Buscar

DEPRESSÃO ARTIGO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução
A depressão é uma síndrome  que não deve ser confundida com a tristeza, sendo que a tristeza isolada e reacional a um evento não é depressão, e sim uma resposta fisiológica e adaptativa. 
Agora, o que difere muito entre os pacientes são parâmetros importantes como: intensidade, duração, evolução (oscilação), sintomas associados, contexto (causa).
Com isso, conseguimos subdividir a depressão, e individualizamos o tratamento de acordo com os seus determinantes, para obtermos um tratamento realmente efetivo no paciente. 
Apesar de comuns, existem vários tipos de depressão, os sinais e sintomas variam em momento de aparecimento, gravidade e persistência, mas em geral são bastante semelhantes, o médico deverá identificar qual o tipo específico que está a afetar o paciente.
 Existem também diferenças na forma como os indivíduos experenciam a depressão e exprimem os sintomas, dependendo da idade, género e cultura.
RESUMO
Este trabalho revê o conceito de depressão dos estados depressivos e seus diferentes subtipos. São discutidos aspectos relativos à doença, características como melancolia, quadros psicóticos, quadros atípicos, formas catatônicas, da doença, assim como a importância do diagnóstico e tratamento da mesma. Neste trabalho também é abordado alguns meios alternativos, como alimentos e exercícios, que são considerados aliados no combate e prevenção contra a depressão e que se unidos ao tratamento convencional pode sim se obter uma melhora significativa dos pacientes.
Palavra chave: Depressão - Prevenção - Tratamento
This paper reviews the concept of depression in depressive states and their different subtypes. Aspects related to the disease are discussed, such as melancholy, psychotic pictures, atypical pictures, catatonic forms of the disease, as well as the importance of diagnosis and treatment of the disease. In this paper we also discuss some alternative means, such as food and exercise, which are considered as allies in the fight against and prevention against depression and that, together with conventional treatment, can be obtained a significant improvement of the patients.
Keyword: Depression - Prevention - Treatment
Objetivo
	Trabalho realizado com objetivo de apresentar os diversos tipos de depressão.
Metodologia
Foi realizado um levantamento bibliográfico em artigos e livros, que versavam sobre o tema dentro das abordagens científica. 
Referencial teórico
5.1 O que é depressão?
Para o ser humano é normal ocasionalmente sentir-se tristes ou melancólicos, principalmente diante de algumas frustações corriqueiras (como desentendimento familiar, morte de um ente querido e outros...), porém isso geralmente passa em alguns dias. 
O quadro que se entende por Depressão está classificada dentro dos Transtornos Afetivos. Segundo a CID.10, Transtornos Afetivos são aqueles nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou afeto, como uma Depressão (com ou sem ansiedade associada) ou uma Euforia. 
Esta alteração do humor em geral se acompanha de modificação no nível global de atividade, e a maioria dos episódios destes transtornos tendem a ser recorrentes e pode estar relacionada com situações ou fatos estressantes.
Quando a pessoa tem um transtorno depressivo, este interfere nas atividades cotidianas, no seu ciclo de vida normal, e causa dor tanto para o paciente quanto para aqueles que se importam e também aos que convivem com ele. 
Depressão é uma doença comum, mas séria, e a maioria das pessoas que sofrem desse transtorno precisa de tratamento para voltar a ter uma melhora na sua qualidade de vida.
Muitas pessoas com doença depressiva nunca procuram tratamento.
Porém, a grande maioria das pessoas, até aquelas com depressão mais severa, podem melhorar com tratamento. Pesquisas intensivas sobre a depressão têm resultado em desenvolvimento de remédios, psicoterapias, e outros métodos de tratamento para pessoas com transtorno depressivo.
Agora, o que difere muito entre os pacientes entre são parâmetros importantes como: intensidade, duração, evolução (oscilação), sintomas associados, contexto (causa).
Com isso, conseguimos subdividir a depressão em tipos, individualizando o tratamento e conhecendo os determinantes e o prognóstico específico.
5.1.1 INTENSIDADE
Existem depressões de intensidade leve, moderada e grave. 
Alguns autores dividem em Depressão menor (mais leve) e maior (mais grave). Depressão mais grave apresentam mais sintomas e em intensidade mais evidente. 
Uma pessoa depressiva grave fica indiferente ao prazer, se isolando e por vezes com dificuldade de sair do próprio quarto e ter contato a claridade e a luz do sol.
Esse quadro é geralmente bastante evidente e apresenta um risco de vida (suicídio) do paciente.
Depressão mais leve (episódica) pode ser mais sutil e menos incapacitante, mas causar sofrimento suficiente para atrapalhar a qualidade de vida e o rendimento da pessoa, configurando uma doença com necessidade de reconhecimento e tratamento.
5.1.2 DURAÇÃO
Existem formas agudas (episódicas), sempre com duração superior há duas semanas, e formas crônicas (acima de dois anos) e contínua, conhecia como Distimia.
A depressão episódica ocorre em surrtos com duração de semanas a meses, alternado o humor e cotidianos da pessoa por fases de normalidade. 
A Distimia é uma forma arrastada e bem crônica, com isso muitos pacientes não recebem o diagnóstico correto.
5.1.3 OSCILAÇÃO
Existe as formas características de depressão episódica, surto alternando com a remissão. 
A depressão comum, ou unipolar, é aonde o paciente tem episódios de depressão alternados com as fases normais. E a depressão bipolar (TAB), aonde ocorrem episódios Depressivos intercalados com episódios de euforia patológica.
SINTOMAS PREDOMINANTES
Dentre o conjunto de sintomas que um paciente pode apresentar, alguns podem predominar e dar o tônus do quadro depressivo. Por isso, ás vezes subclassificamos como depressão melancólica, depressão apática, depressão ansiosa, depressão psicótica, depressão atípica, etc.
CAUSAS
Falar de causa de depressão é complicado, por existirem fatores genéticos, hormonais, de criação e de contexto de vida. Existem depressões precipitadas por questões de vida, como perdas e traumas, depressões pós parto, depressão induzida por uso de drogas e depressão secundária a problemas clínicos (tais como câncer, esclerose múltipla, Parkinson, demência, fibromialgia, hipotireoidismo, lesões cerebrais, etc…)
7.1 Aspectos gerais
Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja a tendência dos sentimentos de tristeza ou vazio, nem todos os pacientes relatam essa sensação subjetiva. Muitos referem sentir uma indiferença total á coisas que lhe eram antes prazerosas (como comer, ver um programa de tv, ter a companhia de um amigo e etc...) e a redução do interesse pelo ambiente no sentido físico também (como sair para um parque, ou clube, sair para dançar e se divertir, “terror” a luz solar, etc...).
Frequentemente associa-se à sensação de fadiga ou perda de energia, caracterizada pela queixa de cansaço exagerado. Alguns autores enfatizam a importância das alterações psicomotoras, em particular referindo-se à lentificação ou retardo psicomotor. 
No diagnóstico da depressão levam-se em conta: sintomas psíquicos; fisiológicos; e evidências comportamentais.
Tipos de depressão
As depressões catatônicas são caracterizadas por intensas alterações da psicomotricidade, entre as quais: imobilidade quase completa, atividade motora excessiva, negativismo extremo, mutismo, estereotipias, ecolalia ou ecopraxia, obediência ou imitação automática. As facilidades de diagnóstico e de tratamento quase sempre impedem a progressão mais graves, que ainda em passado recente ameaçavam a vida dos pacientes (CANDIDO, M. C. F. S; FUREGATO, A. R. F, 2008). 
Outro tipo conhecido são as depressões crônicas (Distimias) que geralmente de intensidade mais leve que os episódios de depressão maior. Maisque o humor francamente deprimido, os pacientes com depressão crônica (distimia) sofrem por não sentir prazer nas atividades habituais, e por terem suas vidas coartadas por uma espécie de morosidade irritável (GUSMÃO, R. D. M, 2005). 
O transtorno afetivo bipolar também se caracteriza por sintomas depressivos pode ser classificado, de acordo com o tipo do episódio atual, em hipomaníaco, maníaco ou depressivo. Os episódios maníacos são subdivididos de acordo com a presença ou ausência de sintomas psicóticos. Os episódios depressivos são classificados de acordo com as regras descritas no CID-10 F32. O transtorno afetivo bipolar inclui ainda os episódios mistos (CANDIDO, M. C. F. S; FUREGATO, A. R. F, 2008).
8.1 Classificações de tipos e subtipos de depressões
8.1.1 Episódio Depressivo
A forma mais comum e típica de depressão é o episódio depressivo. Um episódio depressivo simples ocorre ao longo de semanas a anos, manifestando-se através de uma combinação de sintomas, mas sempre com uma duração superior a duas semanas. Os episódios depressivos simples são descritos como unipolares. 
As pessoas afetadas experimentam apenas um episódio, ou "fase", ao longo da sua vida. No entanto, se a pessoa não recebe tratamento adequado para a depressão, existe um grande risco de poder ocorrer episódios depressivos recorrentes, no futuro. 
Os episódios de depressão são sempre incapacitantes, com maior ou menor grau. 
De acordo com o psiquiatra Diego Freitas Tavares, pesquisador do Programa de Transtornos Afetivos (GRUDA) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC-FMUSP), uma pessoa passando por um episódio depressivo apresenta sintomas da síndrome depressiva, como:
Humor deprimido
Falta de energia
Falta de iniciativa e vontade
Falta de prazer
Alteração do sono
Alteração do apetite
Lentificação do pensamento
Lentificação motora
Estes quadros tendem a ter uma duração mais curta, de até seis meses, sem uma intensificação dos sintomas.
8.1.2 Perturbação Depressiva Recorrente ou Transtorno depressivo maior
Quando um episódio depressivo se repete, falamos de perturbação depressiva recorrente ou perturbação depressiva maior. 
Esta se inicia habitualmente durante a adolescência ou no início da idade adulta como aos 30 anos. 
Os indivíduos com este tipo de depressão reincidente experienciarão fases depressivas, que podem durar meses ou anos, intercaladas por fases de humor normal. 
Este tipo de perturbação depressiva é extremamente incapacitante e tem uma natureza unipolar (o que significa que não há episódios de mania ou hipomania). Habitualmente designa-se também por depressão "clássica" ou "clínica".
Normalmente o transtorno depressivo maior é um quadro mais grave e também tem grande relação com a herança genética. Nele há uma mudança química no funcionamento do cérebro, que pode ser desencadeada por uma causa física ou emocional. Por isso é importante encontrar a causa central dela, para que o tratamento seja mais efetivo, frisa o psiquiatra Pérsio Ribeiro Gomes de Deus, diretor-técnico de saúde do Hospital Psiquiátrico da Água Funda (SP). 
8.2 Distimia 
A distimia é um transtorno depressivo mais leve, porém persistente. 
A pessoa consegue seguir sua vida, trabalhando e dando conta de suas atividade cotidianas, mas têm uma qualidade de vida ruim, sendo consideradas pessoas negativas a maior parte do tempo, comenta Gomes de Deus. 
Os sintomas principais deste quadro são o mau humor, a irritabilidade, pessimismo e o isolamento social.
O quadro de distimia muitas vezes não é diagnosticado, pois é confundido com mau humor e com o jeito de ser da pessoa. No entanto, quando identificada, a distimia tem sim tratamento e costuma melhorar com medicação.
8.3 Depressão Bipolar tipo I
As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são consideradas um subtipo de depressão. 
Existe a depressão bipolar tipo 1, que é intercalada com episódios de euforia (a chamada mania) e a tipo 2, na qual os episódios fora da depressão tem uma euforia um pouco menos intensa, classifica Louzã.
Este tipo de depressão ocorre na perturbação bipolar e é menos comum que a depressão unipolar. 
Esta doença envolve uma alternância entre fases depressivas, fases de humor normal e as chamadas "fases maníacas". 
As fases maníacas são caracterizadas por um humor excessivamente eufórico, associado á hiperatividade, inquietação e necessidade reduzida de dormir, afeta também o raciocínio, o julgamento e os comportamentos sociais, causando graves problemas e dificuldades. 
Práticas sexuais indiscriminadas e inseguras ou decisões financeiras ou de negócio pouco ponderadas podem ser o resultado de uma fase maníaca na vida de um indivíduo. Na sequência de um episódio de mania, as pessoas afetadas frequentemente desenvolvem uma depressão.
A expressão que melhor descreve este "turbilhão emocional" é "alternar entre o topo do mundo e o fundo do poço".
Os sintomas das fases depressivas na perturbação bipolar são por vezes difíceis de distinguir daqueles da depressão unipolar.
Os sintomas apresentados na fase de depressão são os mesmos de um episódio depressivo. Já nas fases de euforia, o paciente pode apresentar sintomas como:
Agitação
Ocupação com diversas atividades
Obsessão com determinados assuntos
Aumento de impulsividade
Aumento de energia
Desatenção
Hiperatividade
Depressão Bipolar tipo II
Mais semelhante com a perturbação depressiva recorrente que com a perturbação bipolar, as pessoas afetadas por uma depressão bipolar de tipo II parecem apresentar, à primeira vista, apenas fases com um humor triste. 
Trata-se de uma síndrome que faz com que a pessoa afetada apresente episódios depressivos repetitivos pontuados pelo que se chama de hipomania, um estado de euforia moderada muito mais ligeiro que a mania, e que a pessoa e a família podem confundir com um humor normal ou alegria. 
8.5 Episódio Misto de Ansiedade e Depressão
Apesar de a ansiedade e os sintomas psicológicos e somáticos que a acompanham serem características comuns da depressão, e de os sintomas depressivos estarem frequentemente presentes nas perturbações de ansiedade, em geral é fácil diagnosticar se a depressão é o principal problema.
Em todo o caso, no misto de ansiedade e depressão, existe uma combinação equilibrada entre os sintomas de ansiedade e de depressão.
8.6 Episódio Depressivo Psicótico
Este é considerado um tipo de depressão grave, mas costuma ser raro. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolvê-lo, e não só quem tem histórico de psicoses na família. 
A depressão psicótica ou delirante é uma forma especial de episódio depressivo. A psicose envolve a visão ou a audição de coisas irreais (alucinações) e/ou o desenvolvimento de ideias ou crenças falsas (delírios).
 As pessoas afetadas podem desenvolver crenças falsas como o excesso de culpa (delírio da culpa), a ruína financeira (delírio da pobreza) ou uma doença grave e incurável (delírio hipocondríaco), apesar de todas as evidências em contrário. 
As pessoas com depressão delirante precisam, quase sempre, de internamento numa unidade psiquiátrica. Os episódios psicóticos podem ser de natureza unipolar ou bipolar.
A depressão psicótica alia os sintomas de tristeza a outros menos típicos, como delírios e alucinações. 
A pessoa tem ideias convictas de que está em ruína ou que o corpo está apodrecendo, por ter alucinações nas quais escuta vozes depreciativas ou vê vultos da morte vindo para levá-lo, exemplifica Tavares.
8.7 Depressão Atípica
Este tipo de depressão é caracterizado por hipersensibilidade e mudanças de humor, um apetite excessivo e dormir demais, podendo ainda ocorrer ataques de pânico. Este tipo de depressão é ligeiro e pode ter uma natureza bipolar.
8.8 Perturbação Depressiva Sazonal
Este tipo de depressão diz-se semelhante à depressão atípica e ocorre sazonalmente durante alterações do clima, por exemplo no outono ou no inverno. Habitualmente, quando a estaçãoque causa a fase depressiva termina, as pessoas recuperam o seu nível de funcionamento normal.
Existem outros tipos de depressões sazonais, ligadas à épocas do ano. Como as festas de final de ano que são um período em que estas depressões ocorrem bastante, devido ao período de reflexão.
8.9 Perturbação Depressiva Breve Recorrente
Trata-se de uma forma ligeira e menor da depressão que pode comprometer o funcionamento e afeta principalmente pessoas jovens, sendo caracterizada por períodos breves de humor deprimido ou misto que duram tipicamente menos de duas semanas. 
8.10 Depressão de tipo reativa
É o tipo de depressão mais frequente, pois aparece após uma perda. Esta perda pode ser consciente ou inconsciente, por exemplo, um trabalho, um amigo, ou um companheiro. A pessoa não consegue superar esta perda, nem assimilá-la. Assim, a dor vai aumentando, e a pessoa se sente triste e desolada.
A depressão reativa é uma classificação não mais usada, mas são sintomas depressivos ligados a um acontecimento específico. 
Normalmente era tratada com psicoterapia em vez de medicamentos. Hoje sabemos que esse tipo de condição ou classificação é inadequado, visto que o fato de o paciente ter apresentado algum evento psicológico prévio não indica se a doença é cerebral ou psicológica e se necessita de tratamento medicamentoso ou não.
8.11 Depressão por esgotamento
Esta depressão pode acontecer por esgotamento físico, mas ocorre sobretudo por esgotamento psíquico. Este tipo de depressão costuma acometer adolescentes ou profissionais, em especial os executivos.
8.12 Depressão involutiva
A depressão involutiva aparece de forma gradual conforme vamos ficando mais velhos. A pessoa começa a pensar no que fez da sua vida, nas coisas que não fez, o que não pôde solucionar, como seriam as coisas se tivesse escolhido outro caminho, etc.  
Todas estas preocupações estão relacionadas com a sua vida passada. Muitas sentem que não aproveitaram como deveriam. 
Sentem um vazio, como se tivessem perdido tempo. Um tempo valioso que passou muito rápido e que agora não conseguem saborear.
Este tipo de depressão costuma acometer pessoas a partir dos cinquenta anos. Nesta idade começamos a revisar, a relembrar todo o passado. É como lembrar de todo o transcurso da vida até o momento.
8.13 Depressão por erros ou culpas
Com o passar dos anos, podemos sentir certo mal-estar por aqueles erros que cometemos e que, de alguma forma ou de outra, tiveram consequências. 
A culpa por não termos agido de outra forma e por não termos sido perdoados faz com que entremos em um estado depressivo.
8.14 Depressão pós-parto
Acontece logo após o parto, a mulher experimenta o transtorno depressivo grave no primeiro mês após o parto. Em alguns casos a mulher rejeita o seu bebê, pois se sente incapaz de cuidar dele, não sabe como fazê-lo.
A depressão pós-parto é um tipo específico de depressão com causa definida: devido à queda dos níveis hormonais na gestação, durante a gravidez o corpo entra em um equilíbrio hormonal muito grande, e a queda abrupta dessas substâncias pode levar o corpo a se ressentir, reagindo com um quadro depressivo.
8.15 Depressão Endógena
Depressão endógena é um segundo tipo de depressão mais sério. 
Este tipo de depressão é uma doença biológica e orgânica, assim como diabetes, osteoporoses e artrites. 
A depressão endógena é geralmente o produto de um desequilíbrio neuroquímico no cérebro. 
Muitos fatores genéticos são responsáveis por esta condição complexa, inclusive o gene 5-HTT. A depressão endógena é hereditária; a causa genética da depressão pode ser passada de pais para filhos. Os efeitos destes genes podem ser desencadeados por fatores sociais, psicológicos, e também por fatores de desenvolvimento. 
Vários critérios são usados para diagnosticar a depressão endógena. 
Alguns dos sintomas: 
Tristeza ou uma perda de interesse em coisas antes agradáveis, por mais de duas semanas;
Tristeza em adultos, ou raiva, irritabilidade e mal comportamento em crianças e jovens adolescentes; 
A perda de interesse em coisas antes agradáveis; 
Mudança de peso (ganhos ou perdas); 
Problemas de sono (dormindo excessiva ou insuficientemente);
Comportamento agitado ou lento;
Fadiga;
Pensamentos de inutilidade ou culpa extrema; 
Dificuldades ao pensar, concentrar ou fazer decisões; 
Pensamentos frequentes de morte ou suicídio. 
O diagnóstico também requer a ausência de grande aflição, do uso de drogas, de episódios periódicos de hiperatividade e de uma depressão reativa que tem durado menos de dois meses. 
A depressão endógena requer tratamento Médico/Psicológico.
A depressão endógena geralmente requer uma intervenção médica e psicológica. Há muitos remédios que podem corrigir o desequilíbrio biológico e neuroquímico no cérebro, inclusive sertraline, escitalopram, fluoxetine, paroxetine, citalopram, venlafaxine e bupropion.
Um bom psiquiatra treinado em medicina pode prescrever estes remédios. Além disso, tratamentos psicológicos tais como a psicoterapia, junto com remédios, são importantes para muitos pacientes também. A depressão só é crônica em 15% dos casos; a maioria dos pacientes recupera completamente da depressão com o tratamento apropriado.
8.16 Depressão Exógena ou Depressão Reativa ou Situacional (Neurótica, Reação Depressiva). 
É causada fundamentalmente por fatores ambientais externos e se produz como reação ou resposta a um evento traumático, como por exemplo, o stress, circunstâncias adversas profissionais, familiares, de perda, ruptura, etc. 
Na Depressão Neurótica os sintomas interferem nas atividades biológicas e sociais normais.
Não apresenta episódio psicótico.
8.17 Depressão infantil
Depressão é o transtorno de humor que se caracteriza basicamente por tristeza e anedonia, associados a transtornos de sono, de alimentação e somáticos (como cefaléia, tonturas, taquicardia, sudorese, diminuição de libido etc.). Na criança, mais frequente que a tristeza é a irritabilidade, mau humor e a anedonia, que é a falta de prazer com as atividades habituais, como brincar, sair com os amigos, jogar videogame, ver TV etc.
Segundo Von During, As crianças deprimidas não podem rir. E uma criança que não ri nem pode brincar nem brigar; é uma criança enferma (...). As crianças deprimidas são tímidas, fogem da companhia dos demais, não jogam, não têm confiança em si mesmas, o que pode levá-las, inclusive ao suicídio.
É importante ressaltar que os conceitos psicopatológicos infantis ainda não são muito precisos e uníssonos, como são os dos adultos. Podemos citar como exemplo a ampla terminologia usada: transtorno, desordem, alteração, comportamento anormal, conduta desajustada, hiperatividade etc. Tais termos são encontrados, usualmente na literatura científica, como sinônimos. 
Muitos fatores podem levar uma criança à depressão. Segundo os estudos de Nissen em 1970 e de outros autores posteriores a ele, as causas estão relacionadas a problemas familiares.
Os problemas conjugais, os problemas financeiros, a cobrança exagerada por parte dos pais e da sociedade em relação ao desenvolvimento da criança, a falta de contato da criança com os pais em função de suas responsabilidades profissionais e necessidades de sobrevivência, o que impede que haja um vínculo afetivo positivo, são fatores que contribuem para o aumento da possibilidade das crianças desenvolverem transtornos, sendo a depressão infantil um deles, e que afeta diretamente o desenvolvimento psico-social e acadêmico da criança.
Além disso, podemos destacar outros fatores que causam a DI: a morte de um dos pais, dos avós ou de um ente querido muito próximo, maus tratos dentro da família; filho indesejado, filho somente de um dos pais; alcoolismo, entre outros.
8.17.1 Os principais sinais e sintomas da depressão infantil
A Depressão infantil é caracterizada pela presença dos seguintes sinais e sintomas, os quais podem se apresentar de forma mascarada: baixo desempenho escolar, pouca capacidade para se divertir (anedonia),sonolência ou insônia, mudança no padrão alimentar, fadiga excessiva, queixas físicas, irritabilidade, sentimentos de culpa, sentimentos de desvalia, sentimentos depressivos, ideação e atos suicida, choro, afeto deprimido, facies depressivas, hiperatividade ou hipoatividade.
 
8.17.2 Critério mais utilizado para diagnosticar a depressão infantil
Entre os critérios existentes para diagnosticar a DI, o de Poznanski tem sido o mais utilizado e considerado o mais eficiente.
Esse critério leva em consideração:
- humor, conduta ou aparência depressiva;
Pelo menos quatro (probabilidade) ou cinco (segurança) dos seguintes sintomas: retraimento social, problemas de sono, queixas ou fadiga, hipoatividade, anedonia, baixa auto-estima, dupla patologia, ou seja, a depressão acompanhada de uma outra patologia como por exemplo enurese, fobia escolar, trocolitomania e outras, dificuldade no trabalho escolar, ideação mórbida ou ideação suicida;
Duração dos sinais e sintomas acima por no mínimo um mês.
 
8.17.3 Tratamento para a depressão infantil
A intervenção para a DI é ampla. O médico, o psicólogo, pais e professores estarão envolvidos nesse processo. Deve-se buscar tantas informações quantas forem necessárias, pois somadas, em muito ajudarão aos profissionais a realizar uma intervenção mais eficiente. 
Conhecer as amizades da criança, seus gostos e desejos, suas críticas, fantasias é obrigação de todos os que intervêm nessa criança.
8.17.4 Pedir a colaboração dos pais e professor é fundamental.
O tratamento da depressão deve estar baseado em dois pilares: o medicamentoso e a psicoterapia. Esta última é imprescindível, pois em muitas depressões leves a psicoterapia é suficiente para curá-la. Em depressões mais graves, devemos associar o tratamento medicamentoso com o psicoterápico.
 
8.17.5 Os pais e professores podem ajudar no tratamento
Estimular a criança a brincar, participar de atividades recreativas e esportivas para que possa melhorar seu humor e manter contato com outras crianças. Na DI essas atividades não são contraindicadas, pelo contrário devemos estimulá-las constantemente.
 	A DI muitas vezes passa despercebida em casa. A criança fica isolada, muito quieta e ás vezes os pais interpretam como "bom comportamento". A situação agrava-se quando chega a informação da escola que a criança não vem bem em termos de rendimento escolar. A partir deste momento a DI já está instalada e devem os pais imediatamente procurar ajuda profissional para iniciar o processo de intervenção.
Tem-se notado, por outro lado, que a maioria dos pais não aceitam o diagnóstico de depressão em seus filhos. 
Para isso, os profissionais da saúde em muito contribuem, principalmente pediatras e psicólogos mais desavisados quando dizem aos pais que depressão na criança não existe, é preciso mudar essa ideia.
Diagnóstico
9.1 Diagnóstico da depressão para tratamento
A depressão, até nos casos mais severos, é um transtorno altamente tratável. Assim como muitas doenças, quanto mais cedo o tratamento começar, mais eficiente e maiores serão as chances de prevenir recorrências.
O primeiro passo para obter o tratamento apropriado é visitar um médico. 
Certos remédios, e algumas condições médicas como virose ou desordem na tireoide, podem causar sintomas semelhantes à depressão. O médico pode eliminar essas possibilidades como causas dos sintomas, ou pode conduzir uma avaliação psicológica ou encaminhar o paciente para uma profissional da saúde mental.
O médico conduzirá uma avaliação diagnóstica completa. Ele perguntará sobre histórico familiar de depressão e fará um histórico completo dos sintomas. O médico também perguntará se o paciente está usando álcool ou drogas, e se pensa em morte e suicídio. 
Uma vez feito o diagnóstico, a pessoa com depressão pode receber tratamento por muitos métodos. Os tratamentos mais comuns são remédios e psicoterapia.
Medicação no tratamento de depressão
10.1 Antidepressivos
Alguns antidepressivos funcionam normalizando químicos que ocorrem naturalmente no cérebro chamados neurotransmissores, como serotonina e norepinefrina.
Outros antidepressivos funcionam no neurotransmissor dopamina.
Cientistas estudando a depressão têm descoberto que esses químicos particulares estão envolvidos na regulação do humor, mas ainda não estão certos das formas exatas de como eles funcionam.
Os novos tipos de medicamentos antidepressivos são chamados inibidores seletivos de recaptação da serotonina, e incluem fluoxetina (Prozac), citalopram (Celexa), sertralina (Zoloft) e muitos outros.
Para todas as classes de medicamentos antidepressivos os pacientes devem tomar doses regularmente por pelo menos três a quatro semanas antes de provavelmente começarem a sentir o efeito terapêutico total. 
Eles devem continuar a tomar medicamentos pelo tempo especificado por seu médico, mesmo quando se sentirem melhor, de modo a prevenir relapsos da depressão. 
A medicação somente deve ser interrompida sob a supervisão médica. Alguns medicamentos devem ser interrompidos gradualmente para dar ao corpo tempo para se ajustar. Algumas pessoas, como aquelas com depressão crônica ou recorrente, podem precisar tomar medicamentos indefinidamente.
Algumas vezes medicamentos estimulantes, ansiolíticos (contra a ansiedade) e outros são usados em conjunto com antidepressivos, especialmente se o paciente possui transtorno mental ou físico coexistente.
Porém, nem a medicação estimulante nem a ansiolítica são eficientes no tratamento da depressão quando tomados sozinhos, e ambos devem ser usados somente sob supervisão médica.
10.2 Efeitos colaterais dos antidepressivos
Os medicamentos antidepressivos podem causar efeitos colaterais moderados e frequentemente temporários em algumas pessoas, mas eles são incomuns a longo prazo. 
Porém, reações ou efeitos colaterais incomuns podem interferir com o funcionamento normal e devem ser relatados ao médico imediatamente.
O efeitos colaterais mais comuns associados a antidepressivos incluem:
Dor de cabeça, geralmente temporária.
Náusea, geralmente temporária.
Insônia e nervosismo.
Agitação.
Problemas sexuais em homens e mulheres, como diminuição do libido, disfunção erétil, ejaculação demorada, ou incapacidade de obter o orgasmo.
Os antidepressivos tricíclicos também podem causar mais os seguintes efeitos colaterais:
Boca seca.
Constipação.
Problemas na bexiga.
Visão turva.
 Sonolência durante o dia.
Psicoterapia no tratamento da depressão
Vários tipos de psicoterapia podem ajudar pessoas com depressão. Alguns tratamentos com psicoterapia são curtos (10 a 20 semanas) e outros longos, dependendo das necessidades do indivíduo. 
Dois tipos principais de psicoterapia - cognitiva comportamental e terapia interpessoal - têm mostrado ser eficientes no tratamento da depressão. 
A psicoterapia cognitiva comportamental, ao ensinar novas formas de pensar e se comportar, ajuda a pessoa a mudar estilos negativos de pensamento e comportamento que podem contribuir com a depressão. 
A psicoterapia interpessoal ajuda a pessoa a compreender e trabalhar sobre relações pessoais problemáticas que podem causar sua depressão ou piorá-la.
Para depressão moderada, a psicoterapia pode ser a melhor opção de tratamento. Porém, para transtornos depressivos mais graves, a combinação de medicamentos e psicoterapia provavelmente é o método mais eficiente de tratamento.
10.3 Terapia eletroconvulsiva para tratamento da depressão
Para os casos nos quais a medicação e/ou psicoterapia não ajudaram a aliviar a depressão, a terapia eletroconvulsiva pode ser útil. 
Essa terapia tinha má reputação, mas nos anos recentes melhorou bastante e pode proporcionar alívio para pessoas com depressão grave que não conseguiram se sentir melhor com outros tratamentos. 
A terapia eletroconvulsiva pode causar efeitos colaterais de curto prazo, como confusão, desorientação e perda de memória. Porém esses efeitos colaterais geralmente vão embora logo depois do tratamento.
Depressão e Alimentos
Aalegria e a tristeza também têm sua origem bioquímica e através da "Nutrição Inteligente" podemos dar uma "mãozinha" nessa bioquímica.
Alguns alimentos fornecem nutrientes e substâncias que participam da produção dos neurotransmissores, mensageiros químicos que favorecem a comunicação entre as células do Sistema Nervoso. 
Veja a seguir que alimentos que ajudam no tratamento contra a depressão.
11.1 Triptofano e Carboidratos 
Dos vários neurotransmissores, a serotonina exerce grande influência no estado de humor. Ela é também conhecida como a substância "mágica" e "sedativa" que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão.
Os níveis cerebrais de serotonina são dependentes da ingestão de alimentos fontes de triptofano (aminoácido precursor da serotonina) e de carboidratos.
A ingestão de carboidratos leva ao aumento nos níveis de insulina, que auxiliam na "limpeza" dos aminoácidos circulantes no sangue. Nessa limpeza de aminoácidos só escapa o triptofano na barreira hemato-encefálica.
O triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção de serotonina que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono. 
Uma alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão, assim como uma alimentação com excesso de proteínas.
11.2 O caminho 
Fontes de triptofano: carnes magras, peixes, leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, nozes e leguminosas. 
Fontes de carboidratos: pães, cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem, frutas, legumes e chocolate amargo (com moderação).
11.3 Proteínas 
O processo de digestão das proteínas fornece os aminoácidos para o nosso corpo formar suas próprias proteínas. 
Um aminoácido conhecido como tirosina está relacionado com a produção de dopamina e adrenalina, ambos, neurotransmissores que promovem o estado de alerta, o "pique" e a alegria.
Fontes de tirosina: peixes, carnes magras, aves sem pele, ovos, leguminosas, nozes e castanhas, leite e iogurte desnatados, queijos magros e tofu.
11.4 Folato
O Folato ou ácido fólico é uma potente vitamina antidepressiva natural.
Em baixas concentrações no organismo, diminui os níveis cerebrais de serotonina.
Fontes de Folato: espinafre, feijão branco, laranja, aspargo, couve de Bruxelas, maçã e soja.
11.5 Vitamina B6
Faz parte de uma enzima "chave" que participa da produção dos neurotransmissores norepinefrina e serotonina e consequentemente melhora o humor.
Fontes de vitamina B6: frango, atum, banana, cereais integrais, levedo de cerveja, arroz integral, cará, alho e sementes de gergelim.
11.6 Cálcio 
Diariamente o cálcio deve fazer parte do cardápio de homens e mulheres e assim garantir ossos e dentes saudáveis e ainda auxiliam no bom humor.
Os estudos mostraram que esse importante mineral ajuda a controlar e reduzir a irritabilidade e o nervosismo em mulheres que sofrem de TPM (tensão pré-menstrual). 
Participa da transmissão de impulsos nervosos e contrações musculares. Regulariza a pressão arterial e os batimentos cardíacos.
Fontes de Cálcio: leite e iogurte desnatados, queijos magros.
11.7 Magnésio
Além de ser colaborador do Cálcio, o Magnésio está também envolvido na regulação dos níveis de serotonina.
Participa da produção de energia, da contração muscular, da manutenção da função cardíaca normal e da transmissão dos impulsos nervosos.
Fontes de Magnésio: tofu, soja, caju, tomate, salmão, espinafre, aveia, arroz integral.
11.8 Selênio
Segundo os pesquisadores, tudo indica que o selênio tem uma grande participação no estado de humor. Pessoas que tem carência de selênio são mais depressivas, irritadas e ansiosas. 
Fontes de selênio: castanha do Pará, nozes, amêndoas, atum, semente de girassol, trigo integral, peixes. (2 castanhas do Pará, diariamente, fornecem 200 microgramas de Selênio de forma segura).
11.9 Ômega-3
Os estudos clínicos vem mostrando que os ácidos graxos ômega-3 além de proteger o coração e as artérias, auxiliar na redução do colesterol, manter estáveis os níveis da pressão arterial, fortalecer o sistema imunológico, podem ainda auxiliar nos tratamentos contra depressão. 
Pessoas que receberam doses de ômega-3 apresentaram melhora nos sintomas de depressão.
Fontes de ômega-3: salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta, óleos de peixe e sementes de linhaça. 
11.10 Pimenta
As pesquisas científicas constataram que o uso da pimenta vermelha, durante às refeições, proporciona ação no sistema nervoso simpático com respectivo aumento da liberação de noradrenalina e adrenalina, ambos responsáveis pelo estado de alerta e melhora de ânimo em pessoas deprimidas.
11.11 Camomila
A camomila sempre foi usada para acalmar crises de nervosismo. Tem efeitos relaxantes, amenizam a ansiedade e a depressão.
11.12 Café
De três a quatro cafezinhos, ao longo do dia, pode prevenir a depressão, auxiliar na memória e no estado de alerta. 
O café coado em filtro de papel é o mais indicado. As substâncias existentes no grão que podem aumentar o colesterol ficam retidas no filtro.
Exercícios Físicos e Depressão
Pelo menos a maioria absoluta das doenças pode ser revertida com exercícios físicos.
Entre as doenças do mundo moderno a depressão é uma que os exercícios físicos podem fazer diferença no tratamento principalmente se tratada por uma equipe multidisciplinar. A doença geralmente é grupada em fatores psicológicos, genéticos e biológicos e em todos os exercícios podem agir.
Conclusão
O termo depressão, na linguagem corrente, tem sido empregado para designar tanto um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s).
Como vimos, existem diferentes transtornos e diferentes tipos de depressões. 
Todas transcorrem com os mesmos sintomas, embora algumas sejam mais graves que outras. Muitas depressões são provocadas por fatores externos, outras pelas nossas próprias mudanças, há aquelas que são genéticas… Existem diversas possibilidades, mas o que é importante deixar claro é que é possível se tratar e obter uma boa qualidade de vida. 
Deve-se salientar que a depressão é uma das principais causas de suicídio, principalmente entre as pessoas que vivem sós. Qualquer pessoa que pense em morte ou em suicídio precisa de auxílio médico. 
Quando os sintomas são intensos e persistem por mais de duas semanas, a pessoa deve procurar ajuda ou ser ajudada imediatamente. 
Um tratamento sério é fundamental, e não é saudável que se espere uma melhoria por conta própria ou através de "pensamentos positivos". Sem tratamento, os sintomas podem durar meses ou anos, podendo afetar gravemente toda a vida da pessoa.
 Referências
APÓSTOLO, J. L. A; Depressão, ansiedade e estresse em usuários de cuidados primários de saúde, Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2011. 
Bergeret, J. (1998). A Personalidade Normal e Patológica. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas.
Bowlby, J. (1993). Tristeza e Depressão. Apego e Perda. Vol. 3. São Paulo: Martins Fontes.
CANDIDO, M. C. F. S; FUREGATO, A. R. F; Transtornos depressivos: um material didático para a educação à distância, Escola Anna Nery, 2008. 
CAMPOS, R.N,; A evolução histórica dos conceitos de transtorno de humor e transtorno de personalidade: problemas no diagnóstico diferencial, Revista de Psiquiatria Clínica, 2010
Fédida, P. (2002). Dos benefícios da Depressão. Elogio da Psicoterapia. São Paulo: Escuta.
FenicheL, O. (2000). Teoria Psicanalítica das Neuroses. Fundamentos e Bases da Doutrina Psicanalítica. São Paulo: Atheneu Editora.
Finazzi, M. E. P. (2003). Breve Histórico sobre a Depressão. Disponível:http://www.campsm.med.br/artigos/depressao.htm (Acessado em: 02/04/2017).
Jackson-Triche e col. (2003). Vencendo a Depressão – a Jornada da Esperança. M.Books.
FUREGATO, A. R. F, Pontos de vista e conhecimentos dos sinais indicativos de depressão entre acadêmicos de enfermagem,Revista da Escola de Enfermagem da USP,2005. 
GUSMÃO, R. D. M; Depressão: detecção, diagnóstico e tratamento. Estudo de prevalência e despite das perturbações depressivas e tratamento, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, 2005. 
Maciel, M. R. (2002). Depressão e Criatividade do Indivíduo Contemporâneo. Cadernos de psicanálise, Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, Ano 24, nº 15, páginas 111-123.
PORTO, J. A. D; Conceito e diagnóstico da Depressão, Revista Brasileira de Psiquiatria, 1999.
Site http://www.pediatriaemfoco.com.br/posts.php?cod=60&cat=5, acessado em 09/04/2017 as 18 horas e 12 minutos.

Outros materiais