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RESUMO DIREITO PROCESSUAL CIVIL

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Igor Demétrio 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DIREITO PROCESSUAL 
CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Igor Demétrio 
 
Resumo Direito Processual Civil 
 
Lide ou litígios: conflitos de interesse, caracterizado por pretensões resistidas. 
Direito processual civil: é o ramo da ciência jurídica que trata do complexo das 
normas reguladoras do exercício da jurisdição civil. 
Fontes do Direito Processual Civil 
As fontes do Direito Processual Civil são as mesmas do direito em geral, isto é, a lei e 
os costumes, como fontes imediatas, e a doutrina e a jurisprudência, como fontes mediatas. 
Ação Popular Lei 4717/1965. 
Ação de Alimentos Lei 5478/1968. 
Mandado de Segurança Lei 12016/09. 
A lei processual no tempo 
A lei processual que se aplica em questões processuais é a que vigora no momento da 
prática do ato formal, e não a do tempo em que o ato material se deu. 
Art. 14 CPC. 
Art. 6º LINDB. 
A lei em vigor alcança o processo no estado em que se acha no momento de sua 
entrada, mas respeita os efeitos dos atos já praticados, que continuam regulados pela lei do 
tempo em que foram consumados. 
A lei processual no espaço 
Art. 13 CPC. 
É universalmente aceito o princípio da Territoriedade das leis processuais, ou seja, o 
juiz apenas aplica ao processo a lei processual do local onde exerce a jurisdição. 
Art. 13 LINDB. 
Princípio e normas fundamentais do processo civil 
1 – Princípio do devido processo legal: a justa composição da lide só pode ser 
alcançado quando prestada a tutela jurisdicional dentro das normas processuais traçadas pelo 
Direito Processual Civil, das quais não é dado ao Estado declinar perante nenhuma causa (Art. 
5º LIV e LV CF). 
2 – Princípio da verdade real: a obrigação do juiz de perseguir a veracidade das 
versões apresentadas, por meio de vários deveres e de uma atuação oficial na condução da 
produção probatória, sem que isso implique qualquer violação da imparcialidade e da 
independência do Estado-juiz. 
Art. 371 CPC. 
Igor Demétrio 
 
A formação do convencimento, nos termos do art. 371 CPC, fica limitada ao juiz para 
garantia das partes, em dois sentidos: 
a) Sua conclusão deverá basear-se apenas “na prova constante nos autos”. 
b) A sentença necessariamente deverá conter “razões da formação de seu 
convencimento”. 
3 – Princípio da recorribilidade e do duplo grau de jurisdição: Isso quer dizer que, 
como regra geral, a parte tem direito a que sua pretensão seja conhecida e julgada por dois 
juízos distintos, mediante recurso, caso não se conforme com a primeira decisão. Desse 
princípio decorre a necessidade de os órgãos judiciais de competência hierárquica diferente: 
os de primeiro grau (juízes singulares) e os de segundo grau (tribunais superiores). Os 
primeiros são os juízos da causa, e os segundos, os juízos dos recursos. 
Esse princípio não é absoluto. 
4 – Princípio da oralidade: Os elementos que caracterizam o processo oral em sua 
pureza conceitual são: 
a) A identidade da pessoa física do juiz, de modo que este dirija o processo desde 
o seu início até o julgamento. 
b) A concentração, isto é, que em uma ou em poucas audiências próximas se 
realize a produção das provas e o julgamento da causa. 
c) A irrecorribilidade das decisões interlocutórias, evitando a cisão do processo 
ou a sua interrupção contínua, mediante recursos, que devolvem ao tribunal o julgamento 
impugnado (não repetido no CPC –Art. 1015 CPC). 
 
5 – Princípio da economia processual: consiste em tratar-se de obter o maior resultado 
com o mínimo de emprego de atividade processual. 
6 – Princípio da duração razoável do processo: Art. 4º CPC – é um dever primário e 
fundamental assegurar a todos quantos dependam da tutela da justiça uma duração razoável 
para o processo e um empenho efetivo para garantir a celeridade da respectiva tramitação. 
7 – Princípio da eventualidade ou da preclusão: Consiste em que cada faculdade 
processual deve ser exercida dentro da fase adequada, sob pena de se perder a oportunidade 
de praticar o ato respectivo. 
Normas fundamentais do processo civil 
Jurisdição: é a função desenvolvida pelo Estado, por meio de órgãos do Poder 
Judiciário para dar solução aos conflitos jurídicos. 
Igor Demétrio 
 
Ação: é o direito subjetivo público reconhecido a todos de acesso à justiça estatal para 
dela obter a tutela aos direitos subjetivos lesados ou ameaçados de lesão. 
Processo: é o método a se observar para que a função jurisdicional seja desempenhada, 
in concreto, na composição dos conflitos levados a exame e na solução do Poder Judiciário. 
Processo de conhecimento: 1 – Ação declaratória; 2 – Ação condenatória; 3 – Ação 
constitutiva. 
1 – Ação declaratória: tem por meta a obtenção de declaração judicial sobre a 
existência ou inexistência de relação jurídica, ou sobre a autenticidade ou falsidade de 
documento. 
2 – Ação condenatória: visa obter o reconhecimento de violação de direito subjetivo 
de uma das partes, com a imposição judicial da prestação que a parte infratora terá de praticar 
para sanar a infração cometida. 
3 – Ação constitutiva: busca obter, por intervenção judicial, mudança na situação 
jurídica existente entre as partes. 
Processo de execução: 1 – das obrigações de entregar coisa; 2 – das obrigações de 
fazer ou não fazer; 3 – das obrigações por quantia certa. 
Art. 2º CPC. 
Princípio inquisitivo: consiste na liberdade da iniciativa conferida ao juiz, tanto na 
instauração da relação processual como no seu desenvolvimento. 
Princípio dispositivo: atribui às partes toda a iniciativa seja na instauração do 
processo, seja no seu impulso. 
Consagra o CPC o princípio dispositivo mitigado. 
Derivações do princípio dispositivo: 
1 – Princípio da demanda: só se reconhece à parte o poder de abrir o processo, nenhum 
juiz prestará a tutela jurisdicional serão quando requerida pela parte. 
2 – Princípio da congruência ( ou da adstrição): o juiz deverá ficar limitado ou adstrito 
ao pedido da parte, de maneira que apreciará e julgará a lide. Art. 141 CPC. 
Art. 3º CPC. 
Por acesso à justiça hoje se compreende o direito a uma tutela efetiva e justa para 
todos os interesses dos particulares agasalhados pelo ordenamento jurídico. 
Arbitragem: Lei 9307/96. Art. 515 VII CPC. 
Conciliação e mediação – Lei 13140/ 15. 
Art. 4º CPC. 
Igor Demétrio 
 
A ideia de duração razoável do processo melhor coaduna com sua adaptação ao 
cumprimento exato dos ritos processuais, sem dilações desnecessárias ou imprestáveis. 
Art. 5º CPC. 
Consiste o princípio da boa-fé objetiva em exigir do agente que pratique o ato jurídico 
sempre pautado em valores acatados pelos costumes, identificados com a ideia de lealdade e 
lisura. 
Art. 6º CPC. 
Tem a função democrática de permitir a todos os sujeitos da relação processual a 
possibilidade de influir, realmente sobre a formação do provimento jurisdicional. 
Justiça e efetividade, como metas do processo democrático, exigem que o processo 
assegure o pleno acesso à justiça e a realização das garantis fundamentais traduzidas nos 
princípios de legalidade, liberdade e igualdade. 
Art. 7º, 9º, 10 CPC. 
Contraditório efetivo: para que o acesso à justiça seja pleno e efetivo, indispensável é 
que o litigante não só tenha assegurado o direito de ser ouvido em juízo; mas há de lhe ser 
reconhecido e garantido também o direito de participar, ativa e concretamente, da formação 
do provimento com que seu pedido de tutela jurisdicional será solucionado. 
Art. 8º CPC. 
Princípio da legalidade: 1 – o procedimento tem de ser aquele definido pela lei, para 
cumprir a garantiaconstitucional do devido processo legal. 
2 – O Provimento do mérito, com que se põe fim ao litígio, será pronunciado com base 
na lei material pertinente. 
Princípio da eficiência: indica que a tutela jurídica somente será legítima se prestada 
tempestivamente (em tempo razoável) e de maneira a proporcionar à parte que faz jus a ela. 
Art. 11 CPC. 
Explica-se a exigência constitucional pela circunstância de que na prestação 
jurisdicional há um interesse público maior do que o privado defendido pelas partes. 
Art. 12 CPC. 
Com isso, quer a lei impedir que ocorra escolha aleatória dos processos a serem 
julgados, dando preferência injustificável a um outro feito, independentemente do momento 
em que a conclusão para julgamento tenha se dado. 
Aplicação das normas processuais 
Art. 13 CPC. 
Art. 14 CPC. 
Igor Demétrio 
 
A lei processual nova é de efeito imediato, atingindo inclusive os processos em 
andamento. 
A lei processual respeita o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada 
(Art. 6º LINDB). 
Art. 15 CPC. 
Cabe ao estatuto civil o papel de fonte de preenchimento de todas as lacunas dos 
outros diplomas processuais. 
Função jurisdicional 
No estágio atual do Estado de Direito, a jurisdição em sua plenitude, se apresenta 
ainda como função tipicamente estatal. 
Jurisdição 
É uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos 
interesses em conflito para imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve 
com justiça. 
Lide ou litígio: é um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. 
Interesse: é a posição favorável para a satisfação de uma necessidade assumida por 
uma das partes. 
Pretensão: a exigência de uma parte de subordinação de um interesse alheio a um 
interesse próprio. 
Características da jurisdição 
1 – Atividade secundária: porque por meio dela, o Estado realiza coativamente uma 
atividade que deveria ter sido primariamente exercida de maneira pacífica e espontânea, pelos 
próprios sujeitos da relação jurídica submetida à decisão. 
2 – Instrumental: é um instrumento de que o próprio direito dispõe para impor-se à 
obediência dos cidadãos. 
3 – Declaratória ou executiva. 
4 – Desinteressada: põe em prática vontades concretas da lei que não se dirigem ao 
órgão jurisdicional, mas aos sujeitos da relação jurídica substancial deduzida em juízo. 
5 – Provocada: o judiciário é sempre um estranho à relação jurídica litigiosa, e se 
conserva indiferente enquanto um dos interessados (público ou privado) não tome iniciativa 
de invocar a intervenção pacificadora. 
Princípios fundamentais 
1 – Juiz natural: só pode exercer a jurisdição aquele órgão a que a Constituição atribui 
o poder jurisdicional. 
Igor Demétrio 
 
2 – Investidura: a jurisdição somente pode ser exercida por juízes regulamente 
investidos. 
3 – Improrrogabilidade: os limites do poder jurisdicional para cada justiça especial, e 
por exclusão, da justiça comum, são traçados pela Constituição. 
4 – Indeclinabilidade: o órgão constitucionalmente investido no poder de jurisdição 
tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional e não a simples faculdade. Exceção – Art. 145 
§1º CPC. 
5 – Indelegabilidade: não pode o juiz ou qualquer órgão jurisdicional delegar a outros 
o exercício da função que a lei lhes conferiu, conservando-se sempre as causas sob o comando 
e controle do juiz natural. 
6 – Aderência territorial: todo juiz ou órgão judicial conta com uma circunscrição 
territorial dentro da qual exerce suas funções jurisdicionais. 
7 – Inércia: Art. 2º CPC. 
8 – Unidade: O poder judiciário é único e soberano embora a partilha de competência 
se dê entre vários órgãos. 
Jurisdição Contenciosa e jurisdição voluntária 
Contenciosa: é a jurisdição propriamente dita, isto é, aquela função que o Estado 
desempenha na pacificação ou composição dos litígios. Pressupõe controvérsia entre as partes 
(lide), a ser solucionada pelo juiz. 
Voluntária: em que o juiz apenas realiza gestão pública em torno de interesses 
privados. Aqui não há lide nem partes, mas apenas um negócio processual envolvendo o juiz e 
os interessados. 
Substitutivos da jurisdição 
Art. 3º CPC. 
1 –Autocomposição: 
a) Transação: é o negócio jurídico em que os sujeitos da lide fazem concessões 
recíprocas para afastar a controvérsia estabelecida entre eles. Pode ocorrer antes da 
instauração do processo ou na sua pendência (Art. 487 III “b” CPC). 
b) Conciliação: é uma transação obtida em juízo, pela intervenção do juiz junto às 
partes, ou do conciliador ou mediador, em que houver, antes de iniciar a instrução da causa. 
(Art. 334§1º CPC). 
c) Juízo arbitral: (Lei 9307/96) – Importa renúncia à via judiciária estatal, 
confiando as partes a solução da lide a pessoas desinteressadas, mas não pertencentes aos 
quadros do poder judiciário. Art. 31 Lei 9307/96. 
Igor Demétrio 
 
d) Art. 337 X e 337 §6º CPC. 
 
2 – Heterocomposição: um terceiro agente (público ou privado) tivesse interferido no 
procedimento desenvolvido para resolver o conflito. 
Processo 
Entre o pedido da parte e o provimento jurisdicional se impõe a prática de uma série 
de atos que formam o procedimento judicial (isto é, a forma de agir em juízo), e cujo 
conteúdo sistemático é o processo. 
Processo: é a série de atos coordenados regulados pelo direito processual, através dos 
quais se leva a cabo o exercício da jurisdição. 
Procedimento: é a forma material com que o processo se realiza em cada caso 
concreto. 
Funções do processo 
Processo de cognição: tem a função de verificar a efetiva situação jurídica das partes. 
Processo de execução: tem a função de realizar efetivamente a situação jurídica 
apurada. 
Condições da ação: tem a função de estabelecer as condições necessárias para que se 
possa num ou noutro caso, pretender a prestação jurisdicional. 
Tutela Cautelar: são procedimentos restritos a prevenção contra o risco de dano 
durante a duração do processo. 
Tutela diferenciada 
1 – Tutela provisória. 
a) Tutela cautelar: apenas preserva a utilidade e eficiência do futuro e eventual 
provimento. 
b) Tutela satisfativa: por meio de liminares ou medidas incidentais, permite à 
parte, antes do julgamento definitivo de mérito, usufruir, provisoriamente, do direito subjetivo 
pelo adversário. 
c) Tutela da evidência: se apoia em comprovação suficiente do direito material da 
parte para deferir, provisória e sumariamente, os efeitos da futura sentença definitiva de 
mérito. 
Para tutela cautelar e satisfativa é preciso: 
Fumus boni iuris: litigante demonstrar uma aparência de direito. 
Periculum in mora: perigo na demora da prestação jurisdicional. 
Igor Demétrio 
 
Para a tutela de evidência é preciso que demonstre: 
Fumus boni iuris. 
Pressupostos processuais 
Os pressupostos processuais são aquelas exigências legais sem cujo atendimento o 
processo, como relação jurídica, não se estabelece ou não se desenvolve validamente. 
Art. 239 CPC. 
Ação 
Ação é o direito subjetivo que consiste no poder de produzir o evento a que está 
condicionado o efetivo exercício da função jurisdicional. 
A ação é um direito abstrato (Direito à composição do litígio) que atua 
independentemente da existência ou inexistência do direito substancial que se pretende fazer 
reconhecido e executado. 
A ação é o direito de obter do Estado a prestação jurisdicional, que, sendo procedente 
a demanda, será apto a tutelar, de forma plena e efetiva, o direito lesado ou ameaçado. 
Condições da ação 
São requisitos a observar, depois de estabelecida regularmente a relação processual,para que o juiz possa solucionar a lide (mérito). Operam no plano da eficácia. 
Art. 17 CPC. 
São duas as condições da ação: 
1 – Interesse de agir: surge da necessidade de obter por meio do processo a proteção 
ao interesse substancial. 
Art. 19 CPC. 
2 – Legitimidade de parte (legitimidade ad causam): Parte em sentido processual, é um 
dos sujeitos da relação processual contrapostos diante do órgão judicial, isto é, aquele que 
pede a tutela jurisdicional (autor) e aquela em face de quem se pretende fazer atuar dita tutela 
(réu). 
A legitimidade ativa caberá ao titular do interesse afirmado na pretensão, e a passiva 
ao titular do interesse que se opõe ou resiste à pretensão. 
Igor Demétrio 
 
Essa legitimação normalmente é chamada ordinária. 
a)Legitimação extraordinária: consiste em permitir-se, em determinadas 
circunstancias, que a parte demande em nome próprio, mas na defesa de interesse alheio. 
Art. 18 CPC – Se denominam substituição processual a excepcionalidade desses casos. 
Art. 485 §3º CPC. 
São de ordem pública as condições da ação, e, por isso, não se sujeitam à preclusão, 
podendo ser apreciadas e dirimidas pelo julgador, de ofício, em qualquer fase do processo e 
em qualquer grau de jurisdição. 
Classificações das ações 
1 – Ação de cognição: provoca a instauração de um processo de conhecimento, busca 
o pronunciamento de uma sentença que declare entre os contendores quem tem razão e quem 
não a tem, a que se realiza mediante determinação da regra jurídica concreta que disciplina o 
caso que formou o objeto do processo. 
a) Ação condenatória: busca não apenas a declaração do direito subjetivo material 
do autor, mas também a formulação de um comando que imponha um prestação a ser 
cumprida pelo réu (sanção). 
b) Ação constitutiva: além da declaração do direito da parte, cria, modifica ou 
extingue um estado ou relação jurídica material. 
c) Ação declaratória: aquela que se destina apenas a declarar a certeza da 
existência, inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica, ou de autenticidade ou 
falsidade de documento. Art. 19 CPC. 
2 – Ação de execução: é a que gera o processo de execução, no qual o órgão judicial 
desenvolve a atividade material tendente a obter, coativamente, o resultado prático 
equivalente àquele que o devedor deveria ter realizado com o adimplemento da obrigação. 
Elementos identificadores da causa 
1 – Partes. 
2 – Pedido. 
3 – Causa de pedir. 
Espécies de resposta do réu 
Art. 335 e 343 CPC. 
Igor Demétrio 
 
Reconvenção: não é defesa, mas contra-ataque do réu por meio da propositura de uma 
outra ação contra o autor, dentro do mesmo processo. 
Contestação: é o de resistência direta à pretensão do autor, tanto por motivos de mérito 
como processuais. 
Competência 
Competência: é o critério de distribuir entre os vários órgãos judiciários as atribuições 
relativas ao desempenho da jurisdição. 
A competência é a medida da jurisdição. 
Todos os juízes tem jurisdição, mas nem todos tem competência. 
Competência internacional (art. 21 a 25 CPC): definem as causas que a justiça 
brasileira deverá conhecer e decidir. 
Competência interna (Art. 42 a 53 CPC): apontam quais os órgãos locais que se 
incumbirão especificamente da tarefa, em cada caso concreto. 
Espécies de competência internacional 
1 – Cumulativa ou concorrente: Art. 21 e 22 CPC. 
2 – Exclusiva: Art. 23 CPC. 
A contrario sensu, e ainda em função do princípio da efetividade, as ações relativas a 
imóveis situados fora do país e o inventário e partilha de bens localizados em território 
estrangeiro escapam a jurisdição nacional. 
Cooperação internacional 
Art. 26 a 41 CPC. 
Modalidades de cooperação 
Ativa: é quando o Brasil requerer a prática de determinado ato a algum Estado 
estrangeiro. 
Passiva: é quando a autoridade estrangeira solicita a realização de ato em território 
nacional. 
Do auxílio direto 
Art. 28 CPC. 
Decisão que, segundo a lei interna nacional, não dependa de homologação pela justiça 
brasileira. 
Art. 28 a 34 CPC. 
Da carta rogatória 
Art. 260 CPC. 
Art. 36 CPC. 
Igor Demétrio 
 
Competência interna 
 
A competência interna divide a função jurisdicional entre os vários órgãos da justiça 
nacional. 
Competência da justiça federal 
Em razão da pessoa: Art. 109, I, II, VIII CF. 
Em razão da matéria: Art. 109, III, XI, X, V-A CF. 
Art. 109 §5º CF. 
Competência das justiças estaduais 
Art. 125 CF. 
Competência residual. 
Critérios de determinação da competência interna 
Critério objetivo: se funda no valor da causa, na natureza da causa ou na qualidade das 
partes. 
Critério funcional: atende às normas que regulam as atribuições dos diversos órgãos e 
de seus componentes, que devam funcionar em um determinado processo, como se dá nas 
sucessivas fases do procedimento em primeiro e segundo graus de jurisdição. 
Critério territorial: se reporta aos limites territoriais em que cada órgão judicante pode 
exercer sua atividade jurisdicional. 
Competências absolutas ou relativas 
Art. 63 e 63 CPC. 
Competência absoluta: é a competência insuscetível de sofrer modificação, seja pela 
vontade das partes, seja pelos motivos legais de prorrogação. 
Competência relativa: é a competência passível de modificação por vontade das partes 
ou por prorrogação oriunda de conexão ou continência de causas. 
Relativas: território e do valor da causa. 
Absoluta: Pessoa, função, matéria. 
Competência do foro e competência do juiz 
Foro competente: vem a ser a circunscrição territorial (seção judiciária ou comarca) 
onde determinada causa deve ser proposta. 
Juiz competente: é aquele entre os vários existentes na mesma circunscrição que deve 
tomar conhecimento da causa, para processá-la e julgá-la. 
A competência dos juízes é matéria pertencente à Organização judiciária local. A do 
foro é regulada pelo CPC. 
Igor Demétrio 
 
Princípio do perpetuatis iurisdictionis: Art. 43 CPC: é norma determinadora da 
inalterabilidade da competência objetiva, a qual, uma vez firmada deve prevalecer durante 
todo o curso do processo. A inalterabilidade, no entanto, é objetiva, isto é, diz respeito ao 
órgão judicial (juízo) e não à pessoa do juiz, pois este pode ser substituído. 
Súmula 367 STJ. 
Competência em razão do valor da causa e em razão da matéria 
Art. 291 e 292 CPC. 
Com base no valor dado à causa, podem as normas de Organização judiciária, 
atribuí-la à competência de um ou outro órgão judicante. 
Lei 9099/95 – Critério de valor até 40 salários mínimos. 
Competência funcional 
Refere-se a competência funcional, modalidade de competência absoluta, à repartição 
das atividades jurisdicionais entre os diversos órgãos que devam atuar dentro de um processo. 
Classificação 
1 – pelas fases do procedimento. 
2 – pelo grau de jurisdição. 
3 – pelo objeto do juízo. 
Competência territorial 
Denomina-se competência territorial a que é atribuída aos diversos órgãos 
jurisdicionais levando em conta a divisão do território nacional em circunscrições judiciárias. 
O CPC no art. 46 e seguintes, regula a competência territorial que também é chamada 
de competência de foro. A distribuição interna dessa competência, chamada competência de 
juízo, é matéria reservada às organizações judiciárias locais. 
As leis de organização judiciária dividem os Estados em circunscrições territoriais 
(foros de primeiro grau) que se denominam comarcas, as quais, internamente, podem se 
dividir em varas (juízos). 
Art. 48 CPC. 
Esse dispositivo pressupõe procedimento sucessório ainda em curso. Se o inventário já 
se encerrou por sentença transitada em julgado,a regra especial de competência não incide. 
Da mesma forma, não se aplica o foro do art. 48 CPC em relação às ações reais imobiliárias 
em que o espólio seja réu, porque sujeitos à competência absoluta do foro da situação do 
imóvel. Igual exceção ocorre em face da ação de desapropriação, que será sempre ajuizada no 
foro em que o imóvel se localizar. 
 
Igor Demétrio 
 
Foro da União, dos Estados e do Distrito Federal 
Art. 51 e 52 CPC. 
Art. 109 §1º CF. 
Foro ratione persoane 
Art. 53 CPC. 
Esse dispositivo estabeleceu dois casos de foros especiais, em busca de melhor tutela a 
interesses de parte, que o legislador considerou em posição de merecer particular tratamento. 
Tratam-se de competências relativas. 
Súmula 1 STJ. 
Foros ratione loci em matéria de obrigações 
Art. 53, III, d, CPC. 
Art. 53, IV, CPC. 
Foro do idoso 
Estatuto do idoso (Lei 10741/2003). 
Art. 53, III, e, CPC. 
Modificação da competência 
Prorrogação de competência 
O CPC instituiu regras de modificação de competência (Arts. 54 a 63 CPC) que se 
aplicam a processos sujeitos apenas a critérios de competência relativa, permitindo falar-se a 
seu respeito em prevenção e prorrogação. 
Dá-se a prorrogação de competência quando se amplia a esfera de competência de um 
órgão judiciário para conhecer de certas causas que não estariam ordinariamente, 
compreendidas em suas atribuições jurisdicionais. 
A prorrogação pode ser: 
1 – Legal (ou necessária): quando decorre da lei como nos casos de conexão ou 
continência (Arts. 54 a 56 CPC). 
2 – Voluntária: quando decorre de ato de vontade das partes (Arts. 63, 65 e 337 §6º 
CPC). 
A prorrogação, em quaisquer desses casos, pressupõe competência relativa. 
Prorrogação legal 
Conexão e continência 
1 – Modalidades de conexão: 
O CPC admite duas modalidades de conexão: 1º pelo pedido comum; e 2º pela mesma 
causa de pedir (Art. 55 CPC). 
Igor Demétrio 
 
Continência 
Art. 56 CPC. 
Dá-se continência entre 2 ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à 
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo abrange a das demais. 
Difere continência de litispendência já que nessa a igualdade duas causas, em todos os 
elementos da lide (sujeitos, pedido e causa de pedir), há de ser total e naquela há de ser 
parcial. 
Por outro lado, a conexão pode verificar-se perante feitos ajuizados até entre partes 
diferentes; mas a continência, tal como a litispendência, só se pode dar entre os mesmos 
litigantes. 
Efeito prático da continência 
Art. 57 CPC. 
Há de se verificar qual ação foi proposta primeiro: 
1 – Se a precedência for da ação continente, o processo relativo à ação contida será 
extinto sem resolução de mérito. É que existira litispendência parcial entre elas de modo que a 
ação menor incorrerá na hipótese de extinção prevista no art. 485, V, CPC. 
2 – Se a ação de pedido menor (contida) for a que primeiro se ajuizou, a reunião das 
ações será obrigatória. 
Prevenção 
Art. 59 CPC. 
Prevenção: vem a ser a prefixação de competência, para todo o conjunto das diversas 
causas, do juiz a quem primeiro foi registrada ou distribuída a petição inicial de uma das lides 
coligadas por conexão ou continência. 
Súmula 489 STJ. 
Prorrogação voluntária 
Ocorre a prorrogação voluntária de competência quando a modificação provém de ato 
de vontade das partes, o que é possível em duas circunstâncias previstas pelo CPC: 
1 – na eleição de foro contratual (Art. 63 CPC). 
2 – na ausência de obrigação de incompetência relativa preliminar de contestação (Art. 
65 CPC). 
Prorrogação de competência em caso de foro de eleição ajustado em contrato de 
adesão 
Art. 63§3º CPC. 
Igor Demétrio 
 
A regra não torna a aplicação da ineficácia um fenômeno exclusivo dos contratos de 
adesão ou de parte hipossuficiente. Em qualquer contrato, em que o abuso seja evidenciado 
por ofensa ao princípio da boa-fé e lealdade entre os contratantes, terá cabimento a norma do 
artigo 63 §3º CPC. 
Prorrogação de competência no âmbito da Justiça Federal 
Em suma jamais se poderá cogitar de prevenção ou prorrogação de competência para 
deslocar um processo da justiça federal para outra justiça (Estadual, trabalhista, eleitoral). 
Aplicar-se-ão, porém, as regras comuns de modificação de competência, quando se tratar de 
competência da Justiça Federal de natureza territorial, desde que o deslocamento se dê entre 
seus próprios juízos (entre suas seções e subseções judiciárias). 
Declaração de incompetência 
Art. 64 §§3º e 4º CPC. 
As decisões proferidas pelo juízo incompetente apenas serão invalidadas: 
1 – se o próprio juiz incompetente revogá-las. 
2 – Se o magistrado destinatário proferir outras sobre a mesma questão. 
Súmula 33 STJ. 
Conflitos de competência 
Art. 66 CPC. 
Conflito positivo: quando os vários juízes se dão por competentes. 
Conflito negativo: quando os diversos juízes se recusam a aceitar a competência, cada 
um atribuindo a outrem a função jurisdicional. 
A competência para julgar o conflito é do tribunal hierarquicamente superior aos 
juízes conflitantes. 
Se, porém, a divergência for entre tribunais (Art. 105, I, “d” e 102, I, “o” CF). 
A legitimação para suscitar o conflito cabe: 
1 – ao juiz. 
2 – à parte. 
3 – ao MP (Art. 951 CPC). 
Procedimento: Art. 951 a 959 CPC. 
Sujeitos do processo 
Partes e procuradores 
Partes 
O processo só se estabelece plenamente com a participação de três sujeitos: Estado, 
autor e réu. 
Igor Demétrio 
 
Autor: é a parte que invoca a tutela jurídica do Estado e toma a posição ativa de 
instaurar a relação processual. 
Réu: é a parte que fica na posição passiva e se sujeita à relação processual instaurada 
pelo autor. 
Nomenclatura 
Conforme o tipo de ação, procedimento ou fase processual a denominação das partes 
varia, na lei e na terminologia forense. 
1 – Processo de conhecimento. 
a) Nas ações em geral: demandante e demandado. 
b) Na reconvenção: reconvinte e reconvindo. 
c) Nos recursos em geral: recorrente e recorrido. 
d) Na apelação: apelante e apelado. 
e) No agravo: agravante e agravado. 
f) Nos embargos de terceiro ou de declaração: embargante e embargado. 
g) Nas intervenções de terceiro: o que é chamado a intervir pode ser “denunciado”, 
“chamado”, “assistente”, amicus curiae ou interveniente. 
2 – Processo de execução. 
a) As partes da execução forçada são: exequente e executado. 
b) Nos embargos do devedor ou de terceiro: embargante e embargado. 
3 – Tutela provisória: as partes são tratadas como requerente e requerido. 
4 – Nos procedimentos de jurisdição voluntária: não há partes, mas apenas 
interessados. 
Substituição Processual 
Art. 18 CPC. 
Legitimação ordinária: é quando a titularidade da ação vincula-se à titularidade do 
pretendido direito material subjetivo, envolvido na lide. 
Legitimação extraordinária: consiste em demandar a parte, em nome próprio, a tutela 
de um direito controvertido de outrem. 
A vontade das partes, não é suficiente para criar substituição processual que não tenha 
sido expressamente prevista em lei. 
Sucessão e substituição da parte 
Ex.: Art. 109 CPC. 
Na sucessão da parte ocorre uma alteração nos polos subjetivos do processo. Uma 
outra pessoa passa a ocupar o lugar do primitivo sujeito da relação processual. 
Igor Demétrio 
 
Na substituição processual, nenhuma alteração se registra nos sujeitos do processo. 
Apenas um deles age, por especial autorização da lei, na defesa de direito material de quem 
não é parte na relação processual. 
Art. 73 §1º CPC. 
Esse dispositivo traz um exemplo de litisconsórciopassivo necessário (Art. 115 CPC). 
Curatela especial 
Em certos casos, o juiz deve dar à parte um representante especial para atuar em seu 
nome apenas no curso do processo. Trata-se do curador especial ou curador à lide, cuja 
nomeação ocorre em alguns casos de incapacidade e de revelia. 
Art. 72 CPC. 
Art. 341, parágrafo único, CPC. 
A curatela à lide é um munus processual que não dá direito a exigir honorários da 
parte representada, mas os serviços profissionais do advogado podem ser reclamados da parte 
contrária, quando ocorra a sua sucumbência. 
Deveres e direitos das partes e procuradores 
Art. 77 CPC. 
Art. 78 CPC. 
Os deveres de lealdade e probidade tocam a ambas as partes (autor e réu), bem como 
aos terceiros intervenientes, e ainda aos advogados que os representem no processo, além do 
MP, da Defensoria Pública e do próprio juiz. 
Ato atentatório à dignidade da justiça 
Art. 77 §§ 1º e 2º CPC. 
Art. 77 §8º CPC. 
Para sanar a infração de um dever processual da parte, a reparação deverá ser exigida 
da própria parte. Não poderá seu representante judicial ser compelido a cumprir a decisão em 
sua substituição. Portanto, sempre que couber à parte o cumprimento pessoal da medida, é a 
ela, e não ao representante, que haverá de ser endereçada a respectiva intimação. 
Art. 77 §2º CPC. 
Multa de até 20% do valor da causa. 
Se o valor da causa for irrisório ou inestimável; multa de até 10 vezes o salário 
mínimo. 
Execução das multas aplicadas em razão do atentado à dignidade da justiça 
Art. 77 §3º CPC. 
Igor Demétrio 
 
1 – Sua exigibilidade não é imediata, pois só deverá ocorrer após o encerramento do 
processo pelo transito em julgado da decisão final. 
2 – O beneficiário da multa não é a parte prejudicada (como se dá na litigância de má-
fé –art. 96 CPC) é o Poder Público que a arrecadará como divida ativa. 
Responsabilidade das partes por dano processual 
Art. 79 CPC. 
O conteúdo da indenização compreenderá, segundo o artigo 81 CPC: 
1 – os prejuízos da parte. 
2 – os honorários advocatícios. 
3 – as despesas efetivadas pelo lesado. 
Essa reparação, que decorre de ato ilícito processual, será devida, qualquer que seja o 
resultado da causa, ainda que o litigante de má-fé consiga, ao final, sentença favorável. 
Multa: 
Mínimo 1% e máximo 10% do valor da causa. 
Se o valor da causa é irrisório ou inestimável: até 10 vezes o valor do salário mínimo. 
Direito especial dos litigantes idosos e portadores de doenças graves 
Art. 1048 CPC. 
A razão de tratamento especial é intuitiva: o litigante idoso não tem perspectiva de 
vida para aguardar a lenta e demorada resposta judicial e, por isso, merece um tratamento 
processual mais célere a fim de poder, com efetividade, se prevalecer da tutela jurisdicional. 
Despesas e multas 
Art. 82 e seguintes CPC. 
Custas: são as verbas pagas aos serventuários da justiça e aos cofres públicos, pela 
prática de ato processual conforme a tabela da lei ou regimento adequado. 
Despesas: são todos os demais gastos feitos pelas partes na prática dos atos 
processuais, com exclusão dos honorários advocatícios. 
Art. 83 CPC. 
Essa medida tem por intuito resguardar eventual direito do réu que saiu vencedor na 
ação de receber as custas e os honorários sucumbenciais do vencido. 
A sucumbência e as obrigações financeiras do processo 
Art. 82 §2º CPC. 
Art. 85 CPC. 
Igor Demétrio 
 
Adotou o código o princípio da sucumbência, que consiste em atribuir à parte vencida 
na causa a responsabilidade por todos os gastos do processo. Assenta-se ele na ideia 
fundamental de que o processo não deve redundar em prejuízo da parte que tenha razão. 
A responsabilidade financeira decorrente da sucumbência é objetiva e prescinde de 
qualquer culpa do litigante derrotado no pleito judiciário. 
Litisconsortes sucumbentes: Art. 87 CPC. 
Art. 88 CPC. 
Não se pode falar em sucumbência nos procedimentos de jurisdição voluntária, por 
inexistência de litígio e de parte. Assim, o requerente adiantará o pagamento de todas as 
despesas, mas terá direito de rateá-las entre os demais interessados. 
Sucumbência recíproca 
Art. 86 CPC. 
Opera-se a sucumbência recíproca quando o autor sai vitorioso apenas em parte de sua 
pretensão. 
Tanto ele como o réu serão, pois, vencidos e vencedores, a um só tempo. 
Art. 85 §14 CPC. 
É proibido a compensação de honorários advocatícios em caso de sucumbência 
parcial. 
Honorários sucumbenciais e direito autônomo do advogado 
Art. 82 §2º CPC. 
Art. 84 CPC. 
Art. 85 CPC. 
A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou, mas 
tais despesas só abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a 
remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha, não incidem, portanto, os gastos 
do vencedor com seu advogado. 
Art. 85 CPC – Remuneração direta ao advogado do vencedor. 
Súmula 421 STJ. 
Art. 85 §19 CPC. 
Art. 85 §17 CPC. 
Ainda que não haja pedido expresso do vencedor, é devido o ressarcimento dos 
honorários de seu advogado. E, mesmo funcionando em causa própria, terá direito, se 
vencedor, à indenização de seus honorários. 
Fixação de honorários 
Igor Demétrio 
 
Art. 85 §2º CPC. 
O juiz condenará o vencido a pagar honorários ao vencedor entre o número de 10 por 
cento e o máximo de 20 por cento “sobre o valor da condenação, do proveito econômico 
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa”. 
Critério de fixação de honorários nas ações de que participe a fazenda pública 
 
Mínimo Máximo 
10% 20 % S ≤ 200 salários mínimos. 
8% 10% 200 > S ≤ 2000 
5% 8% 2000 > S ≤ 20000 
3% 5% 20000 > S≤ 100000 
1% 3% S > 100000 
Ex.: Se a Fazenda Pública ou a parte contrária for condenada a pagar ao vencedor 
valor equivalente a 3 mil salários mínimos, a verba honorária será arbitrada da seguinte 
forma: 1 – mínimo de 10 e máximo de 20 por cento sobre duzentos salários mínimos, 2 – 
mínimo de 8 e máximo de 10 por cento sobre o valor que exceder 200 salários mínimos até o 
limite de 2000 salários mínimos, 3 – mínimo de 5 e máximo de 8 por cento sobre os mil 
salários restantes. 
Casos especiais de fixação de honorários 
Súmula 512 STF. 
Lei 8245/ 91 – art. 58 III. 
Art. 85 §9º CPC. 
Súmula 326 STJ. 
Assistência judiciária (gratuidade da justiça) 
Art. 98 CPC. 
Art. 99 §6º CPC. 
Trata-se de direito personalíssimo, que não se transfere aos herdeiros, sucessores ou 
litisconsortes do beneficiário e é concedido em caráter particular para cada causa. 
Súmula 481 STJ. 
Art. 99 §3º CPC. 
A pessoa jurídica deve provar a hipossuficiência já a pessoa natural é presumida. 
Conforme o grau de necessidade, a assistência judiciária gratuita poderá ser total ou 
parcial, ou seja, poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais. 
Art. 98 §5º CPC. 
Igor Demétrio 
 
Art. 98 §6º CPC – Parcelamento. 
Art. 98 §3º CPC. 
Passado o prazo de 5 anos e não tiver cessado a insuficiência de recursos, as 
obrigações serão extintas. 
Lei 1060/50 – Lei da assistência judiciária. 
Advogados 
Capacidade de Postulação 
Art. 103 CPC. 
Não se confunde a capacidade processual, que é a aptidão para ser parte, com a 
capacidade de postulação, que vem a ser a aptidão para realizar os atos do processo de 
maneira eficaz. 
Mandato judicial 
Para que o advogado represente a parte no processo, há de estar investido de poderes 
adequados, que devem ser outorgados por mandato escrito, público ou particular assinadopela parte (Art. 105 CPC). O instrumento público só é obrigatório para os analfabetos ou para 
os que não tenham condições de assinar o nome. 
Sucessão das partes e dos procuradores 
Sucessão da Parte 
1 – Sucessão inter vivos: ocorre a sucessão inter vivos quando a parte aliena, por meio 
de negócio jurídico, a coisa ou o direito litigioso. Haverá mudança na situação jurídico 
material, mas não na formal. 
Art. 109 CPC. 
Art. 124 CPC. 
2 – Sucessão universal: no caso de morte de qualquer dos litigantes, a sucessão por seu 
espólio ou seus sucessores é necessária, salvo a hipótese de ação intransmissível (Art. 110 
CPC). 
Sucessão do advogado 
A sucessão do advogado no curso do processo pode decorrer de ato de vontade ou de 
fato natural. Pode advir de revogação ou renúncia do mandato, da morte ou incapacidade do 
próprio advogado. Pode, ainda, decorrer de caso de força maior que o impeça de continuar no 
patrocínio da causa. 
Art. 111 CPC. 
Art. 112 CPC. 
Pluralidade de Partes 
Igor Demétrio 
 
Litisconsórcio 
Art. 113 CPC. 
Litisconsórcio: vem a ser a hipótese em que uma das partes do processo se compõe de 
várias pessoas. 
Litisconsortes: são os diversos litigantes, que se colocam do mesmo lado da relação 
processual. 
Classificação 
O litisconsórcio pode ser ativo ou passivo, conforme se estabeleça entre vários autores 
ou entre diversos réus. 
Quanto ao momento 
Inicial: o que já nasce com a propositura da ação. 
Incidental: é o que surge no curso do processo em razão de um fato ulterior à 
propositura da ação. 
Espécies de litisconsórcio 
1 – Conforme possam ou não as partes dispensar ou recusar a formação da relação 
processual plúrima. 
a) Necessário: o que não pode ser dispensado, mesmo com o acordo geral dos 
litigantes. 
b) Facultativo: o que se estabelece por vontade das partes e que se subdivide em 
irrecusável e recusável. O primeiro, quando requerido pelos autores, não pode ser recusado 
pelos réus. O segundo admite rejeição pelos demandados. 
2 – Quanto à uniformidade da decisão perante os litisconsortes: 
a) Unitário: quando a decisão da causa deva ser uniforme em relação a todos os 
litigantes. 
b) Simples: que se dá quando a decisão, embora proferida no mesmo processo, pode 
ser diferente para cada um dos litisconsortes. 
É a partir do direito material que se estabelecerá a cindibilidade ou incindibilidade das 
causas objeto de um litisconsórcio. 
Sistema do código 
Art. 113 CPC. 
Art. 114 CPC. 
Em síntese, o sistema do Código é de reunir no art. 113 os casos em que litisconsórcio 
pode ser facultativo, e no art. 114 especificar as condições para que ele seja necessário. 
 
Igor Demétrio 
 
Litisconsórcio necessário ativo e passivo 
Segundo antigo entendimento doutrinário, a que o CPC se manteve fiel, o 
litisconsórcio necessário ocorre apenas no polo passivo do processo (art. 115, parágrafo único 
CPC). Não há, pois, litisconsórcio necessário ativo, em regra. 
Litisconsórcio necessário não observado na propositura da ação 
O litisconsórcio será necessário quando a sentença tiver que incidir, forçosamente, 
sobre a esfera jurídica de várias pessoas. 
Art. 115 CPC. 
Se o litisconsórcio for necessário e o autor não requerer a citação de todos os 
litisconsortes necessários, tendo curso o processo até sentença final ocorrerá nulidade total do 
processo. 
Se tratando de litisconsórcio simples (comum) a sentença não será nula por falta de 
participação de coobrigado, produzirá efeitos em relação aos que foram citados, e nenhuma 
eficácia acarretará em face dos ausentes do processo. 
Litisconsórcio facultativo unitário 
Art. 116 CPC. 
A figura do litisconsórcio facultativo unitário, implicitamente incluído no artigo 116 
CPC, tem como função resolver a situação daqueles casos previstos no direito material em 
que a relação jurídica é incindível, mas a legitimação para discuti-la é atribuída por lei a mais 
de uma pessoa, que pode agir individualmente, provocando solução extensível a todos os 
cointeressados. 
Posição de cada litisconsorte no processo 
Art. 117 CPC. 
Em regra, os litisconsortes se consideram como litigantes autônomos em seu 
relacionamento com a parte contrária. O princípio, no entanto, é de maior aplicação ao 
litisconsórcio simples, que funciona como cumulação de ações dos vários litigantes, sendo 
possível soluções diferentes para cada um dos vários litisconsortes. 
Intervenção de terceiros 
Ocorre o fenômeno processual chamado intervenção de terceiro quando alguém 
ingressa, como parte ou coadjuvante da parte, em processo pendente entre outras partes. 
Classificações 
1 – Conforme o terceiro vise ampliar ou modificar subjetivamente a relação 
processual: 
Igor Demétrio 
 
a) Ad coadiuvandum: quando o terceiro procura prestar cooperação a uma das 
partes primitiva, como na assistência. 
b) Ad excludendum: quando o terceiro procura excluir uma ou ambas as partes 
primitivas, como na oposição (Art. 682 a 686 CPC – não é procedimento interventivo). 
2 – Conforme a iniciativa da medida: 
a) Espontânea: quando a iniciativa é do terceiro como geralmente ocorre na 
oposição, na assistência, e, às vezes, na intervenção do amicus curiae. 
b) Provocada: quando embora voluntária a medida adotada pelo terceiro, foi ela 
precedida por citação promovida pela parte primitiva (denunciação da lide chamamento ao 
processo e desconsideração da personalidade jurídica). 
 
Assistência 
Art. 119 CPC. 
O assistente não é parte da relação processual – pelo menos na modalidade de 
assistência simples – e nisso se distingue do litisconsorte. Sua posição é de terceiro que tenta 
apenas coadjuvar uma das partes a obter vitória no processo. Não defende direito próprio, mas 
de outrem, embora tenha um interesse próprio a proteger indiretamente. 
Pressupostos da assistência 
1 – Existência de uma relação jurídica entre uma das partes (assistido) e o terceiro 
(assistente). 
2 – Possibilidade de vir a sentença a influir na referida relação. 
Assistência simples e assistência litisconsorcial 
1 – Assistência simples: é quando o assistente intervém tão somente para coadjuvar 
uma das partes a obter sentença favorável, sem defender direito próprio. 
2 – Assistência litisconsorcial: é quando o terceiro assume a posição de assistente na 
defesa direta de direito próprio contra uma das partes. A posição do interveniente, então, 
passará a ser a de litisconsorte (parte) e não mero assistente (Art. 124 CPC). 
Requisitos da assistência litisconsorcial 
1 – há de haver uma relação jurídica entre o interveniente e o adversário do assistido. 
2 – Essa relação há de ser normada pela sentença. 
A assistência litisconsorcial é um exemplo de um litisconsórcio facultativo unitário. 
Cabimento e oportunidade 
Art. 119, parágrafo único, CPC. 
Igor Demétrio 
 
Enquanto não há coisa julgada, é possível a intervenção do assistente, mesmo que já 
exista sentença e a causa esteja em grau de recurso. 
Poderes e ônus processuais do assistente simples e litisconsorcial 
Art. 121 CPC. 
Art. 124 CPC. 
O assistente tem a liberdade de participar, praticando atos do processo. É legitimado a 
recorrer de decisões desfavoráveis ao assistido. 
Art. 122 CPC – a assistência simples não pode impedir que: 
1 – O autor desista da ação e provoque a extinção do processo. 
2 – o Réu reconheça a procedência do pedido, provocando julgamento de mérito 
contrário à parte assistida. 
3 – as partes ponham fim ao litígio mediante transação. 
4 – as partes renunciem ao direito sobre o que se funda a ação. 
*Essas limitações restringem-se à assistência simples ou adesiva (Art.121 CPC). 
Art. 123 CPC. 
A justiça da decisão – sobre o qual o assistente não pode voltar a discutir- refere-se às 
questões de fato que influíram na sentença adversa à parte assistida e que por isso, terá ferido 
algum interesse do interveniente. 
Denunciação da lide 
No CPC a denunciação da lide presta-se à dupla função de, cumulativamente: 
1 – Notificar a existência do litígio a terceiro. 
2 – Propor antecipadamente a ação de regresso contra quem deva reparar os prejuízos 
do denunciante, na eventualidade de sair vencido na ação originária. 
Art. 125 CPC. 
Denunciação da lide: Consiste em chamar o terceiro (denunciado), que mantém um 
vínculo de direito com a parte (denunciante) para vir responder pela garantia do negócio 
jurídico, caso o denunciante saia vencido no processo. 
 
Responsabilidade civil do Estado e direito regressivo contra o funcionário causador do 
dano 
A denunciação, na hipótese, para que o Estado exercite a ação regressiva contra o 
funcionário faltoso não é obrigatória. Mas, uma vez exercitada, não pode ser recusada pelo 
juiz. O entendimento de que o fundamento da responsabilidade do Estado é o nexo objetivo 
Igor Demétrio 
 
do dano, enquanto o da responsabilidade regressiva do funcionário é a culpa, data vênia, não 
impede o exercício da denunciação da lide. 
Facultatividade da denunciação da lide 
Art. 125 §1º CPC. 
O direito de regresso da parte não é prejudicada pela ausência de denunciação da lide, 
nem mesmo pelo seu indeferimento. Apenas na hipótese de a intervenção ter sido julgada 
improcedente pela sentença é que à parte não mais caberá ação autônoma para pleitear o 
direito de regresso. 
Procedimento 
Art. 126 a 129 CPC. 
Art. 129, parágrafo único, CPC. 
Em relação aos honorários advocatícios deve ser observado o seguinte: 
1 – se o denunciante sair vencido na ação originária e vencedor na denunciação 
referente à evicção, o denunciado será condenado nos encargos da ação regressiva e no 
reembolso daqueles a que o evito for condenado a pagar ao evictor. 
2 – Se a denunciação for prejudicada pela vitória do denunciante na ação originária, 
haverá condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do 
denunciado. 
Recursos 
Se a admissibilidade da denunciação da lide for rejeitada na fase de saneamento da 
causa cabe agravo de instrumento (Art. 1015 IX, CPC). 
Quando a apreciação se der na sentença, cabe apelação (Art. 1009 CPC). 
Execução da sentença 
Art. 128, parágrafo único, CPC. 
Mesmo que não se veja uma relação creditícia direta entre o autor e o denunciado, não 
há razão para, funcionalmente, lhe negar uma sub-rogação nos direitos do réu denunciante em 
face do terceiro denunciado, no que diz respeito à garantia a seu cargo. 
Chamamento ao processo 
Chamamento ao processo é o incidente pelo qual o devedor demandado chama para 
integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo a fazê-los também 
responsáveis pelo resultado do feito. 
Art. 132 CPC. 
Casos de admissibilidade do incidente 
Art. 130 CPC. 
Igor Demétrio 
 
Tanto a denunciação da lide como o chamamento ao processo se prestam ao exercício 
incidental de direitos regressivos da parte em face de estranho à causa pendente. 
Porém a diferença é que não se pode chamar ao processo quem não tenha obrigação 
alguma perante o autor da ação primitiva (adversário daquele que provoque o chamamento). 
Procedimento 
Art. 131 CPC. 
O réu deve propor o incidente na contestação. 
Haja ou não aceitação do chamamento, pelo terceiro (chamado), ficará este vinculado 
ao processo, de modo que a sentença que condenar o réu terá, também, força de coisa julgada 
contra o chamado. 
Há o chamamento ao processo em caso de seguro de responsabilidade civil. 
Súmula 529 STJ. 
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
Art. 50 CC. 
Art. 133 CPC. 
O patrimônio dos sócios é alcançado na reparação de danos provocados pela empresa 
a terceiros, quando houver desvio de finalidade ou confissão patrimonial, para os quais os 
gestores tenham concorrido. 
Desconsideração inversa da personalidade jurídica: caracteriza-se pelo afastamento da 
autonomia patrimonial da sociedade para, contrariamente ao que ocorre na desconsideração 
da personalidade propriamente dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social, de modo a 
responsabilizar a pessoa jurídica por obrigações do sócio controlador. 
Art. 133 §2º CPC. 
Art. 133 a 137 CPC. 
Efeitos 
O principal efeito da desconsideração da personalidade jurídica é imputar aos sócios 
ou administradores da empresa a responsabilidade pelos atos fraudulentos praticados em 
prejuízo de terceiros. 
Amicus Curiae 
O amicus curiae mostra-se preponderantemente, como um auxiliar do juízo em causas 
de relevância social, repercussão geral ou cujo objeto seja bastante específico, de modo que o 
magistrado necessite de apoio técnico. 
Art. 138 CPC. 
Procedimento da intervenção 
Igor Demétrio 
 
1 – Requisitos 
Será cabível: 
a) Se a matéria discutida nos autos for relevante; 
b) O tema objeto da demanda for específico ou; 
c) A controvérsia tiver repercussão social. 
 
2 – Quem pode atuar como amicus curiae. 
Art. 138 CPC. 
Pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada com representatividade 
adequada. 
Custas e honorários processuais 
O amicus curiae é um colaborador do juízo, razão pela qual se encontra dispensado do 
pagamento de custas, despesas e honorários processuais. Entretanto, ressalta-se que ele poderá 
ser condenado como litigante de má-fé se incidir numa das hipóteses do art. 80 CPC. 
Dos juízes e dos auxiliares da justiça 
Duplo grau de jurisdição: 
Tanto no aparelho federal como no estadual, a jurisdição civil está organizada segundo 
o sistema do duplo grau de jurisdição, que assegura ao vencido o reexame, pelo tribunal, em 
grau de recurso, da matéria apreciada e decidida pelos juízes de primeiro grau. 
Juízes 
Requisitos de atuação do juiz: 
1 – jurisdicionalidade: devem estar investidos do poder de jurisdição. 
2 – Competência: devem estar dentro da faixa de atribuições, que por lei, se lhes 
assegura. 
3 – Imparcialidade: devem ficar na posição de terceiro em relação às partes 
interessadas. 
4 – Independência: sem subordinação jurídica aos tribunais superiores, ao legislativo 
ou ao Executivo, vinculando-se exclusivamente ao ordenamento jurídico. 
5 – Processualidade: devem obedecer à ordem processual instituída por lei. 
Garantias da magistratura: 
1 – Vitaliciedade. 
2 – Inamovibilidade. 
3 – Irredutibilidade de subsídios. 
Poderes e deveres procedimentais do juiz 
Igor Demétrio 
 
Art. 139 CPC. 
Garantia de imparcialidade do juiz 
Os casos de impedimento são mais graves e, uma vez desobedecidos, tornam 
vulnerável a coisa julgada, pois ensejam ação rescisória da sentença (Art. 966, II, CPC). 
Já os de suspeição permitem o afastamento do juiz do processo, mas não afetam a 
coisa julgada, se não houver a oportuna recusa do julgador pela parte. 
Causas de impedimento: Art. 144 CPC. 
Procedimento de alegação de impedimento e de suspeição 
O impedimento e a suspeição referem-se ao juiz, como pessoa física encarregada da 
prestação jurisdicional. Assim quando o juiz é afastado do processo por motivo de 
impedimento ou suspeição, o processo não se desloca do juízo. Apenas o julgador, dentro do 
mesmo órgão é substituído. 
Auxiliares da justiça 
Auxiliares permanentes: são os que atuam continuamente, prestando colaboração em 
todo e qualquer processo que tramite pelo juízo, como o escrivão, o oficial de justiça e o 
distribuidor. Sem esses auxiliares,nenhum processo pode ter andamento. 
Auxiliares eventuais: são os que não integram habitualmente os quadros do juízo e só 
em alguns processos são convocados para tarefas especiais, como o que se passa com o 
intérprete e o perito. 
Escrivão ou chefe da secretaria 
É o mais importante auxiliar do juízo, pois é o encarregado de dar andamento ao 
processo e de documentar as ações que se praticam em seu curso. 
Art. 152 CPC. 
Responsabilidade civil do escrivão e do chefe da secretaria 
Art. 155 CPC. 
Oficial de justiça 
É o funcionário do juízo que se encarrega de cumprir os mandados relativos a 
diligências fora de cartório, como citações, intimações, notificações, penhoras, sequestros, 
busca e apreensão, imissão de posse, condução de testemunhas. 
As tarefas que lhes cabem podem ser classificadas em duas espécies distintas: 
1 – Atos de intercâmbio processual (citação, intimação). 
2 – atos de execução ou de coação (penhora, arresto, condução, remoção). 
Art. 154 CPC. 
Art. 155 CPC. 
Igor Demétrio 
 
Perito 
O perito é um auxiliar eventual do juízo, que assiste o juiz quando a prova do fato 
litigioso depender de conhecimento técnico ou científico. 
Art. 156 a 158 CPC. 
Depositário e administrador 
O depositário é o serventuário ou auxiliar da justiça que se encarrega da guarda e 
conservação dos bens colocados às ordens do juízo. 
Art. 159 CPC. 
Administrador: será chamado, quando pela natureza dos bens, além da guarda e 
conservação, competir ao auxiliar da justiça praticar atos de gestão. 
O administrador é, pois, o depositário com funções de gestor. 
Intérprete e tradutor 
Intérprete ou tradutor é aquele a quem se atribui o encargo de traduzir para o 
Português os atos ou documentos expressados em língua estrangeira ou em linguagem mímica 
dos surdos-mudos. 
Art. 162 CPC. 
Dos conciliadores e mediadores 
Art. 165 a 175 CPC. 
Mediação 
Nessa modalidade, o mediador tem o encargo de, apenas fazer tratativas e fornecer a 
convergência, sem dizer qual das partes está com a razão, isto é, sem qualquer poder decisório 
vinculante. 
Lei 13140/15. 
Conciliação 
A conciliação conta com a intervenção de um terceiro cuja função é simplesmente 
orientar e auxiliar as partes a chegarem a um consenso em torno do conflito. 
Ao juiz, de ofício, cabe definir, ao despachar a inicial, se a audiência será de 
conciliação ou de mediação, diante do que considerar mais adequado à hipótese dos autos. 
Nada impede, porém, que as partes requeiram seja a audiência realizada sob a forma de 
conciliação ou de mediação. 
Princípios informadores da conciliação e da mediação 
Art. 166 CPC. 
1 – Independência. 
2 – Imparcialidade. 
Igor Demétrio 
 
3 – Isonomia: de forma que as partes possam ter acesso às mesmas informações. 
4 – Autonomia da vontade. 
5 – Busca do consenso: Art. 4º §1º Lei 13140/15. 
6 – Confidencialidade. 
7 – Oralidade. 
8 – Informalidade. 
9 – Decisão informada. 
Impedimento ou impossibilidade temporária 
As hipóteses de impedimento e suspeição do juiz aplicam-se aos conciliadores e 
mediadores. 
Art. 170 CPC. 
Art. 171 CPC. 
Art. 172 CPC – Art. 6º Lei 13140/15. 
Sujeitos especiais do processo 
O Ministério Público 
É o órgão através do qual o Estado procura tutelar, com atuação militante, o interesse 
público e a ordem jurídica, na relação processual e nos procedimentos de jurisdição 
voluntária. 
Art. 176 a 181 CPC. 
Como fiscal da lei, não tem compromisso nem com a parte ativa nem com a passiva da 
relação processual, e só defende a prevalência da ordem jurídica e do bem comum. 
Princípios 
1 – Princípios: 
a) Unidade: significa que seus vários agentes integram uma só corporação, para 
efeito institucional. 
b) Indivisibilidade: seus diversos membros poder ser indiferentemente 
substituídos uns pelos outros em suas funções sem que disso decorra alteração subjetiva nos 
processos em que o MP atua. 
c) Independência: significa que cada um dos membros do Ministério Público age 
segundo sua própria consciência jurídica, sem se submeter à ingerência do Poder Executivo, 
nem dos juízes, e nem mesmo dos órgãos superiores da própria instituição. 
Lei orgânica do MP: Lei 8625/93. 
 
 
Igor Demétrio 
 
Da Advocacia Pública 
A Advocacia Pública é a instituição que, na forma da lei, defende e promove os 
interesses públicos da União, dos Estados, do DF e dos municípios. 
Art. 182 a 184 CPC. 
Da Defensoria Pública 
Art. 185 a 187 CPC. 
Atos Processuais 
Classificação 
1 – Critérios objetivos: 
a) Atos de iniciativa: os que se destinam a instaurar a relação processual. 
b) Atos de desenvolvimento: os que movimentam o processo, compreendendo 
atos de instrução e de ordenação. 
c) Atos de conclusão: atos decisórios do juiz ou dispositivos das partes, como a 
renúncia, a transação e a desistência. 
2 – Critérios subjetivos: 
a) Atos das partes. 
b) Atos dos órgãos jurisdicionais. 
Forma dos atos processuais 
Forma: é o conjunto de solenidades que se devem observar para que o ato jurídico seja 
plenamente eficaz. 
Solenes: são aqueles para os quais a lei prevê uma determinada forma como condição 
de validade. 
Não solenes: são os que podem ser praticados independentemente de qualquer 
solenidade e que se provam por quaisquer dos meios de convencimento admitidos em direito. 
Os atos processuais são solenes porque, via de regra, se subordinam à forma escrita, a 
termos adequados, a lugares e tempo expressamente previstos em lei. 
Publicidade 
Art. 189 CPC. 
São públicos os atos processuais no sentido de que as audiências se realizam a portas 
abertas, com acesso franqueado ao público, e a todos é dado conhecer os atos e termos que no 
processo se contêm, obtendo traslados e certidões a respeito deles. 
Art. 368 CPC. 
Negócio Jurídico Processual 
Art. 190 CPC. 
Igor Demétrio 
 
Requisitos: 
1 – A causa deve versar sobre direitos que admitam autocomposição. 
2 – As partes devem ser plenamente capazes. 
3 – A convenção deve limitar-se aos ônus, poderes, faculdades e deveres processuais 
das partes (Art. 190 CPC). 
O ajuste pode ocorrer antes ou durante a marcha processual. 
Calendário para a prática de atos processuais 
Art. 191 CPC. 
Uma vez fixado, vinculará a todos os sujeitos processuais. 
Lei 11419/2006. 
A prática eletrônica dos atos processuais no CPC 
Art. 193 a 199 CPC. 
Lei 11419/2006. 
Atos da parte 
Atos da parte: são os praticados pelo autor ou réu, pelos terceiros intervenientes ou 
pelo Ministério Público, no exercício de direitos ou poderes processuais, ou para o 
cumprimento de ônus, obrigações ou deveres decorrentes da relação processual. 
Classificação 
1 – Atos de obtenção: procura obter do órgão jurisdicional a satisfação de uma 
pretensão manifestada nos autos. 
a) Atos de petição: consistem nos pedidos ou requerimentos em que a parte 
postula uma providência ou um ato processual específico. 
b) Atos de afirmação: as partes agem materialmente, cirando situações concretas. 
c) Atos de prova: são aqueles que conduzem aos autos os meios de demonstrar ao 
juiz verdade dos fatos alegados na ação ou na defesa. 
2 – atos dispositivos: neles o ato de vontade da parte tende a produzir justamente o 
efeito procurado por sua intenção. 
a) Atos de submissão: quando a parte se submete, expressa ou implicitamente, à 
aceitação imprimida pelo outro litigante ao processo (Art. 487, III, a, CPC). 
b) Atos de desistência: quando há desistência do processo ou renúncia ao direito 
nele postulado, quer da parte do autor, quer do réu. São unilaterais. 
c) Atos de transação: representam atosbilaterais realizados pelas partes sob a 
forma de avença ou acordos processuais. 
Art. 200 CPC. 
Igor Demétrio 
 
Isso quer dizer que os efeitos do ato processual, salvo disposição expressa em 
contrário, são imediatos e não dependem de redução a termo nem de homologação judicial. 
Atos do juiz 
Art. 203 CPC. 
Sentença: é o ato decisório que coloca fim à fase cognitiva do procedimento comum 
ou à execução, seja a matéria decidida de mérito ou não. 
Decisão interlocutória: é o ato decisório proferido durante a marcha processual, sem 
colocar fim à fase cognitiva ou a execução. 
Art. 485 CPC – Sentença terminativa. 
Art. 487 CPC – Sentença definitiva. 
Despachos: são as ordens judiciais dispondo sobre o andamento do processo. 
Atos de escrivão ou do chefe de secretaria 
Art. 206 CPC. 
Autuação: consiste este ato em colocar uma capa sobre a petição no qual será lavrado 
um termo que deve conter o juízo, a natureza da causa, o número de seu registro nos assentos 
do cartório, os nomes das partes e a data do seu início. 
Termos processuais 
Art. 208 CPC. 
Juntada: é o ato com que o escrivão cientifica o ingresso de uma petição ou documento 
nos autos. 
Vista: é o ato de franquear o escrivão os autos à parte para que o advogado se 
manifeste sobre algum evento processual. 
Conclusão: é o ato que cientifica o encaminhamento dos autos ao juiz, para alguma 
deliberação. 
Recebimento: é o ato que documenta o momento em que os autos voltaram a cartório 
após uma vista ou conclusão. 
O ato processual no tempo e no espaço 
Art. 220 CPC. 
Prevê que se suspende, em toda a justiça civil, o curso do prazo processual nos dias 
compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 
Art. 217 CPC. 
Prevê exceção à regra de que os atos se devem realizar na sede do juízo, em razão de: 
1 – deferência. 
2 – interesse da justiça. 
Igor Demétrio 
 
3 – Natureza do ato. 
4 – obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. 
Prazos 
Art. 218 CPC. 
Prazo: é o espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente 
praticado. 
Termo inicial: dies a quo. 
Termo final: dies ad quem. 
Prazo próprio: são aqueles fixados para as partes. 
Prazos impróprios: são aqueles fixados para os órgãos judiciários. 
Prazo comum: é o que corre para ambas as partes. 
Prazo particular: é o que corre para uma das partes. 
Natureza dos prazos 
Dilatórios: é o que, embora fixado na lei, admite ampliação pelo juiz ou que, por 
convenção das partes, pode ser reduzido ou ampliado, de acordo com a conveniência dos 
interessados. 
Peremptório: é o que, conforme a tradição do direito processual, a convenção das 
partes e, ordinariamente, o próprio juiz, não poderiam alterar. 
Art. 222 CPC. 
Contagem dos prazos: termo inicial 
Art. 224 CPC. 
Em regra, os prazos são contados, com exclusão do dia de começo e com inclusão do 
de vencimento. 
Intimação feita pela imprensa 
1 – Jornais que circulam à noite ou que só são distribuídos no dia seguinte à data neles 
estampada: a data da intimação será a da distribuição do periódico. 
2 – Das publicações feitas aos sábados, onde não há expediente forense em tais dias: 
Súmula 310 STF – a intimação é considerada feita na segunda-feira e o primeiro dia 
computado para a contagem do prazo do recurso é a terça-feira. 
3 – Intimação feita durante o recesso natalino ou férias forenses: será considerado 
como efetivada no primeiro dia útil subsequente a eles. O prazo respeito terá início no dia 
seguinte ao da reabertura dos trabalhos do foro. 
Art. 183 CPC. 
Igor Demétrio 
 
As sociedades de economia mista e as empresas públicas não se beneficiam dos 
favores desse dispositivo, porque seu regime jurídico é de direito privado, integrando apenas a 
administração pública indireta, segundo a sistemática do Decreto-lei 200, de 25/02/1967. 
Art. 234 §§2º e 3º CPC. 
Não cabe ao juiz aplicar dita penalidade. Constatada a falta, cabe ao magistrado 
comunicar a ocorrência à OAB para instauração do procedimento disciplinar no qual poderá 
ocorrer a imposição da multa igual à metade do salário mínimo. 
Mesmo procedimento para o art. 234 §4º CPC. 
Art. 235 CPC. 
O código prevê duas entidades às quais a representação poderá ser endereçada: o 
corregedor de justiça e o CNJ. Ao primeiro cabe conhecer naturalmente das representações 
contra juízes de primeiro grau, e ao CNJ, as relativas a relatores de tribunais. 
O intercâmbio processual 
Forma dos atos de comunicação 
Real: é quando a ciência é dada diretamente à pessoa do interessado. 
Presumida: quando feita através de um órgão ou um terceiro que se presume faça 
chegar a ocorrência ao conhecimento do interessado. 
Atos processuais fora dos limites territoriais do juízo 
Art. 236 §1º CPC. 
1 – Carta de ordem: quando destinados pelo Tribunal superior a juiz (Art. 236 §2º 
CPC). 
2 – Carta rogatória: quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira (Art. 237 II 
CPC). 
3 – Carta precatória: quando dirigida a juiz nacional de igual categoria jurisdicional 
(Art. 237 III CPC). 
4 – Carta arbitral: quando dirigida a órgão do Poder Judiciário, para cooperação 
requerida por juízo arbitral (Art. 237, IV, CPC). 
Arts. 260 a 268 CPC. 
Quem expede o mandado para que a diligência seja realizada é o juízo destinatário da 
carta, que recebe o nome de juiz deprecado, rogado ou ordenado conforme se trate de carta 
precatória, rogatória ou de ordem. O juiz que expede a carta é o deprecante, rogante ou 
ordenante, conforme o caso. 
Art. 267, II, CPC. 
Por questão apenas de incompetência relativa, o ato não poderá ser recusado. 
Igor Demétrio 
 
Citação 
Art. 238 CPC. 
Art. 239 §1º CPC. 
O Código atual, como se vê, é implacável: comparecendo o réu, depois de uma citação 
nula, terá de produzir logo sua defesa, sob pena de, ultrapassado o prazo para tanto, ser havido 
como revel, nada obstante a nulidade ocorrida no ato citatório. 
Art. 242 CPC. 
Em regra, a citação deve ser sempre pessoal. 
Art. 243, parágrafo único, CPC. 
O que a lei quer, portanto, é que a citação do militar seja normalmente efetivada em 
seu endereço domiciliar. Só depois de frustrada esta é que a diligência será realizada na 
unidade em que servir. 
Art. 244 CPC. 
A restrição legal refere-se apenas à pessoa do citando, de modo que, se ele dispuser de 
procurador com poderes adequados, poderá este ser citado, sem embargo de encontrar-se 
demandado em uma das circunstâncias do artigo 244 CPC. 
Art. 246 CPC. 
A citação pelo correio é a regra geral a ser observada no processo civil. 
Citação com hora certa 
Quando, por malícia do citando, o oficial de justiça não conseguir encontrá-lo para 
dar-lhe pessoalmente a ciência do ato de cuja prática foi incumbido, permite o Código que a 
citação se faça de forma ficta ou presumida, sob a denominação de citação com hora certa. 
Art. 252 CPC. 
Requisitos: 
1 – o oficial terá de procurar o citando em seu domicílio, por duas vezes, sem 
localizá-lo (requisito objetivo). 
2 – Deverá ocorrer suspeita de ocultação (requisito subjetivo). 
Em face dos termos do art. 252 CPC, somente a procura do citando por duas vezes na 
residência ou domicílio é que justifica a citação com hora marcada. Se a procura se deu em 
outros lugares, como escritórios ou locais de trabalho, não autoriza o Código essa forma 
excepcional de citação. 
Citação pelo correio 
Art. 248 CPC. 
É a regra geral no processo civil. 
Igor Demétrio 
 
Citação por edital 
Outra forma de citação ficta ou presumida é a que se realiza por meio de edital e que 
tem cabimento apenas nos casos especiais previstosno artigo 256 CPC: 
1 – quando desconhecido ou incerto o citando. 
2 – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontra o citando. 
3 – nos casos expressos em lei. 
Art. 240 CPC. 
Verificada a interrupção pela citação, o fluxo prescricional permanecerá paralisado 
durante toda a duração do processo, recomeçando a correr, por inteiro, do ato que lhe puser 
fim. Se, porém, a prescrição já estava interrompida antes da citação, permanecerá ela sem 
andamento na pendência do processo, mas, uma vez encerrado este, a retomada não se dará a 
partir do zero, pois, permanecerá computável o lapso transcorrido até o momento do 
ajuizamento da causa. 
Intimação 
Art. 269 CPC a Art. 275 CPC. 
Art. 270 CPC – Intimação por meio eletrônico é a forma preferencial. 
Art. 270 §2º CPC. 
É dispensável a intimação do advogado que subscreve a petição “quando o despacho é 
dado na própria petição e na presença do causídico que assim tomou conhecimento do 
despacho no próprio ato”. Mas, se a petição chegar ao magistrado por intermédio do 
protocolo, do respectivo despacho as partes devem ser intimadas. 
Em regra, as intimações dos atos processuais se fazem na pessoa do advogado da 
parte. Quando, porém, se trate de ato que deva ser cumprido pessoalmente pela parte, esta, e 
não o advogado , terá de ser diretamente intimada. Ex.: Arts. 385 §1º, 513 §2º II, 528, 313 §3º 
CPC. 
Art. 274 CPC. 
Não valem às intimações feitas à parte quando o ato processual a praticar deve ser do 
advogado. 
Invalidade dos atos processuais 
Art. 276 a 283 CPC. 
Espécies de vícios do ato processual 
1 – Atos inexistentes: é o ato que não reúne os mínimos requisitos de fato para sua 
existência como ato jurídico, do qual não apresenta nem mesmo a aparência exterior. 
Igor Demétrio 
 
2 – Atos absolutamente nulos: não é mero fato como o inexistente, mas sua condição 
jurídica mostra-se gravemente afetada por defeito localizado em seus requisitos essenciais. 
Compromete a execução normal da função jurisdicional e, por isso, é vício insanável. 
3 – Atos relativamente nulos: ocorre quando o ato, embora viciado em sua formação, 
mostra-se capaz de produzir seus efeitos processuais, se a parte prejudicada não requerer sua 
invalidação. 
A nulidade relativa é a regra geral observada pelo Código, diante dos defeitos de 
forma dos atos processuais, a nulidade absoluta, a exceção. 
Art. 277 CPC. 
Princípio da instrumentalidade das formas: o ato só se considera nulo e sem efeito se, 
além de inobservância da forma legal, não tiver alcançado a sua finalidade. Isto quer dizer que 
o ato mesmo absolutamente nulo não prejudicará a validade da relação processual como um 
todo. 
Art. 282 CPC. 
Toda nulidade processual, seja absoluta ou relativa, depende de decretação judicial. 
É sentença o ato do juiz que anula todo o processo, e decisão interlocutória o que se 
limita a invalidar determinado ato processual. Do primeiro, portanto cabe apelação de 
imediato (Art. 1009 CPC), e, o segundo só poderá ser arguido em preliminar de eventual 
apelação (Art. 1009 §1º CPC). 
Não se pode aplicar o inciso III do art. 286 CPC para uma reunião gigantesca de 
causas distintas, de interesse de litigantes diversos, apenas porque a causa de pedir seja 
comum. 
Valor da causa 
O valor da causa não corresponde necessariamente ao valor do objeto imediato 
material ou imaterial, em jogo no processo, ou sobre o qual versa a pretensão do autor perante 
o réu. É o valor que se pode atribuir à relação jurídica que se afirma existir sobre tal objeto. 
Determina-se o valor da causa apurando-se a expressão econômica da relação jurídica 
material que o autor quer opor ao réu. 
Art. 291 a 293 CPC. 
Por analogia, em se tratando de bens imóveis, se possa seguir a orientação do inciso 
IV do artigo 292 CPC, atribuindo ao feito, qualquer que seja ele, o valor da avaliação da área 
ou bem objeto pedido. Se se tratar porém de ação sobre coisas móveis, outra solução não 
haverá senão a de arbitrar o valor do bem disputado. 
Art. 292 §3º e 293 CPC. 
Igor Demétrio 
 
1 – Tratando-se de causas cujo valor é taxativamente determinado na lei, a infração 
cometida pelo autor tanto pode ser alvo de imediata corrigenda do juiz, de ofício, como de 
impugnação pelo réu. 
2 – Se o valor da causa for daqueles que se fixam por livre estimativa do autor, por 
inexistência de conteúdo econômico imediatamente aferível em jogo na ação, a impugnação 
caberá exclusivamente ao réu, sem que assista ao juiz o poder de intervir de ofício. 
Tutela provisória 
As tutelas provisórias têm em comum a meta de combater os riscos de injustiça ou de 
dano derivados da espera, sempre longa, pelo desate final do conflito submetido à solução 
judicial. 
Tutela de urgência 
Classificação 
1 – tutela de caráter antecedente: são as que precedem o pedido principal. 
2 – Tutelas incidentes: são as que surgem no curso do processo. 
Requisitos da tutela provisória de urgência 
1 – Um dano potencial: um risco que corre o processo de não ser útil ao interesse 
demonstrado pela parte, em razão do periculum in mora, risco esse que deve ser 
objetivamente apurável. 
2 – A probabilidade do direito substancial invocado por quem pretende segurança, ou 
seja, o fumus boni iuris. 
Reversibilidade 
Art. 300 §3º CPC. 
Quer a lei, destarte, que o direito ao devido processo legal, com os seus consectários 
do contraditório e ampla defesa, seja preservado, mesmo diante da excepcional medida 
antecipatória. 
Se para restaurar o status quo se torna necessário recorrer a uma problemática e 
complexa ação de indenização de perdas e danos, a hipótese será de descabimento da tutela de 
urgência. 
Medida liminar inaudita altera parte 
Art. 300 §2º CPC. 
As medidas cautelares conservativas representam, quase sempre, restrições de direito e 
imposição de deveres extraordinários ao requerido. As cautelares satisfativas, por sua vez, 
garantem, de forma imediata, as vantagens de direito material para as quais se busca a tutela 
definitiva. 
Igor Demétrio 
 
Distinção entre liminar e medida de urgência 
Liminar: é o provimento judicial emitido “no momento mesmo em que o processo se 
instaura, em regra, se dá antes da citação do réu”. 
Medida cautelar (conservativa) e medida antecipatória (satisfativa) são espécies 
distintas de um mesmo gênero – a tutela de urgência – porque ambas têm em comum a força 
de quebrar a sequência formal do procedimento ordinatório, ensejando sumariamente 
provimentos que, em regra, só seriam cabíveis depois do acertamento definitivo do direito da 
parte. 
Contracautela 
Art. 300 §1º CPC. 
O juiz ao conceder determinada providência urgente a uma parte, condiciona a 
consecução da medida à prestação de caução, a cargo do requerente. 
Essa contracautela é de imposição ex officio pelo juiz, mas nada impede que seja 
provocada por requerimento do promovido, se houver inércia do magistrado. 
Oportunidade da tutela de urgência 
Em síntese, há três oportunidades para pleitear a tutela de urgência: 
1 – antes da dedução da pretensão principal ( tutela antecedente). 
2 – Na petição inicial da ação principal (tutela cumulativa). 
3 – No curso do processo principal ( tutela incidental). 
Art. 297 CPC. 
O juiz poderá adequar a tutela de urgência às características do caso, definindo 
providências não exatamente iguais àquelas requeridas, mas que se prestam a resguardar os 
interesses em risco. 
Tutelas de urgência 
Competência 
Art. 299 CPC. 
Se já existe a ação, a parte interessada faz o pedido de tutela de urgência diretamente 
ao juiz, por meio de simples petição, se contudo, a tutela sumária é antecedente,

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