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www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 1 Plano de Estudos de Noções de Direito e Legislação Edital publicado no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná em 18 de janeiro de 2017 Cargo - Técnico Judiciário no nível inicial da carreira do Grupo Ocupacional Intermediário do Quadro de Pessoal do 1º Grau de Jurisdição do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. O presente material traz uma breve explicação dos tópicos do edital, bem como uma sugestão de sequên- cia didática de estudo. Não se esqueça de buscar informações das matérias de Língua Portuguesa, Mate- mática, Informática e Atualidades, pois, como professora de direito, não tenho domínio para orientar você nestas quatro disciplinas. Prof. Thais Nunes - www.facebook.com/ProfThaisNunes Grupo de Estudos - www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 Programa do Edital Sequência como consta no edital publicado no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná em 18 de janeiro de 2017. Sequência Didática Sequência mais adequada para estudar, já que alguns temas estão interligados ou são pré-requisito para en- tender outras normas. ❶ Constituição do Estado do Paraná ❶ Constituição Federal (itens do edital) ❷ Estatuto dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná ❷ Constituição do Estado do Paraná ❸ Regimento Interno do TJPR ❸ Estatuto dos Servidores do Poder Judiciário do Pa- raná ❹ Regulamento do TJPR ❹ Código de Organização e Divisão Judiciárias do Es- tado do Paraná ❺ Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Paraná ❺ Regimento Interno do TJPR ❻ Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Paraná ❻ Regulamento do TJPR ❼ Leis dos Fundos do Poder Judiciário do Estado do Paraná ❼ Leis dos Fundos do Poder Judiciário do Estado do Paraná ❽ Constituição Federal (itens do edital) ❽ Código de Processo Civil (itens do edital) ❾ Código de Processo Civil (itens do edital) ❾ Código de Processo Penal (itens do edital) ❿ Código de Processo Penal (itens do edital) ❿ Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Paraná ⓫ Estatuto da Criança e do Adolescente ⓫ Estatuto da Criança e do Adolescente www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 2 ❶ Constituição do Estado do Paraná Conteúdo Clique aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Não me surpreende que no edital constasse a Constituição do Estado do Paraná. O lamentável é exigir que o can- didato estude o texto integral sendo que, no caso da Constituição Federal, apenas uma parte dos assuntos serão cobrados na prova. Naturalmente que o estudo da constituição paranaense deve ser feito após o estudo dos itens solicitados da Constituição Federal, pois facilitará o seu entendimento. Mesmo porque, há uma simetria nos temas Administração Pública e Organização dos Poderes. Por exemplo, quanto a Administração Pública, a Constituição do Paraná (artigos 27 a 51) é praticamente réplica da Constituição Federal (artigos 37 a 41), havendo apenas o acréscimo de algumas regras que são inerentes ao governo do estado do Paraná. Da mesma forma, quando se trata da organização dos poderes, enquanto que a Constituição Federal (artigos 44 a 135) trata do poder legislati- vo, executivo e judiciário da União, a Constituição do Paraná (artigos 52 a 128) trata da estrutura do poder legisla- tivo, executivo e judiciário do Paraná. Veja mais adiante os blocos de estudo das duas constituições. No geral, o texto da Constituição do Paraná é de fácil entendimento e traz temas do dia-a-dia, assuntos que ge- ralmente você já conhece, mas que talvez tenha conhecimento da regra escrita na constituição. É possível que você encontre um pouco de dificuldade nos artigos 129 a 138 que tratam de Tributos e Orçamentos. Recomendo que estude sem pesquisar mais do que consta no texto da constituição (erro comum de candidatos iniciantes) e, no caso de dúvida quanto as palavras, utilize o Google, não avance sem entender o significado de uma frase. ❷ Estatuto dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná Conteúdo Clique aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Estatuto nada mais é que uma lei (ordinária ou complementar) que traz a maioria dos direitos, obrigações e responsabilidades de uma categoria de servidor público. Porém, por serem pessoas jurídicas distintas, a União tem um estatuto para seus servidores civis e outro para os seus servidores militares (leis separadas), assim como o Distrito Federal e os estados, ambos também tem estatutos para seus servidores civis e militares em leis separadas e, ainda, cada um dos 5.570 municípios brasileiros tem um estatuto para seus servidores civis. As regras contidas em cada um desses estatutos são diferentes e qualquer semelhança entre eles seria mera coincidência. Naturalmente, há itens previstos na Constituição Federal que são iguais em todas as leis, como o prazo para estabilidade, o direito a férias e algumas licenças por exemplo. Se você já estudou algum estatuto (federal, estadual ou municipal), notará que a estrutura é semelhante. Você verá formas de provimento, va- cância, vantagens financeiras, férias, licenças e regime disciplinar. A ideia geral da lei é um tanto semelhante a outros estatutos, mas os detalhes não são. No caso do Paraná, há um fator diferente dos demais estados, pois há dois estatutos para os funcionários civis. Um - a Lei n.º 16.024/2008 - atente exclusivamente os funcionários do Poder Judiciário e outro - a Lei n.º 6.174/1970 - atende os funcionários do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Ministério Público do esta- do do Paraná. Entre si, as duas leis tem muitas diferenças, principalmente pela época em que foram editadas (1970 e 2008) e, ainda, são diferentes porque se aplicam a grupos distintos. Também é importante ressaltar que Estatuto dos Funcionários do Poder Judiciário do estado do Paraná trata a matéria usando o termo “funci- onário público” ao invés de “servidor público”, terminologia utilizada pela Constituição Federal de 1988. Porém, os termos “servidor” e “funcionário” são considerados sinônimos pelos dicionários. Assim, ambos são conside- rados corretos nas provas de concurso público. Uma dica importante é você aprender muito bem sobre o tema Agentes Públicos antes de estudar o estatuto, mesmo não havendo no programa do concurso (veja um resumo ao final deste material). Não é possível aprender sobre os servidores (ou funcionários) públicos sem antes diferenciar os agentes delegados, credenciados, honorífi- cos, políticos, empregados públicos e os temporários. Da mesma forma, entender as espécies de agentes públicos é pré-requisitos para estudar a Administração Pública nas Constituições Federal e Estadual, o Regimento Interno e o Código de Organização e Divisão Judiciárias. www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 3 ❸ Regimento Interno do TJPR Conteúdo Clique aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Todo regimento interno é uma norma criada pelo próprio órgão público e serve para explicar como funciona o trabalho de órgãos colegiados (se parece muito como uma lei). Órgãos colegiados, por sua vez, são aqueles em que a atividade ou poder de decisão está nas mãos de várias pessoas, e não de uma única autoridade. Posso citar, como exemplo, uma câmara de vereadores. Neste modelo de órgão, existe a necessidade de um docu- mento que estabeleça as normas de como o grupo de vereadores irá atuar, como acontece as votações, o ho- rário de trabalho, entre outros detalhes da atuaçãoconjunta dos vereadores. E da mesma forma acontece nos tribunais. Quando a palavra “tribunal” é mencionada pode significar três ideias: o prédio sede do tribunal (secretaria do tribunal), o poder judiciário do estado do Paraná (no todo) ou, também, pode significar o grupo dos 120 de- sembargadores reunidos, o que no regimento é chamado de “tribunal pleno”. Assim, o regimento interno do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná não trata sobre regras de trabalho dos funcionários e nem dos juízes que atuam no primeiro grau de jurisdição (varas e juizados especiais) e sim, explica como acontece o trabalho dos atuais 120 desembargadores reunidos. Você estudará temas como a eleição da cúpula do tribunal, as ativi- dades desenvolvidas pelo presidente, pela corregedoria, como acontece os julgamentos e, até mesmo, onde cada desembargador se assenta numa seção. Particularmente (opinião mais que pessoal), não vejo utilidade do conhecimento do regimento para os cargos do primeiro grau de jurisdição, já que estes cargos tem atuação apenas nas varas e juizados especiais, não tendo qualquer contato com os desembargadores que estão na se- cretaria do Tribunal de Justiça (prédio sede). No entanto, estando no programa do edital, sendo útil ao cargo ou não, o estudo torna-se obrigatório. ❹ Regulamento do TJPR Conteúdo Clique aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Enquanto que o Regimento Interno explica o funcionamento das atividades dos desembargadores reunidos, o Regulamento da Secretaria explica as atividades do Tribunal de Justiça enquanto administrador de toda a es- trutura do poder judiciário no estado. No mesmo momento em que desembargadores decidem processos ad- ministrativos e judiciais, há uma equipe de servidores dividida em órgãos que tem a incumbência de manter o funcionamento estrutural. O macete é ler o regulamento imaginando o tribunal como se ele fosse uma empre- sa. A secretaria do Tribunal de Justiça (sede) é dividida em órgãos (Gabinete do Diretor-Geral, Departamento Judiciário, Departamento Administrativo, Departamento Econômico e Financeiro, Departamento do Patrimô- nio, Departamento de Gestão de Serviços Terceirizados e Departamento de Engenharia e Arquitetura) e o re- gulamento lista as tarefas de cada um deles de forma detalhada e exaustiva. Da mesma forma que o Regimen- to Interno, não vejo utilidade do conhecimento do Regulamento da Secretaria para os cargos do primeiro grau de jurisdição, já que os mesmos tem atuação apenas nas varas e juizados especiais, não tendo qualquer conta- to com os órgãos que administram o judiciário do estado do Paraná. No entanto, estando no programa do edi- tal, sendo útil ao cargo ou não, o estudo torna-se obrigatório. Q ❺ Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Paraná Conteúdo Clique aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Para entender o que é o Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Paraná, visualize todo o poder judiciário no estado do Paraná, incluindo o prédio sede, as varas, os juizados especiais, os cartórios extrajudici- ais (como os tabelionatos de notas e os cartórios de títulos e documentos). Pois bem, o CODJ do Paraná nada mais é que uma lei que explica toda a estrutura do Poder Judiciário, desde o prédio sede do TJ (chamado de secretaria do tribunal), até as varas, os juizados especiais, a figura dos juízes, dos servidores, dos serventuários e demais agentes que atuam no poder judiciário do estado do Paraná. www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 4 ❻ Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Paraná Conteúdo Clique aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Embora no edital não haja especificação, seria inconcebível pensar na exigência dos dois Códigos de Normas (foro judicial e extrajudicial). Até o momento da elaboração deste plano de estudos (20/01/2017), o Tribunal de Justiça não retificou o edital especificando qual dos códigos. No entanto, somente o Código de Normas do Foro Judicial é útil às funções dos servidores do 1º grau de jurisdição. Pois bem, o Código de Normas foi instituído pela Corregedoria-Geral da Justiça e embora seja bem extenso (398 páginas), é de fácil entendimento desde que você saiba exatamente para que serve esta norma. Creio que muitos candidatos terão dificuldade em estudá-lo por conta disso. Imagine as matérias de Direito Processual Civil e Direito Processual Penal. Estas duas matérias explicam como um processo se desenvolve dentro do poder judiciário, co- mo por exemplo, como ingressar com a ação, como acontece uma audiência e como um juiz faz uma sentença. Pois bem, o Código de Normas preenche as lacunas. Pense nos autos de um processo por exemplo: aquela pasta de cartolina, com folhas numeradas e rubricadas, onde tem todos os atos do processo. Então, os Códigos de Pro- cesso Civil e de Processo penal mencionam várias regras sobre os autos do processo, mas é no CN que você verá que nos processos do judiciário do Paraná, sejam cíveis ou criminais, os autos não poderão exceder a 200 folhas. 2.3.9 - Os autos do processo não excederão de duzentas (200) folhas em cada volume, salvo determinação judi- cial expressa em contrário ou para manter o documento na sua integralidade. O encerramento e a abertura dos volumes serão certificados em folhas suplementares e sem numeração. Os novos volumes serão numerados de forma bem destacada e a sua formação também será anotada na autuação do primeiro volume. Portanto, a minha sugestão é que você estude antes as matérias de Direito Processual Civil e Direito Processual Penal para ter uma noção geral de processos. Isso facilitará muito o entendimento e a memorização do CN. Se necessário, deixe para estudar o CN depois de passar por todas as matérias jurídicas. ❼ Leis dos Fundos do Poder Judiciário do Estado do Paraná Conteúdo Clique abaixo para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Este conteúdo compreende duas leis ordinárias (e quatro normas regulamentares) que criam dois fundos de arre- cadação para o Poder Judiciário do Paraná. Um dos fundos é o FUNREJUS (Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário), que tem por finalidade a aquisição, construção, ampliação e reforma dos imóveis do Poder Judiciário, a compra de equipamentos e material permanente, a implementação dos serviços de informática e o pagamento de uma parte das despesas correntes do poder judiciário do estado do Paraná. O outro fundo é o FUNJUS (Fundo da Justiça), que tem por objetivo prover os recursos orçamentários e financeiros necessários à execução das despesas decorrentes do processo de estatização, inclusive a recomposição dos servidores do Quadro de Pessoal das unida- des estatais do 1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná (varas e juizados especiais). Funrejus (clique aqui) Lei Estadual n.º 12.216 de 15 de julho de 1998 Cria o Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário. Funrejus (clique aqui) Decreto Judiciário n.º 153 de 20 de abril de 1999 Institui o regulamento do Fundo de Reequipamento do Poder Judi- ciário. Funjus (clique aqui) Lei n.º 15.942 de 03 de setembro de 2008 Cria o Fundo da Justiça, do Poder Judiciário do Estado do Paraná. Funjus (clique aqui) Decreto Judiciário n.º 1.074 de 30 de dezembro de 2009 Institui o regulamento do Fundo da Justiça do Poder Judiciário do Estado do Paraná. ❽ Constituição Federal (itens do edital) Arts. 1º a 4º Dos Princípios Fundamentais (Título I). Arts. 5º a 11 Dos Direitos e Garantias Fundamentais (Titulo II): dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Capítulo I), dos Di- reitos Sociais (Capítulo II). www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 |Material Exclusivo | Distribuição Proibida 5 Arts. 37 a 41 Da Organização do Estado (Título III): Da administração pública (Capítulo VII): Disposições Gerais (Seção I), dos servi- dores públicos (Seção II). Arts. 44 a 135 Da Organização dos Poderes (Título IV) Conteúdo Clique aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Os artigos 1º a 11 da Constituição Federal de 1988 tratam de direitos fundamentais, assuntos de fácil compre- ensão. Já o tema da Administração Pública, embora tenha apenas cinco artigos, trazem a base da administra- ção pública e muita informação sobre servidores públicos. Sugiro inclusive que você estude a Administração Pública na Constituição do Estado do Paraná logo na sequência. Por fim, para estudar sobre a Organização dos Poderes (Legislativo, executivo e Judiciário) é preciso entender de governo. E não se engane, conheço advogados que passam a vida sem entender a diferença de poder, ór- gão e entidade. Para ajudar você nesta jornada, ao final deste material há um resumo chamado Conceitos Bá- sicos de Governo, que o ajudará a compreender que a Constituição Federal explica a composição e as atividades dos órgãos dos três poderes da União e, também, um resumo da matéria de Agentes Públicos, que auxiliará na compreensão de quem são os membros destes órgãos. Após estudar a organização dos poderes da União você poderá migrar para o estudo da organização dos poderes do estado na Constituição do Paraná. Só em nível de curiosidade, o programa da Constituição Federal está exatamente igual como no último edital de Técnico Judi- ciário do 1º grau de jurisdição (2009). Segue abaixo uma sequência didática de estudo das duas constituições, em blocos de matérias. Bloco 1 Constituição Federal - Arts. 1º a 11 (Princípios Fundamentais + Direitos e Garantias Fundamentais) Bloco 2 Constituição Federal - Arts. 37 a 41 (Administração Pública) Bloco 3 Constituição do Estado do Paraná - Arts. 27 a 51 (Administração Pública) Bloco 4 Constituição Federal - Arts. 44 a 135 (Organização dos Poderes) Bloco 5 Constituição do Estado do Paraná - Arts. 1º a 26 (Organização do Estado e dos Municípios) Bloco 6 Constituição do Estado do Paraná - Arts. 52 a 128 (Organização dos Poderes) Bloco 7 Constituição do Estado do Paraná - Arts. 129 a 138 (Tributos e Orçamentos) Bloco 8 Constituição do Estado do Paraná - Arts. 139 a 164 (Ordem Econômica) Bloco 9 Constituição do Estado do Paraná - Arts. 165 a 226 (Ordem Social) Bloco 10 Constituição do Estado do Paraná - Arts. 227 a 259 (Disposições Constitucionais Gerais) ❾ Código de Processo Civil (itens do edital) Arts. 188 a 293 Dos Atos Processuais (Livro IV): da Forma, do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais (Título I), da Comunicação dos Atos Processuais (Título II), das Nulidades (Título III), da Distribuição e do Registro (Título IV). Arts. 1º a 59 Juizado Especial Cível (Lei n.º 9.099 de 26 de setembro de 1995). Conteúdo Clique aqui e aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. O código de Processo Civil (Lei n.º 13.105 de 16 de março de 2015) é a principal lei que regula o processo dos ramos de direito que não são penais (criminais). Não envolve somente a forma, o modo e os termos do desen- volvimento da relação processual: compreende tudo o que concerne ao exercício da jurisdição cível. No pro- grama deste concurso você estudará apenas uma pequena parte do código (artigos 188 a 293), que no total tem 1.044 artigos. Os assuntos giram em torno da atividade desenvolvida por um técnico numa vara cível ou nas secretarias dos Juizados Especiais. Inclusive, é por este motivo que o estudo do Direito Processual Civil engloba também a parte cível da Lei n.º 9.099 de 26 de setembro de 1995 - Lei dos Juizados Especiais. aconte- cendo no judiciário. Isso facilitará a compreensão e memorização da legislação. www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 6 Resumindo, quando estiver estudando o Código de Processo Civil e a Lei dos Juizados Especiais, visualize o pro- cesso. O curioso é que muitos candidatos confundem o direito processual civil com o direito civil. Na prática, o Direito Processual Civil explica como acontece o andamento de um processo dentro do poder judiciário. Suas normas tem caráter instrumental e buscam a efetividade das leis materiais. Já o Direito Civil (que não faz parte do programa deste concurso) é um conjunto de normas (em especial o Código Civil) que regulam as relações entre os particulares que se encontram em uma situação de equilíbrio de condições. O direito civil trata de assuntos como obrigações (de fazer, de não fazer, de entregar coisa e de pagar), direitos de vizinhança, regras que regulam as empresas, direito de família e regras sobre bens, por exemplo. Portanto, estabelece as condi- ções em que os membros de uma comunidade podem relacionar-se, nos mais variados sentidos. ❿ Código de Processo Penal (itens do edital) Arts. 1º a 3º Do Processo em Geral (Livro I): Disposições Preliminares (Título I) Arts. 4º a 23 Do Inquérito Policial (Título II) Arts. 24 a 62 Da Ação Penal (Título III) Arts. 251 a 281 Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e Defensor, dos Assistentes e Auxiliares da Justiça (Título VIII) Arts. 60 a 92 Juizado Especial Criminal (Lei n.º 9.099 de 26 de setembro de 1995) Conteúdo Clique aqui e aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. O Direito Processual Penal é o ramo do direito que existe para definir uma relação jurídica que o ilícito penal faz nascer, imediatamente, quando acontece o crime ou contravenção penal (infrações de menor potencial ofensivo). Nesse momento surge o poder/dever do Estado de punir, em contrapartida ao direito de liberdade do indivíduo (criminoso). O devido processo legal que definirá o caso, através de uma decisão justa e imparcial. No programa deste concurso você estudará apenas uma pequena parte do Código de Processo Penal e ainda, uma parte da Lei dos Juizados Especiais, mas o conteúdo dará uma excelente noção de como um processo da esfera penal se de- senvolve dentro do poder judiciário. ⓫ Estatuto da Criança e do Adolescente Conteúdo Clique aqui para encontrar a legislação e elaborar seu material teórico. Como já diz o nome, essa lei explica como deve ser a proteção integral e define as tarefas que o poder judiciário desempenha para garantir o cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes por parte da sociedade. A norma trata de benefícios como saúde, educação, profissionalização e lazer, além de medidas de proteção como guarda, tutela, adoção, destituição do poder familiar, medidas socioeducativas, medidas aplicadas a pais e respon- sáveis, crimes contra a criança e o adolescente e alguns tipos de processos judiciais. Embora seja uma lei extensa em informações, no geral a leitura é de fácil entendimento e memorização. Esta norma está isolada de todos os demais conteúdos do programa, podendo ser estudada a qualquer momento. Introdução ao Estudo de Noções de Direito e Legislação Agentes Públicos Antes de iniciar o estudo da legislação do programa deste concurso - em especial o Estatuto dos Funcioná- rios do Poder Judiciário do Paraná, o Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Paraná e o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná - é fundamental aprender sobre a parte humana do governo, ou seja, os tipos de agentes públicos. Agente Público é toda pessoa, vinculada ou não ao governo, que presta serviço ao mesmo, de forma permanente ou ocasional. É a parte humana do Esta- do. A classificação dos agentes públicos nem sempre é exigida em concursos públicos, porém,é importante que o candidato tenha uma noção geral deste tema para filtrar as informações no momento do estudo. www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 7 Eis a seguir todas as categorias de agentes públicos, seguindo a linha do doutrinador Hely Lopes Meirelles. ❶ Agentes Honoríficos São particulares convocados, designados ou nomeados para colaborar com o poder público, prestando transitoriamente determinados serviços ao Estado em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional, mas sem qualquer vínculo empregatício ou estatutário e, nor- malmente sem remuneração. Tais serviços constituem o chamado múnus público, ou serviços públicos re- levantes. São exemplos o jurado e o mesário eleitoral. ❷ Agentes Delegados São particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante. Exercem atividade pública mediante poder delegado pelo governo. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem representantes do Estado. Todavia, constituem uma categoria de colaboradores do Poder Público. Nessa modalidade encontram-se os concessionários e per- missionários de serviços públicos, todos os terceirizados e as demais pessoas que recebem delegação para a prática de alguma atividade estatal ou serviço de interesse coletivo, como os serventuários de cartórios extrajudiciais no Paraná (tabelião e escrivão). ❸ Agentes Credenciados São os particulares que recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante. Nesta catego- ria podemos elencar alguns dos peritos que atuam no poder judiciário mediante credenciamento, bem como os tradutores juramentados e leiloeiros oficiais. ❹ Agentes Políticos São os que ocupam os cargos principais na estrutura constitucional, em situação de representar a vontade política do Estado. São chamados, pelo artigo 39 § 4º da Constituição Federal, de “membros de poder”. São os componentes do governo nos seus primeiros os escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais. Esses agentes atuam com plena liberdade funcional, desempenhando suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais. Não são servidores ou em- pregados públicos, nem se sujeitam ao regime jurídico estabelecido pela Constituição Federal de 1988 para os servidores públicos. Tem normas específicas para sua escolha, investidura, conduta e processo por cri- mes funcionais e de responsabilidade, que lhes são privativos. Nesta categoria encontram-se os Chefes do Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (os vices, Minis- tros, Secretários de Estado ou Distrito Federal e Secretários de Município), os membros das Corporações Legislativas (Senadores, Deputados e Vereadores), os membros do Poder Judiciário (ministros, desembar- gadores e juízes), os membros do Ministério Público (Procuradores da República, Procuradores de Justiça e Promotores Públicos), os membros dos Tribunais de Contas (Ministros, Auditores e Conselheiros), os repre- sentantes diplomáticos e demais autoridades que atuam com independência funcional no desempenho de atribuições governamentais, judiciais ou quase judiciais, estranhas ao quadro de servidores públicos. ❺ Agentes Administrativos São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais, ou ainda às empresas públicas e sociedades de economia mista por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcio- nal e ao regime jurídico da entidade estatal a que servem. A Constituição admite as seguintes modalidades: os temporários, os servidores (ou funcionários) públicos civis de cargo efetivo (concursados), servidores públicos de cargo em comissão, os servidores públicos militares e os empregados públicos. www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 8 Temporários Entram no governo através de uma contratação por excepcional necessidade do serviço público. Normalmen- te passam por um processo seletivo simplificado (PSS) na forma de concurso público, mas há exceções de casos em que a contratação é sem o concurso. Constituição Federal Art. 37. IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; Procedimento - As leis que regulamentam estas contrata- ções são separadas para cada ente da federação. Na Uni- ão, a regulamentação está na Lei n.º 8.745 de 09 de de- zembro de 1993. Já no estado do Paraná, consta na Lei Complementar n.º 108 de 18 de maio de 2005. Os temporários assinam contrato de trabalho por tempo determinado e terão alguns direitos previstos no estatuto dos servidores civis. Cargo Público 1. Todo cargo é criado por lei (ordinária), que define a modalidade do cargo e os requisitos para ingresso. 2. Pode ser Civil ou Militar. 3. O cargo é preenchido pelo servidor (ou funcionário) público, que obedecerá nas suas relações a Constituição Federal e, subsidiariamente, ao respectivo estatuto. Estatuto nada mais é que uma lei (ordinária ou comple- mentar) que traz a maioria dos direitos, obrigações e responsabilidades de uma determinada categoria de servidor público. Cargo Efetivo Ingresso via concurso. Cargo em Comissão Ingresso sem concurso público (livre nomeação e livre exoneração). Esses cargos são criados apenas nos casos de direção, chefia e assessoramento. Também são conheci- dos como cargos comissionados ou cargos de confiança (termo menos utilizado). Emprego Público 1. Todo emprego é criado por lei (ordinária), que define a modalidade do emprego e os requisitos para ingresso. 2. Somente Civil. 3. O emprego público é preenchido pelo Empregado Público, que obedecerá nas suas relações a Constituição Federal de 1988, a CLT e a Lei n.º 9.962 de 22 de feverei- ro de 2000. 4. Os empregados assinam um contrato de trabalho por tempo indeterminado. 5. Os empregos existem para as empresas do governo (empresa pública, sociedade de economia mista e em- presas subsidiárias). Procedimento - A Constituição Federal de 1988 - artigo 37 inciso II - somente admite o ingresso de empregados pú- blicos através de concurso público, sem prever exceções. No entanto, sabe-se que a cúpula das empresas do gover- no é ocupada por empregados contratados sem concurso público, ou seja, casos de direção, chefia e assessoramen- to. Podemos citar como exemplo a diretoria da Petrobras, do Banco do Brasil, da Copel e da Sanepar. Conceitos Básicos de Governo Para entendermos melhor como funciona o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, precisamos entender um pouco da estrutura do governo brasileiro. Sabemos que a República Federativa do Brasil tem uma divisão de pessoas jurídicas - União, Estados, Distrito Federal, Municípios e Territórios - e também uma estrutura de Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Destes poderes fluem os órgãos do governo brasileiro. No geral, todo órgão pertence a um dos três poderes, com exceção do Ministério Público e do Conselho Nacional do Ministério Público, onde há discussões doutrinárias sobre o assunto. Assim, a União, cada estado, cada muni- cípio e o Distrito Federal são pessoas jurídicas e os órgãos são as subdivisões, as partes do todo.www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 9 Entenda que os poderes (executivo, legislativo e judiciário) não são órgãos e sim, eles definem a atividade a ser desenvolvida por cada órgão criado dentro da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Ou seja, quando um órgão é criado (por lei), nasce pertencendo a um dos três poderes, dependendo da ativi- dade a desempenhar dentro do governo. Vejamos a seguir um exemplo sucinto da estrutura da União e de um Estado. Órgãos do Poder Executivo da União Função: Administrar a sociedade e a máqui- na pública. Presidência da República Ministérios Órgãos do Poder Legislativo da União Função: Legislar e exercer atividades de fis- calização financeira e orçamentária. Câmara dos Deputados Senado Federal Tribunal de Contas da União - TCU Órgãos do Poder Judiciário da União Função: Julgar os litígios da sociedade. STF - Supremo Tribunal Federal STJ - Superior Tribunal de Justiça STM - Superior Tribunal Militar TST - Tribunal Superior do Trabalho TSE - Tribunal Superior Eleitoral CNJ - Conselho Nacional de Justiça 5 TRFs - Tribunal Regional Federal 24 TRTs - Tribunal Regional do Trabalho 27 TREs - Tribunal Regional Eleitoral Outros Órgãos Função: Fiscalizar a aplicação da lei. MPU - Ministério Público da União CNMP - Conselho Nacional do Ministério Público Órgãos do Poder Executivo de um Estado Função: Administrar a sociedade e a máqui- na pública. Governo do Estado Secretarias Órgãos do Poder Legislativo de um Estado Função: Legislar e exercer atividades de fis- calização financeira e orçamentária. Assembleia Legislativa Tribunal de Contas do Estado - TCE Órgãos do Poder Judiciário de um Estado Função: Julgar os litígios da sociedade. TJ - Tribunal de Justiça (e suas subdivisões, como varas cíveis, criminais e especi- alizadas, juizados especiais e Tribunal do Júri) Outros Órgãos Função: Fiscalizar a aplicação da lei. MPE - Ministério Público do Estado A União, os estados, o Distrito Federal e os Municípios são pessoas jurídicas de direito público e, como tal, não dispõe de vontade própria. Por isto, atuam através de pessoas físicas chamadas de agentes públicos (vide clas- sificação acima). Daí surgiu diversas teorias para explicar as relações do governo com os seus agentes, como a teoria do mandato e a teoria da representação, entre as quais, a teoria do órgão, ou teoria do órgão público. Pela teoria do órgão público, a pessoa jurídica (União, estados, municípios, Distrito Federal, Autarquias, Funda- ções Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista) manifesta sua vontade através de seus órgãos específicos (subdivisões da pessoa jurídica), de tal modo que quando os agentes que os compõem ma- nifestam a sua vontade, é como se o próprio governo o fizesse. Assim, cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem necessariamente fun- ções, cargos e agentes (parte humana), mas é distinto desses elementos, que podem ser modificados, substitu- ídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica, o que explica porque a alteração de funções, a vacância de cargos ou a mudança de seus titulares não acarreta a extinção do órgão. Portanto, os órgãos que integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas - como partes desses corpos vivos - são dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações para a consecução de seus fins institucionais. www.facebook.com/groups/ConcursoTJParana2017 | Material Exclusivo | Distribuição Proibida 10 Os órgãos públicos não têm personalidade jurídica nem vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes, porém, na área de suas atribuições e nos limites de sua competência funcional, expressam a vontade da entidade a que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados através de seus agentes. E, mesmo des- personalizados, os órgãos mantêm relações funcionais entre si e com terceiros, das quais resultam efeitos jurí- dicos internos e externos, na forma legal ou regulamentar. Eis um exemplo: a entidade (pessoa jurídica) é o estado do Paraná e o órgão é o Tribunal de Justiça. TJ - Tribunal de Justiça do Estado do Paraná Órgãos Internos Secretaria do Tribunal (a sede e suas subdivisões) Varas Cíveis, Criminais e Especializadas Juizados Especiais Cíveis e Criminais Tribunal do Júri Auditorias Militares (Polícia Militar e Bombeiros) Se precisar de apostila teórica envie mensagem pela página www.facebook.com/ProfThaisNunes com seu nome, CPF e e-mail (Assunto - Apostila de Técnico do TJ Paraná). O pagamento é através de boleto bancário e o envio do material será pelo próprio chat do Facebook ou por e-mail.
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