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Aula 1 Legsl. Apl. Serv. Publico

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Aula 1 – Princípios Administrativos
Objetivos:
1- Identificar os tipos de Princípios administrativos.
2- Saber que tipo de norma é o Princípio Administrativo.
3- Reconhecer os significados dos principais Princípios administrativos.
4- Exigir o cumprimento dos Princípios administrativos pela Administração Direta e Administração Indireta.
INTRODUÇÃO:
Os Princípios Administrativos são normas de cumprimento obrigatório e serão aplicados tanto para a Administração Direta quanto para a Administração Indireta. No que tange à aplicação dos Princípios Administrativos, o questionamento feito para as leis não se fará a um Princípio Administrativo, nos seguintes termos: 
“Essa lei é nacional, federal ou municipal? ”
A falta do questionamento supramencionado gera, para toda Administração Pública, obrigatoriedade de cumprimento dos Princípios Administrativos.
Para melhor compreensão, os princípios podem ser subdivididos em:
Princípios Expressos Constitucionais: Legalidade; impessoalidade; moralidade; publicidade; finalidade e eficiência; (artigo 37 da Constituição da República). – LIMPE;
Princípios Reconhecidos: Supremacia do interesse público; autotutela; indisponibilidade; razoabilidade e continuidade do serviço público e segurança jurídica.
PRINCIPIOS EXPRESSOS CONSTITUCIONAIS:
Princípio da Legalidade: nasceu com o Estado Democrático de Direito, e será imposto tanto em face da Administração Pública quanto em face dos Administrados. Com base no Princípio da Legalidade, a Administração Pública deverá fazer “tudo” o que a lei determina (atos vinculados) e poderá fazer “aquilo” que a lei autoriza de forma expressa (atos discricionários).
Atos Vinculados significa que os requisitos dos atos administrativos foram definidos pela lei. Já nos Atos Discricionários, os deferimentos dos atos administrativos dependem de oportunidade e conveniência.
A Constituição da República, em seu art. 5º, inciso II, fez previsão do Princípio da Legalidade também para os Administrados, sob outro significado que é a autonomia das vontades das partes, ou seja, o Administrado poderá fazer “tudo” o que a lei não o proíbe.
Atuações em casos concretos:
Art. 5º do DL3365/41 - traz o limite legal para desapropriação por utilidade pública.
Art. 24 da Lei 8666/93 - traz o limite do “poder” de dispensa no procedimento da licitação.
Decreto Lei 3365/41, art.15 - A – Veda a desapropriação indireta ou apossamento, dando direito à verba indenizatória.
Princípio da Impessoalidade: O princípio vedará o uso de propagandas e verbas públicas em benefício próprio do Administrador Público; além de exigir concurso público como forma de acesso aos cargos públicos (artigo 37, inciso II da CR); a licitação obrigatória para compras, obras ou serviços públicos (artigo 37, inciso XXI da CR) e o pagamento por meio de precatório para os débitos que serão executados em face da Administração Direta, autárquica e fundacional pública (artigo 100 da CR), pois em todas as situações apresentadas os envolvidos devem ser tratados de forma igualitária até que, pela melhor nota obtida no concurso, ou melhor proposta oferecida na licitação ou pela ordem de apresentação do precatório em juízo, os envolvidos terão se tornado desiguais.
O Princípio da Impessoalidade exige tratamento impessoal do Administrador Público que, em suas atuações públicas, fazendo o bem sem ver quem, sob pena de seus atos serem anulados por impedimento ou suspeição (parcialidade do Administrador Público) – artigo 18 da Lei nº 9784/99. 
Outra faceta do princípio é impedir a discriminação de qualquer administrado, o que torna o Princípio da Impessoalidade semelhante ao Princípio da Igualdade ou Isonomia.
Atuações em casos concretos:
A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública Direta e Indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF.” (Súmula vinculante 13).
“Ação direta de constitucionalidade. Art. 4º da Lei 3.769, de 26 de janeiro de 2006, que veda a realização de processo seletivo para o recrutamento de estagiários pelos órgãos e entidades do Poder Público do Distrito Federal. Violação aos princípios da igualdade (art. 5º, caput) e da impessoalidade (caput do art. 37).” (ADI 3.795, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 24-2-2011, Plenário, DJE de 16-6-2011.)
Princípio da Moralidade: Relaciona-se juridicamente com o ato administrativo praticado pelo particular ou pelo Administrador Público que ofenda a moral, os bons costumes, as regras da Administração Pública e os Princípios da Honestidade Comum, embora os atos administrativos tenham sido praticados nos termos da Lei. Quanto à moral administrativa ou qualificada, o Princípio da Moralidade exige a probidade administrativa, visando afastar aqueles que não sabem lidar com erário público, ou seja, são ímprobos. O dever de probidade “nasceu” na Constituição da República, no artigo 37,§ 4º, e este foi regulamentado pela Lei nº 8249/92.
O art. 37º previu possíveis sanções para aqueles que praticarem atos administrativos que causem lesão aos bens públicos; não observem os Princípios Administrativos; ou gerem enriquecimento ilícito, nos seguintes termos: suspensão dos direitos políticos, perda da função etc.
Princípio da Publicidade: Exige que os atos administrativos sejam publicados ou tornados públicos, pois os mesmos precisam ser amplamente divulgados, salvo as situações excepcionais de sigilo previstas na Constituição da República ou nas Leis Administrativas.
Cumpre esclarecer que o Princípio da Publicidade se faz necessário para atender o binômio – eficácia e controle. A devida publicação dos atos administrativos é necessária para que os mesmos possam produzir efeitos no mundo jurídico e serem passíveis de controle interno (administração pública) e de forma externa (poder legislativo, judiciário, ministério público e o cidadão).
Os principais instrumentos previstos pela Constituição da República para exigir o cumprimento do Princípio da Publicidade são:
Direito de requerer ou de petição – artigo 5º, inciso XXXIV, alínea ‘a’ da CR.
Direito de obter certidões – artigo 5º, inciso XXXIV, alínea ‘b’ da CR.
Ação constitucional de habeas data – artigo 5º, inciso LXXII da CR.
Ação constitucional do Mandado de Segurança – artigo 5º, inciso LXIX da CR.
Princípio da Eficiência: é o mais novo princípio inserido no art. 37 da Constituição da República, através da Emenda Constitucional 19/98, que trouxe a Reforma Administrativa. Com base nesse princípio, a Administração Pública deverá buscar uma gestão pública organizada, com presteza, perfeição e rendimento na consecução do serviço público.
Cumpre esclarecer que na busca da eficiência, a Administração Pública não poderá desrespeitar a lei, sob pena de anulação do ato administrativo ou do contrato administrativo firmado.
A nível constitucional, é possível vislumbramos a exigência do Princípio da Eficiência em algumas atuações, como por exemplo:
A exigência de prazo razoável para o término dos processos administrativos e judiciais – artigo 5º, inciso LXXVIII da CR;
A possibilidade de exoneração, inclusive do servidor estável, pelo excesso de gasto orçamentário além do previsto na Lei de Responsabilidade fiscal – artigo 169 da CR combinado com a LC101/00 em seu artigo 19;
A exigência de perda do cargo público pelo desempenho não eficiente nas atribuições do cargo público “dentro” da Administração Pública – artigo 41, §1º, inciso III da CR.
PRINCÍPIOS RECONHECIDOS:
Supremacia do Interesse Público: As atividades administrativas serão praticadas para beneficiar a coletividade e não para privilegiar o interesse do particular, tendo em vista que osatos administrativos são criados pela Constituição da República ou pelas Leis Administrativas com prerrogativas e privilégios estatais. 
Atuações em casos concretos:
Desapropriação de bens móveis ou imóveis dos particulares pela Administração Pública – artigo 5º, inciso XXIV da CR;
Os contratos administrativos que possuem as chamadas cláusulas exorbitantes que serão impostas aos contratados, mesmo que as mesmas não sejam mencionadas de forma expressa no contrato administrativo – artigo 58 da Lei 8666/93;
O tombamento dos bens particulares visando a preservação dos mesmos pela Administração Pública – artigo 216 da CR.
Princípio da Autotutela: a Administração pública poderá rever seus próprios atos administrativos para anulá-los quando eivados de vício de legalidade, ou revogá-los quando os mesmos não forem mais oportunos ou convenientes. O Princípio da Autotutela foi previsto pelas súmulas do Supremo Tribunal Federal – nº 346 e 473. A súmula 346 diz que a Administração Pública poderá declarar nulidade de seus próprios atos. Já a Súmula 473 diz que a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
O Princípio supramencionado “sofre” uma flexibilização pelo Princípio da Segurança Jurídica para que a Administração Pública só possa rever seus próprios atos administrativos num prazo máximo de 5 anos, e não a qualquer tempo, nos termos do artigo 54 da Lei nº 9784/99 (exceto se o ato administrativo estivesse eivado desde o nascedouro).
Cumpre esclarecer que o Princípio da Segurança Jurídica só poderá ser aplicado quando o ato administrativo possuir os seguintes requisitos: boa-fé por parte do administrado, a um prazo suficientemente “longo” entre a prática do ato e o reexame do mesmo pela Administração Pública e que haja direito do interessado “em jogo”.
Princípio da Razoabilidade: Exige uma conduta efetiva da Administração Pública e que esta esteja atuando “dentro” dos limites de aceitação lógica e nos termos da lei, além de impedir o abuso nas atuações administrativas. Este princípio possui os seguintes parâmetros: “aquilo” que é razoável (homem médio) e que “aquilo” atenda o custo benefício, trazendo o resultado efetivo esperado na conduta administrativa praticada, sob pena de anulação.
Cumpre ressaltar que o Princípio da Razoabilidade não pode invadir mérito (oportunidade e conveniência), sob pena de ferirmos o artigo 2º da Constituição da República.
Atuação em casos concretos:
Número de vereadores deve ser proporcional para ser considerado razoável;
Erro no preenchimento do imposto de renda de pessoa física, com erro não razoável para gerar multa pela falta de prejuízo ao fisco;
Discrepa da razoabilidade norteadora dos atos da administração pública o fato de o edital de concurso emprestar ao tempo de serviço público pontuação superior a títulos referentes a pós-graduação. ”
Princípio da Continuidade do Serviço Público: Este princípio exige que a prestação do serviço público seja feita de forma contínua e ininterrupta, sob pena de Responsabilidade Civil em face do Estado, nos termos do artigo 37, § 6º da Constituição da República. 
A obrigatoriedade da prestação do serviço público decorre da obrigatoriedade de prestação dos serviços públicos, como deveres de agir na visão constitucional – que diz:
Compete a União – artigo 21 da CR;
Compete aos Estados – artigo 25 da CR;
Compete aos Municípios - artigo 30 da CR;
Ordenamento constitucional ao discriminar as competências nacionais ou federais, remanescentes (Estados) e locais (Municípios) as impôs como um dever que poderá ser cumprido pelos Entes da Federação, de forma direta ou centralizada (serviços essenciais prestados pelos órgão público que estão inseridos na administração pública direta), ou forma indireta (pessoas administrativas – autarquias, fundações públicas ou privadas, empresas públicas ou sociedade de economia mista criados por meio de lei de iniciativa do chefe do poder executivo) ou por meio de contratos de concessão pública ou permissão pública (serviços de utilizada pública que admitem “entregues” a pessoas jurídicas, consórcios de empresas ou pessoas físicas por delegação contratual).
É de bom alvitre levantar que, a interrupção do serviço público não gerará o direito de obter indenização por Responsabilidade Civil em face do Estado ou das pessoas que prestam o serviço público por meio de delegação se as causas forem as previstas nos estritos termos do artigo 6º, §3º da Lei nº 8987/95:  motivação de ordem técnica, segurança das instalações ou pelo inadimplemento do usuário.
Princípio da Motivação: Exige que os atos administrativos sejam praticados indicando seus fundamentos de fato e de direito, principalmente nos momentos em que a Administração Pública pratica atos decisórios. 
Para o doutrinador Celso Antônio Bandeira de Mello, a regra é a motivação, uma vez que no Estado Democrático de Direito, o interesse público deve estar atrelado a aplicação do direito, sob pena de abusos e arbitrariedades.
A motivação dos atos administrativos é exigida a nível federal pelo artigo 50 da Lei nº 9784/99, pois a falta de veracidade do motivo apresentado poderá gerar a anulação dos atos administrativos, é o que preconiza a Teoria dos Motivos determinantes.
Cumpre esclarecer que o motivo, como elemento do ato administrativo, é a razão de fato e de direito que fará exsurgir o ato administrativo quanto ao seu momento de existência, enquanto a motivação é a justificativa ou exposição dos motivos apresentados, que no momento de questionarmos a validade do ato administrativo, deverá ser verdadeira.

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