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APOSENTADORIA E EDUCAÇÃO

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DIREITO CONSTITUCIONAL III
GRADE 2010
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DA ORDEM SOCIAL 
Disposição geral (art.193)
Seguridade social ( arts. 194 a 204)
Educação, cultura e desporto ( arts. 205 a 217)
Ciência e tecnologia ( arts. 218 e 219)
Comunicação social ( arts. 220 a 224)
Meio ambiente (art.225)
Família, criança, adolescente e idoso ( arts. 226 a 230)
Índios (arts. 231 a 232)
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Ordem Social
Primado do Trabalho
Bem-Estar Social
Justiça Social
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Da Seguridade Social
Ações da Sociedade
Ações dos poderes públicos
Assegurar direitos relativos a::
Saúde
Previdência
Assistência Social
Tríade básica da
Seguridade
Social
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 SEGURIDADE SOCIAL: NOÇÃO 
1.1-DOUTRINÁRIA: “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência social e a assistência social. Determinou a Constituição que a seguridade será financiada de forma direta e indireta , nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das seguintes contribuições sociais:
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- do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados – a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício -,a receita ou o faturamento; o lucro; 
- do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição de que trata o art.201 da Constituição Federal. Dessa forma, a partir da EC nº 20/98 é inadmissível a incidência de contribuições sobre proventos de inatividade e pensões. 
- sobre a receita de concurso de prognósticos” (Alexandre de Moraes). 
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"Conjunto de princípios, normas e instituições, integrado por ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, visando assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social" (Sérgio Pinto MARTINS).
 1.2-JURÍDICO-POSITIVA (Artigo 194 da Constituição): "A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social". 
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A Seguridade Social, nos termos do art. 194 da Carta Constitucional de 1988 é o gênero do qual são espécies: a Saúde, art. 196 e seguintes; a Previdência Social, art. 201 e seguintes e a Assistência Social, artigos 203 e 204. 
1.3 – SAÚDE – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
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A saúde é informada pelos seguintes princípios e diretrizes:
a) Acesso universal e igualitário;
b) Provimento das ações e dos serviços de saúde por meio de rede regionalizada e hierarquizada, integrados no Sistema Único de Saúde –SUS;
c) Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
d) Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
e) Participação da comunidade;
f) A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.  
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2. SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
A Carta Constitucional de 1988 apresenta diversos preceitos referentes à Seguridade Social, a saber: 
a) direitos sociais: Arts. 6° e 7°, incisos II (seguro-desemprego), VIII (décimo-terceiro salário), XII (salário-família), XVIII, XIX (licença à gestante, salário-maternidade e licença-paternidade, XXII (redução dos riscos inerentes ao trabalho), XXIII (adicionais pelo exercício de atividades penosas, insalubres e perigosas), XXIV (aposentadoria), XXV (assistência aos filhos até seis anos de idade em creches e pré-escolas), XXXIII (proteção ao trabalho do menor), XXXIV (igualdade de direitos dos trabalhadores avulsos), parágrafo único (direitos dos trabalhadores domésticos); 
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b) matéria de competência legislativa privativa da União (Art. 22, XXIII): seguridade social; 
c) matéria de competência concorrente da União, dos Estados e do DF (Art. 24, XII e XIV): previdência social, proteção e defesa da saúde, proteção e integração das pessoas portadoras de deficiência; 
d) competência exclusiva da União para instituir contribuições sociais (Art. 149, caput); 
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e) competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para instituir contribuição cobrada de seus servidores para custeio de sistemas de previdência e de assistência social (Arts. 149, Parágrafo Único, e 40, parágrafo 6°); 
f) Disposições gerais sobre a seguridade social (Arts. 194/195); 
g) normas relativas à Saúde (Arts. 196/200); 
h) normas relativas à Previdência Social (Arts. 201/202); 
i) normas relativas à Assistência Social (Arts. 203/204);
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DA SEGURIDADE SOCIAL - A SOLIDARIEDADE (ART. 194): 
Princípio segundo Sérgio Pinto MARTINS (2002) é uma proposição que se coloca na base da ciência, informando-a e orientando-a.
Para o autor, a maioria dos princípios da Seguridade Social está prevista no parágrafo único, do art. 194 da lei Maior.
Solidarismo – a solidariedade é essencial à Seguridade Social, pois os ativos devem contribuir para sustentar os inativos. As contribuições são distribuídas igualmente a todas as pessoas do grupo. Quando  uma pessoa é atingida pela contingência, todas as outras continuam contribuindo para a cobertura do benefício do necessitado. O princípio solidário está previsto na parte final do caput do art. 40 da Constituição Federal e foi introduzido pela Emenda Constitucional número 41, de 19.12.2003.  
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3.OBJETIVOS:
3.1- Universalidade da cobertura e do atendimento: deve a seguridade social atingir a todas as pessoas residentes no país, inclusive estrangeiros. Benefícios devem ser garantidos a todos, independentemente de contribuição. Lei fixa limites (universalidade subjetiva ou de atendimento); deve a seguridade social oferecer amparo para todas as situações da vida geradoras de necessidades, contingências, adversidades ou acontecimentos em que a pessoa não tenha condições de subsistência (universalidade objetiva ou de cobertura). 
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3.2- Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais: igualdade qualitativa e quantitativa dos benefícios e serviços prestados às populações urbanas e rurais. Correção de discriminações praticadas anteriormente contra o trabalhador rural. Equivalência: aspecto pecuniário ou do atendimento dos serviços, não necessariamente iguais, mas equivalentes na medida do possível; uniformidade: eventos que serão cobertos, aspecto objetivo. Benefícios: prestações pecuniárias, em dinheiro; serviços: reabilitação profissional e serviço social
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3.3- Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços: seleção pelo legislador das prestações (benefícios e serviços) que propiciem melhores condições de vida para a população, de acordo com as possibilidades econômico-financeiras do sistema de seguridade social (seletividade); nem todas as pessoas terão benefícios, o que impõe a escolha de prestações que contemplem os necessitados, quem precisa. Aquinhoar melhor quem tem mais necessidade. Distribuição de renda aos menos favorecidos distributividade). 
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3.4- Irredutibilidade do valor dos benefícios: manutenção do poder aquisitivo do valor dos benefícios, nos termos da lei. Irredutibilidade nominal e não real. 
3.5- Eqüidade na forma de participação no custeio: repercussão no custeio da seguridade social do princípio da capacidade contributiva.Contribuição deve atentar para as condições dos contribuintes. Quem pode deve pagar mais para o custeio da seguridade social. Empregadores, trabalhadores, Estado. 
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3.6- Diversidade da base de financiamento: Art. 195 da CF/88
já prevê diversas formas de financiamento. Esgotamento do modelo de financiamento baseado exclusivamente na folha de salários (automação e informalismo). Faturamento e lucro. Possibilidade de instituição de novas fontes de custeio (Art. 195, parágrafo 4°, da CF/88). 
3.7-caráter democrático e descentralizado na gestão administrativa, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados: CNSS (Arts. 5o./9o. da Lei 8.212/91; CNPS (Arts.3o./8o. da Lei 8.213/91); trabalhadores, empresários e aposentados. Juntas de Recursos da Previdência Social e Conselho de Recursos da Previdência Social têm representantes da União, dos trabalhadores e das empresas. 
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4. O CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL 
4.1- Forma de custeio: entes públicos (União, Estados, DF, Municípios), empregadores e trabalhadores e receitas de concursos de prognósticos.(art. 195 da CF) 
A Seguridade Social é financiada por toda a sociedade, de forma direta (contribuições) e indireta (impostos), mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das contribuições dos empregadores, incidentes sobre a folha de salários, o faturamento (PIS e Confins) e o lucro, dos trabalhadores, da receita de concursos de prognósticos (loteria esportiva, tele sena, mega sena, loto, loteria federal e outros) e do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei equiparar
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4.2- O orçamento da seguridade social (Art. 165, parágrafo 5o., inciso III, Art. 195, parágrafos 1o. e 2o.). 
4.3- A regra da contrapartida ou da precedência do custeio em relação ao benefício ou serviço (Art. 195, parágrafo 5o.): nenhum benefício ou serviço pode ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total; nenhum recurso pode ser arrecadado pela Seguridade Social que não se destine ao custeio de um benefício ou serviço. 
4.4- A exigibilidade das contribuições sociais somente ocorre noventa dias depois da publicação da lei que as tiver instituído ou modificado. Exceção ao princípio da anterioridade (Art. 195, parágrafo 6o.). 
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5. A ASSISTÊNCIA SOCIAL - INDEPENDE DE CONTRIBUIÇÃO - ARTS. 203/204 DA CF/88, LEI 8.742/93, DECRETO 1.744/95) 
A Assistência Social é um conjunto de princípios, de regras e de instituições destinados a estabelecer uma política social aos hipossuficientes, por meio de atividades particulares e estatais, visando à concessão de pequenos benefícios e serviços, independentemente de contribuição por parte do próprio interessado (MARTINS, 2004). 
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Objetivos: proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; amparo às crianças e adolescentes carentes; promoção da integração ao mercado de trabalho; habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência física e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Gestão descentralizada 
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Custeio mediante recursos do orçamento da seguridade social e do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) 
Benefícios: a) benefício de prestação continuada: um salário mínimo ao idoso e ao deficiente; b) benefícios eventuais: auxílio-natalidade ou morte às famílias cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo, a cargo dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
A Assistência Social é disciplinada no ordenamento brasileiro pela lei nr. 8.742/93 e respectivo regulamento.
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6. RELAÇÕES DO DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO 
a) Direito Constitucional – A Constituição Federal de 1988 disciplina todos os princípios a serem aplicados na seguridade social.
b) Direito do Trabalho – O direito laboral tem relação direta com a seguridade social, pois sobre a remuneração salarial incide a contribuição social para o custeio da Previdência Social.   
c) Direito Tributário – no Direito Tributário está assegurada as diversas espécies de tributos da seguridade social, sua fiscalização e seu recolhimento.  
d) Direito Administrativo – Toda atividade de fiscalização do recolhimento dos tributos previdenciários é de responsabilidade da administração pública através do Poder de Polícia. 
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e) Direito Civil – Conceitua e define todas as pessoas a serem beneficiadas ou devedores de contribuições previdenciárias.
f) Direito Comercial ou empresarial – estabelece e conceitua as empresas de modo geral e suas responsabilidades.
g) Direito Penal – No direito penal estão estabelecidas as normas e penalidades em caso de fraudes à legislação da seguridade social. 
h) Direito Internacional – As Convenções e Recomendações da Organização Internacional do Trabalho instituem novas para o estabelecimento de Seguros Sociais e Previdências. 
i) Direito Financeiro – As receitas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas às ações da Seguridade Social serão estudadas através do Direito Financeiro. 
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Organização da Previdência Social
Previdência Social
Forma
Filiação Obrigatória
Caráter contributivo
O regime geral da previdência deve preservar o equilíbrio financeiro e atuarial
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Conceitos
Seguridade social: conjunto de direitos relativos à seguridade social, que abrange ações de saúde, previdência e assistência social.
Regime geral: regime previdenciário de caráter contributivo e de filiação obrigatória (art. 201, CF).
Regime complementar: regime previdenciário de caráter privado, facultativo e organizado pelo sistema capitalizador.
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Regime próprio: regime de caráter contributivo e solidário aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos dos diversos entes federativos, suas autarquias e fundações (art. 40, CF).
Assistência social: face universalizante da previdência social, prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição (art. 203, CF). 
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7 OS DIFERENTES REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
7.1- Regime Geral de Previdência Social – RGPS (art. 201 CF)
7.2- Regime Especial da Previdência Social - REPS
7.2.1-Magistrados (Art. 93, inciso VI e VIII, e 129, parágrafo 4°) 
7.2.2-Militares (Art. 42, parágrafos 9°, 10 e 11, da Constituição) 
7.2.3-Funcionários públicos federais (art. 40 da Constituição Federal, Leis 8.112/90 e 8.688/93) 
7.2.4-Funcionários públicos estaduais e municipais 
7.3- Previdência Privada Complementar (Lei Complementar 109/01).
  
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Eventos cobertos pelo Regime Geral da Previdência Social
Cobertura dos eventos de doença
Cobertura dos eventos de invalidez
Cobertura dos eventos de morte
Cobertura dos eventos de idade avançada
Proteção à maternidade, especialmente à gestante.
Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário.
Salário-família para os dependentes dos segurados de baixa renda.
Auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda.
Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro 
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7.4- Regime de Previdência  Complementar da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios para atender aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo  (art. 202 CF e art. 40 parágrafo 15 CF).
8. BENÉFICIOS DA PREVIDÊNCIA  SOCIAL
8.1- Quanto ao Segurado
a)     Aposentadoria por Invalidez;
b)     Aposentadoria por Idade;
c)      Aposentadoria por tempo de contribuição;
d)     Aposentadoria especial;
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e)     Auxílio-doença;
f)      Salário-maternidade;
g)     Auxílio-acidente;
h)      Salário família para os dependentes do segurados de baixa renda;
i)        Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário
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9. Benefícios da Previdência Social
9.1 Quanto ao segurado, o Prof. Sérgio Pinto MARTINS (2004) enumera os seguintes benefícios:
a)     Aposentadoria por Invalidez, em que o segurado estiver insusceptível
de recuperação para o exercício da atividade, tendo ou não recebido auxílio-doença. Será devida enquanto o segurado permanecer na referida condição. O coeficiente é de 100 % do salário-de-benefício;
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b)     Aposentadoria por idade aos 65 anos para o homem e 60 para mulher, reduzida a idade em cinco anos para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividade em regime de economia familiar, incluindo produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
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c)  Aposentadoria por tempo de contribuição, com 35 anos de contribuição para o homem e 30 para a mulher. O coeficiente de cálculo começa a partir de 70 % do salário-de-contribuição.
d)     Aposentadoria especial para os casos em que haja prejuízo à saúde ou integridade física do empregado durante 15, 20 ou 25 anos. O coeficiente é de 100 % do salário-de-benefício. Dependerá de prova do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física;
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e) auxílio-doença para a pessoa que ficar incapacitada para o trabalho por mais 15 dias, sendo devido a partir do 16º dia de afastamento.
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f)        Salário-maternidade. É pago por 120 dias pelo INSS. A empregada urbana e rural receberão o benefício na própria empresa, que desconta o valor adiantado da importância devida a título de contribuição previdenciária. Para a empregada e trabalhadora avulsa, consiste numa renda mensal igual a sua remuneração integral, tendo por limite máximo a remuneração de Ministro do STF, observado o salário mínimo. Para a empregada doméstica, é igual a seu último salário-de-contribuição. É concedido o salário-maternidade no período de 28 dias antes do parto e 92 depois do parto. O médico é que irá fixar o período de afastamento da segurada;
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g) Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário. O seguro desemprego é regido pela Lei nº. 7.998 de 11-1-1990. O trabalhador que for dispensado sem justa causa, inclusive mediante rescisão direta, deverá comprovar: (a) ter recebido salários no período de seis meses imediatamente anteriores à data da dispensa, de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada; (b) ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada a jurídica ou ter exercido atividade legalmente reconhecida como autônoma, durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses; 
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(c) não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, salvo auxílio-acidente; (d) não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente a sua manutenção e de sua família. É devido ao empregado por um período máximo variável de três a cinco meses, de maneira contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses.
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9.2- Quanto aos Dependentes
a) Pensão por morte;
b) Auxílio-reclusão.
a) Pensão por morte. É devida ao conjunto de dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não. O coeficiente é de 100 % do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento;
b) Auxílio-reclusão. É devido nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, nem de aposentadoria. O coeficiente é o mesmo da pensão por morte.
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9.2.1- Classes de Dependentes
A classificação de dependência junto à Previdência Social está regulada nos art. 16 e 17 da Lei nº. 8.213/91, com as seguintes classes:
I – O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de 18 anos ou inválido;
II – Os pais;
III – O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 18 anos ou inválido.
A existência de dependentes de qualquer das classes referidas acima exclui do direito às prestações o das classes seguintes.
Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições.   
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9.3- Quanto ao segurando e ao Dependente
a) Serviço social;
b) Reabilitação profissional.
A Emenda Constitucional nº 47/2005 estabeleceu, no âmbito da previdência social, a obrigatoriedade de a lei dispor sobre sistema especial de inclusão previdenciária para trabalhadores de baixa renda e aqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda , garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário mínimo. 
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Trata-se da consagração constitucional de direito social específico à “dona de casa de baixa renda”, que se dedica ao trabalho doméstico e à estruturação familiar, com a possibilidade do estabelecimento legal de alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. 
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Casos em que poderemos ter requisitos e critérios diferenciados na concessão de aposentadoria
-Nas atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde
-Nas atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a integridade física.
-Quando se tratar de segurados portadores de deficiência
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n
Benefício que substitui o salário de Contribuição
Benefício que substitui o rendimento do Trabalho
Não terá o valor mensal inferior ao salário mínimo
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Características do Regime da Previdência Privada
Caráter complementar.
Organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social
- Facultativo
- Baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado.
- Será regulado por lei complementar.
Obs: A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos.
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 O que?
-As contribuições do empregador
- Os benefícios
-As condições contratuais previstas nos estatutos
-As condições contratuais previstas nos regulamentos
- Os planos de benefícios das entidades de previdência privada
 REGRA
-Não integram o contrato de trabalho dos participantes
-Não integram a remuneração dos participantes, com exceção dos benefícios concedidos
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Quem?
- A União
- Os Estados
- O Distrito Federal
- As Autarquias de cada um dos entes já citados
-As Fundações de cada um dos entes já citados
- As Empresas públicas de cada um dos entes já citados
- As Sociedades de Economia Mista
O que?	
NÃO poderão repassar recursos para entidades privadas de previdência
EXCEÇÃO
Se repassar os recursos na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado
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Lei complementar irá dispor sobre esses casos, e irá dispor também, sobre a aplicação da mesma regra no que concerne às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.
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Regras de Transição de Aposentadoria Voluntária Integral e Proporcional
A EC nº 20/98, em seu art. 9º, possibilitou, ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas para o regime geral de previdência social, o direito à aposentadoria ao segurado que se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a data de sua publicação, desde que preencha cumulativamente os seguintes requisitos:
- 53 anos de idade, se homem, e 48 anos de idade, se mulher;
- tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a)35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher; e
b)um período adicional de contribuição equivalente a 20% do tempo que, na data da publicação da Ec nº 20/98, faltaria para atingir o limite de tempo constante na alínea anterior.
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Em razão da cumulatividade dos requisitos, a regra de transição fixou idades mínimas para a aposentadoria integral do homem (53 anos) e da mulher (48 anos).
A EC nº 20/98 permitiu, ainda que o segurado
possa aposentar-se com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes condições:
- 53 anos de idade, se homem, e 48 anos de idade, se mulher;
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Questão objetiva (fonte: FCC - Analista MPU 2007)
Analise: I. Eqüidade na forma de participação no custeio; II. Singularidade da cobertura e do atendimento; III. Igualdade da base de financiamento; IV. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços. De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, são objetivos da seguridade social APENAS os indicados em
 a) I e II.  b) I e IV.  c) II e III. 
 d) II e IV. e) III e IV. 
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Questão discursiva:
O art. 203, V, da CF assegura aos portadores de deficiência e aos idosos a garantia de um salário mínimo mensal quando estes ou suas famílias não tiverem condições de subsistência. A Lei 8.742/93, ao regulamentar o referido dispositivo, dispões em seu art. 20, parágrafo 3º, que o parâmetro para se ter direito ao benefício mensal de prestação continuada é uma renda familiar mensal per capita inferior a ¼ do salário mínimo. O Procurador Geral da República, alegando que a referida lei restringe um direito constitucionalmente estabelecido indevidamente, ajuíza Ação Direta de Inconstitucionalidade em face do dispositivo legal mencionado. Com base na jurisprudência do STF, deve a lei ser considerada inconstitucional?
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Resposta:
O STF, no julgamento da ADI 1.232, entendeu que a Lei 8.742/93 é constitucional, sendo legítimo ao Poder Público fixar um critério objetivo para fins de concessão do benefício assistencial. Esta decisão, no entanto, é objeto de diversas críticas, já que impede que muitos portadores de deficiência e idosos em situação difícil tenham direito ao seu recebimento, o que ofenderia os princípios constitucionais da dignidade humana, solidariedade e igualdade material.
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HISTÓRICO 
DA 
EDUCAÇÃO 
A história da educação brasileira se construiu por uma ausência de políticas públicas para a educação
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Somente em 1824 se incluiu na primeira Constituição do Império um único artigo versando acerca da gratuidade do ensino primário e da eliminação da exclusividade do Estado, mas não regulamentava, nem garantia recursos.
Até então toda a estrutura e financiamento da educação se fazia por instituições confessionais vinculadas, na sua maioria, à Igreja Católica.
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A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil – 1891 cria as Instituições de Ensino Superior e determina que o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos será leigo. O ensino primário é normatizado. Passa a ser de caráter obrigatório, público e gratuito para todos os brasileiros. A adoção de uma religião oficial é rompida e a laicização do ensino nos estabelecimentos públicos determinada. 
Ainda assim, em 1910, apenas 10% das crianças na faixa etária de 7 a 14 anos estavam regularmente matriculadas no ensino primário. 
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A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil – 1934 estabelece a competência legislativa da União para traçar diretrizes da educação nacional. 
A educação é definida como direito de todos, dever da família e dos poderes públicos, voltada para consecução de valores de ordem moral e econômica.
Prevê a destinação de recursos para a manutenção do ensino e o provimento de cargos do magistério mediante concurso
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Apresenta dispositivos que organizam a educação nacional, mediante previsão e especificação de linhas gerais de um Plano Nacional de Educação das competências do Conselho Nacional de Educação e criação dos Sistemas Educativos nos Estados.
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A centralização é reforçada não só pela previsão de competência material e legislativa privativa da União em relação às diretrizes e bases da educação nacional, sem referência aos sistemas de ensino dos estados, como pela própria rigidez do regime ditatorial.
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A Constituição de 1946 retoma os princípios das Constituições de 1891 e 1934. 
A educação volta a ser definida como direito de todos, prevalece a idéia de educação pública, a despeito de franqueada à livre iniciativa. São definidos princípios norteadores do ensino, entre eles ensino primário obrigatório e gratuito. A Constituição de 1946 incluiu em seu texto uma normativa que tornava obrigatória a elaboração e publicação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 4.024/1961
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Na Constituição do Brasil de 1967 é reafirmada a gratuidade do ensino e o financiamento pelo Estado. Em decorrência da Constituição de 67, surgem na Educação:
 Lei 5540/68 - reforma universitária;
 Lei 5692/71 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que reestrutura todo o ensino fundamental, médio e profissionalizante.
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A Emenda Constitucional de 1969 não alterou o modelo educacional da Constituição de 1967. Não obstante, limitou a vinculação de receitas para manutenção e desenvolvimento do ensino apenas para os municípios.
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A Constituição da República Federativa do Brasil – 1988 é considerada a constituição cidadã. Institui a gestão democrática da educação pública.
 Reflete as angústias e anseios de um povo "desescolarizado" e busca, ainda que diluída em diferentes espaços do texto constitucional, assegurar a construção de uma nova dinâmica para a educação do país
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Conceito
STF – Pleno – ADInº1.007-7
“os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, sejam os prestados por particulares, configuram serviço público não privativo,podendo ser desenvolvidos pelo setor privado independentemente de concessão, permissão ou autorização”.
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Segundo Celso de Mello, o conceito de educação
“é mais compreensivo e abrangente que o da mera instrução. A educação objetiva propiciar a formação necessária ao desenvolvimento das aptidões, das potencialidades e da personalidade do educando. O processo educacional tem por meta: a) qualificar o educando para o trabalho;e b)prepará-lo para o exercício consciente da cidadania. O acesso à educação é uma das formas de realização concreta do ideal democrático”.
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Educação na Constituição de 1988
A perspectiva política e a natureza pública da educação são realçadas na Constituição Federal de 1988, não só pela expressa definição de seus objetivos, como também pela própria estruturação de todo o sistema educacional.
A Constituição Federal de 1988 enuncia o direito à educação como um direito social no artigo 6º; especifica a competência legislativa nos artigos 22, XXIV e 24, IX; dedica toda uma parte do título da Ordem Social para responsabilizar o Estado e a família, tratar do acesso e da qualidade, organizar o sistema educacional, vincular o financiamento e distribuir encargos e competências para os entes da federação.
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Além do regramento minucioso, a grande inovação do modelo constitucional de 1988 em relação ao direito à educação decorre de seu caráter democrático, especialmente pela preocupação em prever instrumentos voltados para sua efetividade (Ranieri, 2000, p. 78).
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Da Educação
A educação será promovida com a colaboração e incentivo da sociedade e tem por finalidade dar pleno desenvolvimento a pessoa, preparar a pessoa para o exercício da cidadania. E qualificar o individuo para o trabalho.
Todos têm direito à educação.
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Dever de educar dos pais, família e Estado 
O que?
- A educação será promovida com a colaboração da sociedade
-A educação será incentivada com a colaboração
da sociedade
Com qual finalidade?
Dar pleno desenvolvimento a pessoa
Preparar a pessoa para o exercício da cidadania
Qualificar o indivíduo para o trabalho
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Princípios do ensino (art. 206 da CF/88)
-Igualdade de condições para o acesso à escola 
-Igualdade de condições para a permanência na escola 
-Liberdade de aprender
-Liberdade de ensinar
-Liberdade de pesquisar
-Liberdade de divulgar o pensamento
-Liberdade de divulgar a arte
-Liberdade de divulgar o saber
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-Pluralismo de idéias
-Pluralismo de concepções pedagógicas
-Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
-Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
-Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas.
- Gestão democrática do ensino público.
-Garantia de padrão de qualidade.
- Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública
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As universidades gozam de autonomia didático-científica
 As universidades gozam de autonomia Administrativa
As universidades gozam de autonomia na gestão financeira
 As universidades gozam de autonomia na gestão patrimonial
 As universidades obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino,pesquisa e extensão.
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Universidades
Podem admitir
Professores
Estrangeiros
Técnicos Estrangeiros
Cientistas Estrangeiros
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Como será efetivado o dever do estado com a educação?
Garantindo:
Art. 208 da CF/88
-Ensino fundamental, obrigatório e gratuito.
-Oferta gratuita, para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
-Progressiva universalização do ensino médio gratuito.
-Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,preferencialmente na rede regular de ensino.
 
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-Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até5 (cinco) anos de idade.
-Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,segundo a capacidade de cada um.
 -Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando.
-Atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
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 O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
 O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
 Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental,fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
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Condições para o ensino ser ministrado pela iniciativa privada
Cumprimento das normas gerais da educação nacional.
Autorização pelo Poder Público.
Avaliação da qualidade pelo Poder Público.
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Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental para:
-Assegurar formação básica comum.
-Assegurar o respeito aos valores culturais
-Assegurar o respeito aos valores artísticos
-Assegurar o respeito aos valores nacionais
-Assegurar o respeito aos valores regionais
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O ensino religioso pode ser imposto de maneira obrigatória nas escolas públicas de Ensino Fundamental?
Se o ensino fundamental regular é ministrado na língua portuguesa como ficam as comunidades indígenas?
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A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
- A União organizará o sistema federal de ensino.
- A União organizará o sistema de ensino dos Territórios.
- A União financiará as instituições de ensino públicas federais.
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PRINCÍCIO SENSÍVEL DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Princípios sensíveis são aqueles que se infringidos ensejam a mais grave sanção que se pode impor a um Estado Membro da Federação: a intervenção, retirando-lhe a autonomia organizacional, que caracteriza a estrutura federativa
Art. 34,VII,e ver.
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A União exercerá, em matéria constitucional, função redistributiva e supletiva
Com qual finalidade?
- Garantir equalização de oportunidades educacionais
-Garantir padrão mínimo de qualidade de ensino
Como?
-Mediante assistência técnica e financeira aos Estados
-Mediante assistência técnica e financeira ao Distrito Federal
- Mediante assistência técnica e financeiras aos Municípios
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Da Atuação
Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e educação infantil.
Os Estados e Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e ensino médio.
Os Estados e Municípios definirão formas de colaboração na organização de seus sistemas de ensino com a finalidade de assegurar a universalização do ensino obrigatório.
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- A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.
- A União é obrigada a aplicar no mínimo 18% da receita dos seus impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino.
- Os Estados e o Distrito Federal e os Municípios são obrigados a aplicar no mínimo 25% da receita dos seus impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino.
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Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas.
Exceções
-Os recursos públicos podem ser dirigidos as escolas comunitárias (desde que comprovem finalidade não lucrativa, as escolas filantrôpicas (desde que apliquem seus excedentes financeiros em educação) e as escolas confessionais (desde que encerrada a escola ela assegure a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrôpica ou confessional.
Os recursos poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares na rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
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As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público.
Plano Nacional de Educação
Será estabelecido por LEI
Será de duração plurianual
O Plano Nacional visa articulação do ensino em seus diversos níveis e desenvolvimento do ensino.
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Todas as ações devem visar à erradicação do analfabetismo, à universalidade do atendimento escolar, à melhoria da qualidade de ensino, à formação para o trabalho,à promoção humanística, científica e tecnológica do País.
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	Lei nº 9.394/96
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
	Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
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 Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
	I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
	II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
	III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
	IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
	V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
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 VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
	VII - valorização do profissional da educação escolar;
	VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
	IX - garantia de padrão de qualidade;
	X- valorização da experiência extra-escolar;
	XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
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Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
 I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
 II - administrar seu pessoal e seus
recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos;
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IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a Comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
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 VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;
 	VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei.
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 Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
 I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
  II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
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 Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
  I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;
   II - educação superior.
	Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: 
	I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar(...)
	II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental(...)
	III - (...)o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do currículo(...)
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 V - verificação do rendimento escolar(...) 
	Observando os critérios: avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, possibilidade de aceleração de estudos, de avanço, aproveitamento de estudos e obrigatoriedade de estudos de recuperação.
	VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola(...)
 VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos(...)
	Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada
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A LDB dispõe ainda sobre os seguintes aspectos:
Educação Básica – artigos 22 a 28
Educação Infantil – artigos 29 a 31
Ensino Fundamental – artigos 32 a 34
Ensino Médio – artigos 35 e 36
Educação de Jovens e Adultos – artigos 37 e 38
Educ. Profissional e Tecnológica – artigos 39 a 42
Educação Superior – artigos 43 a 57
Educação especial – artigos 58 a 60
Profissionais da Educação – artigos 61 a 67
Recursos financeiros – artigos 68 a 77
Disposições Gerais e Transitórias – artigos 78 a 92
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As determinações do art. 214, da CF, “A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público...” e as diretrizes delineadas pela Lei 9.394/96, foram transformadas em metas e objetivos para o sistema educacional brasileiro por meio do Plano Nacional de Educação (PNE) Lei n.º 10.172/2001
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A partir de 1996, com a promulgação da nova LDB temos tido uma avalanche de atos normativos emitidos pelo governo federal, na forma de leis, decretos, resoluções, portarias, pareceres, que são documentos estruturais para compreender por onde caminha o direito educacional brasileiro. 
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Educação Infantil 
Parecer CNE/CEB nº 22/1998 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 
Resolução CNE/CEB nº 01/1999 - Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
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Questão discursiva:
João da Silva, militar, foi transferido do Rio de Janeiro – onde cursava a faculdade de direito em uma instituição privada – para Porto Alegre – onde obteve transferência para um curso de direito em uma instituição pública. Ajuizada ação para discutir a legitimidade de tal transferência em face do princípio da igualdade no acesso ao ensino superior, a decisão judicial só veio a ser proferida após a conclusão do curso por João da Silva. Neste caso, indaga-se:
a)      A transferência de João da Silva foi regular?
b)      Quais devem ser as consequências do julgamento da ação que, porventura, reconheça a irregularidade da transferência?
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a)      A Lei 9.536/97 assegura a transferência para estabelecimento de mesma natureza, sendo inconstitucional qualquer interpretação diversa (STF, ADI 3.324).
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Sobre o ensino no Brasil, analise:
I.       Um dos princípios que regem o ensino é a garantia de padrão de qualidade.
II.    O ensino é livre à iniciativa privada, não sendo necessária autorização do Poder Público.
III. Os Municípios atuarão prioritariamente na educação infantil e no ensino médio.
IV. O Estado deve garantir a progressiva universalização do ensino médio gratuito.
Estão corretas apenas:
a)      III e IV. b)      II e IV c)      II e III
d)     I e IV e)      I e II

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