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PRÁTICA SIMULADA I, CASO CONCRETO. SEMANA 6. ESTÁCIO. FIC. 2017.

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CASO 6
Descrição
(EXAME ? OAB ? SP ? 130º ? 2ª fase, ADAPTADO)
Samuel, por força de um contrato escrito, domiciliado em Campo Grande/MS, deveria restituir o cavalo mangalarga chamado “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00, para Bernardo, que mora na cidade de Dourados/MS, no dia 02 do mês de outubro/2016. Até o mês de janeiro de 2017, Samuel ainda não o havia restituído por pura desídia, quando uma forte chuva causou a morte do cavalo, o que foi inevitável devido à altura atingida pela água, bem como à sua força.
Bernardo procura você, advogado, para ingressar com ação no Juizado Especial Cível, no intuito de defender os seus interesses. Desta forma, promova a medida judicial mais adequada, considerando o inadimplemento contratual, mora, e perdas e dados.
PEÇA INICIAL
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE DOURADOS-MS
	BERNARDO, brasileiro, residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Dourados/MS, inscrito no registro geral sob o correspondente número:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas em Nº___________, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS, EM FACE DE SAMUEL, brasileiro, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Campo Grande/MS, cujo cadastro nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR:
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Requer o Autor, sob o arrimo do que expressa a lei nº 1.060 de 1950, do artigo 98 e seguintes do CPC e do artigo 5º, LXXIV da CF, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista de que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. 
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da ação em tela, uma vez que o objeto do caso tem como característica uma obrigação de comodato gratuito (art. 579 do CC), estabelecido em contrato escrito, donde se pode visualizar que o referido compromisso deveria ser satisfeito no domicílio do Autor, que, no entanto não foi cumprido em momento algum pelo Réu, incorrendo assim em estado de mora até o surgimento do caso fortuito em que ocasionou a perda do bem aqui aludido, causando efetivos danos ao Autor. Com isso, é expressão nítida no código de processo civil de 2015, no artigo 53, inciso IV, alínea “a)” a competência desta jurisdição para a apreciação da seguinte demanda. Nesses termos:
Art. 53.  É competente o foro: (...)
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano; (CPC/2015)
II. DOS FATOS
O presente caso concreto versa sobre o estabelecimento do contrato de comodato escrito pelo Sr. Bernardo, ora Autor, em favor do Sr. Samuel, pertencente ao polo passivo desta ação, sendo o objeto da avença o cavalo de espécie manga-larga, o qual tinha por nome “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais). O bem deveria ser restituído, conforme contrato, no dia 02 do mês de outubro de 2016. No entanto, até o mês de janeiro de 2017 não houvera a devolução por Samuel, ressaltando que fora constatado a desídia do mesmo para restituir o equino. A mora perdurou até a chegada de um forte temporal no local onde permanecia o animal, causando sua morte em decorrência da altura atingida pela água, bem como à sua força. Assim, se finda o relato dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material. 
III. DO MÉRITO
		III. I. DA RESPONSABILIDADE ORIUNDA DA MORA
	Excelência, como será efetivamente demonstrado no feito, e por força da higidez das provas acostadas nos autos, o caso em tela é oriundo de um contrato escrito de comodato gratuito, sendo que o objeto do acordo firmado fora um equino de raça manga-larga, cujo nome o dono deu-lhe “Tufão”, o animal era avaliado em expressiva quantia, cerca de dez mil reais, tinha utilidade para Autor na reprodução da linhagem, em exposições, bem como em turfes, ou seja, constata-se, de plano, a relevante importância do animal para o Sr. Bernardo. 
Voltando ao teor da avença firmada, fora estabelecido que o equino deveria ser devolvido até o dia 02 de outubro de 2016, isto é, fora firmada uma obrigação positiva, no entanto, até a ocorrência do evento trágico, em que o animal veio a falecer, como já referido, até o mês de janeiro de 2017, o cavalo não foi devolvido por pura e repulsiva desídia do Sr. Samuel, ora Réu. Com isso, vislumbra-se uma inequívoca mora de mais de dois meses, fato notório e originário da culpabilidade na causa da morte do animal. Afasta-se, desde logo, qualquer argumento de ocorrência de caso fortuito, impassível de modificação se o equino estive sob qualquer outra guarda. O que se constata é o grave dano sofrido pelo Sr. Bernardo, que não mais contará com seu animal, quando perdera um bem de importe considerável por puro desleixo do Sr. Samuel. 
Felizmente, o nosso código civil nos traz, de modo esclarecedor, a responsabilidade do devedor que se encontra em demora em sua obrigação. Nos termos dos artigos 394, 395, 397 e 399 do aludido regramento, aquele que estiver em atraso com a obrigação em que se estabeleceu, responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, acrescidos de juros, correção monetários e honorários advocatícios. Dito isso, sem sombra para dúvidas, vê-se inequívoca a culpa do Réu no fato ocorrido. Se estivesse cumprida em tempo a devolução do animal, o evento fatal não se efetivaria. Tanto é que a chuva torrencial que se deu no lugar em que estava o cavalo, não ocorrera onde o Autor residia, afastando, assim, qualquer isenção na de culpabilidade, ou que o dano sobreviveria ainda que se fosse efetuada a devolução em tempo hábil. Nesse sentido:
Da Mora
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. (Grifos nossos)
IV. DOS PEDIDOS
	Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva nulidade do negócio jurídico celebrado, o Autor, desde logo requer: 
A reparação do dano sofrido acrescido de indenização por perdas e danos, juros e correção monetária em decorrência da mora do devedor, e honorário advocatícios, a qual se dará em 20% sobre o valor da causa, nos termos do que dispõe os artigos 394, 395, 397 e 399, todos do código civil pátrio; 
Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, estando já em poder do contrato de comodato firmado entre as partes, o qual facilmente se extrai a lesividade da mora em se deu o Réu;
Deixar expresso a possibilidade para audiência de mediação e conciliação; 
Honorários advocatícios estabelecidos em 20% sobre o valor da causa. 
O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que o mesmo é pobre na forma da lei.
	Dar-se-á o valor da causa em R$ 10.000,00 (dez mil reais).
	
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Fortaleza-Ce, segunda-feira, 13 de abril de 2017.
MAXSUEL GOMES
OAB/CE XX.XXX-X

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