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Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 1 PARECER TÉCNICO PROJETO DE MOBILIDADE URBANA CRIAÇÃO DO BINÁRIO DE ACESSO A CIDADE MUNICÍPIO DE TIMBÓ Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli Mestrando em Engenharia Ambiental - FURB CREA/SC: 98322-7 Blumenau, 25 de janeiro de 2012. Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 2 PARECER TÉCNICO: PROJETO DE MOBILIDADE URBANA CRIAÇÃO DO BINÁRIO DE ACESSO A CIDADE MUNICÍPIO DE TIMBÓ ANÁLISE A avaliação de impactos ambientais foi introduzida no Brasil, a partir da Resolução do CONAMA n. 01 de 23 de janeiro de 1986. No art. 1°. deste documento, impacto ambiental é definido como “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais.” A Resolução do CONAMA n. 237 de 19 de Dezembro de 1997, que “Dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da União, Estados e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental.”, apresenta em seu anexo I os empreendimentos e as atividades sujeitas ao licenciamento ambiental, dentre elas incluem-se, nas obras civis, “Rodovias, ferrovias, hidrovias e metropolitanos” e “outras obras de arte”. Na implantação de infraestrutura rodoviária, as pontes são consideradas entre as obras de arte (Fainstein, 1996) 1 . A Lei Federal n. 10.257 de 10 de julho de 2001, conhecida como Estatuto das Cidades e, que estabelece diretrizes gerais da política urbana, no art. 4, inciso VI, o instrumento estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). No art. 37, é estabelecido que “o EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades”. 1 FAINSTEIN, A. Manual de projeto de obras-de-arte especiais, DNER, Rio de Janeiro, 1996, 233 p. Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 3 Neste contexto, o empreendimento do binário e de uma ponte sobre o rio Benedito, no município de Timbó é abrangido, visto que estão localizados dentro do perímetro urbano. Os projetos do binário e da ponte foram desenvolvidos pela empresa Projetar Engenharia Ltda. Os documentos disponibilizados para análise compreendem os estudos topográficos, geotécnicos e hidrológicos e, os projetos geométricos, terraplenagem, drenagem, pavimentação e sinalização, o projeto estrutural da ponte, desenvolvido pela empresa Perci Odebrecht Engenharia e Consultoria S/S Ltda. e o Estudo de Impacto de Vizinhança, desenvolvido pela empresa Pronus Consultoria e Assessoria em Engenharia. O Estudo de Impacto de Vizinhança deve orientar o órgão ambiental no seu procedimento de licenciamento dentro do perímetro urbano, a partir da identificação dos impactos positivos e negativos gerados pelo empreendimento. Tanto no capítulo “Histórico”, do projeto, elaborado pela Projetar Engenharia Ltda. quanto no item 1.1.2 “Desastres naturais” do Estudo de Impacto de Vizinhança, cita-se o problema de inundações geradas por enchentes escoadas no rio dos Cedros e rio Benedito, tendo sido lembrado dos eventos ocorridos em 2008, 2009 e 2010. Poderíamos incluir a enchente de setembro de 2011, que provocou as inundações mais importantes dos últimos anos na região e no município de Timbó. Portanto, inundações provocadas por enchentes nos rios Benedito e dos Cedros são freqüentes no município de Timbó, devendo ser considerada com grande preocupação na implantação de toda e qualquer obra de construção civil pública ou privada. Os danos econômicos, sociais e ambientais gerados pelas inundações são elevados, tanto para o setor público quanto para o setor privado. É preciso que medidas sejam adotadas visando à minimização dos danos provocados pelas inundações. As medidas para minimização dos danos provocados por inundações podem ser de diferentes tipos, podendo ser do tipo estrutural ou não estrutural (Tucci, 2002) 2 , nos quais se atua diretamente sobre o escoamento da água ou não. Toda obra que possa provocar alguma influência no escoamento da água no rio, seja do canal principal ou secundário, deve ser analisado com muita precisão. Os efeitos podem ser locais ou podem ser propagados para montante ou para jusante da intervenção. 2 TUCCI, C. E. M. Controle de enchentes. In: Hidrologia Ciência e Aplicação, 3º ed., Porto Alegre, ABRH-Editora UFRGS, p.621-658. 2002. Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 4 O escoamento da enchente no rio é controlada por quatro fatores principais (Baptista et al., 2003) 3 : área da seção transversal de escoamento, perímetro molhada da seção transversal, declividade longitudinal do canal e rugosidade das margens e do fundo do canal. Alterações nestes fatores provocam elevações ou abaixamento do nível da água escoada no canal. Por exemplo, para uma dada vazão de enchente, a redução da área da seção transversal provoca a elevação do nível de água no rio. Como conseqüência do aumento do nível da água, maiores superfícies (maior quantidade de locais) podem ser inundados, gerando maiores danos econômicos, sociais e ambientais. A implantação de uma ponte em um rio pode provocar elevação do nível de água a montante (Silva et al., 2003) 4 . A elevação ocorre quando a seção transversal de escoamento é reduzida devido a sua infraestrutura (blocos de fundações, pilares, vigas, lajes, defensas) e aos aterros de cabeceira. Estes elementos também afetam o perímetro molhado, que atua na capacidade de escoamento da seção fluviométrica. Além disto, dependendo da concepção adotada no projeto da ponte, pode existir redução da seção devido à retenção de entulhos pela infraestrutura da mesma, durante a passagem de uma onda de cheia. Quando da ocorrência de enchentes, é freqüente observar ocorrência de danos devido a pontes inadequadamente dimensionadas sob o ponto de vista hidráulico. O manual de projeto de pontes, do antigo DNER, atual DNIT (Fainstein, 1996) 5 , indica que o estudo hidrológico deve apresentar os seguintes elementos: “a - níveis máximo e mínimo das águas; b - seção de vazão do projeto; c - regime fluvial, com indicação de períodos de enchente e seca e dos meses mais convenientes para execução das fundações; d - necessidade de proteção das encostas ou das margens, nas proximidades da obra-de-arte especial; e - direção e velocidades da correnteza; f - existência e tipo de erosão do fundo e das margens do rio; g - arraste de material sólido; h - necessidade de gabarito de navegação; 3 BAPTISTA, M. B.; COELHO, M. M. L. P.; CIRILO, J. A.; MASCARENHAS, F. C. B. Hidráulica Aplicada. 2. ed. Porto Alegre: Editora ABRH, 2003. 621 p. 4 SILVA, R. C. V.; MASCARENHAS, F.; MIGUEZ, M. G. Hidráulica Fluvial I. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 2003. 305 p. 5 FAINSTEIN, A. Manual de projeto de obras-de-arte especiais, DNER, Rio de Janeiro, 1996, 233 p. Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 5 i - forma convenientee espaçamento mínimo dos pilares.” O DNIT (Martins, 2006) 6 recomenda que na determinação da vazão de projeto da seção de escoamento em uma ponte, seja adotado o período de retorno de 100 anos. O período de retorno é obtido nos estudos hidrológicos, a partir das séries de dados de chuva ou vazão e indica a frequência com que uma dada magnitude de enchente é igualada ou superada. É o principal parâmetro de projeto de estruturas hidráulicas. No estudo hidrológico realizado para o binário e a ponte, a análise de freqüência foi efetuada com uma pequena série histórica de uma estação pluviométrica de Blumenau, sem identificação da estação e do código, para o período de 1953 a 1985. Na bacia do rio Benedito existe estações pluviométricas e fluviométricas com séries longas e com dados mais recentes, que poderiam ter sido utilizadas no estudo hidrológico do binário e da ponte. O estudo hidrológico desenvolvido pela empresa Projetar Engenharia Ltda. foi direcionado para a microdrenagem (sarjetas, bocas de lobo e galerias de águas pluviais) 7 . O estudo hidrológico desenvolvido pela empresa Projetar Engenharia Ltda. não visou às condições de escoamento no rio Benedito, na seção fluviométrica onde será implantada a ponte. Portanto, nenhuma informação é fornecida sobre a cota de inundação (cota variável em função da linha de água de uma onda de cheia) 8 . Na planta 2-14 do projeto da Ponte é apresentado um corte longitudinal, onde a cota do nível médio do rio está identificada (valor apresentado é 59.000). No entanto, nenhuma referencia é feita com relação ao nível máximo, para uma frequência de enchente estabelecida ou o nível máximo de enchente registrada no rio naquela seção fluviométrica. Isto indica claramente, que a enchente não foi abordada no dimensionamento hidráulico da ponte, na fase de elaboração de projeto do binário. É mais preocupante, ainda, constatar que a ponte não foi objeto de avaliação do estudo de impacto de vizinhança, elaborado pela empresa Pronus Consultoria e Assessoria em Engenharia. A ponte é citada nos capítulos 1 e 2, de introdução e de caracterização do empreendimento, demonstrando que esta componente do projeto não foi objeto de análise. Em contrapartida, na redação do objetivo do Estudo de Impacto de 6 MARTINS, A.P. et al. Diretrizes básicas para estudos e projetos rodoviários: escopos básicos / instruções de serviço. 3. ed., Rio de Janeiro, 2006. 484p. (IPR. Publ., 726). 7 TUCCI, C. E. M; PORTO, R. L., Barros, M. T. de, et al. Drenagem urbana. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1995. 428p. 8 PINHEIRO, A. Enchentes e inundações. In: Rozely Ferreira dos Santos. (Org.). Vulnerabilidade Ambiental. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2007, p. 97-108. Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 6 Vizinhança (pg. 10 do EIV) está escrito “No sentido de mitigar ações negativas ä vida urbana, tais como, enchentes, tráfego intenso de veículos, ....”, parecia que a questão da ponte e sua interferência no escoamento da enchente poderia ser tratada. No entanto, no item 2.7.7 “Carreamento de sólidos e assoreamento da rede de drenagem” está escrito “No caso de áreas suscetíveis a alagamentos, os estudos de hidrologia deverão fornecer as alturas e periodicidade previstas de alagamentos que, por sua vez indicarão a necessidade ou não de projeção especial”. Os estudos hidrológicos realizados na fase de projeto não fazem indicação dos elementos especificados e, o estudo de impacto de vizinhança não apresenta conteúdo que possa ser identificado como estudo hidrológico. No item 3.6 “Corpos Hídricos” foi descrito brevemente sobre a bacia do Itajaí e uma frase e meia (isto mesmo, meia frase, pois o texto está incompleto) sobre o local onde o empreendimento será executado. Foi escrito (pg. 56) “Os recursos hídricos diretamente afetados, e estão dentro da área de interferência imediata, é o Rio Benedito e o Rio dos Cedros. Ambos classificados como classe”. Esta parte reproduzida literalmente e o mapa da bacia do Itajaí (figura sem numeração, copiada do site do Comitê do Itajaí, pg. 57) é tudo o que se tem de hidrologia relacionado o empreendimento no estudo de impacto de vizinhança. Isto evidencia a não preocupação com o fenômeno de enchentes, que frequentemente causam sérios danos sociais, econômicos e ambientais na região e na área de abrangência da obra. Corroboram com esta afirmação, a análise dos impactos gerados pelo empreendimento, cujos títulos são (da pagina 60 a pagina 78) 9 : - 4.2 impactos urbanísticos positivos e negativos induzidos pelo empreendimento; - 4.2.1 uso e ocupação do espaço urbano; - 4.2.2 insolação e sombreamento - 4.2.3 ventilação - 4.1.4 permeabilidade do solo - 4.1.5 compatibilidade com os equipamentos urbanos e comunitários - 4.1.6 compatibilidade com o sistema viário e de transporte - 4.1.6.1 impactos do tráfego gerado pelo empreendimento - 4.1.6.2 impacto na demanda sobre estacionamentos 9 A sequência de itens e a numeração é aquela do relatório de impacto de vizinhança elaborado pela empresa Pronus Consultoria e Assessoria em Engenharia. Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 7 - 4.1.6.3 impactos nos transportes coletivos - 4.1.7 compatibilidade do empreendimento com a paisagem imediata - 4.1.8 benefícios econômicos e sociais - 4.2 Avaliação dos impactos na fase de implantação do empreendimento - 4.2.1 geração de material do movimento de terra - 4.2.2 geração de resíduos da construção civil - 4.2.3 aumento do tráfego de veículos pesados - 4.2.4 ruído, calor e vibração - 4.2.5 interferências sobre a infraestrutura urbana - 4.2.6 poluição do ar - 4.2.7 contaminação do solo / água - 4.2.8 alteração da estabilidade dos solos - 4.3 fase de operação - 4.3.1 geração de ruído - 4.3.2 geração de efluentes - 4.3.3 pressão sobre o sistema de recebimento de resíduos sólidos - 4.3.4 emissões atmosféricas - 4.3.5 dinamização do setor econômico - 4.3.6 valorização imobiliária - 4.3.7 interferência na infraestrutura urbana - 4.3.8 Metodologia para avaliação dos impactos e classificação das medidas Nada, absolutamente nada sobre a interferência do empreendimento sobre o escoamento da onda de cheia e sobre as cotas de inundação foi apontado pelo estudo de impacto de vizinhança. Isto é extremamente preocupante. A implantação de uma ponte e os aterros de cabeceira, para as vias de acesso, pode interferir sobre o escoamento fluvial, sendo, portanto, um impacto ambiental negativo de alta relevância. Possivelmente, este impacto é tão ou mais importante que a maioria dos impactos acima relacionados. A magnitude deste impacto negativo precisa ser quantificada através de cálculos hidráulicos apropriados. A sua magnitude depende, sobretudo, da concepção e da tecnologia utilizada pelo projeto da ponte. Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 8 O estudo de impacto de vizinhança foi apresentado a comunidade de Timbó no dia 13 de maio de 2011. No entanto, em função dos conflitos de interesse sócio- econômico-cultural identificado pela FATMA (pg. 11), do Relatório de Vistoria / Parecer Técnico 007/2011/CVI de 15 de junho de 2011, foi evidenciada a necessidade de licenciamento ambiental prévio, visto que não foram apresentadas alternativas tecnológicas e locacionais. Neste documento da FATMA, foi recomendado que o licenciamento ambiental prévio e de instalação fosse conduzido por equipe multidisciplinar. PARECER Projetos de mobilidade urbana constituem grande demanda dos governosmunicipais, visando resolver problemas crescentes de congestionamentos nos centros das cidades. Apesar da sua importância, os projetos precisam enquadra-se nos requisitos legais, como a avaliação de impactos ambientais. Na avaliação de impactos ambientais, alguns aspectos são fundamentais. Entre eles, destacam-se o estudo de alternativas locacionais e tecnológicas dos empreendimentos, avaliação de impactos relevantes e a minimização dos impactos ambientais negativos. O estudo de alternativas implica em avaliar possibilidades de localização dos empreendimentos, buscando os locais com melhores balanços entre os impactos positivos e negativos. No caso de obras viárias, as alternativas locacionais implicam no estudo de diferentes trajetos. Em termos tecnológicos, os conhecimentos de engenharia permitem a escolha de diferentes configurações e materiais para os elementos de projeto. Isto é, mais relevantes para o caso de pontes, onde as alternativas tecnológicas são amplas. No projeto do binário apresentado, o estudo de alternativas locacionais e tecnológicas não foram apresentados. Deste modo, não é possível saber se o projeto adotado é aquele que produz melhor resultado ambiental. Em termos de impactos ambientais, tanto o projeto do binário quanto o estudo de impacto de vizinhança não focaram o problema de inundações, que ocorrem com freqüência na região e no município de Timbó e, que tem gerados elevados danos sociais, econômicos e ambientais. A obra do binário interfere no rio através da construção de uma ponte no rio Benedito, a jusante de outra ponte já existente. A Eng. Ambiental Mauricio Perazzoli CREA/SC: 98322-7 9 construção desta ponte altera a seção de escoamento fluvial, através da sua infraestrutura e dos aterros nas cabeceiras. Este impacto ambiental é negativo e de alta relevância para a região, mas não foi objeto de avaliação no estudo de impacto de vizinhança. Esta avaliação é extremamente importante que seja feita, de modo a quantificar a sua magnitude, comparando-a com outras alternativas locacionais e tecnológicas do projeto. Vale ressaltar que no relatório de impacto de vizinhança, no item 1.1.2 “desastres naturais” é afirmado que “Esta calamidade poderia ter sido numa escala aceitável se a ponte que o município está pleiteando estivesse construída.” Está afirmação no capítulo 1 “Apresentação” induz a uma análise ambiental equivocada, onde se afirma o contrário da física de fluidos. A ponte pode ser importante para a mobilidade urbana, mas, certamente, apresenta algum efeito sobre a hidráulica do escoamento da água no rio. Portanto, seu efeito sobre o escoamento da onda de cheia e, consequentemente, sobre a área inundável, deve ser avaliada através de estudo hidrológico e hidráulico apropriado. Não pode ser analisado apenas por percepção, com afirmações indutoras de equívocos conceituais. É lamentável constatar que a FATMA, com toda a sua experiência e possuidora de equipes multidisciplinares competentes, habituada a tratar problemas ambientais mais complexos, tenha se limitado a licenciar apenas a supressão vegetal. Uma ponte situada a jusante de outra, pode produzir impactos ambientais negativos tão ou mais importantes que a supressão vegetal, quando localizadas em áreas sujeitas à inundação e, cujos estudos hidrológicos e hidráulicos praticamente inexistiram em todo o processo de avaliação de impactos ambientais. Neste sentido, recomenda-se que a obra do binário não seja executada sem uma avaliação da magnitude dos impactos gerados pela construção da ponte sobre a linha de água de ondas de cheias com diferentes frequências de ocorrência, bem como seja efetuada a comparação com outras alternativas locacionais e/ou tecnológicas. Além disso, seria extremamente interessante que a FATMA participasse deste processo, visto o seu reconhecimento como órgão ambiental comprometido com a qualidade ambiental do Estado de Santa Catarina.
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