quais as consequências jurídicas deste fato?
Trata-se de obrigação de fazer. Por ter se tornado inexequível sem culpa dos devedores, resolve-se a obrigação (art. 248, 1a parte, CC).
b) Patati e Patatá resolvem descansar um pouco antes da festa, que seria à noite. Acontece que eles acabam dormindo demais e só acordam no dia seguinte, não tendo comparecido, portanto, à festa da filha de Clara. O que ela pode fazer?
Agora a impossibilidade se deu por culpa dos devedores. Respondem portanto por perdas e danos (art. 248, 2a parte, CC).
Ainde que a obrigação seja indivisível, ou seja, tem por objeto fato insuscetível de divisão (art. 258, CC), a obrigação perde esta qualidade por se resolver em perdas e danos (art.263, caput, CC). Como ambos foram culpados, respondem por partes iguais (art. 263, §1º, CC).
Marcelo, Marco e Marcio devem o cavalo X à Cíntia.
a) Cíntia vai à Marco lhe cobrar a dívida. Está correta esta atitude? Explique.
Sim. Por se tratar de obrigação indivisível (art. 258, CC), cada devedor está obrigado à dívida toda (art. 259, CC), ou seja, o credor pode exigir a prestação por inteiro de qualquer um.
b) Marcio é quem estava responsável por cuidar do cavalo. Ocorre que o animal ficou muito doente e, por negligência de Marcio, acaba morrendo. Que consequências jurídicas decorrem deste fato?
Perecimento da coisa, por culpa do devedor: paga-se o equivalente mais perdas e danos (art. 234, 2a parte, CC). Ocorre que no caso são vários devedores e a obrigação é indivisível.A obrigação indivisível perde esta qualidade quando se resolve em perdas e danos, ou seja, torna-se divisível. Como apenas Marcio agiu de forma culposa, somente ele responderá por perdas e danos (art. 263, §2º, CC). Os demais dividirão o valor do equivalente de forma igual (art. 257, CC). 
 Mario firmou uma obrigação com Ana de entregar seu carro, sem qualquer ressalva, devendo ela lhe dar em troca a quantia de R$20.000,00 (vinte mil reais). Ana paga logo a quantia e eles combinam de Mario entregar o veículo dali a 10 dias. Certa tarde, Mario chega em casa e percebe que ela foi arrombada e que seu carro foi levado. Ele logo comunica o fato a Ana e esta exige que ele lhe dê outro carro no lugar, já que ela já pagou o valor acertado. Está correta a atitude de Ana? O que poderia ser feito no caso?
O que ocorreu foi perecimento sem culpa do devedor. Por força do art. 234, CC resolve-se a obrigação voltando ao status quo anterior, logo Mario não tem que pagar outro carro à Ana, apenas devolve o dinheiro já pago, pois a obrigação foi extinta.
 Claudio, Joana e Tiago são credores solidários de Alfeu, quanto à uma quantia de R$60.000,00. Antes do cumprimento da obrigação, Joana vem a falecer, deixando dois herdeiros, Andrea e Gustavo. De acordo com este quadro, responda as perguntas a seguir:
a)Quanto Tiago pode cobrar de Alfeu?
R$ 60.000,00. Por ser credor solidário, Tiago tem direito a exigir do devedor a prestação por inteiro (art. 267, CC), devendo, entretanto, responder aos demais credores quanto a parte que lhes caiba (art. 272, CC).
b) Quanto Andrea pode cobrar de Alfeu?
A solidariedade cessa quanto aos herdeiros de um credor solidário. Sendo assim, Andre só poderá cobrar a quota da dívida que corresponda a seu quinha hereditário (art. 270, CC). Supondo que a herança foi dividida igualmente, Andrea pode cobrar apenas R$10.000,00.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes