Relatório Bebês - Gesell

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
FACULDADE DE PSICOLOGIA
EDUARDA VENDRAMINI MOMESSO
ISABELI KAORI KIRIHARA
LARA NININ
LAYANE THALIA
ATIVIDADE ORIENTADA DE DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ
CAMPINAS
2017
	
	
	
EDUARDA VENDRAMINI MOMESSO
ISABELI KAORI KIRIHARA
LARA NININ
LAYANE THALIA
ATIVIDADE ORIENTADA DE DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ
Atividade apresentada à disciplina Psicologia do Desenvolvimento I da Faculdade de Psicologia do Centro de Ciências da Vida, como parte do documentário “Bebês-Chez-Wam” exigidas para aprovação.
Responsáveis pela disciplina: Prof.ª. Dra. Amanda Muglia Wechsler
PUC CAMPINAS
2017
Questão 1. Resumo do Filme
	O documentário “Babies” relata o desenvolvimento infantil de quatro bebês, desde o nascimento até completarem um ano de idade.
	Sendo cada um deles de culturas e nacionalidades diferentes, os lugares apresentados foram: Mongólia e África com cenários rurais, e Estados Unidos e Japão em espaços urbanos.
	Possibilita a todos ver a percepção de criação e, além disso, como cada família influencia no crescimento dos bebês. Mostrando inclusive como, biologicamente, cada um deles se comportam e quais os estímulos apresentados por seus criadores.
	Durante o documentário pode-se observar que em alguns países como África e Mongólia, não há a presença efetiva do pai durante a criação dos pequenos seres humanos, a presença maior é a materna. A amamentação, a voz, o toque, possibilitam tornar o relacionamento mais próximo, influenciando no vínculo entre o bebê e a mãe. Por exemplo, nos EUA há uma cena em que a mãe toma banho com o seu filho, tornando a relação mais estreita.
	Além do convívio com os pais, os bebês tiveram contato com outras crianças, exceto na Mongólia, contribuindo para o próprio desenvolvimento no convívio social. Como visto, os bebês africanos são criados todos juntos, havendo muitos momentos em que um cuida do outro, diferentemente da cultura da Mongólia, em que há divergências entre os irmãos.
	Em todas as culturas, os bebês tinham contato direto com animais. Como na África, que acabam criando uma relação próxima com os animais e com a natureza, estabelecendo um vínculo de harmonia e respeito com o meio ambiente.
	Nos diversos países as mães carregam alguns costumes culturais, com atitudes como a mãe africana que, durante a gestação, passa o pó da pedra que foi raspada, na barriga; e no Japão, que a mãe espirra leite do peito no rosto de seu filho.
	Questões culturais intervêm no crescimento tanto cognitivo quanto físico. A influência nos estímulos é o que diferencia a evolução do desenvolvimento deste bebê, podendo assimilar com a evolução na fase de aprendizagem do andar. Na Mongólia, onde o bebê teve pouco incentivo, fez com que fosse retardada a sua aprendizagem motora.
QUESTÃO 2. Análise segundo Gesell: explique a proposta teórica sobre desenvolvimento deste autor e como isso poderia ser evidenciado no filme.
Gesell tem como base epistemológica o racionalismo, e foi um dos pioneiros na teoria da maturação que se fundiu nas décadas de 30, 40 e 50. Acredita no desenvolvimento biológico e não nas experiências, conceito de inatismo.
Incentiva o desenvolvimento sem auxílio, natural e de cada comportamento na sua etapa, criando escalas de desenvolvimento. Estas escalas estão divididas em 4 dimensões que são: motora, verbal, adaptativa e social fazendo parte da teoria da maturação (GESELL, 1992).
De acordo com Myers (2015), entende-se teoria da maturação como um processo de desenvolvimento biológico do bebê, onde pode-se perceber mudanças em cada fase, sendo esses comportamentos inatos. 
Segundo Gesell (1992), devido aos primeiros processos da vida do bebê, ele ainda é inseguro e quaisquer interferências negativas no desenvolvimento poderá diminuir as suas capacidades futuras.
No Documentário Babies, pode-se observar o modelo evolutivo de Gesell apresentado na fase entre 0 a 3 meses, a capacidade de coordenação dos olhos, como analisado que todos os bebês demonstraram tal habilidade (GESELL, 1992).
Dando sequência na teoria de maturação, na fase entre 3 a 5 meses o bebê já consegue sustentar a cabeça e não se sente mais tão confortável em ficar sempre de costas devido a evolução do sistema neuromotor (DAVIDOFF, 2001). Além de movimentar os braços, as mãos vão se abrindo e os olhos movem-se de forma mais rápida, satisfazendo-se por esse sentido. Analisando o bebê dos Estados Unidos, ele capaz de sentar-se sozinho, porém, com o apoio do sofá (GESELL, 1992).
Entre o 6º e o 9º mês é um dos períodos mais fundamentais do bebê, apresentando domínio do tronco, o que fortalece a ação motora de ficar sentado além da necessidade de ficar se movimentando a todo momento. Havendo também um comando maior das mãos possibilitando o manuseio dos objetos que esses podem ser levados até a boca, questão conhecidas como impressões tácteis, ou propositando um som com esses. Com a possibilidade deste manuseio o bebê muitas vezes entretém-se sozinho (GESELL, 1992). A bebê americana em um momento do documentário explora a mão de sua suposta avó e a coloca na boca. 
Entre o 9
º e o 10º mês já está apto a engatinhar, fazer movimento de “pinça” com o dedo indicador e polegar, com isso tem noção de profundidade, que tem relação a um domínio psicológico, e nessa fase ele é hábil de distinguir com maior facilidade seus familiares de pessoas desconhecidas. Ademais imita gestos, expressões fisionômicas e sons feitos por seus cuidadores, tornando-se um processo repetitivo (DAVIDOFF, 2001). A criança japonesa já é capaz de engatinhar e demostra tentativas de ficar em pé se apoiando na cadeira, é mais delicada ao pegar objetos e reproduz sons com movimentos dos lábios que a sua cuidadora faz. Enquanto o bebê da Mongólia não apresenta tais comportamentos tão evidentes no mesmo período de vida que a bebê do Japão. Conforme Hockenbury (2003), cada bebê desenvolve-se em um determinado tempo, para a sua maturação física e evolução da aptidão de habilidades inatas.
Nos primeiros 12º meses de vida a criança tem o domínio de deslocar-se sozinho, começa a relacionar-se com outras pessoas da sociedade, tendo necessidade de ser o centro das atenções, repetindo os comportamentos que são graciosos para as outras pessoas, já balbucia algumas palavras a que são estimuladas (GESELL, 1992). Nessa fase eles conseguem manusear brinquedos de encaixe, apresentado tanto no Japão quanto na Mongólia, onde ambos os bebês brincam dessa forma. Na África, as mães incentivam os filhos a falarem palavras simples através de cantigas e repetições, além disso essas crianças têm maior encorajamento de seus cuidadores para explorarem o desconhecido, apresentando tal desenvolvimento progressivo tanto quanto as outras crianças do documentário (DAVIDOFF, 2001).
Após todo desenvolvimento, as funções fisiológicas estão amadurecidas permitindo a sobrevivência desses pequenos seres humanos, estando eles preparados para enfrentarem o mundo à fora. 
Referências
DAVIDOFF, L. L. Introdução à Psicologia. 3ª edição. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2001. 420 - 421 p.
GESELL, A. A Criança dos 0 aos 5 Anos. 3ª edição. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1992. 89 - 123 p.
HOCKENBURY, D. H.; HOCKENBURY, S. E. Descobrindo a Psicologia. 2ª edição. Barueri, São Paulo: Manole, 2003. 331 p.
MYERS, D. G. Psicologia. 9ª edição. Rio de Janeiro: DiagramAção, 2015. 134 p.