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contratos de colaboração (resumo Fábio Ulhoa)

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CONTRATOS DE COLABORAÇÃO
Contratos de expansão. Consistem na união de esforços entre empresas para a criação/consolidação de mercados consumidores, visando o escoamento de mercadorias. Assim, o empresário colaborador se obriga a criar ou ampliar mercados para o produto do empresário fornecedor.
Ex: franquias, representante comercial autônomo, licenciamento de marca, agenciamento de publicidade etc. 
	→ DIFERENÇA PARA O CONTRATO DE FORNECIMENTO: nos contratos de fornecimento já há a consolidação do produto, não havendo necessidade de conquista de mercado. Não há direito a indenização na dissolução do contrato. 
FORMAS DE COLABORAÇÃO EMPRESARIAL:
	
• Colaboração por INTERMEDIAÇÃO:
 O colaborador compra do fornecedor, pagando preço inferior ao que cobra na revenda, revendendo o produto ao consumidor. Colaborador e fornecedor celebram contrato de COMPRA E VENDA MERCANTIL. 
Ex: franquias, concessionárias.
 
	
• Colaboração por APROXIMAÇÃO:
 O colaborador NÃO REVENDE, mas procura outros empresários interessados a negociar com o fornecedor. Não há compra e venda mercantil entre fornecedor e colaborador.
Ex: representante comercial autônomo, mandato, comissão mercantil, agência, distribuição-aproximação.
Elemento característico da colaboração:
SUBORDINAÇÃO da empresa do colaborador à do fornecedor (diferente de vinculo trabalhista!). Ex: licença de marca, cores, logotipos...
	
- Objetivo: Distribuição do produto
	- Cláusulas comuns: 
→ Clausula de exclusividade de zona (territorialidade): Impede o fornecedor de comercializar seu produto no mercado conquistado pelo colaborador direta ou indiretamente. É uma proteção à garantia de retorno dos investimentos do distribuidor. É facultativa!
→ Cláusula de raio: Estabelece distâncias a serem desenvolvidas pelo fornecedor, não permitindo a entrada de outros colaboradores.
	PROBLEMAS DA DISTRIBUIÇÃO: “Importação paralela”. Pode o fornecedor (sediado no exterior), mediante importação paralela ou MERCADO CINZA, vender no seu país produto a determinada empresa. Se essa empresa for importadora, poderá colocar este produto no mercado brasileiro, conquistado por um colaborador. Cabe indenização por concorrência desleal parasitária, desde que comprovado que o mercado do produto foi criado pelo colaborador exclusivo, mediante seus investimentos. 
*No entanto, a importação paralela NÃO É ILEGAL e a cláusula contratual é oponível apenas a seus contratantes, não se aplicando a terceiros (eventuais concorrentes).
COLABORAÇÃO POR INTERMEDIAÇÃO (Revenda):
	DISTRIBUIÇÃO-INTERMEDIAÇÃO: 
 Contrato de colaboração empresarial pelo qual o distribuidor tem a obrigação de comercializar os produtos do distribuidor fabricante, sendo um contrato ATÍPICO, ou seja, com cláusulas fixadas livremente pelas partes. 
• Cláusulas comuns:
→ Exclusividade de distribuição: Obrigação de “não fazer” do distribuído e distribuidor (não comercializar produtos concorrentes com o do distribuído). Deve ter limite temporal ou espacial. Se não houver (sem limite material), será inválida.
→ Exclusividade de zona: Limites espaciais.
→ Cotas de fornecimento e aquisição, mediante quantidade mínima mensal. Deve ser flexível. 
→ Crédito e garantias: cabe ao distribuído possibilitar ao distribuidor a compra dos produtos com preços e condições de pagamento diferenciadas.
 → Aparelhamento da empresa do distribuidor: caberá ao distribuidor treinar funcionários, renovar equipamentos, unificar fachadas, cores, veículos etc.
→ Resolução: Se o contrato for por prazo determinado, o distribuidor deverá adequar o preço e lucro pretendido de modo a recuperar seus investimentos e lucrar até a data de término do contrato. Quando o contrato for por prazo indeterminado, pode ser rescindido unilateralmente. Se for pelo distribuído, só serão válidos seus efeitos depois de transcorrido prazo suficiente para o distribuidor recuperar os investimentos que tiver despendido.
Eventuais perdas por sua exclusão do mercado serão suportadas pelo próprio distribuidor, salvo se houver previsão contratual de ressarcimento.
	
CONCESSÃO MERCANTIL/COMERCIAL:
 O contrato mais celebrado é entre um empresário fabricante de veículos automotores denominado concedente e outro empresário denominado concessionário e é o único tipificado em lei (contrato de concessão mercantil é, em regra, atípico). Objetiva a distribuição de veículos pelo concessionário, a prestação de serviços de assistência técnica, revenda de auto peças e uso gratuito da marca identificando-o com o público consumidor. 
Legislação: Lei 6729/79 – Lei Ferrari (com alterações da lei 8132/90), estipulando:
• isonomia de tratamento no que se refere a todos os concessionários (preços, prazos, condições de pagamento)
• proibição do concedente de contratar novas concessões em áreas de concessionários já estabelecidos (respeito à cláusula de raio)
• cota mínima a ser fornecida para os concessionários, tendo em vista a capacidade dos mercados
• Proibição do concedente efetuar vendas diretas, salvo ao PODER PÚBLICO (ex: viaturas), DIPLOMACIA (ex: Brasília) e CLIENTES ESPECIAIS (ex: taxistas, deficientes físicos etc.)
• Direito de uso gratuito da marca
• Plena liberdade de comercializar acessórios de qualquer marca ou procedência 
• Pagamento, mesmo que parcial, não pode ser exigido antes do faturamento
Características gerais do contrato de concessão:
- Contrato PADRÃO para cada marca, exigindo: produtos, cotas, distâncias mínimas, prédios, equipamentos, requisitos econômicos etc. (Em regra, a decisão é do concedente, característico da subordinação empresarial).
- Em regra, o contrato é celebrado por prazo indeterminado. Mas, poderá haver a exceção do primeiro contrato, que poderá ser realizado com prazo determinado de até 5 anos, passando a vigorar por tempo indeterminado se o concessionário não notificar previamente com 180d. do prazo final, que não quer continuar. 
- Se o concedente não aceitar prorrogá-lo, tratando-se do “primeiro contrato” com prazo determinado de até 5 anos, é obrigado a readquirir todo o estoque de veículos novos e peças pelo preço de venda vigente aos concessionários (“preço de custo”), bem como os equipamentos e máquinas. Se a rescisão for do contrato por prazo indeterminado, a reparação ao concessionário será da aquisição dos veículos, peças e equipamentos pelo preço de revenda vigente aos consumidores finais.
→ Cláusula de exclusividade de veículos NOVOS
→ Concessão de mais de uma classe de produtos (ex: caminhões, automóveis, motos)
DIREITOS E DEVERES DAS PARTES:
- Caso haja alguma concessão vaga, aqueles que já são concessionários terão preferência.
- O concessionário só pode revender ao consumidor final, salvo revenda para mercado externo e entre concessionários da mesma rede, desde que não ultrapassem os 15% da cota para caminhões e 10% para veículos. 
- O preço ao concessionário deve ser tabelado, enquanto o preço de revenda do concessionário não. 
Hipóteses de rescisão contratual: 
Acordo entre as partes; motivo de força maior; término do prazo determinado; rescisão (quando o prazo é indeterminado).
COLABORAÇÃO POR APROXIMAÇÃO:
	
Mandato empresarial:
Contrato pelo qual um empresário (mandante) confia determinada pessoa, designada mandatário (empresário ou não), via procuração, a gestão de um negócio empresarial, obrigando-se o mandatário a praticar atos em nome e por conta do mandante.
	Instrumento do mandato: procuração com cláusula “ad negocia”, conferindo ao mandatário poderes para assinar contratos de compra e venda de mercadorias, participar de licitações, receber mercadorias etc. Será o “gestor”, o “procurador gerente”.
Características gerais:
- Presença de procuração (“ad negocia”, poderes de representação empresariais, diferente da ad judicia ou et extra, relacionadas a atos civis)
- Caráter empresarial do objeto (e não atos civis, como dito)
- Onerosidade do contrato – “contraprestaçãopecuniária)
TEORIA DA APARÊNCIA: Os atos praticados pelo mandatário após o término de validade do mandato (procuração) ainda serão considerados válidos caso o mandante seja negligente em comunicar a extinção do mandato a terceiros, podendo ser responsabilizado. Objetivo: defesa dos contratantes de boa-fé
Obrigações do mandante e mandatário:
- O mandante é responsável pelos atos praticados pelo mandatário no exercício da função.
- O mandatário será obrigado a indenizar o mandante por prejuízos causados por CULPA ou se realizar SUBESTABELECIMENTO. 
Extinção do mandato empresarial:
REVOGAÇÃO pelo mandante; RENÚNCIA pelo mandatário; MORTE ou INTERDIÇÃO de uma das partes; FALÊNCIA ou INSOLVÊNCIA; TÉRMINO DO PRAZO ou conclusão do negócio (para ser válido deverá haver notificação a terceiros).
	
 2- Comissão empresarial:
Contrato pelo qual o comissário (empresa) pratica em seu nome a compra e venda de mercadorias do comitente (empresário ou não), vinculando-se a um contrato (compra e venda) em razão de outro contrato prévio, de comissão, sendo que no contrato de compra e venda o comitente permanece OCULTO.
Há subordinação empresarial do comissário ao comitente, em contrato de comissão → Comissário celebra contrato de compra e venda dos produtos do comitente com terceiros, em seu próprio nome → Comissário remete o pagamento recebido dos compradores ao comitente → comitente remunera o comissário.
Utilização: contratos de compra e venda mercantil sujeitas a cotação do preço. Ex: comoddities.
“O comissário celebra contrato de compra e venda em seu próprio nome, tendo em vista sua capacidade técnica, identificando melhores momentos e condições para realizar o negócio”.
→ Cláusula DEL CREDERE: Caso seja venda de mercadorias, o risco de descumprimento das obrigações pelo comprador (pagamento) transfere-se ao comissário em havendo inadimplemento. O comissário é obrigado a indenizar o comitente. Não se aplica ao mandato! Por isso o valor da comissão é superior ao do mandato, haja vista a responsabilidade/risco.
Extinção da comissão empresarial:
REVOGAÇÃO pelo mandante; RENÚNCIA pelo mandatário; MORTE ou INTERDIÇÃO de uma das partes; FALÊNCIA ou INSOLVÊNCIA; TÉRMINO DO PRAZO ou conclusão do negócio (para ser válido deverá haver notificação a terceiros).
	
 3 - Representação comercial autônoma:
 Contrato típico, pelo qual o representante (pessoa física ou jurídica), desempenha por conta de um empresário a mediação para a realização de negócios empresariais, obtendo propostas ou pedidos que tenham por objeto a venda de produtos fabricados ou comercializados pelo representado. No entanto, o pedido não vincula o representado, que poderá recusar.
	Objetivo: possibilitar ampla divulgação/publicidade dos produtos do representado (p.f. ou p.j.)
“No exercício da representação, o representante não adquire mercadorias do representado para revenda, mas apenas aproxima as partes que celebrarão o contrato.”
O REPRESENTANTE NÃO ASSUME O RISCO DO NEGÓCIO. Não será responsabilizado (não se aplica a cláusula “del credere”).
	Caso o adquirente das mercadorias não pague por elas, o representante não terá direito a sua comissão. 
Natureza do contrato: INTEREMPRESARIAL – vincula empresários! 
Problema: representante pessoa física – a subordinação deve ser ao negócio apenas, e não pessoal. Se houver subordinação laboral, pessoal, prestação de contas etc, estará diante de relação trabalhista e não empresarial. 
	Características gerais:
• Inscrição no Conselho Regional dos Representantes Comerciais;
• Vedação ao representante de conceder dilações, descontos ou abatimentos;
• Aquisição de comissões com o pagamento dos pedidos.
- A cláusula de exclusividade de zona é IMPLÍCITA; se o representado quiser comercializar seus produtos na zona do representante, deverá haver permissão expressa no contrato. Já a cláusula de exclusividade de representação NÃO É IMPLÍCITA; para que o representante seja impedido de trabalhar para concorrentes do representado, a proibição deve estar expressa no contrato.
Hipóteses de rescisão contratual na representação comercial (justos motivos):
- Pelo REPRESENTADO: - Desídia do representante em suas funções; prática de atos de descrédito 
 comercial (concorrência desleal) ; falta de cumprimento do contrato pelo 
 representado
- Pelo REPRESENTANTE: - Redução de esfera de atuação do representante por ato do representado; 
 Quebra de exclusividade; não pagamento de comissões; força maior (falência 
 etc).
DISTRATO POR MÚTUO CONSENTIMENTO: notificação (aviso prévio, porém diferente do trabalhista), de 30d. sob pena de pagamento ao representante de 1/3 das comissões dos 3 meses anteriores.

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