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Material curso completo Oferta 2 Curso de MROSC LEI 13.19/2014

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Apresentação
Este material foi feito em conjunto pelo Tribunal de Contas do Estado de 
Minas Gerais, Secretarias de Estado de Governo (Segov) e de Trabalho e 
Desenvolvimento Social (Sedese) e a Escola do Legislativo da Assembleia 
Legislativa de Minas.
Bom proveito!
Sumário
UNIDADE 1 - Contexto histórico
UNIDADE 2 - Conceitos, princípios jurídicos e diretrizes
UNIDADE 3 - Planejamento e procedimentos de seleção
UNIDADE 4 - Formalização e execução
UNIDADE 5 - Monitoramento e avaliação
UNIDADE 6 - Prestação de contas e encerramento da parceria
Como surgiu a Lei 13.019/2014
A Lei Federal n°13.019, de 31 de julho de 2014 (LF 13.019/2014), substituiu
a legislação anterior de convênios, que já não era adequada à nova
realidade das organizações da sociedade civil (OSCs). A nova lei federal
muda a regulamentação de repasse de recursos públicos à OSCs e
estabelece normas e procedimentos específicos. 
Nesta unidade 1, você ficará sabendo com mais detalhes o seguinte:
Por que criar uma nova lei? 
O Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, conhecido como
MROSC, é um conjunto de estratégias que busca melhorar a relação dessas
entidades com o poder público. A Lei Federal nº 13.019, de 31 de julho de
2014, é o principal avanço do Marco Regulatório. Portanto para entender
como surgiu a LF nº 13.019/2014 é importante entender como nasceu o
MROSC, uma vez que a lei deriva do Marco. 
Em 2010, organizações, coletivos, redes e movimentos sociais criaram um
grupo chamado “Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as
Organizações da Sociedade Civil - OSC”. Esse grupo reivindicava maior
participação da sociedade na criação de regras e políticas relativas às
parcerias entre a Administração Pública e as OSCs para torná-las mais
colaborativas e democráticas. As propostas elaboradas pelos participantes
da Plataforma foram enviadas aos candidatos à Presidência da República na
época.
Em 2011, o Governo Federal editou o Decreto Federal n° 7.568, de 16 de 
setembro de 2011, que criava o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) para
avaliar as parcerias celebradas entre a Administração Pública Federal e as 
OSCs e para propor soluções para os problemas que elas enfrentavam. Esse
grupo era composto por membros do Governo Federal e das OSCs.
Além de criar o GTI, esse decreto passou a exigir o seguinte:
• chamamento público como pré-requisito para a execução de 
parcerias entre a Administração Pública e as OSCs.
• mínimo de três anos de experiência para as OSCs (Artigo 3o, 
parágrafo 2o, inciso VI, da LF nº 13.019/2014) na atividade para a qual 
buscavam parceria para que pudessem firmar convênios e outros tipos 
de acordo.
A primeira reunião do GTI aconteceu durante o Seminário Internacional do 
Marco Regulatório da Sociedade Civil, realizado no período de 9 a 11 de 
novembro de 2011.
Depois de mais de quarenta reuniões, o grupo produziu, em agosto de 2012, 
um relatório final que continha um diagnóstico da realidade, propostas de 
melhorias, desafios e um projeto de lei. Durante o ano de 2013, esse projeto 
de lei foi amplamente discutido no Poder Legislativo.
Aprovação da nova lei e desafios
Em 31 de julho de 2014, foi aprovada a Lei Federal nº 13.019 (LF
13.019/2014), que estabelece um novo modelo de parceria entre a
Administração Pública e as OSCs. Essa lei deveria entrar em vigor no início
de novembro daquele mesmo ano.
No entanto, para dar mais tempo às OSCs e à Administração Pública de se
adaptarem à nova regra, o Governo Federal editou a Medida Provisória nº
658, de 29 de outubro de 2014 (MP 658/2014), que adiava por um ano a
entrada em vigor da nova lei.
No Congresso Nacional essa medida provisória recebeu 59 emendas, além
de ser discutida numa audiência pública para ouvir a opinião de outros
interessados e receber sugestões de modificação. Em seguida, passou a
tramitar com o título Projeto de Lei de Conversão n° 19/2014 (PLV 19/2014).
Em 2015, o novo Congresso discutiu novamente a MP nº 658/2014 e
aprovou seu texto original, alterando apenas a data de entrada em vigor da
lei e as regras de transição.
Vencido o prazo para adequação previsto na MP 658/2014, as OSCs e os
prefeitos solicitaram um novo prazo. O Governo Federal criou então a
Medida Provisória n° 684, de 22 de julho de 2015, que prorrogava para 23 de
janeiro de 2016 a entrada em vigor da Lei.
Discutida e alterada no Legislativo com 152 emendas e com a realização de
nova audiência pública, a MP nº 684/15 foi transformada no Projeto de Lei de
Conversão nº 21 (PLV nº 21/15).
Em 14 de dezembro de 2015, o PLV nº 21/15 foi sancionado pela Presidente
da República como Lei Federal n° 13.204, de 2015, que alterava a LF nº
13.019/14, de 2014 em diversos pontos, especialmente com relação à
vigência, que passou a ser diferente para cada ente da federação. União,
Estados e Distrito Federal precisariam cumpri-la a partir de 23 de janeiro de
2016 e os municípios a partir 1º de janeiro de 2017.
Uma relação de ajuda mútua
A interpretação da Lei ainda será construída à medida que ela for sendo
aplicada nos casos concretos. Como as parcerias são relações de interesse
tanto das OSCs quanto da Administração Pública, é natural que as partes se
auxiliem na tarefa de atender aos novos requisitos da legislação.
O nascimento da Lei Federal 13.019/2014
Compreendendo a nova lei
A Lei Federal nº 13.019, de 31 de julho de 2014 (LF nº 13.019/2014) ou Lei
de Fomento e de Cooperação, traz em seu art. 2º conceitos e definições
importantíssimos para a compreensão das parcerias possíveis de serem
firmadas entre as organizações da sociedade civil (OSCs) e a Administração
Pública (AP).
Essas definições vão lhe ajudar a identificar os tipos de entidades
consideradas como organizações da sociedade civil, os diversos atores
envolvidos nas parcerias com a AP e os processos e procedimentos a serem
implantados.
Conhecendo os conceitos, os princípios e as diretrizes presentes na LF nº
13.019/14, você poderá compreender a lei, suas inovações e uma série de
procedimentos muito importantes. 
Ao final desta unidade, você será capaz de refletir sobre as seguintes
questões:
O que são OSCs?
As organizações da sociedade civil, ou OSCs, são pessoas jurídicas 
privadas, sem fins lucrativos que atuam na promoção e defesa de direitos em
áreas como saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia, desenvolvimento 
agrário, assistência social, moradia e direitos humanos, entre outras.
Dentro da terminologia sociológica, a sociedade civil é divida em três setores:
Primeiro setor: toda a Administração Pública (setor público)
Segundo setor: entidades privadas com fins lucrativos
Terceiro setor: entidades privadas sem fins lucrativos, organizações dotadas 
de autonomia e administração própria que desempenham iniciativas privadas
de utilidade pública com origem na sociedade civil.
O termo “terceiro setor” também pode ter como sinônimos: organizações não
governamentais (ONGs) e organizações da sociedade civil (OSCs) – termo 
adotado pela LF nº 13.019/14
O quadro a seguir explica quais tipos de entidades a lei considera como 
OSCs.
VOCÊ SABIA?
OSCs x ONGs – 
O termo organizações não governamentais, ou ONGs, é um terno
incorreto para designar as entidades privadas sem fins lucrativos, ou
OSCs. Isso porque o termo “não governamental” abrange todos
aqueles setores que não fazem parte do governo (primeiro setor), ou
seja, abrange entidades privadas com fins lucrativos (segundo setor)
e sem fins lucrativos (terceiro setor). Portanto, podemos dizer que
OSCs são ONGs, porque não pertencem ao Primeiro Setor, mas
ONGs nem sempre são OSCs, porque para serem OSCs não
podem ter fins lucrativos.
O que a LF nº 13.019/14 consideracomo OSC
Tipos Características Observações
Entidades privadas sem 
fins lucrativos
Não distribuem a seus dirigentes, conselheiros, 
empregados, etc. nenhum tipo de dividendo, 
resultado financeiro, sobras e parcelas de 
patrimônio, entre outros valores, resultantes de 
suas receitas, aplicando integralmente os recursos
excedentes em suas atividades (objeto social).
- Sindicatos 
profissionais e 
patronais também 
são OSCs.
- A LF nº 13.019/14 
não contempla o 
Sistema S (SEBRAE,
SESI, SENAT, etc).
Sociedades Cooperativas
- Cooperativas sociais, previstas em lei específica.
- Sociedades integradas por pessoas em situação 
de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social
- Sociedades incluídas em programas e ações de 
combate à pobreza e de geração trabalho/renda
- Sociedades de fomento, de educação, de 
capacitação de trabalhadores rurais ou 
capacitação de agentes de assistência técnica e 
extensão rural
- Sociedades capacitadas para executar projetos 
de interesse público e de cunho social
A Lei Federal nº 
9.867/1999 define 
cooperativas sociais 
como entidades 
criadas para inserir 
no mercado 
econômico, por meio 
do trabalho em 
cooperação, as 
pessoas em 
desvantagem.
A lei considera 
pessoas em 
desvantagem: 
deficientes físicos, 
sensoriais, psíquicos 
e mentais 
(dependentes de 
acompanhamento 
psiquiátrico), 
dependentes 
químicos, egressos 
de prisões, 
condenados a penas 
alternativas de 
detenção e 
adolescentes em 
idade adequada ao 
trabalho e situação 
familiar difícil do 
ponto de vista 
econômico, social ou
afetivo.
Organizações religiosas
O que são parcerias?
Uma parceria é a reunião de duas ou mais partes que combinam trabalhar
em cooperação para atingir interesses comuns.
A LF nº 13.019/14 define parceria da seguinte forma, no inciso III de seu art. 
2º:
Parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações
decorrentes de relação jurídica estabelecida formalmente entre a
administração pública e organizações da sociedade civil, em regime de
mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto
expressos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em
acordos de cooperação;
A execução das parcerias implica a realização de atividades e projetos pelas
OSCs. Veja abaixo como a lei diferencia uma atividade de um projeto.
Atividade Projeto
Conjunto de operações 
realizadas de modo contínuo 
ou permanente, que resultam 
em um produto ou serviço 
necessários à satisfação de 
interesses compartilhados pela 
Administração Pública e pela 
organização da sociedade civil.
Conjunto de operações, 
limitadas no tempo, que geram
um produto destinado à 
satisfação de interesses 
compartilhados pela 
Administração Pública e pela 
organização da sociedade civil.
Note bem: a diferença entre esses elementos é que a atividade é realizada
de modo contínuo, com entrega periódica de um produto ou serviço, e o
projeto tem duração limitada, terminando com a entrega de produto ou
serviço.
Dirigentes, administradores públicos e 
outros agentes
As parcerias são executadas por grupos de pessoas com funções bem
definidas. A LF nº 13.019/14 relacionou alguns papéis fundamentais com
responsabilidades definidas em seu Artigo 2o, incisos IV, V e VI.
Quem Faz o quê? Onde é
citado na
Lei?
Dirigentes 
(Administradores da OSC)
Administram a OSC, assinam a parceria, autorizam 
outras pessoas (se o estatuto social permitir) a assinar 
por eles. Suas responsabilidades estão descritas no 
estatuto da OSC.
Obs,: No estatuto da OSC estarão definidas as 
atribuições de cada cargo de dirigente. Geralmente, só 
o dirigente máximo da entidade pode assinar por ela ou
autorizar outros a assinarem por ele.
Inciso IV
Administradores públicos 
(Dirigentes dos órgãos da 
Administração Pública)
Assinam a parceria ou autorizam outras pessoas a 
firmá-los.
Inciso V
Gestores da parceria 
(Pessoas designadas pela 
Administração Pública) para gerir
as parcerias)
São os responsáveis na AP por gerir a parceria 
celebrada, controlando e fiscalizando as ações. A AP 
deve nomear os gestores por meio de ato 
administrativo publicado em meio oficial.
Inciso VI
Conselhos de políticas públicas 
(Órgãos criados pela AP para 
cada áreas de atuação do Poder 
Público, compostos de 
representantes do governo e da 
sociedade civil)
Aconselham e orientam a formulação, implementação, 
acompanhamento, monitoramento e avaliação de 
políticas públicas relacionadas às parcerias.
Inciso IX
Comissão de seleção 
(Criada pela AP e composta por 
pelo menos um servidor efetivo 
ou empregado permanente do 
quadro de pessoal da AP)
Processa e julga as propostas de parcerias 
apresentadas nos chamamentos públicos
Inciso X
Comissão de monitoramento e 
avaliação 
(Também criada pela AP, com 
garantia de participação de pelo 
menos um servidor efetivo ou 
empregado permanente do 
quadro de pessoal da AP.)
Monitora e avalia as parcerias celebradas Inciso IX
Conselhos de fomento e 
colaboração - CONFOCOs.
(Instituído pelo Poder Executivo 
Divulgam boas práticas, propõem e apoiam políticas e 
ações voltadas ao fortalecimento das relações de 
fomento e de colaboração. Os CONFOCOs são 
Art. 15
federal, sendo composto por 
representantes do governo e das 
OSCs, em igual número).
espaços de debates sobre o MROSC, que visam a 
contribuir para que a LF nº 13.019/14 seja implantada 
em todo território nacional de forma satisfatória. Os 
estados, Distrito Federal e municípios também poderão
criar instâncias participativas, similares aos 
CONFOCOs.
Não confunda administrador público com gestor
O administrador público tem poderes para firmar parcerias, ao passo que
gestor é o responsável pela gestão da parceria, com poderes de controle e
fiscalização.
Formação e capacitação
Para a plena execução da LF nº 13.019/14 no território nacional, é
necessário que todos os atores envolvidos nas parcerias sejam capacitados.
Veja abaixo quem são eles.
A capacitação deve atingir o maior número possível de pessoas do público-
alvo descrito acima. O que você aprender aqui, compartilhe com as pessoas
interessadas na LF nº 13.019/14 que você conheça. 
Fundamentos e princípios jurídicos da 
parceria
A LF nº 13.019/14 tem como fundamentos a gestão pública democrática, a
participação social, o fortalecimento da sociedade civil e a transparência na
aplicação dos recursos públicos e os princípios constitucionais da legalidade,
legitimidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficácia, eficiência e
economicidade, que devem nortear as ações da Administração Pública.
Em seu Artigo 6o, na Seção I, "Normas Gerais", encontramos as diretrizes
que orientam sua elaboração e aplicação, entre as quais destacamos os
seguintes tópicos:
• A nova lei busca promover a organização, fortalecimento institucional
das OSCs e sua capacitação para a cooperação com o Poder Público;
• A execução das parcerias é tratada com foco principal no controle de
resultados, diferenciando-se dos convênios, regidos por legislação
anterior, cuja execução priorizava o cumprimento de formalidade com
relação à documentação do processo;
• A lei também incentiva e propicia o uso de mecanismos que
possibilitem a ampla divulgação dos atos da parceria com o uso de
recursos e tecnologias de informação e comunicação, favorecendo a
transparência;
• Uma das finalidades da LF nº 13.019/14 é fortalecer a cooperação
institucional entre a Administração Pública (estados, municípios, Distrito
Federal e União) em sua relação com as OSCs.
Saiba Mais
Princípios jurídicos que norteiam a LF nº 13.019/14 
PRINCÍPIOS CONCEITUAÇÃO
ONDEESTÁ 
NA LEI
Eficiência Os atos da entidade p a r c e i r a devem gerar a melhorrelação entre o benefício obtido (quantidade e qualidade)
e o custo da aquisição, para si mesma e para a
sociedade a quem se destinam seus serviços.
Caput do 
art.5
Eficácia A entidade parceira deve fazer escolhas que permitam
o cumprimento dos objetivos de uma determinada ação e
o pleno alcance dos resultados.
Economicidade
Os atos da entidade parceira devem contribuir para o
pleno alcance dos objetivos traçados e dos resultados
pactuados no Termo de Parceria, com o menor custo
possível, agindo de forma a aproveitar da melhor forma
possível os recursos para a realização máxima dos
resultados desejados.
Legitimidade A atuação dos parceiros deve ser legal, moral e visar à finalidade pública.
Igualdade Todos os cidadãos da sociedade devem ser tratados igualmente. art.2º,inciso XII
Impessoalidade Os atos dos parceiros devem ser centrados na busca dobem público e não no benefício individual ou
personalizado. Características qualitativas e critérios
objetivos devem ser previamente definidos para orientar a
análise e a escolha da melhor proposta.
Isonomia Isonomia significa igualdade de todos perante a lei,sem distinção de qualquer natureza. Méritos iguais
devem ser tratados de modo igual, e situações desiguais
tratadas desigualmente, já que não pode haver
distinção de classe, grau ou poder econômicoentre os
homens.
Julgamento Objetivo Significa que o administrador deve observar critérios
objetivos, definidos no edital de chamamento público
para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade
de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de
critérios não previstos no edital, mesmo que em benefício
da própria AP.
art.2º,inciso 
XII
Probidade 
Administrativa
Honestidade e fidelidade com o Estado e com a
população, são deveres de todo agente público no
desempenho de suas funções.
Vinculação
ao
Instrumento
Convocatório
A Administração Pública e os participantes devem
obedecer ao chamamento público, ficando vinculados a
seus termos.
Legalidade Os atos dos parceiros não podem contrariar a lei. art.2º, inciso XII e
caput 
do 
art.5º
Moralidade Os atos da entidade parceira devem obedecer a valoreséticos socialmente adotados. Portanto, a entidade deve
agir de boa-fé em todos os seus atos e julgamentos e
nos instrumentos utilizados nos processos seletivos.
Publicidade Os atos dos parceiros devem ser anunciados e
publicados de forma visível e transparente para toda a
sociedade.
As exceções da LF nº 13.019/14
Em alguns casos, as disposições da LF nº 13.019/14 não se aplicam. Eles 
são descritos no artigo 3º e apresentados a seguir:
• Transferências de recursos internacionais, naquilo que conflitarem com
a Lei;
• Contratos de gestão celebrados com OSCs qualificadas como
Organizações Sociais (OSs);
• Serviços complementares ao Sistema Único de Saúde (SUS);
• Lei Cultura Viva (LF nº 13.018/14);
• Termos de parceria celebrados com OSCs qualificadas como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs);
• Programa de Complementação ao Atendimento Educacional
Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência (PAED), Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Dinheiro Direto na
Escola (PDDE);
• Contribuições associativas;
• Parcerias da Administração Pública com o Sistema S.
ATENÇÃO
A Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, não se aplica às 
parcerias regidas pela LF nº 13.019/2014.
Os seguintes convênios são regidos pelo art. 116 da LF nº 8.666/93:
I - entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas;
II - decorrentes de convênios e contratos celebrados com entidades 
filantrópicas e sem fins lucrativos nos termos do § 1o do art. 199 da 
Constituição Federal (serviços complementares ao SUS)..
Procedimento de manifestação de interesse
social (PMIS)
A LF nº 13.019/14, em seu art. 18, estabeleceu um procedimento para a 
avaliação e a discussão de propostas de parcerias.
. Essas propostas 
A OSCs, os movimentos sociais e os cidadãos podem apresentar propostas
de projetos de mudança social à Administração Pública (AP) na forma de
Procedimento de Manifestação de Interesse Social, ou PMIS.
O PMIS deverá conter as seguintes informações:
• Identificação do autor
• Indicação do interesse público envolvido
• Diagnóstico da realidade que se quer modificar, aprimorar ou
desenvolver
• Quando possível, indicação da viabilidade, dos custos, dos benefícios e
dos prazos de execução
A AP publica a proposta em seu site na internet e, se achar conveniente a
execução do PMIS, deverá promover uma audiência para ouvir a opinião da
sociedade sobre o tema.
Os prazos e regras do PMIS são definidos em regulamento próprio pelos
estados, municípios, União e Distrito Federal.
É bom destacar que o envio de uma proposta no PMIS não garante a
execução do projeto ou atividade proposto, nem tão pouco que a OSC ao
enviar um PMIS irá firmar um termo (de fomento ou de colaboração) para
realizá-lo. Em regra, as parcerias sugeridas em PMIS estão também sujeitas
ao chamamento público. 
ATENÇÃO
• A OSC que propôs ou participou do PMIS poderá participar do
eventual chamamento público subsequente.
• É proibido condicionar a realização de chamamento público ou a
celebração de parceria à prévia realização de PMIS.
As cinco etapas da parceria
A LF nº 13.019/14 prevê que a parceria entre a Administração Pública (AP) e
a OSC compreenda cinco etapas, conforme diagrama abaixo.
Planejamento
O planejamento da execução da parceria deve ser feito tanto
pelas OSCs quanto pela AP. Um bom planejamento garante os
resultados pactuados e uma boa execução das etapas
posteriores.
Seleção
A etapa de seleção envolve a escolha das propostas de parceria
por meio de chamamento público, que é uma medida de
transparência e de incentivo à gestão pública democrática das
parcerias. O chamamento público é regra e permite à AP
conhecer um maior número de OSCs interessadas em parcerias.
Formalização e 
execução
Feita a seleção, a parceria é formalizada por meio da celebração
e assinatura de um termo de colaboração/fomento ou acordo de
cooperação. Começa então a execução dos trabalhos, conforme
procedimentos, metas e prazos estabelecidos na etapa de
planejamento.
Monitoramento e 
avaliação
Esta é uma etapa em que a AP irá avaliar a execução da
parceria, por meio do gestor e da comissão de avaliação e
monitoramento, abrangendo todo o período de execução da
parceria. Em parcerias com duração acima de um ano, a AP
poderá realizar, sempre que possível, pesquisa de satisfação com
os beneficiários das ações da parceria. As parcerias também
poderão ser fiscalizadas pelos conselhos de políticas públicas.
Prestação de contas
Em parcerias que durem mais de um ano, a prestação de contas
se dará ao fim de cada exercício para fins de monitoramento do
cumprimento das metas. Além das prestações de contas anuais,
deve-se realizar uma prestação de contas final e global.
A nova lei estabelece que a execução de uma política pública em parceria
entre AP e OSCs deverá ser objeto de termo de fomento, de termo de
colaboração ou de acordo de cooperação. Os convênios não poderão mais
ser celebrados entre a Administração Pública e OSCs.
Como ainda há muitos convênios em vigência, foram estabelecidas algumas
regras de transição para lidar com eles. Veja abaixo como estes casos serão
tratados.
Transição de convênio para parceria
As regras de transição devem ser esclarecidas no regulamento de cada ente
federado.
Recapitulando
Nesta unidade, você recebeu muitas informações novas e importantes sobre 
as parcerias a serem celebradas de acordo com LF nº 13.019/14.
Conheceuos atores envolvidos e os principais conceitos estabelecidos pela 
Lei. Compreendeu também os princípios jurídicos que orientam a LF nº 
13.019/14, em que eles se aplicam e por que são importantes.
Aprendeu que o processo de parceria estabelecido pela LF nº 13.019/14 é 
desenvolvido em cinco etapas: planejamento, seleção, formalização e 
execução, monitoramento e avaliação, e prestação de contas.
Finalmente, inteirou-se sobre as regras de transição entre o sistema anterior 
de convênios e a nova lei de parcerias por meio de termos de colaboração e 
de fomento e de acordos de cooperação.
A cada momento, você fica mais informado sobre a LF nº 13.019/14e mais 
apto a trabalhar com eficiência e eficácia para melhor atender a população 
alvo de políticas públicas objetos de termos de colaboração, termos de 
fomento e acordos de cooperação.
Diagrama-resumo
As etapas da realização das parcerias
As parcerias se realizam em cinco grandes etapas, de modo geral:
1. Planejamento
2. Seleção
3. Formalização e execução
4. Monitoramento e avaliação
5. Prestação de contas
Nesta unidade 3 trataremos das duas primeiras, quais sejam: planejamento 
e seleção.
O planejamento
O planejamento é a primeira etapa da parceria.
Se o planejamento é essencial a todo e qualquer projeto, incluindo os de
nossa vida pessoal, imagine então sua importância para as atividades ou
projetos que envolvam recursos públicos.
A ação de planejar nos dá a oportunidade de prever diversas situações que
poderiam impedir o bom andamento do trabalho em parceria.
É no planejamento que
• detalhamos todas as ideias que queremos pôr em prática;
• identificamos as leis e normas que devemos seguir para atender bem 
às políticas públicas visadas pela parceria;
• identificamos os recursos que estão disponíveis e que outros recursos 
podemos e devemos buscar.
O que a Administração Pública terá de fazer para bem planejar uma
parceria? Os artigos 8º, 22 e 46 da LF nº 13.019/14 trazem tais definições,
que estarão detalhadas a seguir.
O planejamento pela Administração Pública
Ao celebrar uma parceria, o órgão ou entidade da Administração Pública
(AP) deve levar em conta sua capacidade técnica e operacional para cumprir
as obrigações dela decorrentes, assumindo as responsabilidades que lhe
cabem. Isso quer dizer que a AP deve providenciar servidores em número
suficiente e com conhecimentos técnicos para a execução dos
procedimentos.
Além de capacitar tecnicamente os servidores, é preciso que a AP obtenha
ou mobilize os recursos materiais e tecnológicos necessários aos trabalhos.
É também muito importante que a entidade ou órgão da AP envolvido na
parceria faça a designação de gestores habilitados a controlar e fiscalizar a
sua execução em tempo hábil e de modo eficaz e também designe as
comissões de seleção e de monitoramento e avaliação.
O plano de trabalho
Todo o planejamento deve ser registrado em um documento denominado
“plano de trabalho”, contendo os seguintes elementos, conforme art. 22 da
LF nº 13.019/14: 
• descrição da realidade que será objeto da parceria, devendo ser
demonstrada a relação entre essa realidade e as atividades ou projetos
e metas a serem atingidas;
• descrição das metas a serem atingidas e das atividades ou projetos a
serem executados;
• previsão das receitas e das despesas a serem realizadas na execução
das atividades ou dos projetos abrangidos pela parceria;
• forma de execução das atividades ou dos projetos e de cumprimento
das metas a eles atreladas;
• definição dos parâmetros a serem utilizados para a verificação do
cumprimento das metas.
A previsão das despesas
É muito importante que a Administração 
Pública (AP) faça uma boa previsão dos 
recursos já na fase do planejamento para 
não gerar atrasos nos repasses financeiros 
às OSCs, acarretando dificuldades para 
ambos os parceiros.
Veja o que pode acontece se a AP atrasar os
repasses:
- Se a AP atrasar um repasse de recursos 
financeiros à OSC, ela não é obrigada a 
quitar as despesas da parceria com recursos
próprios.
- Se o atraso do repasse pela AP causar 
inadimplência da OSC, a AP não poderá 
restringir a liberação de parcelas 
subsequentes.
Veja na coluna ao lado as principais 
despesas que podem ser pagas com 
recursos da parceria.
Exemplos de despesas
• Remuneração da equipe 
encarregada da execução do 
plano de trabalho, inclusive de 
pessoal próprio da OSC durante
a vigência da parceria, incluindo 
encargos sociais e trabalhistas.
• Diárias para deslocamento, 
hospedagem e alimentação.
• Aquisição de equipamentos e 
materiais permanentes e 
contratação de serviços de 
adequação de espaço físico, 
desde que necessários à 
instalação dos referidos 
equipamentos e materiais.
Atenção: As despesas da OSC com 
remuneração da equipe contratada 
pela OSC com recursos da parceria 
não geram vínculo trabalhista com o 
Poder Público.
Dispensa ou inexigibilidade de chamamento público
Lembramos que é na etapa de planejamento que são definidas as condições que 
podem levar à dispensa ou inexigibilidade de chamamento público.
Os Instrumentos de parceria
A LF 13.019/2014 instituiu três instrumentos jurídicos de parceria, que são os
tipos de pactos firmados entre a Administração Pública (AP) e as OSCs. São
eles: termo de colaboração; termo de fomento; acordo de cooperação.
Veja abaixo uma pequena descrição de cada um deles.
 
Instrumentos de parceria
• Termo de colaboração – Parcerias com finalidades propostas pela 
AP, que envolvem a transferência de recursos financeiros.
• Termo de fomento – Parcerias com finalidades propostas pela OSC, 
que envolvem a transferência de recursos financeiros.
• Acordo de cooperação - Parcerias que não envolvem a transferência
de recursos financeiros.
 
A seguir, veremos as diferenças entre os termos de colaboração e de
fomento, que são os dois instrumentos de parceria que envolvem
transferência de recursos financeiros.
Fomento x Colaboração
Vimos na seção anterior os três instrumentos jurídicos que consolidam os 
três tipos de parcerias que podem acontecer entre a Administração Pública 
(AP) e as OSCs: acordo de cooperação, termo de fomento e termo de 
colaboração. Desses três, os que mais trazem dúvidas em sua 
operacionalização são os termos fomento e de colaboração, pois envolvem a
transferência de recursos financeiros.
O quadro a seguir mostra as diferenças de implementação entre eles.
CARACTERÍSTICAS FOMENTO COLABORAÇÃO
Papel da AP Incentiva e reconhece ações de
interesse público desenvolvidas
pelas organizações da sociedade
civil, via de regra, por meio de
chamamento público.
Atua em colaboração com as OSCs
que executarão políticas públicas
propostas, em regra por meio de
chamamento público.
Forma de
apresentação de
proposta técnica/plano
de trabalho
Por meio do chamamento
público, salvo exceções, as
OSCs poderão propor à AP
atividades ou projetos a serem
executados, conforme as
características da própria
organização.
Por meio do chamamento público,
salvo exceções, a AP elabora um
edital com condições a serem
cumpridas pelas OSCs conforme
suas características.
Responsável pela
concepção
OSCs AP
Vantagens O fomento às iniciativas das
OSCs amplia a participação
social das destas organizações
na gestão pública democrática,
uma vez que apoia propostas que
inovam a ação do Estado, amplia
o alcance de ações de interesse
público desenvolvidas ou criadas
pelas OSCs, e estimula novas
tecnologias sociais. Assegura
maior autonomia das OSCs.
A colaboração de OSCs em
iniciativas da AP amplia a
participação social dessas
organizações na gestão pública
democrática, porque compartilha a
gestão dos resultadosa serem
alcançados e aproxima a demanda
local das políticas públicas.
Exemplos de parceria
em cada modalidade
Fomento a atividades culturais. Atuação da OSC em Programa de
Proteção a Vítimas Ameaçadas.
Considerações finais sobre as parcerias
Seguem algumas considerações de relevância sobre as parcerias e os
instrumentos jurídicos que as regem.
1. Para que tenham validade, o termo de fomento, o termo de colaboração e
o acordo de cooperação deverão ser publicados pela Administração Pública
(AP) em formato de extrato, no meio oficial de divulgação (jornal oficial).
2. A legislação proíbe a celebração de parcerias que envolvam a delegação
das funções de regulação, de fiscalização, de exercício do poder de polícia
ou de outras atividades que são exclusivas do Estado.
3. A LF nº 13.019/14 trata com detalhes dos termos de fomento e de
colaboração, porém, não é muito esclarecedora quanto a vários aspectos do
acordo de cooperação. Em vista disso, é muito importante ficarmos atentos
aos decretos que irão regulamentar a nova lei nos entes da federação, para
que possamos saber com precisão o que caberá ou não nos acordos de
cooperação.
4. Os regulamentos de cada ente federado devem detalhar os procedimentos
para correta aplicação da LF nº 13.019/14.
Exigências para a celebração de parcerias
Na Seção X da LF nº 13.019/14, são descritos os requisitos para que as
OSCs possam celebrar parcerias com a Administração Pública. Você
encontrará essas condições nos artigos 33 a 38.
Abaixo, relacionamos alguns pontos importantes da referida seção, que
merecem sua atenção.
• Todas as OSCs, exceto as sociedades religiosas e as cooperativas,
devem ter o objetivo social (expresso em seus estatutos ou regimentos
internos) de promover atividades e finalidades de relevância pública e
social.
• As normas de constituição/estatuto/regimento interno das OSCs, com
exceção das entidades religiosas e sociedades cooperativas, devem
prever que, caso a organização seja extinta, seu patrimônio líquido seja
transferido a outra pessoa jurídica de mesma natureza e objetivo social
e que preencha os requisitos da LF nº 13.019/14.
• As normas de constituição/estatuto/regimento interno das OSCs devem
prever sua escrituração contábil seguindo os princípios fundamentais
das Normas Brasileiras de Contabilidade.
• A OSC deve possuir instalações, condições materiais e capacidade
técnica e operacional para o desenvolvimento dos trabalhos da
parceria, não sendo necessário, porém, comprovar previamente tais
condições.
Além disso, para ser considerada apta a firmar parcerias com os entes da
federação, a OSC deverá possuir cadastro ativo (CNPJ) na Secretaria da
Receita Federal do Brasil e cumprir requisitos relativos a tempos mínimos de
existência conforme quadro abaixo:
Parceiro Tempo mínimo de existência
União 3 anos
Estados 2 anos
Municípios 1 ano
É possível que a AP reduza esses tempos se, entre as OSCs que se
interessarem pela parceria em questão, não houver nenhuma organização
que já os tenha atingido.
Impedimentos à celebração da parceria
Ficará impedida de celebrar com a Administração Pública (AP) a OSC
que:
- não estiver regularmente constituída (com CNPJ, registro em cartório e
documentação ou autorizações referentes a seu objetivo social);
- sendo estrangeira, não tenha autorização para funcionar no território
nacional;
- não tenha prestado contas de parceria anterior;
- tenha, entre seus diretores, membro de algum dos Três Poderes ou
Ministério Público, dirigente de órgão ou entidade da AP na esfera
governamental da parceria ou cônjuges parentes desses dirigentes até o
segundo grau;
- tenha tido as contas rejeitadas pela AP nos últimos cinco anos, a não
ser que a OSC esteja contestando a rejeição em recurso com efeito
suspensivo, ou que a OSC consiga sanar as irregularidades ou obter
uma revisão que reverta a sua rejeição;
- tenha sido punida com alguma sanção das previstas no art. 39, inciso 
V (veja coluna à direita);
- tenha entre seus dirigentes uma pessoa:
• cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares 
ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas em decisão 
irrecorrível, nos últimos oito anos;
• julgada responsável por falta grave e considerada inabilitada para o
exercício de cargo em comissão ou função de confiança, enquanto
durar a inabilitação.
Sanções e Penalidades que impedem a celebração de parcerias (Art. 39, nº
LF 13.019/14)
Suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a 
administração;
Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a AP;
Suspensão temporária da participação em chamamento público;
Impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades da esfera
de governo da AP que aplicou a penalidade, por prazo não superior a dois anos;
Declaração de inidoneidade para participar de chamamento público ou celebrar 
parceria ou contrato com a AP em todas as esferas de governo, enquanto 
perdurarem os motivos para a punição ou até que a OSC regularize sua 
situação, ressarcindo a AP pelos prejuízos e decorrido o prazo da sanção, que é
de até dois anos.
 
Impedimentos à celebração de parceria
Quando a OSC apresentar qualquer dos impedimentos acima ela estará
impossibilitada de celebrar qualquer das parcerias, inclusive de receber
recurso de uma parceria que já estiver em andamento, exceto para os casos
em que o objeto da parceria for um serviço essencial.
Para esse último caso, o dirigente máximo do órgão (Secretário) ou entidade
da Administração Pública (Diretor-Geral ou Presidente) deverá autorizar o
repasse a essa entidade “irregular” e justificar essa autorização. Caso
contrário, o dirigente será acusado de responsabilidade solidária a OSC.
Parcelamento de débito de ressarcimento
Em qualquer das condições que impedem a OSC de celebrar parceria com a AP o
impedimento persiste enquanto não houver o ressarcimento dos prejuízos causados
pela OSC ou por seu dirigente.
Não serão considerados débitos que decorram de atrasos na liberação de repasses
pela AP ou que tenham sido objeto de parcelamento, se a OSC estiver em situação
regular quanto ao parcelamento.
Providências que a AP deve tomar
A celebração e a formalização da parceria dependerão da adoção das
seguintes providências pela Administração Pública (AP):
• indicação de dotação orçamentária para execução da parceria;
• demonstração de que os objetivos e finalidades institucionais e a
capacidade técnica e operacional da OSC foram avaliados e são
compatíveis com o objeto;
• aprovação do plano de trabalho;
• emissão de parecer de órgão técnico da AP sobre:
• o mérito da proposta, em conformidade com a modalidade de parceria
adotada;
• a identidade e da reciprocidade de interesse das partes na realização,
em mútua cooperação, da parceria;
• a viabilidade da execução;
• o cronograma de desembolso;
• a descrição dos meios disponíveis para a fiscalização da execução da
parceria e dos procedimentos de avaliação da execução física e
financeira;
• a designação do gestor da parceria;
• a designação da comissão de monitoramento e avaliação.
• obtenção de parecer jurídico do órgão de assessoria ou consultoria
jurídica AP acerca da possibilidade de celebração da parceria.
Caso os pareceres técnico ou jurídico concluam pela possibilidade de
celebração de parceria com ressalvas, o dirigente máximo do órgão ou
entidade pública (ou outra pessoa por ele autorizada) deverá corrigir os
aspectos ressalvados(*) ou justificar formalmente a preservação desses
aspectos ou sua exclusão.
(*)A LF nº 13.019/14 não traz nenhuma explicação de como o administrador
público irá resolver essas ressalvas.A Seleção
A nova lei exige que a Administração Pública (AP) use determinados
procedimentos e critérios para escolher as OSCs com as quais irá celebrar
parcerias. Vimos na seção anterior (Exigências para as parcerias) alguns dos
principais requisitos que as OSCs devem preencher, e que estão elencados
nos artigos 33 a 38 da lei e as vedações previstas no art. 39.
O processo de seleção das OSCs pela AP se desenvolve em cinco fases
distintas, quais sejam:
• Elaboração e publicação do edital
• Análise das propostas
• Homologação e divulgação dos resultados
• Documentação e situação
• Elaboração dos planos de trabalho
Na seção seguinte explicaremos essas fases como mais detalhes.
Passo a passo
A AP analisa as propostas encaminhadas pelas OSCs, verificando,
principalmente, se estão adequadas aos objetivos específicos do
programa ou da ação que deseja desenvolver em parceria. Uma outra
questão importante a ser verificada pela AP é se as o valor financeiro das
propostas está dentro do valor de referência estabelecido no
chamamento público. 
Depois de analisar as propostas recebidas, a AP homologa e divulga o
resultado da análise e a classificação das OSCs em sua página
oficial de internet. 
Chamamento público
A LF nº 13.019/14 trouxe uma novidade ao processo de celebração de
parcerias entre Administração Pública (AP) e OSCs: o chamamento
público. Esse é o nome que se dá ao procedimento usado pela AP para
divulgar e convocar OSCs para a apresentação de propostas de parceria,
quer seja do tipo termo de colaboração, quer seja do tipo termo de
fomento ou mesmo de acordo de cooperação com compartilhamento de
recurso patrimonial.
Trata-se de um procedimento formal, público e transparente, destinado a
promover uma escolha justa. O conceito de chamamento público consta
no inciso XII, do art.2º, da LF nº 13.019/14.
O chamamento público é feito por meio de um edital, que contém uma
descrição clara dos objetivos da parceria e procedimentos a serem
seguidos pelas OSCs interessadas.
O edital deve ser divulgado na página oficial do órgão ou entidade
pública, pelo menos 30 dias antes do fim do prazo de entrega das
propostas.
Veja abaixo algumas das informações que a AP deve incluir no edital de
chamamento público.
Informações do edital
• Objeto da parceria
• Metas a serem alcançadas
• Custos
• Indicadores de avaliação de resultados (quantitativos e qualitativos)
• Identificação da programação orçamentária que autoriza a parceria e valor
previsto
• Informações sobre como apresentar as propostas (datas, prazos, local, etc.)
• Critérios de julgamento das propostas
• Minuta do termo de fomento/colaboração, ou do acordo de cooperação a ser
assinado.
A AP analisará as propostas encaminhadas pelas OSCs, verificando, 
principalmente, se estão adequadas aos objetivos específicos do 
programa ou da ação que deseja desenvolver em parceria. É importante 
que a AP verifique se o valor financeiro das propostas está dentro do valor 
de referência ou teto estabelecido no chamamento público.
O regulamento de cada ente federado deve prever os procedimentos e 
prazos de apresentação de propostas, julgamento, apresentação e 
apreciação de recursos, homologação e notificação para celebração.
ATENÇÃO
• A AP só poderá exigir contrapartida com relação a bens ou serviços, 
caso em que seu valor deve ser compatível com os preços vigentes no
mercado. (veja artigo. 35, parágrafo 1°.)
• A AP divulgará o resultado do processo de seleção, depois da 
homologação, em sua página de internet.
Chamamento público: competição justa e 
inclusiva
O edital do chamamento público não pode conter cláusulas ou condições que
limite o caráter competitivo do processo de seleção. A menos que essas
exigências sejam previstas em lei e/ou relacionadas a questões de ordem
territorial ou setorial, conforme o artigo 24, parágrafo 2°, incisos I e II, da LF
nº 13.019/14, que reproduzimos abaixo:
Artigo 24 (...) § 2o É vedado admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos
de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam
ou frustrem o seu caráter competitivo em decorrência de qualquer
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto da
parceria, admitidos:
I - a seleção de propostas apresentadas exclusivamente por
concorrentes sediados ou com representação atuante e reconhecida
na unidade da Federação onde será executado o objeto da parceria;
II - o estabelecimento de cláusula que delimite o território ou a
abrangência da prestação de atividades ou da execução de projetos,
conforme estabelecido nas políticas setoriais.
Conforme o objeto da parceria, o edital de chamamento público deverá
determinar medidas de acessibilidade para pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida e idosos. A garantia de acessibilidade a esses públicos
está prevista em normas e legislações específicas, a saber: Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (promulgada pelo Decreto
Federal n° 6.949/2009) e Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal nº
13.146/2016).
Chamamento público: dispensa
Há casos e situações em que não há necessidade ou é dispensada a
realização de chamamento público (CP). As parcerias que envolvem recursos
de emendas parlamentares estão entre esses casos. 
Outras situações de dispensa:
♦ Urgência: No caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de 
paralisação de atividades de relevante interesse público, pelo prazo de até 
180 dias.
♦ Guerra/Calamidade: Nos casos de guerra, calamidade pública grave 
perturbação da ordem pública ou ameaça à paz social.
♦ Programa de proteção: Quando se tratar da realização de programa de 
proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa comprometer a 
sua segurança.
♦ Educação, saúde e assistência: No caso de atividades voltadas ou 
vinculadas a serviços de educação, saúde, assistência social, desde que 
executadas por organizações da sociedade civil previamente credenciadas 
pelo órgão gestor da respectiva política.
A LF nº 13.019/2014, em seu art. 29 não dispensa de Chamamento Público 
os acordos de cooperação cujos objetos sejam a celebração de comodato, a 
doação de bens ou qualquer outra forma de compartilhamento de patrimônio.
Justificando a dispensa de chamamento público
Para justificar a dispensa de chamamento público para os serviços de
educação, saúde e assistência social, a AP deverá promover credenciamento
prévio das OSCs.
Chamamento público: inexigibilidade
A não exigência, ou inexigibilidade, de Chamamento Público ocorre quando
não há possibilidade de competição entre as OSCs devido ao objeto da
parceria ser muito singular - único e específico - ou em razão do fato de as
metas só poderem ser atingidas por uma organização específica, como nos
seguintes casos:
• Se o objeto da parceria já estiver previsto em acordo, ato ou 
compromisso internacional, com a indicação de quais organizações 
usarão os recursos;
• Se a parceria envolver transferência de recursos para uma 
determinada OSC, inclusive subvenções sociais destinadas a 
instituições sem fins lucrativos de caráter assistencial (Lei Federal nº 
4.320/1964). Observe que a transferência de recursos públicos para o 
setor privado deve ser autorizada em lei específica.(Ver art. 26 da Lei 
Complementar Federal nº 101/2000).
ATENÇÃO
• A Administração Pública deve publicar uma justificativa para a
dispensa ou inexigibilidade de chamamento público na data da
formalização da parceria.
• As organizações e outros interessados têm o prazo de cinco dias,
a contar da publicação, para pedir a anulação, ou impugnação, da
justificativa.
• Se for procedente a impugnação, a Administração Pública deverá
realizar o chamamento público.VerLF nº 13.019/14, artigo 32.
Comissão de seleção
Para dar andamento ao processo de seleção das propostas, a Administração
Pública (AP) precisa estabelecer uma comissão de seleção, que deve ser
constituída de pelo menos um servidor ocupante de cargo efetivo ou de
emprego permanente do seu quadro de pessoal, conforme art.2° da LF nº
13.019/14. O ato administrativo que cria a comissão deve ser publicado. 
As propostas apresentadas pelas OSCs serão avaliadas pela Comissão de
Seleção ou pelo conselho gestor, caso o projeto ou atividade seja financiado
por algum fundo específico.
ATENÇÃO
• Será impedida de participar da comissão de seleção pessoa que, nos
últimos cinco anos, tenha mantido relação jurídica com ao menos uma
das entidades participantes do chamamento público, devendo ser
designado um substituto igualmente qualificado. O regulamento deve
esclarecer o que seria “relação jurídica”.
• A comissão de seleção deverá, obrigatoriamente, justificar a seleção
de proposta que não for a mais adequada ao valor de referência
constante do chamamento público.
• A homologação do resultado não gera, automaticamente, para a OSC
selecionada o direito à celebração da parceria.
Documentações necessárias
Depois de realizada a seleção, a AP deve convocar as OSCs, em ordem de 
classificação, para que elas apresentem suas documentações comprovando 
que possuem os requisitos previstos nos art. 33, 34 e 39 da LF nº 13.019/14.
Documentação obrigatória das OSCs
Veja abaixo a lista dos documentos que a OSC deve apresentar.
a. Certidões de regularidade fiscal, previdenciária, tributária, de contribuições e
de dívida ativa, de acordo com a legislação aplicável de cada ente federado;
b. Certidão de existência jurídica expedida pelo cartório de registro civil ou cópia
do estatuto registrado e de eventuais alterações ou, tratando-se de sociedade
cooperativa, certidão simplificada emitida por junta comercial;
c. Cópia da ata de eleição do quadro dirigente atual;
d. Relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com endereço,
número e órgão expedidor da carteira de identidade e número de registro no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Secretaria da Receita Federal do
Brasil (RFB) de cada um deles;
e. Comprovação de que a OSC funciona no endereço por ela declarado;
f. Outros documentos solicitados no regulamento de cada ente federado.
Recapitulando
Nesta unidade 3, vimos a importância de um bom planejamento para que a
Administração Pública, em parceria com a OSC, consiga levar ao beneficiário
da política pública, os resultados pactuados.
Na etapa de planejamento é possível identificar os obstáculos às ações e as
soluções para as dificuldades que surgirem, sejam elas restrições
orçamentárias, número insuficiente de servidores públicos ou tecnologia
indisponível. Saber das dificuldades com antecedência ajuda a
Administração Pública a providenciar tempestivamente soluções para os
problemas.
Não só a Administração Pública mas também as OSCs devem se planejar. A
LF nº 13.019/14 traz uma série de inovações, algumas muito necessárias no
âmbito de alterações dos estatutos das entidades, que, se não forem revistos
a tempo, podem fazer com que algumas OSCs não consigam sequer
participar de um chamamento público. Recomenda-se muita atenção ao
período de planejamento, cuidando para que todas as ações, recursos
materiais e humanos e despesas necessárias à plena execução da parceria
estejam descritas no plano de trabalho.
Na etapa de seleção, vimos os novos instrumentos jurídicos trazidos pela LF
nº 13.019/14 e a obrigatoriedade do chamamento público, com suas
exceções relativas a emendas parlamentares e casos de dispensa e
inexigibilidade.
Finalizamos mencionando a documentação necessária à celebração das
parcerias, bem como os impedimentos para sua concretização.
Diagrama-resumo
Instrumentos jurídicos de formalização e 
procedimentos de execução
Terminada a etapa 3, em que se faz a seleção das propostas por meio de
chamamento público, entramos na etapa de formalização da parceria e sua
execução.
Já sabemos que os tipos de parceria possíveis na LF nº 13.019/14 são
fomento, colaboração e cooperação, cada uma formalizada por meio de seu
respectivo instrumento jurídico, a saber: termo de fomento, termo de
colaboração e acordo de cooperação.
Nesta unidade 4, trataremos dos requisitos e exigências para a formalização
e execução da parceria, respondendo ainda às seguintes dúvidas que
algumas pessoas têm sobre o assunto:
É importante lembrar que a elaboração e a execução desses dois
instrumentos jurídicos obedecem a mesma legislação. A diferença entre
essas duas formas de parceria, como vimos na Unidade 3: Planejamento e
Procedimentos de Seleção, está no papel desempenhado pela
Administração Pública (AP) em cada uma e na responsabilidade pela
concepção do objeto.
Reveja o quadro comparativo da seção Fomento x Colaboração, da Unidade
3: Planejamento e procedimentos de seleção.
Cláusulas essenciais das parcerias
O art. 42 da LF nº 13.019/14 lista 16 cláusulas essenciais e um anexo, que
devem constar dos instrumentos jurídicos (termos de fomento ou de
colaboração e acordos de cooperação), que relacionamos resumidamente no
quadro abaixo.
O inciso correspondente é indicado na segunda coluna, a cor azul indica que
o elemento destacado deve constar do instrumento jurídico "quando couber",
ou seja, se a natureza da parceria assim o exigir. 
Cláusula
Localizaçã
o no artigo
42
Dispositivos correlacionados/
Observações
Descrição do objeto da 
parceria (o que será feito) Inciso I
Definição das obrigações 
das partes (quem faz o quê) Inciso II
Valor total da parceria e 
cronograma de desembolso Inciso III
Contrapartida oferecida pela 
OSC Inciso V Art. 35, §1º
Período de duração da 
parceria (vigência) e casos 
em que pode ser prorrogada
Inciso VI Em no mínimo 30 dias antes do fim
da vigência, a OSC pode pedir à AP
a prorrogação da vigência da
parceria, formalizando e justificando
seu pedido.
A AP pode prorrogar a vigência
unilateralmente (prorrogação "de
ofício) quando ela for responsável por
atraso na liberação de recursos. O
tempo de prorrogação deve
corresponder ao tempo do atraso nos
repasse. (Art. 55)
Obrigatoriedade da OSC de 
prestar contas (prazos e 
metodologia)
Inciso VII Art. 69, §1°
Forma de monitoramento e 
avaliação, recursos 
humanos e tecnológicos 
necessários e da 
participação de apoio técnico
Inciso VIII
Art. 58, §1°
Art. 59, §2°
Obrigatoriedade de a OSC 
devolver recursos, nos casos
previstos.
Inciso IX Art. 72, §2°
Definição de com quem 
ficarão os bens e direitos 
adquiridos com os recursos 
públicos da parceria que 
restarem depois que ela for 
concluída ou mesmo extinta.
Inciso X Art. 36, Parágrafo único
(Continuação do quadro)
Cláusula Localizaçãono artigo 42
Dispositivos correlacionados/
Observações
Atribuição à Administração 
Pública da prerrogativa de 
assumir ou transferir a 
responsabilidade pela 
execução em caso de 
paralisação
Inciso XII Art. 62, inciso II
Obrigatoriedade da OSC de 
manter e movimentar os 
recursos em conta bancária 
específica
Inciso XIV
Garantia de livre acesso aos
documentos e informações e
aos locais de execução da 
parceria
Inciso XV
Direito dos parceiros de 
rescindir o termo ou acordo 
a qualquer tempo, com 
indicação das condições e 
Inciso XVI O prazo de antecedência para que a 
OSC ou a Administração Pública 
comuniquem a intenção de rescindir o 
termo ou acordo de parceria deve ser de 
penalidades. no mínimo 60 dias.
Indicação do local (foro) 
para resolver dúvidasou 
divergências entre os 
parceiros
Inciso XVII
Caso haja divergências entre agentes 
dos parceiros envolvidos na execução 
dos termos ou acordos, a lei recomenda 
que eles deem prioridade a tentativas de 
solução administrativa (não judicial) junto
à assessoria jurídica da Administração 
Pública
Atribuição à OSC de 
responsabilidade exclusiva 
pelo gerenciamento 
administrativo e financeiro 
dos recursos
Inciso XIX
Atribuição à OSC da 
responsabilidade exclusiva 
pelo pagamento dos 
encargos sociais e 
trabalhistas
Inciso XX
Os termos e acordos de parceria devem 
enfatizar que a Administração Pública 
não tem responsabilidade (chamada 
tecnicamente de responsabilidade 
"solidária" ou "subsidiária") de arcar com 
despesas de que deveriam ter sido 
pagas pela OSC.
Plano de trabalho Parágrafoúnico
O plano de trabalho deve constar como 
anexo. A lei permite que o plano possa 
ter metas e valores alterados por meio de
um termo aditivo ou apostila. (Art. 57).
O extrato do instrumento jurídico deve ser publicado em meio oficial, 
seguindo os prazos contidos no regulamento de cada ente federado.
Recursos: liberação, movimentação e 
aplicação
Os recursos públicos para a execução da parceria são liberados em parcelas
segundo o cronograma de desembolso constante no termo de
colaboração/fomento ou acordo de cooperação. O regulamento de cada ente
pode prever requisitos adicionais.
A Administração Pública irá reter parcelas se constatar que a OSC cometeu
irregularidades na aplicação da parcela anterior, se a organização desviar
recursos (desvio de finalidade) ou se deixar de cumprir obrigações previstas
no termo ou acordo.
Também haverá retenção de recursos se a OSC não adotar medidas
recomendadas pelos órgãos fiscalizadores (controle interno, controle
externo) para resolver alguma irregularidade constatada (art. 48). Os
recursos serão liberados depois que a OSC resolver os problemas.
Aplicação e movimentação
Os recursos que a OSC recebe devem ser depositados em conta corrente
específica, isenta de tarifa bancária, em uma instituição financeira pública
determinada pela Administração Pública (AP).
A OSC pode aplicar estes recursos no mercado financeiro, porém, os
rendimentos devem ser investidos na execução da parceria e estão sujeitos
à prestação de contas da mesma forma que os recursos recebidos. O
regulamento de cada ente deve prever a forma de aplicação dos recursos da
parceria no mercado financeiro. 
Depois da conclusão ou mesmo da extinção da parceria, a OSC deve
devolver à AP os saldos de recursos não utilizados e de receitas de
aplicação financeira no prazo de 30 dias (art. 52).
Toda a movimentação dos recursos da parceria deve ser feita por meio de
transferência eletrônica para as contas bancárias dos beneficiários, com
depósitos identificados. Se em algumas situações não for possível usar este
método de pagamento, o instrumento de parceria pode prever pagamentos
em dinheiro ("em espécie"). (art. 53)
ATENÇÃO
A Administração Pública deverá divulgar na internet as informações sobre a liberação
dos recursos referentes às parcerias para possibilitar o acompanhamento de todos os
envolvidos na parceria e de todo e qualquer cidadão interessado. Recomendamos a
leitura do art.11 da LF 13.019/2014 para maiores esclarecimentos sobre a publicidade da
parceria. 
Atuação em rede
É permitido que as OSCs desenvolvam e executem projetos em parceria 
umas com as outras. O art.35-A abre essa possibilidade de "trabalho em 
rede".
A atuação em rede ocorre quando mais de uma organização, em conjunto, 
executa um único projeto ou atividade de parceria. Nesse tipo de atuação, a 
OSC celebrante ou signatária, aquela que assina o termo de 
fomento/colaboração ou acordo de cooperação, fica responsável pelo projeto
ou atividade pactuado na parceria. A LF nº 13.019/14 estabelece que a OSC 
celebrante deverá possuir mais de cinco anos de inscrição no CNPJ.
Para que ocorra o repasse de recurso entre a OSC celebrante e as não 
celebrantes, as OSCs assinarão um termo de atuação em rede. A AP 
deverá ser comunicada sobre a celebração desse termo em até 60 dias 
da assinatura. A celebrante será a responsável pela parceria com a AP e 
atuará como entidade supervisora, mobilizadora e orientadora das atividades
desenvolvidas pelas outras OSCs da rede. Por isso é necessário que ela 
tenha capacidade técnica e operacional para realizar essas atividades.
Recomendação de leitura
As OSCs deverão estar adequadas à LF nº 13.019/14 para se tornarem parceiras da
Administração Pública. Recomendamos a Leitura dos artigos 33, 34 e 39 da lei.
Despesas
A LF nº 13.019/14 embora não estabeleça um rol extenso de exemplificações
sobre os gastos que poderão ser executados com o recurso da parceria, ela 
traz em seu art.46, alguns gastos listados abaixo:
Cláusula Localização no 
art. 46
Remuneração da equipe encarregada da 
execução do plano de trabalho, bem como 
de seus encargos sociais e trabalhistas 
(férias, FGTS, férias, décimo terceiro 
salário, salários proporcionais, verbas 
rescisórias)
Inciso I
Diárias, hospedagens e alimentação Inciso II
Custos indiretos necessários à execução 
do objeto (como por exemplo: internet, 
transporte, aluguel, telefone, consumo de 
água e luz e remuneração de serviços 
contábeis e de assessoria jurídica)
Inciso III
Aquisição de equipamentos e materiais 
permanentes essenciais à consecução do 
objeto
Inciso IV
Ponto para legislar!
As vedações e 
permissões de 
despesas 
estabelecidas na LF 
13.019/2014 não 
esgotam o assunto, 
cabendo aos demais 
entes da 
Administração 
Pública legislarem 
sobre esse assunto, 
inclusive sobre a 
permissão de 
pagamento de 
dirigentes das OSCs 
com recursos da 
parceria.
Ponto para legislar!
As vedações e 
permissões de 
despesas 
estabelecidas na LF 
13.019/2014 não 
esgotam o assunto, 
cabendo aos demais 
entes da 
Administração 
Pública legislarem 
sobre esse assunto, 
inclusive sobre a 
permissão de 
pagamento de 
dirigentes das OSCs 
com recursos da 
parceria.
É importante ressaltar que mesmo que a LF nº 13.019/14 permita o 
pagamento de pessoal com recurso da parceria, isso não irá acarretar 
vínculo trabalhista entre os empregados da OSC e a AP.
Quanto às vedações de despesas, a Lei recomenda apenas o pagamento de
custos relacionados ao objeto da parceria, além de alertar para a proibição 
de remuneração a servidores públicos (excetuando os casos previstos em lei
específica e na lei de diretrizes orçamentárias). 
A LF nº 13.019/14 permite, ainda, o pagamento de custos indiretos (água, 
luz, telefone, internet, aluguel etc) necessários à execução do objeto e na 
proporção em que estiverem contribuído para a parceria.
Recapitulando
Nesta unidade 4, você pôde perceber como a etapa de planejamento está
diretamente vinculada à de execução, pois aquilo que é executado deve ser
exatamente o que é planejado. Por isso, recomenda-se muita atenção ao
período de planejamento, cuidando para que todas as ações, recursos
materiais e humanos e despesas necessárias à plena execução da parceria
estejam descritas no plano de trabalho.
Você viu também as inovações trazidas pela lei, destacadamente a 
possibilidade de remuneração de trabalhadores da OSC que vierem a atuar 
na execução das parcerias.
Nesta unidade, você tomou conhecimento das cláusulas que devem constar
nos instrumentos jurídicos de parceria - termos de colaboração e de fomento
e acordos de cooperação e verificou a importância que o MROSC dá à
publicidade das ações de execução das parcerias, como forma de dar o
máximo possível de transparência aos processos, possibilitandoo
acompanhamento pela sociedade e facilitando o trabalho dos agentes de
controle interno e externo.
Diagrama-resumo
De olho na execução da parceria
Para que um projeto ou atividade alcance os resultados esperados, é
importante que os parceiros - OSCs e Administração Pública - façam o
acompanhamento da sua execução.
O acompanhamento consiste em monitorar o andamento dos trabalhos, para
ver se tudo está saindo como planejado, e avaliar a execução para verificar
se o planejado foi bem elaborado e realizar correções necessárias, para que,
ao fim, as metas sejam atingidas com eficácia e eficiência nos processos.
Ao final desta Unidade 5, você será capaz de refletir e responder aos
seguintes questionamentos sobre esta quarta etapa do processo de
execução das parcerias:
Monitoramento e avaliação
Para obter melhores resultados na 
execução de políticas públicas por 
meio das parcerias, a Administração 
Pública (AP) faz o monitoramento das
atividades da parceria. Em outras 
palavras, a AP colhe informações 
sobre a execução dos trabalhos por 
meio de observações periódicas 
realizadas por um gestor, por ela 
designado. A lei admite que a AP 
recorra ao apoio técnico de terceiros 
e a parcerias como órgãos ou 
entidades locais (veja comentário na 
coluna ao lado).
Monitoramento e avaliação por
terceiros
A Lei não deixa claro se essa
parceria com terceiros atuará
diretamente no monitoramento da
parceria, ou se ela será apenas
um ato complementar ao
monitoramento. Também não fica
claro qual instrumento será usado
para estabelecer essa parceria no
monitoramento. Esses são pontos
que devem ser tratados nos
decretos que regulamentarão a
Lei nos Estados, no Distrito
Federal e nos Municípios.
Para o bom cumprimento desta etapa da parceria, é necessário que a AP
forneça ao gestor ferramentas (recursos materiais e tecnológicos).
Monitoramento e avaliação
A coleta de informações e a análise vão compor o relatório técnico de 
monitoramento e avaliação, um documento que, segundo o art. 59, §1° da 
LF nº 13.019/14, deverá conter basicamente os seguintes elementos:
• a descrição simples e resumida das metas e atividades definidas no 
plano de trabalho;
• a avaliação das atividades realizadas, do cumprimento das metas e do 
desempenho da parceria com base nos indicadores;
• os valores transferidos pela AP para a execução das atividades.
Em casos específicos, o relatório deverá conter também os elementos abaixo
indicados:
• a análise dos documentos que comprovam as despesas e que foram
apresentados pela OSC em sua prestação de contas, quando não for
comprovado o alcance das metas e resultados;
• a análise de auditorias em parcerias que tenham passado por
fiscalização preventiva por agentes de controle interno e externo,
com as conclusões e medidas que foram tomadas.
Parcerias financiadas por fundos específicos
Nos casos em que os recursos da parceria sejam provenientes de fundos específicos, o
acompanhamento deverá ser realizado pelo conselho gestor do fundo, respeitando
também as normas específicas do fundo.
Em parcerias com duração superior a um ano, a AP pode usar como
instrumento de avaliação as pesquisas de satisfação com os beneficiários
do projeto ou atividade. Nessa avaliação, os pesquisados dão sua opinião
sobre o atendimento que receberam da OSC. Os resultados coletados
devem constar no relatório de monitoramento e avaliação.
O relatório de monitoramento e avaliação deverá ser encaminhado, para
homologação, à comissão de monitoramento e avaliação sobre a qual
falaremos um pouco na próxima seção.
O regulamento de cada ente federado deverá esclarecer o conteúdo do
relatório de monitoramento e avaliação e os prazos para sua emissão.
Comissão de monitoramento e avaliação
A comissão de monitoramento e avaliação é um órgão, instituído pela
Administração Pública (AP) por meio de ato publicado em meio oficial de
comunicação. Cabe a ela monitorar e avaliar as parcerias.
Este órgão é composto por agentes públicos (sendo no mínimo um desses
servidor público de cargo efetivo ou empregado permanente da AP), todos
com poderes iguais.
Estão impedidos de participar da comissão de monitoramento e avaliação
todos aqueles indivíduos que tiveram relações jurídicas com a OSC parceira
nos últimos cinco anos.
Mais uma questão de regulamentação
A Lei não estabelece qual o número de integrantes da comissão de monitoramento e
avaliação, nem que critérios serão utilizados em caso de empate nas votações de
decisões. Este é mais um ponto a ser regulamentado posteriormente. O regulamento
também deverá esclarecer o que seria “relação jurídica” para impedimento, a frequência
de reuniões da comissão e suas competências.
O gestor da parceria
O gestor da parceria é um agente público designado pela Administração
Pública (AP) em ato administrativo publicado em meio oficial de
comunicação. Ele tem a tarefa de, em nome da AP, fiscalizar e controlar a
parceria de modo eficaz e oportuno.
Não poderão se tornar gestores aqueles agentes que tenham tido alguma
relação jurídica ou vínculos de obrigação, como, por exemplo, contrato de
trabalho ou de fornecimento de bens ou serviços - com a OSC parceira nos
últimos cinco anos. Se isso for constatado, a AP deve nomear outro gestor.
A substituição do gestor também deve ocorrer no caso de transferência ou
desligamento do agente público responsável por monitorar a parceria.
Enquanto essa substituição não ocorrer efetivamente, o administrador
público assumirá as responsabilidades.
Durante o monitoramento da parceria, o gestor tem por dever comunicar a
seu superior, de preferência, formal e expressamente, qualquer
acontecimento que comprometa ou possa comprometer o desempenho da
parceria, para que possam solucionar os problemas a tempo. Caso a
parceria não esteja sendo executada por culpa exclusiva da OSC parceira, a
Administração Pública poderá intervir, adotando as seguintes medidas:
• Reavendo os bens públicos de posse da OSC (ação válida para
qualquer tipo de modalidade ou título de concessão de direitos);
• Assumindo a execução das atividades necessárias à conclusão do
objeto da parceria;
Cabe também ao gestor a obrigação de elaborar um parecer conclusivo para
a prestação de contas. Esse parecer deverá tomar como base os relatórios
de monitoramento e avaliação que foram emitidos ao longo da parceria.
Recapitulando
Esta Unidade 5 tratou da etapa de monitoramento e avaliação, em que o
gestor designado pela Administração Pública exerce a importante tarefa de
acompanhar e fiscalizar a execução da parceria, podendo receber auxílio de
terceiros.
Nessa etapa da execução, as informações sobre o andamento dos trabalhos
são coletadas e apresentadas no relatório de monitoramento e avaliação,
que será analisado e homologado pela comissão de monitoramento e
avaliação.
É importante recordar que cabe ao gestor alertar a seu superior sobre
ocorrências na execução que prejudiquem ou venham a prejudicar o bom
andamento dos trabalhos e o cumprimento das metas constantes do plano
de trabalho.
Diagrama-resumo
O que há de novo
A prestação de contas nas parcerias ganharam um novo sentido em relação
à visão tradicional que se tinha desses procedimentos no âmbito dos
convênios.
Nos convênios, as prestações de contas tinham foco em como os gastos
eram feitos, por exemplo: se houve procedimento análogo à licitação para
adquirir produtos ou serviços, se o pagamento das despesas foi feito em
cheque ou por meio de transferência bancária, etc...
A partir da LF nº 13.019/14, a análise das contas se concentra nos resultados
obtidos com a parceria. Esta últimaunidade de seu curso se destina a
responder às seguintes dúvidas:
Procedimento e prazo para a prestação de 
contas
A LF nº 13.019/14, em seu art. 2°., inciso XIV, descreve a prestação de
contas como um procedimento no qual os resultados da parceria são
apresentados pela OSC à Administração Pública, que as analisa e avalia,
verificando se o objeto da parceria foi cumprido e se as metas e os
resultados previstos foram alcançados.
As OSCs devem repassar ao gestor público da parceria, informações que lhe
permitam avaliar o andamento da parceria, verificando se o objeto foi
executado conforme descrito no plano de trabalho. Essas informações
deverão ser apresentadas geralmente no prazo de até 90 dias a partir da
data de término da parceria ou ao final de cada ano de vigência da parceria,
se a duração da parceria for superior a um ano (Art. 69, LF nº 13.019/14).
A AP poderá prorrogar o prazo por 30 dias, se a OSC não conseguir cumpri-
lo, porém, é preciso que esta apresente uma justificativa bem fundamentada
para ser aprovada pela AP.
Fique de olho no plano de trabalho
Dependendo da complexidade do objeto, o prazo para prestação de contas pode ser
menor que 90 dias. Nesse caso, esta informação estará disponível no instrumento de
parceria.
Documentos que comprovam a execução da
parceria
As informações da prestação de contas deverão estar disponíveis em meio
eletrônico, de modo a permitir que qualquer cidadão possa ter acesso a
esses dados. 
A União disponibilizará o SICONV para estados, Distrito Federal e
municípios, caso eles não tenham seus próprios sistemas.
A Lei também permite que seja feita a prestação de contas por meio de
documentos físicos, como no caso de municípios com até cem mil
habitantes, ou até que haja sistemas eletrônicos para essa finalidade.
Os tipos e quantidades de documentos necessários podem depender do
valor da parceria. Parcerias de alto valor poderão ter prestações de contas
mais rigorosas do que parcerias com valores mais baixos. As informações
sobre os documentos necessários devem constar no plano de trabalho do
termo de colaboração ou de fomento ou acordo de cooperação.
A OSC deverá apresentar também os seguintes relatórios:
• relatório de execução do objeto, descrevendo o que foi feito e
comparando as metas estabelecidas com as alcançadas;
• relatório de execução financeira, descrevendo as despesas e
receitas realizadas e sua vinculação com a execução do objeto, na
hipótese de descumprimento de metas e resultados estabelecidos
no plano de trabalho. O regulamento de cada ente pode demandar a
apresentação desse relatório em outras situações, mas é essencial
respeitar o “espírito da lei” de foco nos resultados.
A Administração Pública terá um prazo de 150 dias, para concluir a análise
da documentação, contados a partir da data de seu recebimento ou do
cumprimento de diligência determinada pela AP, podendo ser prorrogado por
igual período, desde que justificado.
A partir da análise dos documentos, o gestor deverá emitir um parecer
técnico contendo os seguintes itens:
• resultados alcançados e seus benefícios;
• impactos econômicos e sociais;
• satisfação do público-alvo, quanto aos resultados da parceria (caso
tenha sido feita a pesquisa de satisfação);
• possibilidade de continuidade da política pública.
Se os resultados da parceria estiverem aquém do acordado, a AP também
analisará a documentação financeira da OSC parceira, para esclarecer a
relação entre as despesas e a receita.
O julgamento da prestação de contas
As prestações de contas analisadas pela Administração Pública são assim
julgadas:
• Aprovadas: Parcerias sem irregularidades, cujas metas e objetivos
foram cumpridos.
• Aprovadas com ressalvas: Parceria com alguma irregularidade não
relacionada a desvio de recurso público.
• Rejeitadas: Parceria com irregularidade grave, como a não
apresentação da prestação de contas, descumprimento de meta ou
objetivo, desvio de recurso público ou seu uso de forma não
econômica.
Nos casos em que a prestação de contas for aprovada com ressalva ou
rejeitada, ou em que não houver apresentação da documentação, a AP
notificará a OSC parceira para que ela regularize os problemas apontados
em um prazo de 45 dias, prorrogável por igual período, no máximo. Os dias
de prorrogação serão descontados do prazo que a AP tem para fazer a
análise e conclusão do processo.
ATENÇÃO
Mesmo que a prestação de contas tenha sido aprovada, é obrigatório que a OSC mantenha
arquivados os documentos originais da prestação de contas por no mínimo dez anos.
Responsabilidades e sanções
Vimos na seção anterior que a OSC tem um prazo de 45 dias, que pode ser
prorrogado por, no máximo, outros 45 dias, para resolver as irregularidades
em sua prestação de contas.
Se nesse período a OSC não conseguir corrigir os problemas apontados, a
Administração Pública (AP) deverá investigar os fatos, encontrar os
responsáveis e realizar procedimento para a restituição dos valores que
digam respeito a despesas irregulares e não justificada.
As prestações de contas parciais também não escapam das sanções,
podendo sofrer processo de tomada de contas especial.
Quanto aos valores a serem restituídos, a OSC parceira poderá pedir que a
devolução ocorra na forma de serviços, previstos em um novo plano de
trabalho. É importante ressaltar que essa possibilidade não é válida nos
casos de devolução integral do recurso da parceria, ou na constatação de
fraudes ou descumprimento da lei, por desconhecimento ou por má-fé.
Quando, porém, for comprovado que as irregularidades não foram causadas
de forma intencional, não serão cobrados juros e atualizações monetárias
dos valores a serem devolvidos no período entre a data máxima em que a
análise da prestação de contas deveria ter sido finalizada e a data real de
conclusão.
Comentário e dica
Embora a LF nº 13.019/14 crie a possibilidade de a OSC pedir que a restituição 
dos recursos aplicados irregularmente seja feita na forma de serviços, ela não 
determinou quem irá decidir sobre essa troca e tão pouco deixa claro se é 
possível negar esse pedido. Esse é mais um ponto a ser regulamentado por cada
ente federado.
A lei, em seu artigo 63, §1°, obriga a Administração Pública a fornecer manuais 
para orientar as OSCs parceiras na prestação de contas. Exija o seu manual no 
ato da celebração da parceria!
ATENÇÃO
• O administrador público é o responsável pelo julgamento da prestação de contas, e 
sua aprovação deve se basear em pareceres técnicos, financeiros e jurídicos. Ele 
também pode ser responsabilizado se deixar de analisar a prestação de contas.
• O administrador público pode delegar a seus subordinados diretos a análise e 
julgamento das contas, sendo proibido a estes delegá-las a terceiros (subdelegação).
Art. 72, §1°. da LF nº 13.019/14
Responsabilidades e sanções (2)
As parcerias que tiverem execução abaixo do acordado no plano de trabalho
e/ou infração de alguma norma estabelecida pela LF nº 13.019/14 serão
advertidas do fato pela Administração Pública (AP), tendo as OSCs direito a
defesa.
Os ministros de Estados e secretários estaduais, distritais e municipais
poderão aplicar as seguintes penalidades:
• impedir a OSC, por um período máximo de dois anos, de realizar
parcerias e contratos ou participar de chamamentos públicos com
órgãos da mesma esfera de governo (União, município, estado ou
Distrito Federal) que o parceiro público que a penalizou (veja exemplo
no final da página);
• declarar que a OSC é inapta para participar de chamamento público,
celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas

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