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27246553_APOSTILA_COMPLETA_DIREITO_PROCESSUAL_DO_TRABALHO.pdf

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Material DPT I e II 2017/1 
Prof. M.e Omar Leal de Oliveira 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
I - Princípios e singularidades do Direito Processual do Trabalho 
 
1. Conceito 
 
 Para Tostes Malta1: 
 
O processo trabalhista, coerentemente com o processo de um modo geral, é 
o método pelo qual o Estado exerce a jurisdição face a conflitos de 
interesses oriundos do contrato individual de trabalho, na solução de 
dissídios coletivos e em outras hipóteses relativamente às quais a lei 
determina expressamente sua aplicação. 
 
 Para Lima2: 
 
Direito Processual do Trabalho é o conjunto de regras (legais, 
jurisprudenciais e usuais) e princípios de natureza instrumental 
empregados na solução dos dissídios individuais e coletivos de trabalho. 
 
Para Martins3: 
 
Direito Processual do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e 
instituições destinado a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais na 
solução dos dissídios, individuais ou coletivos, entre trabalhadores e 
empregadores. 
 
 
2. Autonomia 
 
 Em regra, duas são as teorias que tratam sobre a autonomia do Direito Processual 
do Trabalho; monista e dualista. 
 
 Para os defensores da teoria monista o Direito Processual é um só, haja vista que o 
Direito Processual do Trabalho ainda não conseguiu se desmembrar do Direito Processual. 
 
 
1 TOSTES MALTA, Cristóvão Piragibe. Prática do Processo Trabalhista, 18.ª ed. São Paulo: Edições 
Trabalhistas, 1988, pág. 28. 
2 LIMA, Francisco Meton Marques de. Elementos de direito do trabalho e processo trabalhista. 9.ª ed., rev. 
e amp. São Paulo: LTR, 2000, pág. 173. 
3 MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 17.ª edição. São Paulo: Atlas, 2002, pág. 46.. 
 2 
 Os adeptos da teoria dualista defendem que há autonomia do Processo do Trabalho, 
uma vez que este possui regras próprias e só supletivamente são aplicáveis as regras de 
processo civil, por força do art. 769 da CLT. 
 
 Lima4 assim se manifesta: 
 
A autonomia do Direito Processual do Trabalho evidencia-se pela 
existência de fundamentos, princípios e objetivos próprios que o diferem do 
processo comum. Verifique-se, v.g., o princípio da igualdade das partes, 
que no processo do trabalho manifesta-se de modo diferente, bastando citar 
que o empregado nunca é condenado em honorários advocatícios, não está 
sujeito a depósito para recorrer, predomina a isenção de custas; o processo 
do trabalho conhece a figura da ação individual plúrima, em que vários 
empregados, por meio de uma só reclamação, pleiteiam direitos idênticos 
contra a mesma empresa; a figura da representação processual tanto pelo 
sindicato profissional como por colega de profissão; a figura da 
substituição processual, como no caso da ação de cumprimento, proposta 
pelo sindicato sem outorga de poderes dos seus associados; o processo 
coletivo do trabalho não encontra similar, nem mesmo na sonhada defesa 
dos interesses difusos. (grifei) 
 
3. Princípios 
 
 Não há consenso na doutrina pátria quanto aos princípios gerais ou específicos que 
norteiam o Direito Processual do Trabalho. Entretanto, é importante trazermos os 
ensinamentos dos principais doutrinadores a respeito do tema. 
 
 Para Tostes Malta5, os princípios gerais, aplicáveis a todo o direito processual, são 
os seguintes: 
 
a) tecnicismo – o processo deve ser submetido a regras precisas e coordenadas, dentro 
de um processo lógico; 
b) celeridade – imprimir celeridade máxima ao processo; 
c) economia – tornar o processo o menos oneroso possível 
d) lógico – seleção dos meios eficazes e rápidos de descobrir a verdade e de evitar o 
erro; 
e) princípio jurídico – igualdade no processo e na decisão; 
f) político – garantia social com o mínimo de sacrifício da liberdade individual; 
g) econômico – economia de atos e de custos. 
 
Moacyr Amaral Santos6 preleciona os seguintes Princípios Gerais do Processo: 
a) princípio da iniciativa das partes – significando que o magistrado age por 
provocação e decide nos estritos limites do pedido; 
 
4 Idem ob. cit., pág. 173. 
5 Idem ob. cit., pág 29 e seguintes 
6 SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. 11.ª ed., 2v. São Paulo: Saraiva, 
1987, págs. 73-90. 
 3 
b) princípio do contraditório – que assegura o direito de defesa e de igualdade de 
tratamento das partes; 
c) princípio do impulso processual – expressando que as partes iniciam o processo, 
mas daí em diante terá impulso oficial; 
d) princípio do dispositivo – que incumbe às partes o ônus da prova de suas 
alegações; 
e) princípio da livre convicção do juiz – o juiz é livre para firmar sua convicção, 
porém com base nos autos; 
f) princípio da publicidade – os atos processuais são públicos, com exceção dos que 
devem correr em segredo de justiça, envolvendo interesse público ou questões de 
filiação, separação judicial, de corpos, guarda de menores e alimentos; 
g) princípio da lealdade processual – as partes devem proceder de boa-fé; 
h) princípio da oralidade – predominância da palavra falada. Manifesta-se na 
produção das provas orais, inquirição de peritos e debates orais ao final das provas; 
- princípio da imediatidade – imediação, proximidade do juiz com as partes 
e todos os atos processuais, quer inquirindo, quer despachando, quer 
julgando (art. 820 da CLT, art. 483 do NCPC; 
- princípio da identidade física do juiz – o juiz que inicia o processo deve 
conduzi-lo até o final. Não sendo possível, pelo menos o que dirigiu a 
instrução deve proferir a sentença (art. 132 do CPC/73); 
- princípio da concentração da causa – “consiste em apertar o feito em 
período breve, reduzindo-o a uma só audiência ou a poucas audiências a 
curtos intervalos” (Francisco Morato). 
 
 No Direito Processual do Trabalho, a maioria dos doutrinadores, elenca os 
seguintes princípios: 
 
a) Oralidade – No processo do trabalho, que é anterior ao atual CPC, é mais 
acentuado do que no direito comum. A reclamação e a contestação podem ser orais, 
predominam as provas orais e ocorrem os debates orais. 
b) Concentração – Abrigado pelo processo do trabalho com mais fidelidade. A Lei 
n.o 5.584/70 dispõe que a impugnação ao valor da causa não suspende o feito; o 
juiz pode dispensar o resumo dos depoimentos nos processo de alçada, que são 
irrecorríveis, salvo se versar sobre matéria constitucional; perito único; 
simplificação dos leilões. 
c) Eventualidade – É um complemento do princípio da concentração, significando 
que o autor deve alegar a requerer todo o seu direito na inicial, com as provas 
possíveis e o réu deve exaurir na contestação toda a matéria de defesa. Entretanto, é 
permitido o aditamento à inicial na audiência inaugural. 
d) Identidade física do juiz – Por força da Súmula n.o 222 do SFT este princípio não 
seria aplicado às Juntas de Conciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho, 
Entretanto, após o advento da Emenda Constitucional n.o 24, que deu nova redação 
ao art. 116 da CF estabelecendo que “nas Varas do Trabalho, a jurisdição será 
exercida por um juiz singular”, ou seja, extinguiu o colegiado de 1.o Grau, a 
doutrina vem entendo que agora é aplicável dito princípio no processo do trabalho. 
e) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias – As decisões interlocutórias, no 
processo do trabalho, são irrecorríveis, por força do art. 799, § 2.º, e art. 893, § 1.º, 
ambos da CLT – Observado o En, 214 do TST. O processo civil permite o agravo 
 4 
de instrumento destas decisões. É de se ressaltar, por oportuno, que as decisões 
interlocutórias no processo do trabalho são hostilizáveisno recurso interposto da 
decisão final. 
f) Princípios dispositivo e inquisitório – Enquanto o processo civil abriga quase 
plenamente o princípio dispositivo, o processo do trabalho dá escopo, quase meio-
a-meio, ao dispositivo e ao inquisitório. Aqui o juiz tem maior liberdade na 
condução do processo e colheita das provas. (“Nos dissídios de alçada exclusiva 
das Juntas e naqueles em que os empregados ou empregadores reclamarem 
pessoalmente, o processo poderá ser impulsionado de ofício pelo juiz” – art. 4.º da 
Lei n.º 5.584/70) 
g) Jus postulandi – No processo trabalhista a assistência advocatícia é facultativa. 
Porquanto, a parte tem o direito a reclamar judicialmente, em qualquer grau, sem 
que se faça acompanhar de advogado. Obs. a Lei 8906/94 revogou esta 
possibilidade, entretanto o STF, em julgamento de ADIN, a manteve, inclusive para 
os juizados especiais. Há que se ressaltar a limitação jus postulandi no processo do 
trabalho até o 2º grau de jurisdição inteligência da Súmula 425 do TST. 
 
 Martins7 ressalta que o jus postulandi não pode ser creditado como princípio do 
processo do trabalho, haja vista que hábeas corpus pode ser impetrado sem o patrocínio de 
advogado, bem como por as partes, em juizados especiais, poderem atuar sem a presença 
de advogado. 
 
h) Conciliação – No processo do trabalho a conciliação é essencial e constitui fase 
obrigatória (antes da contestação – art. 846 da CLT e depois das razões finais – art. 
850, do mesmo diploma legal). 
 
 Martins8 dá ênfase ao princípio protecionista, afirmando se tratar de um 
“verdadeiro princípio do processo do trabalho”, por se tratar de um princípio internacional. 
Porquanto, “como no Direito do Trabalho, as regras são interpretadas mais favoravelmente 
ao empregado, em caso de dúvidas, no processo do trabalho também vale o princípio 
protecionista, porém analisado sob o aspecto do direito instrumental”. 
 
II – Solução dos conflitos trabalhistas 
 
2.1 Classificação 
 
 Os conflitos são inerentes à vida humana. Para boa parte dos doutrinadores as 
causas dos conflitos são a questão social e a desigualdade na distribuição da riqueza. 
 
 Para Nascimento9 “o estudo dos conflitos é desenvolvido, principalmente, pelos 
autores de Direito do Trabalho, muito embora a evidente relação que mantém com o 
Direito Processual do Trabalho, classificando-os, basicamente, em conflitos individuais e 
 
7 Idem Ob. Cit., pág. 65 
8 Ibidem, Ob. Cit. pág 66 
9 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. 14.ª ed. ampliada e 
atualizada. São Paulo: Saraiva, 1993, pág. 8. 
 
 5 
coletivos, segundo o interesse em choque, de indivíduos singularmente considerados, ou 
de um grupo abstratamente compreendido. 
 
 Nos conflitos coletivos de trabalho são tratados interesses abstratos inerentes a toda 
a categoria. De um lado, o sindicato da categoria profissional (empregados) e de outro, o 
sindicato da categoria econômica (patronal). Há uma indeterminação de pessoas unidas por 
um objetivo comum. 
 
 Os dissídios individuais abrangem pessoas determinadas que agem em interesse 
próprio. 
 
 Os dissídios, no pertinente ao objeto, podem ser de direito ou econômicos. 
 
2.2. Formas de solução dos conflitos 
 
 Para Nascimento10 as formas de solução dos conflitos são as seguintes: autodefesa, 
autocomposição e heterocomposição. 
 
2.2.1 Autodefesa 
 
 Na autodefesa a própria parte defende seus interesses. No Direito Penal os 
exemplos de autodefesa são a legítima defesa e o estado de necessidade. Na esfera 
trabalhista, são a greve, o lockout, o exercício do poder disciplinar do empregador, etc... 
 
2.2.1.1. Greve 
 
 Greve é a paralisação do trabalho como forma de comprimir o empregador a 
proceder melhorias de condições de trabalho aos seus obreiros. 
 
 Convém destacar que o direito à greve no Brasil é assegurado pela Magna Carta de 
1988 (art. 9.º) e regulamentado pela Lei 7.783/89. 
 
2.1.1.2. Lockout 
 
 O termo lockout significa fechar as portas. O empregador, como forma comprimir 
os trabalhadores a aceitarem suas condições, paralisa suas atividades temporariamente. 
Entretanto, o art. 17 da Lei 7.783/89 veda a utilização lockout. 
 
2.1.2 Autocomposição 
 
 Na autocomposição o conflito trabalhista é solucionado por ato dos próprios 
envolvidos, sem a intervenção de terceiros. 
 
 As técnicas de autocomposição são os acordos e as convenções coletivas, 
resultantes das negociações diretas entre as partes. 
 
 
10 Idem. Ob. Cit. págs. 8 e seguintes 
 6 
2.1.2.1 – Acordos coletivos 
 
 Os acordos coletivos são pactuados entre o sindicato da categoria profissional e 
uma determinada empresa ou determinadas empresas, sendo elaborada uma norma com 
prazo de vigência limitado, em regra, um ano. Estes acordos são aplicáveis aos 
trabalhadores da empresa ou empresas acordantes. 
 
2.1.2.2 – Convenções coletivas 
 
 As convenções coletivas resultam de negociações entre sindicato da categoria 
profissional e sindicato da categoria econômica, com a elaboração de uma norma com 
prazo de vigência limitado, em regra, um ano. Esta convenção obriga a toda a categoria 
econômica que a integram e se projetam sobre a categoria profissional dessas empresas. 
 
2.1.3 – Heterocomposição 
 
 Segundo Nascimento11 a heterocomposição “é a solução dos conflitos trabalhistas 
por uma fonte suprapartes que decidirá com força obrigatória sobre os litigantes que, 
assim, são submetidos à decisão.” 
 
 As formas de heterocomposição são as seguintes: a mediação, a arbitragem e a 
jurisdição. 
 
2.1.3.1 – A mediação 
 
 A mediação é uma espécie do gênero justiça consensual e poderia ser definida com 
“um mecanismo para solução de conflitos através da gestão do mesmo pelas próprias 
partes, para que estas construam uma decisão rápida, ponderada, eficaz e satisfatória para 
os envolvidos”.12 É evidente que nesta espécie de solução de conflito há necessidade de 
intervenção de um terceiro, o mediador, o qual busca a aproximação das partes na solução 
da controvérsia, pela conciliação. 
 
 A convenção n.º 154 da OIT, a qual incentiva a negociação coletiva, aventa a 
adoção de mecanismos de conciliação entre as partes, como forma de valorização da 
mediação. 
 
 Na França, a mediação está prevista em Decreto de 1955 e transformada em lei em 
1957. Entretanto, o Conseil des Prud`homes, desde 1939, exerce funções conciliatórias. 
 
 Na Espanha existe o Instituto de Mediação, Arbitragem e Conciliação – IMAC. 
 
 Nos EEUU, em 1947, por determinação da Lei Itaft-Hartley, foram criadas 
agências de mediação, onde os mediadores são funcionários federais e atuam de forma 
individual ou em equipe. Estas agências oferecem assistência preventiva às partes, no curso 
dos contratos de trabalho, como forma solução de possíveis conflitos que possam advir por 
 
11 Ibidem. Ob. cit. pág. 9 
12 ARAÚJO, Adriano L., SILVEIRA, Anarita A., DYTZ, Karen I. O Instituto da Mediação. In: Revista 
Doutrina. Rio de Janeiro: Instituto de Direito, Vol. III, 1997, pág. 442. 
 7 
força das cláusulas contratuais, como exercem a própria mediação, mas, sempre, por 
solicitação das partes interessadas. 
 
 Na Argentina, a mediação, por força da Lei 20.525, está diretamente ligada ao 
Ministério do Trabalho e age nos conflitos individuais e coletivos de trabalho. Os 
mediadores são funcionários públicos e detêm estabilidade no cargo. 
 
 No Brasil a mediação está prevista no art. 616 da CLT e é exercida pelo Ministério 
do Trabalhoe Previdência Social, popularmente denominada de mesa redonda. 
 
 Enfatiza-se, por oportuno, que a tentativa de negociação prévia é requisito 
indispensável à instauração do dissídio coletivo de natureza econômica (art. 616, § 4.º, da 
CLT c/c art. 114, § 2.º, da CF) 
 
2.1.3.1.1 – Das comissões de conciliação prévia 
 
 A partir do advento da Lei n.º 9.958, de 12 de janeiro de 2000, que acrescentou os 
artigos 625-A a 625-H à CLT, foram fixadas regras para implementação das comissões de 
conciliação prévia (Título IV-A). 
 
 - Por força do art. 625-A da CLT “as empresas e sindicatos podem instituir 
Comissões de Conciliação Prévia”. 
- estas comissões serão de composição paritária – representantes dos 
empregados e empregadores 
- elas objetivam a tentativa de conciliação dos conflitos individuais de 
trabalho. 
- Estas comissões podem ser constituídas por grupos de empresas ou ter 
caráter intersindical (parágrafo único do art. 625-A da CLT). 
- Não se aplica este título quando o ente público 
- A composição das Comissões no âmbito das empresas está prevista no art. 
625-B e terá no mínimo 2 e no máximo 10 membros com os respectivos 
suplentes, sendo que 50% dos membros será indicada pelo empregador e 
50% pelos empregados. 
- O mandato tem duração de um ano e é permitida uma recondução (art. 625-
B, III, da CLT). 
- Tanto os empregados titulares como os suplentes integrantes das referidas 
comissões gozam de estabilidade no emprego até um ano após o término do 
mandato. 
- A Comissão estabelecida na esfera do sindicato terá sua constituição e 
regramento de funcionamento estabelecidas em convenção ou acordo 
coletivo (art. 625-C da CLT). 
- Nas localidades da prestação de serviço onde existir Comissão de 
Conciliação Prévia as demandas trabalhistas serão obrigatoriamente 
submetidas à apreciação de tal comissão (art. 625-D da CLT). 
- A demanda poderá ser escrita ou reduzida a termo por integrante da 
comissão, com fornecimento de cópia datada e assinada aos interessados 
(art. 625-D, § 1.º, da CLT) 
 8 
- Não se chegando à conciliação, a Comissão, por seus membros, fornecerá 
certidão ao empregado e ao empregador da tentativa malograda de 
conciliação com a descrição do objeto, a qual deverá ser juntada a uma 
possível reclamatória trabalhista. 
- É condição da ação, nas localidades onde possua Comissões a certidão de 
tentativa de conciliação malograda, salvo a exceção prevista no § 3.º do art. 
625-D (motivo relevante). 
- Onde houver Comissão de empresa e sindical para a mesma categoria, o 
interessado poderá optar entre uma delas (§ 4.º art. 625-D). 
- O termo da conciliação aceita será assinado pelas partes e pelos integrantes 
da Comissão e terá efeito de título executivo extrajudicial e eficácia 
liberatória geral, salvo em relação às parcelas ressalvadas (eficácia da 
liberatória geral foi abrandada pelo inciso VI do art. 13 da Portaria n.º 
329/2002 do MTE). 
Enfatiza-se que boa parte da doutrina vem se manifestando contrária à 
eficácia liberatória geral do termo de acordo, posto que a referida lei, no 
particular, é inconstitucional posto que não se pode quitar o que não é 
objeto da transação e por ser absurda a inversão quanto a obrigação das 
ressalvas. 
- As comissões dispõem de 10 dias, contados do recebimento da postulação 
para realização da sessão de tentativa de conciliação. Caso a sessão não 
ocorra dentro do referido prazo a Comissão deverá fornecer a declaração 
prevista no § 2.º do art. 625-D. 
- O prazo prescricional será suspenso com a provocação da Comissão (art. 
625-F) 
- O termo de conciliação, por ser um título executivo extrajudicial, não 
poderá ser rescindo por ação rescisória. A forma para impugnação de tal 
título é ação anulatória, caso haja prova de que houve erro, dolo, fraude, 
coação, etc. em sua constituição. (Quitação, ver art. 320 do CC) – Artigos 
166 e 171 do CCB e § 4º do art. 966 do NCPC. 
- A Comissão não pode constituir fonte de renda para as entidades sindicais 
(art. 10, § 1.º, da Portaria n.º 329/2002 do MTE); 
- As comissões não podem cobrar do trabalhador qualquer pagamento pelo 
serviço prestado; não pode cobrar remuneração vinculada ao resultado 
positivo da conciliação; cobrança de remuneração em percentual do valor 
pleiteado o do valor conciliado; cobrança de remuneração vinculada ao 
número de demandas propostas (Portaria n.º 329/2002 do MTE); 
- A conciliação deve cingir-se a conciliar parcelas controversas (Portaria n.º 
329/2002 do MTE) 
- Não podem ser objeto de transação o FGTS devido inclusive em relação à 
multa de 40% (Portaria n.º 329/2002 do MTE) 
- As partes podem ser acompanhadas por pessoas de sua confiança (Portaria 
n.º 329/2002 do MTE); 
- O não comparecimento do representante da empresa implica tão-somente 
em tentativa frustrada de conciliação (Portaria n.º 329/2002 do METE). 
 
2.1.3.2 – A Arbitragem 
 
 9 
 A arbitragem é uma forma de composição extrajudicial dos conflitos, onde uma 
pessoa ou órgão, denominado árbitro, escolhido de comum acordo pelas partes, é instado a 
decidir o conflito e impor a decisão aos litigantes, a qual se chama de laudo arbitral. No 
Brasil, a Magna Carta de 1988, através do art. 114, § 1.º, prevê a arbitragem facultativa 
para os dissídios coletivos. Entretanto, para o caso dos dissídios individuais não seria 
possível a solução dos conflitos por meio da arbitragem, em função da irrenunciabilidade 
dos direitos trabalhistas. 
 
 Igualmente, versa sobre a matéria a Lei 9.307, de 23-09-96. Entretanto, dita lei 
somente admite a solução pela arbitragem quando a controvérsia versar sobre direitos 
patrimoniais disponíveis. O que não é o caso dos direitos trabalhistas individuais, na sua 
grande maioria. 
 
 Nos EEUU há sistema de arbitragem facultativa e privada, onde os contratos 
coletivos prevêem a arbitragem e as partes escolhem, de comum acordo, o árbitro, que será 
um professor universitário, um advogado, etc., registrados como árbitros nos órgãos 
competentes. Quem remunera o árbitro são as partes. Na Austrália e na Nova Zelândia a 
arbitragem é oficial e obrigatória. 
 
2.1.3.3 – A jurisdição 
 
 A jurisdição é a forma estatal de solução dos conflitos. É a forma como o Estado 
diz o direito ao caso concreto a ele submetido. Traz a vantagem, segundo alguns 
doutrinadores, da imparcialidade. Impõe às partes a solução do conflito. É da Justiça do 
Trabalho a incumbência para solução dos conflitos trabalhistas. 
 
III – Organização judiciária do trabalho 
 
1. A Justiça do Trabalho 
 
 Justiça do Trabalho é um conjunto de órgãos estatais incumbidos de dirimir os 
conflitos oriundos das relações entre empregados e empregadores e outras relações de 
trabalho reguladas na legislação trabalhista. 
 
 Em nosso país a JT foi instituída pelo Decreto-lei n.º 1.237, de 2-5-39, incorporada 
a CLT, mas como órgão subordinado ao Ministério do Trabalho. Somente com o advento 
da Constituição de 1946 foi integrada ao Poder Judiciário. 
 
 A atual Magna Carta disciplina a Justiça do Trabalho em seus arts. 111-116. 
 A Justiça do Trabalho é composta de: 
- Tribunal Superior do Trabalho – TST 
- Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs 
- Varas do Trabalho – Juiz singular 
- Nas comarcas não alcançadas pela Jurisdição de Varas do Trabalho, por 
Juízes de Direito. 
 
 10 
 No Brasil, há atualmente, 24 Tribunais Regionais, dos quais dois sediados em São 
Paulo, um na Capital, com jurisdição sobre a área metropolitana e outro em Campinas, 
com jurisdição no interior do Estado. 
 
 A Lex Fundamentalis, com vigência desde 05-10-88, estabelece que haverá, no 
mínimo, um Tribunal Regional do Trabalho em cada estado e no DistritoFederal. No 
entanto, ainda não foram criados ditos Tribunais nos estados do Acre (junto com o de 
Rondônia – 14.ª Região), Tocantins (junto com o do Distrito Federal – 10.ª Região), 
Roraima (junto com o do Amazonas – 11.ª Região) e Amapá (junto com o do Pará – 8.ª 
Região). 
 
 A Justiça do Trabalho, desde a sua criação, organiza-se da seguinte forma: 
 
1932 1946 EC 24/99 
CNT TST TST 
 
CRT TRT TRT 
 
JCJ JCJ VT 
 
 O TST e os TRTs estão assim organizados: 
 
 TST TRT 
 Pleno Pleno 
 
SDI SDC SDI SDC 
 
T T 
 
 Já a Justiça Brasileira está assim organizada: 
 
 
STF 
 
 
 
 
TST STJ 
 
 
 
TRT 
TJ 
TA 
 TRF 
 
Vara Vara Vara 
 11 
2. Jurisdição 
 
 O Tribunal Superior do Trabalho tem jurisdição em todo o território nacional. Tem 
sede na Capital da República. Os Tribunais Regionais têm jurisdição nas suas respectivas 
regiões, conforme definição legal, de forma que todo Estado da Federação está 
compreendido na jurisdição de um TRT. 
 
 As Varas do Trabalho têm jurisdição sobre uma circunscrição territorial fixada pela 
lei, que as cria. È possível que uma Vara compreenda mais de uma Comarca, completa, 
ou em parte. Habitualmente, a lei que cria a Vara e relaciona os municípios abrangidos 
pela sua jurisdição (art. 650 da CLT). 
 
3. Varas do trabalho 
 
3.1 Composição 
 
 Toda Vara do Trabalho é composta de um Juiz do Trabalho, podendo, caso 
necessário, haver um Juiz auxiliar (art. 647 da CLT) 
 
 Uma secretaria (atribuições art. 711 da CLT) – a qual funciona como seu cartório 
é composta de vários funcionários – É dirigida por um Diretor (Diretor de Secretaria – 
art. 710 da CLT com atribuições previstas no art. 712 da CLT), a qual é nomeada pelo 
Juiz-Presidente do TRT. 
 
 Como auxiliar da Justiça, o Oficial de Justiça Avaliador (art. 721 da CLT). 
 
 Nas Comarcas onde há mais de uma Vara do Trabalho, obrigatoriamente haverá um 
Distribuidor (Distribuição), o qual tem a incumbência de distribuir de forma eqüitativa 
os feitos que dão entrada na distribuição. 
 
3.2 Jurisdição 
 
 As Varas do Trabalho têm jurisdição sobre uma circunscrição territorial fixada pela 
lei, que as cria. È possível que uma Vara compreenda mais de uma Comarca, completa, 
ou em parte. Habitualmente, a lei que cria a Vara e relaciona os municípios abrangidos 
pela sua jurisdição (art. 650 da CLT). 
 
3.3 Competência 
 
 A competência da JT, em regra, segundo Martins13, é dividida em relação à 
matéria, às pessoas, ao lugar e funcional. 
 
 A competência em razão da matéria (ex ratione materie), diz respeito à espécie de 
questões que podem ser suscitadas na JT, em regra, aquelas decorrentes da relação de 
emprego. (absoluta) 
 
 
13 Idem, Ob. Cit. pág. 116 
 12 
 A competência em razão das pessoas (ex ratione personae), diz respeito aos 
sujeitos envolvidos em conflitos, de cuja competência é da JT a apreciação, por ex. 
conflitos entre empregados e empregadores, como regra geral. 
 
 A competência em razão do lugar (ex ratione loci) ou territorial é aquela 
“determinada à Vara do Trabalho para apreciar os litígios trabalhistas no espaço geográfico 
de sua jurisdição. (relativa). 
 
 A competência funcional “diz respeito à função desempenhada pelos juízes na JT. 
 A competência material e em razão da pessoa da Justiça do Trabalho tem seu 
sustentáculo maior no art. 114 da CF. Na CLT esta competência está prevista no art. 643. 
 
 Obs. importante - A primeira vista, o art. 114 da CF, parece estabelecer a 
competência da Justiça do Trabalho, para apreciar feitos que envolvam os servidores 
públicos estatutários (Federais, Estaduais e Municipais). Inclusive, o art. 240, d e f, da Lei 
8.112/90, previa a competência da JT para tal desiderato. Entretanto, o Presidente da 
República vetou tais disposições legais. Mas o Congresso cassou dito veto. Mas, O 
Procurador Geral da República moveu Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN n.º 
00004921/600) e o STF considerou inconstitucional a referida norma, sacramentando, 
assim, a incompetência da JT para apreciar ações de funcionários públicos estatutários. 
Novamente, a Emenda Constitucional n.º 45 de 08-12-04, trouxe dita competência para a 
Justiça do Trabalho. Mas, novamente através de ADIN n,º 3395 o STF, pelo Ministro 
Nelson Jobim, concedeu liminar devolvendo a competência, para apreciar feitos originários 
dos vínculos administrativos (servidores estatutários e ocupantes de Cargo em Comissão à 
Justiça Federal. Dessarte, compete à Justiça Federal apreciar as ações dos funcionários 
públicos federais estatutários e a Justiça Comum Estadual apreciar os feitos dos 
funcionários públicos estatutários dos Estados e dos Municípios. 
 
 Convém destacar que os dissídios envolvendo empregados de empresas públicas, 
de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que exploram atividades 
econômicas, segundo o art. 173, § 1.º, II, da CF14, seriam regidos por lei especial. 
Entretanto, enquanto não editada tal lei, os referidos obreiros serão regidos pela CLT, 
sendo, portanto, competente a JT para apreciar os dissídios envolvendo tais empregados e 
empregadores. 
 
 A Lei n.º 9.962, de 22-2-2000, permitiu que as administrações federal direta, 
autárquica e fundacional contratem empregados públicos pelo regime Celetista. Neste caso, 
as controvérsias serão resolvidas pela JT. 
 
 
14 CF - Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a 
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
§ 1º. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de 
serviços, dispondo sobre: 
I – (...) 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações 
civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
III – (...) 
 13 
 A partir da Emenda Constitucional nº 45 de 08-12-04, a Competência da Justiça do 
Trabalho foi ampliada de forma significativa, conforme se observa da nova Redação do art. 
n.º 114 da CF. Vejamos: 
 
 Compete a Justiça do Trabalho processar e julgar : 
 
a) ações oriundas das relações de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (a parte envolvendo 
servidores públicos estatutários e ocupantes de CCs permanecem na 
Competência da Justiça Federal, para os servidores federais e da Justiça 
Estadual pra os servidos municipais e estaduais, por força de liminar 
pelo STF em ADIN n.º 3395) 
 
b) as ações que envolvem exercício do Direito de Greve; 
 
c) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos 
e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (antes competência 
da Justiça Comum estadual) 
 
d) os mandados de segurança, hábeas corpus e hábeas data, quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
 
e) os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o;15 
 
f) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho; 
 
g) as ações relativasàs penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
 
h) execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, 
e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
 
i) outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
(...) 
 
 Na CLT a competência das Varas do Trabalho está definida nos art. 651 a 653. 
 
 Em razão do lugar (ex ratione loci), como regra geral, é competente a Vara do 
Trabalho do local da prestação do serviço (art. 651 da CLT). 
 
 
15 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
(...) 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais 
Superiores, ou entre eles e qualquer outro tribunal; 
 14 
 Para o caso dos agentes ou viajantes comerciais, a Vara competente é aquela onde a 
empresa tenha agência ou filial e a esta esteja o empregado vinculado, na ausência, a do 
domicílio do empregado ou a mais próxima desta. (art. 651, § 1.º, da CLT). 
 
 No caso do empregador que executa atividades fora do local do contrato de 
trabalho, o empregado poderá ajuizar sua reclamação na Vara da contratação ou na da 
prestação do serviço. 
 
3.3.1 - Competência material das Varas do Trabalho 
 
 A competência material da Justiça do trabalho está prevista nos artigos 114 da CF 
e. 652 da CLT, segundo os quais, compete à Vara do Trabalho conciliar e julgar os 
dissídios individuais: 
 a). entre empregados e empregadores, decorrentes da relação de emprego, bem 
como aqueles decorrentes das relações de trabalho em que o executor é pessoa física (esta 
parte final deve gerar inúmeros conflitos de competência até que se sedimente a 
interpretação da nova regra do artigo 114 da CF); 
 b) resultantes de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice; 
 c) oriundos de pequenas parcerias; 
 d) originários do emprego doméstico; 
 e) do trabalho temporário; 
 f) do trabalho avulso (art. 7.º, XXXIV) da CF) art. 643 da CLT; 
 g) do trabalho portuário (§ 3.º do art. 643, da CLT, acrescido pela MP n.º 2-164-41, 
de 24-8-2001). 
 h) competência para ação de cumprimento de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho, conforme Lei n.º 8.984, de 07-02-95; 
 i) ação civil pública, movida pelo Ministério Público do Trabalho ou por Sindicato 
(interesses individuais homogêneos ou coletivos - competência concorrente), no caso de 
interesses difusos, a competência é exclusiva do Ministério Público do Trabalho, em 
função de que o sindicado protege interesses da categoria); 
 j) execução dos termos de conciliação firmados perante o Ministério Público do 
Trabalho e as Comissões de Conciliação Prévia; 
 k) todas as demais ações decorrentes de agressões com nexo causal no contrato de 
trabalho por exemplo: ação de despejo de empregado de casa do empregador; ação de 
prestação de contas; etc...) 
 l) Embora as varas do trabalho tenham competência apenas para apreciar dissídios 
individuais, por força do art. 866 da CLT, as varas podem, a critério do Presidente, quando 
os dissídios ocorrem fora da sede do Tribunal, praticar os atos previstos nos art. 860 e 862 
da CLT. 
 Esclarecimento necessário: dissídio individual não significa um único empregado 
em litígio com um único empregador. Os dissídios trabalhistas podem ser assim 
esquematizados: 
 Coletivo no TRT ou TST 
 
Dissídio Trabalhista plúrimo 
 Individual na Vara do Trabalho 
 singular (na primeira instância)
 
 15 
O individual singular envolve um empregado e um empregador; 
 
O individual plúrimo envolve mais de um empregado contra o mesmo empregador, 
mas por meio de única ação (única reclamação). Os empregados agem por intermédio de 
advogado ou de sindicato, cada um outorga uma procuração. O pressuposto da ação é que 
o direito reivindicado seja igual e por idêntica razão, como por exemplo, quando o 
empregador suprime o pagamento de uma gratificação habitual, adicional de insalubridade 
e/ou periculosidade; 
 
4 – Tribunais Regionais do Trabalho - TRTs 
 
4.1 – Funcionamento 
 
 A composição, número de membros, varia em conformidade com a região em que 
esteja situado. Atualmente são compostos de no mínimo 8 Juízes e no máximo 64 Juízes. 
 
 A Constituição estabelece, no entanto, que deverá haver 1/5 (um quinto) de 
membros originários do Ministério Público do Trabalho e da Advocacia. 
 
 Farão parte do Tribunal Juízes de carreira, após promoção por antiguidade e 
merecimento. 
 
 Os ocupantes das vagas de advogado e de membros do Ministério Público são 
indicados por lista sêxtupla pelos respectivos órgãos de classe ao Tribunal Regional do 
Trabalho, o qual, pelos votos dos Juízes, elaborará lista tríplice para nomeação de um da 
respectiva lista pelo Presidente da República. 
 
 Os Tribunais de composição mínima funcionam em turma única. 
 Os maiores dividem-se em turmas, reservando ao Pleno e ao Órgão Especial certas 
matéria definidas no Regimento Interno. 
 Na ausência ou impedimento de um dos Juízes que compõe o Tribunal de modo a 
comprometer o quorum, o parágrafo único do art. 93 da LOMAN estabelece que serão 
convocados titulares das Varas Trabalhistas da sede da Região. 
 
4.2 - Jurisdição 
 
A jurisdição é fixada em Lei. Sendo que a CF estabelece que deve haver no mínimo um 
Tribunal por Estado (art. 112 da CF). 
 
4.3 – Competência 
 
 Originária ou recursal, em última ou única instância. 
 
 Originária: Ex. Ação rescisória, mandado de segurança, etc. 
 Recursal: Recurso ordinário, agravo de petição, agravo de instrumento, etc., das 
decisões das varas; 
 Última ou única instância: Ex. processos e recursos de natureza administrativa, as 
reclamações contra atos administrativos de seu Presidente ou de qualquer de seus 
 16 
membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários (art. 678 da 
CLT). 
 
 
4.4. - Tribunal Regional do Trabalho da 4.ª Região - RS 
 
 O TRT da 4.ª Região é composto, segundo o art. 670 da CLT, de 48 
Desembargadores é está assim divididos (embora na CLT ainda conste 36): 
Órgão Julgador Composição Competência 
Tribunal Pleno 
 
Totalidade dos desembargadores 
efetivos do Tribunal (48 
Desembargadores) 
quorum mínimo: metade mais um 
de seus membros 
Arts. 19 e 20 do 
Regimento 
Interno 
Órgão Especial 
16 Desembargadores 
quorum mínimo: 10 
Desembargadores 
Arts. 21, caput e 
22 do 
Regimento 
Interno 
Seção de Dissídios 
Coletivos 
Presidente do Tribunal, Vice-
Presidente, mais 10 
Desembargadores 
quorum mínimo: 6 
Desembargadores 
Art. 29, caput e 
§ 2º do 
Regimento 
Interno 
Primeira Seção de 
Dissídios Individuais 
13 Desembargadores 
quorum mínimo: 6 
Desembargadores 
Art. 31, caput e 
§ 2º do 
Regimento 
Interno 
Segunda Seção de 
Dissídios Individuais 
13 Desembargadores 
quorum mínimo: 6 
Desembargadores 
Art. 33, caput e 
§ 2º do 
Regimento 
Interno 
Seção Especializada em 
Execução 
8 Desembargadores 
quorum mínimo: 5 
 Desembargadores 
Arts. 34-A e 34-
B do Regimento 
Interno 
Onze Turmas 
4 Desembargadores (em cada uma) 
quorum: 3 Desembargadores 
Art. 36 do 
Regimento 
Interno 
 
A relação dos desembargadores integrantes do Tribunal Regional do Trabalho da 
4.ª pode ser obtida no Site do Tribunal. Desembargador-Presidente: Carlos Alberto 
Robinson.Regimento interno do TRT da 4.ª Região, nas questões de competência 
(...) 
 17 
 
I – eleger o Presidente do Tribunal e demais titulares de sua Direção, os 
Desembargadores elegíveis do Órgão Especial, o Diretor, o Vice-Diretor, os 
Conselheiros da Escola Judicial e os suplentes, o Ouvidor e o Vice- Ouvidor; 
(Inciso I com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004, 01/2006, 
01/2007, 01/2008 e 01/2013– aprovados, respectivamente, pelas Resoluções 
Administrativas n. 11/2004, 16/2006, 08/2007, 11/2008 e 17/2013) 
II - dar posse aos membros eleitos para os cargos de Direção, aos Juízes 
nomeados para o Tribunal, aos integrantes do Órgão Especial, aos Presidentes de 
Turma e Seções Especializadas, ao Diretor e ao Vice-Diretor da Escola Judicial, ao 
Ouvidor e ao Vice-Ouvidor; (Inciso II com redação alterada pelos Assentos 
Regimentais n. 01/2004, 01/2006 e 01/2013 – aprovados, respectivamente, pelas 
Resoluções Administrativas n. 11/2004, 16/2006 e 17/2013) 
III - eleger os magistrados que integrarão as Comissões Permanentes, na forma do 
disposto no Capítulo I do Título IV deste Regimento; (Inciso III com redação 
alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004 e 01/2008 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2004 e 11/2008) 
IV - elaborar o Regimento Interno e deliberar sobre a criação, extinção, 
agrupamento, divisão ou alteração da competência de órgãos jurisdicionais 
fracionários do Tribunal; (Inciso IV com redação alterada pelos Assentos 
Regimentais n. 01/2004 e 03/2008 – aprovados, respectivamente, pelas Resoluções 
Administrativas n. 11/2004 e 24/2008) 
V - delegar matérias de sua competência ao Órgão Especial; (Inciso V com redação 
alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 11/2004) 
VI - votar as listas tríplices para o provimento de cargos de Desembargador do 
Tribunal e, de promoção, por merecimento, de Juízes do Trabalho Substitutos; 
(Inciso VI com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004, 01/2008 e 
01/2011– aprovados, respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 
11/2004 , 11/2008 e 05/2011) 
VII - aceitar ou recusar o nome do Juiz do Trabalho mais antigo para promoção ao 
Tribunal ou de Juiz do Trabalho Substituto mais antigo ao cargo de Juiz do 
Trabalho Titular de Vara, procedendo, em caso de recusa, à votação do nome 
subsequente na lista de antiguidade, até que se estabeleça a aceitação de um 
nome; (Inciso VII com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004 e 
01/2011 – aprovados, respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 
11/2004 e 05/2011) 
VIII - julgar originariamente os mandados de segurança e os habeas data contra 
seus atos; (Inciso VIII com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 
01/2004 e 01/2006 – aprovados, respectivamente, pelas Resoluções 
Administrativas n. 11/2004 e 16/2006 ) 
IX - julgar originariamente as arguições de inconstitucionalidade de lei ou de ato 
do Poder Público, quando acolhidas pelas Turmas, Seções Especializadas ou 
Órgão Especial, ou quando opostas em processos de sua competência originária; 
(Inciso IX com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado 
pela Resolução Administrativa n. 11/2004 ) 
 18 
X - uniformizar a jurisprudência do Tribunal, observado o que dispuserem a lei e 
os arts. 116 a 118 e 221 a 225 deste Regimento, bem como zelar pela sua 
observância; (Inciso X com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 
01/2004, 01/2006 e 01/2011 – aprovados, respectivamente, pelas Resoluções 
Administrativas n. 11/2004, 16/2006 e 05/2011) 
XI – julgar os agravos previstos na Seção VI do Capítulo VII do Título III deste 
Regimento; (Inciso XI acrescentado pelo Assento Regimental n. 02/2004 – 
aprovado pela Resolução Administrativa n. 14/2004, renumerados os incisos 
subsequentes) 
XII - processar e julgar as exceções de suspeição e/ou de incompetência que lhe 
forem opostas; (Inciso XII com redação alterada pelo Assento Regimental n. 
01/2004 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 11/2004 ) 
XIII - processar e julgar os embargos de declaração relativos aos seus acórdãos; 
(Inciso XIII com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado 
pela Resolução Administrativa n. 11/2004 ) 
XIV - processar e julgar os incidentes dos processos pendentes de sua decisão; 
(Inciso XIV com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado 
pela Resolução Administrativa n. 11/2004 ) 
XV – julgar os agravos de petição interpostos em ações de sua competência; 
(Inciso XV acrescentado pelo Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela 
Resolução Administrativa n. 14/2004) 
XVI – julgar as ações rescisórias propostas contra suas próprias decisões; (Inciso 
XVI acrescentado pelo Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 14/2004) 
XVII – julgar, em relação aos Desembargadores do Tribunal, os processos 
disciplinares de que trata o artigo 51 deste Regimento. (Inciso XVII acrescentado 
pelo Assento Regimental n. 04/2007, com redação alterada pelo Assento 
Regimental n. 01/2008 – aprovados, respectivamente, pelas Resoluções 
Administrativas n. 15/2007 e 11/2008) 
Parágrafo único. A recusa de que trata o inciso VII deverá ser motivada e proferida 
pelo voto de, pelo menos, dois terços dos membros do Tribunal, restando 
assegurada a ampla defesa ao magistrado. (Parágrafo único com redação alterada 
pelo Assento Regimental n. 01/2006 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 
16/2006) 
 
Art. 25. Compete ao Órgão Especial: 
I - organizar os serviços auxiliares do Tribunal; ( Inciso I com redação alterada pelo 
Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 
11/2004) 
II - fixar os horários de funcionamento dos serviços e das unidades judiciárias da 
região; (Inciso II com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – 
aprovado pela Resolução Administrativa n. 11/2004) 
 19 
III - submeter ao órgão competente proposta de criação ou extinção de cargos e a 
fixação dos respectivos vencimentos; ( Inciso III com redação 
alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 11/2004) 
IV – deliberar sobre a alteração e estabelecimento da jurisdição das Varas do 
Trabalho, assim como transferir sua sede de um Município para o outro, conforme 
a necessidade de agilização da prestação jurisdicional, mediante proposta do 
Corregedor Regional; (Inciso IV acrescentado pelo Assento Regimental n. 02/2004 
– aprovado pela Resolução Administrativa n. 14/2004, renumerados os incisos 
subsequentes) 
V - deliberar sobre a definição das circunscrições judiciárias da Região para fins 
de zoneamento e lotação dos magistrados de primeiro grau, mediante proposta do 
Corregedor Regional; (Inciso V com redação alterada pelo Assento Regimental n. 
01/2004 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 11/2004) 
VI – eleger os magistrados que integrarão as Comissões Temporárias, na forma do 
disposto no Capítulo I do Título IV deste Regimento; (Inciso VI acrescentado pelo 
Assento Regimental n. 02/2004, renumerados os incisos subsequentes, com 
redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2008 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 14/2004 e 11/2008) 
VII - votar a convocação de Juiz do Trabalho para o Tribunal; (Inciso VII com 
redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004 e 01/2011 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2004 e 05/2011) 
VIII - Inciso suprimido pelo Assento Regimental n. 01/2011 – aprovado pela 
Resolução Administrativa n. 05/2011 
IX - Inciso suprimido pelo Assento Regimental n. 01/2011 – aprovado pela 
Resolução Administrativa n. 05/2011 
X – julgar, em relação aos juízes de primeiro grau,os processos disciplinares de 
que trata o art. 51 deste Regimento; ( Inciso X com redação alterada pelos 
Assentos Regimentais n. 01/2004 e 04/2007 – aprovados, respectivamente, pelas 
Resoluções Administrativas n. 11/2004 e 15/2007) 
XI - conceder licenças e férias, nos termos da lei, aos membros do Tribunal e aos 
Juízes e servidores imediatamente subordinados ao Tribunal; (Inciso XI com 
redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 11/2004) 
XII - fixar, mediante proposta da Presidência, os valores das diárias e das ajudas 
de custo dos magistrados e dos servidores da Região; (Inciso XII com redação 
alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004 e 01/2008 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2004 e 11/2008) 
XIII - julgar originariamente os mandados de segurança e os habeas data contra 
seus próprios atos, os atos das Seções Especializadas e das Turmas; (Inciso XIII 
com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004 e 01/2006 – 
aprovados, respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2004 e 
16/2006) 
 20 
XIV - julgar originariamente os habeas corpus, os habeas data e os mandados de 
segurança contra atos do Presidente, do Vice-Presidente, do Corregedor, do Vice-
Corregedor e dos demais Desembargadores, bem como contra os atos 
administrativos dos Juízes de primeiro grau; (Inciso XIV com redação alterada 
pelos Assentos Regimentais n. 01/2004, 01/2006 e 01/2008 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2004, 16/2006 e 11/2008) 
XV - julgar os agravos previstos na Seção VI do Capítulo VII do Título III deste 
Regimento; (Inciso XV com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – 
aprovado pela Resolução Administrativa n. 11/2004) 
XVI - processar e julgar os conflitos de competência entre os órgãos judicantes do 
Tribunal; ( Inciso XVI com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01//2004 – 
aprovado pela Resolução Administrativa n. 11/2004) 
XVII - processar e julgar as exceções de suspeição arguidas contra o Órgão 
Especial, seu Presidente e demais Desembargadores que o integram, nos feitos 
pendentes de sua decisão; (Inciso XVII com redação alterada pelos Assentos 
Regimentais n. 01/2004 e 01/2008 – aprovados, respectivamente, pelas Resoluções 
Administrativas n. 11/2004 e 11/2008) 
XVIII - processar e julgar as exceções de incompetência que lhe forem opostas; ( 
Inciso XVIII com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado 
pela Resolução Administrativa n. 11/2004) 
XIX - processar e julgar os embargos de declaração relativos aos seus acórdãos; 
(Inciso XIX com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado 
pela Resolução Administrativa n. 11/2004) 
XX - processar e julgar os incidentes dos processos pendentes de sua decisão; ( 
Inciso XX com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado 
pela Resolução Administrativa n. 11/2004) 
XXI - apreciar os processos e os recursos de natureza administrativa, bem como 
os recursos das decisões proferidas pelo Desembargador-Ouvidor; (Inciso XXI 
com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004 e 01/2013 – 
aprovados, respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2004 e 
17/2013) 
XXII – julgar os agravos de petição interpostos em ações de sua competência; 
(Inciso XXII acrescentado pelo Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela 
Resolução Administrativa n. 14/2004) 
XXIII – julgar as ações rescisórias propostas contra suas próprias decisões; 
(Inciso XXIII acrescentado pelo Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela 
Resolução Administrativa n. 14/2004) 
XXIV – deliberar sobre as demais matérias administrativas não incluídas na 
competência dos outros órgãos do Tribunal; (Inciso XXIV acrescentado pelo 
Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 
14/2004) 
XXV - apreciar pedido de remoção de juiz do trabalho substituto entre Tribunais 
Regionais do Trabalho; (Inciso XXV acrescentado pelo Assento Regimental n. 
01/2006 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 16/2006) 
 21 
XXVI - apreciar pedido de permuta de juízes do trabalho. (Inciso XXVI acrescentado 
pelo Assento Regimental n. 01/2006 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 
16/2006) 
§ 1º Suprimido pelo Assento Regimental n. 01/2011 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 05/2011 
§ 2° A atribuição de conceder férias e licenças aos Juízes de primeiro grau e aos 
servidores imediatamente subordinados ao Tribunal, de que trata o inciso XI deste 
artigo, pode ser delegada, por resolução do Órgão Especial, ao Presidente do 
Tribunal ou, quanto aos primeiros, ao Corregedor Regional, observada a escala 
respectiva e o disposto no artigo 65, §§ 2° e 3°, deste Regimento. (§2º com 
redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2004 e 02/2004 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2004 e 14/2004 
§ 3º Compete, ainda, ao Órgão Especial proceder às alterações regimentais não 
conflitantes com as competências do Tribunal Pleno. (§3º com redação alterada 
pelo Assento Regimental n. 01/2004 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 
11/2004) 
 
(...) 
Art. 30. Compete à Seção de Dissídios Coletivos (SDC): 
a) conciliar e julgar os dissídios coletivos e estender ou rever as sentenças 
normativas, nos casos previstos em lei; 
b) homologar as conciliações celebradas nos dissídios coletivos de que trata a 
alínea anterior; 
c) julgar as ações rescisórias propostas contra suas decisões normativas; 
d) julgar ações anulatórias em matéria de sua competência; 
e) julgar ações cautelares em processos de sua competência; 
f) julgar os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos; 
g) julgar os agravos regimentais dos despachos do Presidente ou dos Relatores 
que decretarem a extinção dos processos que lhes tenham sido distribuídos e 
concederem ou denegarem liminares em ações de sua competência; 
h) julgar as suspeições arguidas contra o Presidente e demais integrantes da 
Seção, nos feitos pendentes de sua decisão; 
i) julgar as exceções de incompetência que lhe forem opostas; 
j) julgar as arguições de falsidade em processos pendentes de sua decisão; 
l) julgar os agravos de petição interpostos em ações de sua competência. (Alínea 
“l” acrescentada pelo Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 14/2004) 
§ 1º Compete, ainda, à Seção de Dissídios Coletivos: 
 22 
a) determinar aos Juízes de primeiro grau a realização dos atos processuais e 
diligências necessárias ao julgamento dos feitos submetidos a sua decisão; 
b) fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões; 
c) decretar a nulidade dos atos praticados com desobediência a suas decisões; 
d) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao 
esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que 
não atenderem tais requisições; 
e) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições 
decorrentes de sua jurisdição. 
§ 2º A conciliação e a instrução dos feitos a que se refere a alínea a do caput 
competirão ao Presidente do Tribunal ou, por sua delegação, ao Vice- Presidente, 
ou a Desembargador integrante da Seção. (§2º com redação alterada pelo Assento 
Regimental n. 01/2008 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 11/2008) 
(...) 
Art. 31. Compete à 1ª Seção de Dissídios Individuais julgar (1.ª SDI): 
Art. 31. A 1ª Seção de Dissídios Individuais (1ª SDI) será constituída por treze 
Desembargadores. (Caput com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 
01/2008, 04/2008, 03/2011 e 01/2013– aprovados, respectivamente, pelas 
Resoluções Administrativas n. 11/2008, 26/2008, 12/2011 e 17/2013) 
§ 1º A Seção será presidida peloDesembargador mais antigo da Seção. (§1º com 
redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2008 e 04/2008 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2008 e 26/2008) 
§ 2º A Seção funcionará com a presença de, no mínimo, seis dos 
Desembargadores que a integram, entre estes incluído o Desembargador que a 
estiver presidindo. (§2º com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2008 
– aprovado pela Resolução Administrativa n. 11/2008) 
Art. 32. Compete à 1ª Seção de Dissídios Individuais julgar: 
a) os habeas corpus, os habeas data e os mandados de segurança contra atos 
jurisdicionais dos órgãos judiciários de primeiro grau; (Alínea “a” com redação 
alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2006 e 01/2008 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 16/2006 e 11/2008) 
b) os conflitos de competência entre os Juízes de primeiro grau; 
c) os agravos regimentais dos despachos dos Relatores que decretarem a 
extinção dos processos que lhes tenham sido distribuídos e concederem ou 
denegarem liminares em ações de sua competência; 
d) as exceções de suspeição arguidas contra a própria Seção, seu Presidente e 
demais magistrados, nos feitos pendentes de sua decisão; (Alínea “d” com 
redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2008 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 11/2008) 
 23 
e) as exceções de incompetência que lhe forem opostas; 
f) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos; 
g) as habilitações incidentes e arguições de falsidade em processos pendentes de 
sua decisão; 
h) julgar os agravos de petição interpostos em ações de sua competência. (Alínea 
“h” acrescentada pelo Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 14/2004). 
Parágrafo único. Compete à 1ª Seção de Dissídios Individuais, em relação aos 
feitos de sua competência, o exercício das atribuições de que trata o § 1º do artigo 
30. 
 
Compete à 2ª Seção de Dissídios Individuais julgar (2.ª SDI): 
Art. 33. A 2ª Seção de Dissídios Individuais (2ª SDI) será constituída por treze 
Desembargadores. (Caput com redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 
01/2008, 04/2008 e 01/2013– aprovados, respectivamente, pelas Resoluções 
Administrativas n. 11/2008, 26/2008 e 17/2013) 
§ 1º A Seção será presidida pelo Desembargador mais antigo da Seção. (§1º com 
redação alterada pelos Assentos Regimentais n. 01/2008 e 04/2008 – aprovados, 
respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 11/2008 e 26/2008) 
§ 2º A Seção funcionará com a presença de, no mínimo, seis dos 
Desembargadores que a integram, entre estes incluído o Desembargador que a 
estiver presidindo. (§2º com redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2008 
– aprovado pela Resolução Administrativa n. 11/2008) 
Art. 34. Compete à 2ª Seção de Dissídios Individuais julgar: 
a) as ações rescisórias propostas contra decisões dos Juízes de primeiro grau, 
das Turmas, e contra suas próprias decisões; 
b) as ações cautelares, preparatórias ou incidentais, relativas aos feitos de sua 
competência; 
c) os agravos regimentais dos despachos dos Relatores que decretarem a 
extinção dos processos que lhes tenham sido distribuídos e concederem ou 
denegarem liminares em ações de sua competência 
d) as exceções de suspeição arguidas contra a própria Seção, seu Presidente e 
demais magistrados, nos feitos pendentes de sua decisão; (Alínea “d” com 
redação alterada pelo Assento Regimental n. 01/2008 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 11/2008) 
e) as exceções de incompetência que lhe forem opostas; 
f) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos; 
 24 
g) as habilitações incidentes e arguições de falsidade em processos pendentes de 
sua decisão; 
h) julgar os agravos de petição interpostos em ações de sua competência. (Alínea 
“h” acrescentada pelo Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela Resolução 
Administrativa n. 14/2004) 
Parágrafo único. Compete à 2ª Seção de Dissídios Individuais, em relação aos 
feitos de sua competência, o exercício das atribuições de que trata o § 1º do artigo 
30. 
Da Seção Especializada em Execução 
(Seção com título alterado pelo Assento Regimental n. 04/2011 – aprovado pela 
Resolução Administrativa n. 22/2011) 
Art. 34-A. A Seção Especializada em Execução será constituída por oito 
Desembargadores, vinculados a duas Turmas do Tribunal, funcionando com o 
quorum de, no mínimo, cinco dos Desembargadores que a integram, entre estes 
incluído o Desembargador que a estiver presidindo. (artigo acrescentado pelo 
Assento Regimental n. 04/2011, com redação alterada pelo Assento Regimental n. 
01/2013– aprovados, respectivamente, pelas Resoluções Administrativas n. 
22/2011 e 17/2013) 
Art. 34-B. Compete à Seção Especializada em Execução julgar: 
a) os agravos de petição e os agravos de petição em reexame necessário, 
ressalvados os demais casos previstos neste Regimento Interno; 
b) os agravos de instrumento de despachos denegatórios de recursos de sua 
competência; 
c) as ações cautelares, preparatórias ou incidentais, relativas aos feitos de sua 
competência; 
d) os agravos regimentais interpostos das decisões dos Relatores proferidas na 
forma do artigo 557 do CPC e dos despachos que concederem ou denegarem 
liminares em ações cautelares, ou quando contrários às disposições regimentais, 
observado o procedimento previsto nos artigos 201 a 205 deste Regimento; 
e) as exceções de suspeição arguidas contra a própria Seção, seu Presidente e 
demais magistrados nos feitos pendentes de sua decisão; 
f) as exceções de incompetência que lhe forem opostas; 
g) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos; 
h) as habilitações incidentes e arguições de falsidade em processos pendentes de 
sua decisão. (artigo e alíneas acrescentados pelo Assento Regimental n. 04/2011 – 
aprovado pela Resolução Administrativa n. 22/2011) 
Art. 34-C. A Seção Especializada em Execução poderá, por proposta do respectivo 
Presidente ou de qualquer dos seus integrantes, editar Orientações 
 25 
Jurisprudenciais representativas da jurisprudência majoritária quanto à matéria de 
sua competência. 
§1º As propostas de edição, revisão ou cancelamento de Orientações 
Jurisprudenciais serão apreciadas em sessão especialmente convocada pelo seu 
Presidente para esta finalidade, com antecedência mínima de dez dias. 
§ 2º No mesmo prazo o Presidente da Seção Especializada em Execução 
encaminhará aos demais Desembargadores dela integrantes a proposta de 
redação dos verbetes, sendo o Presidente o relator da matéria. 
§ 3º Para edição, revisão e cancelamento de Orientação Jurisprudencial é 
necessária decisão da maioria absoluta dos integrantes da Seção Especializada 
em Execução, incluindo os Juízes Convocados a qualquer título, observando-se, 
posteriormente, o procedimento do artigo 226 deste Regimento. 
§ 4º O Presidente da Seção terá direito a voto na hipótese prevista neste artigo. 
(artigo e parágrafos acrescentados pelo Assento Regimental n. 04/2011 – aprovado 
pela Resolução Administrativa n. 22/2011) 
Art. 37. Compete a cada Turma: 
a) julgar os recursos ordinários; 
b) julgar os agravos de instrumento de despachos denegatórios de recursos de 
sua competência; (Alínea “b” com redação alterada pelos Assentos Regimentais 
ns. 02/2004 e 04/2011 – aprovados, respectivamente, pelas Resoluções 
Administrativas n. 14/2004 e 22/2011) 
c) julgar as medidas cautelares nos feitos a ela submetidos; 
d) julgar os agravos interpostos das decisões dos Relatores proferidas na forma 
do artigo 557 do CPC e dos despachos que concederem ou denegarem liminares 
em ações cautelares, ou quando contrários às disposições regimentais, observado 
o procedimento previsto nos artigos 201 a 205 deste Regimento; 
e) impor multas e demais penalidadesrelativas a atos de sua competência e julgar 
os recursos interpostos das decisões dos Juízes de primeiro grau; 
f) determinar aos Juízes de primeiro grau a realização de atos processuais e 
diligências necessárias ao julgamento dos feitos submetidos a sua apreciação; 
g) fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões; 
h) decretar a nulidade dos atos praticados com desobediência a suas decisões; 
i) julgar as exceções de suspeição arguidas contra a própria Turma ou contra 
qualquer de seus membros; 
j) julgar as exceções de incompetência que lhe forem opostas; 
l) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao 
esclarecimento dos feitos submetidos a sua apreciação, representando contra 
aquelas que não atenderem tais requisições; 
 26 
m) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições 
decorrentes de sua jurisdição; 
n) julgar as habilitações incidentes e arguições de falsidade em processos 
pendentes de seu julgamento; 
o) julgar os embargos de declaração opostos a suas próprias decisões; 
p) promover, por proposta de qualquer de seus membros, a remessa de processos 
ao Tribunal Pleno, ao Órgão Especial e às Seções Especializadas, quando a 
matéria seja da competência destes; 
q) dar ciência às autoridades competentes de fato que possa configurar crime de 
ação pública, verificado nos papéis e autos sujeitos a seu exame; 
r) dar ciência, à Corregedoria Regional, de atos considerados atentatórios à boa 
ordem processual; 
s) processar e julgar a restauração de autos, quando se tratar de processo de sua 
competência. 
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não cabe recurso para o Órgão 
Especial, exceto no caso de multas por elas impostas e na hipótese prevista no 
artigo 201, II, c, deste Regimento. (Parágrafo único com redação alterada pelo 
Assento Regimental n. 02/2004 – aprovado pela Resolução Administrativa n. 
14/2004) 
 (...) 
 O inteiro teor do Regimento Interno do TRT4 deve ser consultado no Site do 
tribunal. 
 
5 – Tribunal Superior do Trabalho - TST 
 
5.1 – Composição 
 
 27 Ministros, obedecido o quinto Constitucional, atualmente o TST está composto 
27 Ministros. 
 O TST é assim dividido: Pleno – 27 ministros (Competência – art. 29 do 
Regimento Interno c/c art. 34 – Ex. dar posse aos 
membros eleitos de direção e aos Ministros 
nomeados); 
 
 Órgão Especial (14 Ministros) (Competência art. 30 
c/c 34 do RI) Ex. 
- decidir argüição de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público, quando considerada relevante pelas Seções Especializadas ou 
Turmas; 
- aprovar, modificar ou revogar enunciado da Súmula de Jurisprudência 
dominante em Dissídios Individuais e os Precedentes Normativos em 
Dissídios Coletivos; 
 27 
- julgar incidentes de uniformização de jurisprudência em Dissídios 
Individuais; julgar agravo regimentais interpostos contra decisões proferidas 
pelo Corregedor Geral); entre outras; 
 
Seções Especializadas: 
 SDC (9 Ministros) – Seção Especializada em Dissídios Coletivos 
(Competência art. 31 c/c 34 do RI ) 
 Originária: 
- Julgar DC que excedam a jurisdição dos TRTs e estender e rever suas 
próprias sentenças normativas; 
- homologar conciliações celebradas nos DC; julgar ações rescisórias 
propostas contra suas sentenças; 
- julgar mandados de segurança contra atos praticados pelo Presidente do 
TST ou por qual dos Ministros integrantes da SDC; 
- julgar conflitos de competência entre TRTs em processo de DC; 
- processar e julgar as medidas cautelares incidentais nos processos de DC; 
- processar e julgar as ações em matéria de greve, quando o conflito exceder a 
jurisdição de TRT; 
Em última instância: 
- Os recursos ordinário interpostos contra as decisões proferidas pelos TRTs 
em DC de natureza econômica ou jurídica; 
- os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos 
TRTs em ações rescisórias e mandados de segurança pertinentes DCs ; 
- os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida 
em processo de DC de sua competência originária, salvo se a decisão 
atacada estiver em consonância com precedente normativo do TST ou da 
Súmula de sua jurisprudência predominante; 
- os agravos regimentais pertinentes aos dissídios coletivos; 
- os agravos de instrumento interpostos contra despacho denegatório de 
recurso ordinário nos processos de sua competência; 
 
 SDI – Seção Especializada em Dissídios Individuais (duas Subsecções a I, 
com 14 Ministros; e a II, com 10 Ministros) (Competência art. 32 c/c34 do RI ) 
 
 I - Originariamente: 
- as ações rescisórias propostas contra suas decisões e as das Turmas do 
Tribunal; 
- os mandados de segurança contra os atos praticados pelo Presidente do 
Tribunal ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada 
em Dissídios Individuais. 
 II - Em única instância: 
- os agravos regimentais interpostos em dissídios individuais; 
- os conflitos de competência entre TRTs e aqueles que envolvem Juízes de 
Direito investidos da jurisdição trabalhista e Varas do Trabalho em 
processos de dissídios individuais. 
 III - Em última instância: 
- os recursos ordinários interpostos contra decisões dos TRTs em processos 
de dissídio individual de sua competência originária; 
 28 
- os embargos interpostos das decisões divergentes das Turmas, ou destas 
com decisão da Seção de Dissídios Individuais, ou com enunciado da 
Súmula e as que violarem literalmente preceito de lei federal ou da 
Constituição da República; 
- os agravos regimentais de despachos denegatórios proferidos pelos 
Presidentes das Turmas, em matéria de embargos, na forma estabelecida 
neste Regimento; 
- os agravos de instrumento interpostos contra despacho denegatório de 
recurso ordinário em processo de sua competência. 
 
Da competência das Turmas (8 turmas) (art. 33 c/c 34 do RI do TST) 
 
Compete a cada uma das Turmas: 
- Eleger seu Presidente na forma do artigo 50 deste Regimento; 
- Julgar: 
a) recursos de revista interpostos de decisão dos TRTs nos casos previstos 
em lei; 
b) agravos de instrumento dos despachos de Presidente de TRT que 
denegarem seguimento a recurso de revista, explicitando em que efeito a 
revista deve ser processada, caso provido; 
c) agravos regimentais interpostos contra despachos dos relatores que 
negarem prosseguimento a recurso, nos termos da lei e deste Regimento. 
 
Art. 34 do RI do TST. Ao Órgão Especial, às Seções Especializadas e às 
Turmas cabe, ainda, nos processos de sua competência: 
I - Julgar: 
a) os embargos de declaração opostos de suas decisões; 
b) as ações cautelares incidentais e as demais argüições; 
c) os incidentes que lhes forem submetidos; 
d) a restauração de autos perdidos, em se tratando de processo de sua 
competência; 
e) homologar os pedidos de desistência dos recursos e o registro das 
desistências das ações, quanto aos feitos já incluídos em pauta para 
julgamento. 
II - Representar à autoridade competente, quando, em autos ou 
documentos de que conhecer, houver indício de crime de ação pública. 
 
6 – Ministério Público do Trabalho 
 
 O Ministério Público do Trabalho, por força do art. 128 da CF, está inserido no 
Ministério Público da União. 
 
 O Ministério Público do Trabalho, em conformidade com o art. 85 da LC n.º 75/93, 
é composto dos seguintes órgãos: 
 
- Procurador-Geral do Trabalho – Chefe do MPT, nomeado pelo Procurador-
Geral da República; 
 29 
- Colégio de Procuradores – Integrado por todos os procuradores e presidido 
pelo Procurador-Geral 
- Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho – Exerce o poder 
normativo no âmbito do MPT;- Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho – 
Promove a integração e a coordenação entre os órgãos institucionais do 
MPT, decidir conflitos entre os órgãos do MPT; 
- Corregedoria do Ministério Público do Trabalho; 
- Subprocuradores-gerais do Trabalho 3.º passo 
- Procuradores Regionais do Trabalho; Carreira do MPT 2.ºpasso 
- Procuradores do Trabalho 1.º passo 
 
 A competência do MPT está discriminada no art. 83 da LC n.º 75/93, em 13 
incisos, que colacionamos a seguir: 
 
I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição 
Federal e pelas leis trabalhistas; 
II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo 
solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse 
público que justifique a intervenção; 
III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, 
para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais 
constitucionalmente garantidos; 
IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula 
de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as 
liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis 
dos trabalhadores; 
V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos 
menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho; 
VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender 
necessário, tanto nos processos em que for parte, como naqueles em que 
oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão dos Enunciados da 
Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho; 
VII - funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se 
verbalmente sobre a matéria em debate, sempre que entender necessário, 
sendo-lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento, 
podendo solicitar as requisições e diligências que julgar convenientes; 
VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem 
jurídica ou o interesse público assim o exigir; Obs. legitimidade 
concorrente, com o Presidente do TRT (art. 856 da CLT), com os sindicatos, 
com a empresa; 
IX - promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios 
decorrentes da paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando 
obrigatoriamente nos processos, manifestando sua concordância ou 
discordância, em eventuais acordos firmados antes da homologação, 
resguardado o direito de recorrer em caso de violação à lei e à Constituição 
Federal; 
 30 
X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça 
do Trabalho; 
XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios 
de competência da Justiça do Trabalho; 
XII - requerer as diligências que julgar convenientes para o correto 
andamento dos processos e para a melhor solução das lides trabalhistas; 
XIII - intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e 
terceiro graus de jurisdição da Justiça do Trabalho, quando a parte for 
pessoa jurídica de Direito Público, Estado estrangeiro ou organismo 
internacional. 
 
7 – Da Corregedoria – Reclamação Correicional 
 
 Todo Tribunal elege um de seus membros para exercer a função de Corregedor, que 
exercerá funções de inspeção e correição permanente da instância imediatamente inferior e 
subordinada. O TST sobre os TRTs e estes sobre as Varas do Trabalho. Aos corregedores, 
na Justiça do Trabalho, compete, ainda, decidir reclamações contra atos atentatórios da boa 
ordem processual praticados pelas instâncias inferiores ou por seus presidentes, quando 
inexistir recursos especifico. Das decisões do Corregedor cabe agravo regimental para o 
Pleno (art. 709, § 1.º, da CLT). 
 
 A Reclamação correicional é um recurso administrativo interposto para o 
Corregedor, de ato da instância inferior imediata ou de seu presidente, quando inexistir 
recurso específico. Exemplos de ato que enseja reclamação correicional: não 
cumprimento de carta precatória, de carta de ordem, supressão de fase processual 
necessária, inversão indevida do ônus da prova, inobservância das normas processuais na 
condução do processo, etc. 
 
8 – Da incompetência da Justiça do Trabalho para julgar controvérsias envolvendo: 
- acidente do trabalho, que serão dirimidas pela Justiça Comum Estadual, 
interpretação dada ao inciso I, do art. 109 da CF, pela Súmula n.º 1516 do 
STJ (art. 129, II, da Lei n.º 8.213/9117) art. 653, § 2.º, da CLT e Súmula 501 
do STF18, por força de decisão recente da 4.ª Turma do TST. Entretanto, Já 
há doutrinadores trabalhando a matéria, como é o caso de Valdir Florindo, 
Rodolfo Pamplona Filho e outros, que defendem a competência da JT em 
relação a tal matéria, por força do art. 114 da CF, também com a redação 
dada pela Emenda Constitucional n.º 45/04, que parece não ter deixado 
 
16 Súmula n.º 15 do STJ - Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidentes 
do trabalho. 
17 Lei n.º 8.213/91 - Art. 129. Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho serão 
apreciados: 
II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, segundo o rito sumaríssimo, inclusive 
durante as férias forenses, mediante petição instruída pela prova de efetiva notificação do evento à 
Previdência Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT. 
Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o inciso II deste artigo é isento do pagamento de 
quaisquer custas e de verbas relativas à sucumbência. 
18 Súmula n.º 501 do STF - Compete à Justiça ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as 
instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, 
empresas públicas ou sociedades de economia mista. (D. Proc. Civ.) 
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dúvida quanto à competência de Justiça do Trabalho para apreciar tal 
matéria. Entretanto, tal matéria não está pacificada e gerará inúmeros 
debates a respeito até encontrar a pacificação. 
- previdência social, que serão resolvidas pela JF, tanto em relação a 
contribuições como benefícios, conforme art. 109, I e seu § 3.º da CF. A 
Exceção é a previsão do § 3.º do art. 114 da CF, que determina a 
competência da JT para executar as contribuições previdenciárias relativas 
às sentenças que proferir. Enfatiza-se, por oportuno, que, quando 
provocados, os Juizes do Trabalho, ainda que timidamente, vêm 
determinando que as empresas comprovem os recolhimentos 
previdenciários atinentes ao contra de trabalho havido entre as partes. 
- Trabalhadores autônomos ou representantes comerciais autônomos 
(Lei 4.886/65), por não serem considerados empregados, competindo à 
Justiça Comum estadual. Entretanto, se houver a alegação de vínculo de 
emprego entre as partes a competência para dizer se há ou não vínculo de 
emprego, por força do art. 114 da CF, é exclusiva da JT. 
 
 
9 - Principais prazos na Justiça do Trabalho 
 
1- Propositura da ação: A qualquer tempo, com a relação de trabalho em 
andamento, para reclamar os últimos 5 anos, ou até cinco anos da lesão; Até 
dois anos, após a extinção da relação de trabalho, computando-se o tempo 
do aviso-prévio, ainda que indenizado (art. 7.º, XXIX, da CF c/c com art. 11 
e art. 487, § 6.º, da CLT), para reclamar os últimos 5 anos, da data do 
protocolo da ação. 
- Quanto ao reconhecimento do vínculo de emprego, ou da relação de 
trabalho, e suas respectivas anotações, não há prazo prescricional – § 1.º do 
art. 11 da CLT; 
- Quanto ao não recolhimento do FGTS a prescrição é trintenária, observado 
o prazo de 2 anos do término do contrato de trabalho (Enunciados 9519 e

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