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AULA Modelos de Atencao a Saude portal 31 03 2017

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MODELOS de atenção à saúde 
Prof. Rodolfo Pimenta 
¹Cirurgião-dentista; Especialista em Saúde da Família; Mestre em Saúde Coletiva. 
SUS: 
MODELOS ASSISTENCIAIS 
O QUE É UM MODELO 
ASSISTENCIAL? 
Sistema de 
serviços 
de saúde 
Organização 
Gestão 
Financiamento 
 
Prestação da 
assistência 
Infra-
estrutura 
Modelo de atenção ou assistencial 
Cuidado 
Assistência 
Intervenção 
Ações ou práticas de saúde 
Modelos de atenção à saúde 
Modelos assistenciais: termos 
conceituais 
• “São formas de organização das relações entre sujeitos 
(profissionais de saúde e usuários) mediadas por 
tecnologias (materiais e não materiais) utilizadas no 
processo de trabalho em saúde, cujo propósito é intervir 
sobre problemas (danos e riscos) e necessidades sociais 
de saúde historicamente definidas.” (Paim, 1993; 1994) 
“ Modelo” = representação da realidade de saúde 
SUS: modelos assistenciais 
• SUS  palco da disputa entre modelos assistenciais diversos, 
com a tendência de reprodução conflitiva dos modelos 
hegemônicos  modelo assistencial sanitarista-campanhista 
(campanhas, programas especiais e ações de vigilância 
epidemiológica e sanitária)  modelo assistencial curativo-
privatista (ênfase na assistência médico-hospitalar e nos 
serviços de apoio diagnóstico e terapêutico). 
Ao lado dos esforços de construção de “modelos” alternativos. 
(Teixeira; Paim; Vilasbôas, 1998) 
MODELO ASSISTENCIAL SANITARISTA-CAMPANHISTA 
• Campanhas e programas especiais; 
 
• Não contempla a totalidade da atenção; 
 
• Não enfatiza a integralidade da atenção; 
 
• Campanhas de caráter temporário; 
 
• Programas verticalizados. 
 
MODELO MÉDICO-ASSISTENCIAL PRIVATISTA 
• Voltado para o indivíduo (livre iniciativa na 
procura dos serviços); 
 
• Capitalização da medicina; 
 
• Centrado nas cooperativas médicas; 
 
• Predominantemente curativo; 
 
• Modelo biomédico. 
 
MODELOS 
ALTERNATIVOS 
MODELO EM DEFESA DO SUS 
• (Campinas – final da década de 1980) 
 
• Gestão democrática; 
 
• Saúde como direito de cidadania; 
 
• Serviço público de saúde voltado para a defesa da vida individual e coletiva. 
 
• Ações: Demanda organizada; Programas definidos por ciclos da vida; Articulação 
por equipes multiprofissionais; Fluxograma de atividades e condutas terapêuticas; 
Sistema de informação; Regionalização e hierarquização. 
 
 
 
SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE (SILOS) 
• Planejamento local baseado na situação de 
saúde; 
 
• Estratégias para atender à demanda 
epidemiologicamente identificada e captar os 
usuários da demanda espontânea; 
 
• Operacionalizada, principalmente, no Ceará e na 
Bahia. 
 
CIDADES SAUDÁVEIS (OMS): Cidades capazes 
de promover a saúde e melhorar o ambiente 
• Saúde como qualidade de vida; 
• Políticas públicas promoção da 
saúde; 
• Participação da comunidade; 
• Autorresponsabilidade; 
• Reorientação dos serviços de 
saúde; 
• Intersetorialidade como estratégia 
principal. 
 
VIGILÂNCIA DA SAÚDE 
• Em síntese, a Vigilância da Saúde apresenta sete características básicas: 
• a) Intervenção sobre problemas de saúde, (danos, riscos e/ ou 
determinantes); 
• b) Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento 
contínuos; 
• c) Operacionalização do conceito de risco; 
• d) Articulação entre ações promocionais, preventivas e curativas; 
• e) Atuação intersetorial; 
• f) Ações sobre o território; 
• g) Intervenção sob a forma de operações. 
(Teixeira; Paim; Vilasbôas, 1998) 
MODELOS ALTERNATIVOS 
Os modelos SILOS, Vigilância à Saúde e Cidades Saudáveis são 
similares: 
 
• Importância dos determinantes sociais em saúde; 
•Propõem intervenções sistêmicas e intersetoriais na saúde 
coletiva; 
•Baseadas no diagnóstico e no monitoramento da situação de 
saúde dos territórios. 
 
MODELOS ASSISTENCIAIS E VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
(Teixeira; Paim; Vilasbôas, 1998) 
Modelo Sujeito Objeto Meios de 
trabalho 
Formas de Organização 
Médico-
assistencial 
privatista 
Médico 
Especialização 
Doença 
Doentes 
Tecnologia 
médica - 
individual 
Rede de serviços de saúde 
Hospital 
Sanitarista Sanitarista e 
auxiliares 
Modos de 
transmissão 
Fatores de risco 
Tecnologia 
Sanitária 
Campanhas sanitárias 
Programas especiais 
Sistemas de vigilância sanitária e epidemiológica 
Vigilância em 
Saúde 
Equipe de Saúde e 
população 
Danos, riscos, 
necessidades e 
determinantes 
dos modos de 
vida e saúde 
(condições de 
vida e trabalho) 
Tecnologias de 
comunicação 
social, de 
planejamento e 
programação 
local e 
situacional de 
saúde e 
tecnologias 
médico-
sanitárias 
Políticas públicas saudáveis 
Ações intersetoriais 
Interneções específicas (promoção, prevenção e 
recuperação) 
Operações sobre problemas e grupos populacionais

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