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DIFERENÇA ENTRE << REVOGAÇÃO TÁCITA DE UMA LEI >> e << REVOGAÇÃO EXPRESSA DE UMA LEI >> =================================================================================== A revogação tácita ocorre quando uma nova lei revoga a lei anterior indiretamente. Por exemplo, uma nova lei é criada e trata de um assunto que outra lei anterior já tratava. Cronologicamente, a lei mais atual é a que vale. Lex posterior derogat priori - Uma lei nova derroga uma lei velha. Se as leis (nova e antiga) forem da mesma esfera (municipal, estadual, federal, ordinária, complementar, emenda constitucional, etc), ou se a nova lei for de hierarquia superior (uma emenda constitucional em relação a uma lei ordinária), mesmo sem citar textualmente qual lei estará sendo revogada, isso causará a revogação da lei anterior. Isso não ocorre caso a nova lei seja de hierarquia inferior à lei mais antiga. Explicando, digamos hipoteticamente que o Código Civil era aplicado para certos casos relativos ao trânsito, com a promulgação do CTB - Código de Trânsito Brasileiro, as disposições do Código Civil que diziam algo diferente do CTB estariam revogadas, mesmo que o CTB não tenha indicado quais deveriam ser revogadas. A lei que revoga tacitamente a lei anterior geralmente diz em seu final : "ficam revogadas as disposições em contrário". No caso da revogação expressa, a nova lei revoga expressamente a lei antiga, ou seja, cita expressamente qual lei, artigo, parágrafo, inciso e alíneas da lei que estaria sendo revogada. Vale lembrar que uma lei só passa a valer depois de decorridos 45 dias após publicação oficial (vacatio legis previsto no Art. 1° da Lei de Introdução ao Código Civil), salvo disposição em contrário. Caso a nova lei passe a valer em menos de 45 dias, a lei deverá explicitar da seguinte forma “esta lei entra em vigor após decorridos << o número de dias>> dias de sua publicação oficial”.
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