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ELEMENTOS DE ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO - RELACIONANDO AS AULAS 1, 2 , 3 E 8 
 
A disciplina de Elementos de Ecologia e Conservação inicia com a abordagem de importantes 
nomes e eventos históricos para o desenvolvimento da ecologia enquanto ciência. Posteriormente, são 
abordadas definições (aula 2) e níveis de organização em ecologia (aula 3), bem como adaptações (aula 
8). No presente texto, objetiva-se relacionar alguns pontos chaves vistos nestas aulas, a fim de prover 
uma síntese sobre importantes aspectos do primeiro módulo de Elementos de Ecologia e Conservação. 
 
Na primeira aula, é mencionada a teoria de Charles Robert Darwin (independentemente 
vislumbrada por Alfred Russel Wallace), a qual discorre essencialmente sobre “evolução através da 
seleção natural”. Podemos definir seleção natural como “uma força que causa alguns indivíduos de uma 
população a deixar mais descendentes (e genes) em comparação a outros, o que leva mudanças na 
composição genética das populações no decorrer do tempo (ou seja, leva a evolução)”. (Begon et al., 
2006). 
 
Para que ocorra a seleção natural, os seguintes passos - os quais são abordados na aula 8 - são 
importantes: 
 
1. Os indivíduos que compõem uma espécie não são idênticos, ou seja, variam em diversos 
atributos (tamanho corporal, força, etc). Esta variação é chave para a seleção natural atuar; 
 
2. Parte da variação mencionada acima é herdável, ou seja, faz parte da composição genética 
de cada organismo; 
 
3. Em tese, todas as populações tem o potencial para colonizar o planeta inteiro, e isto ocorreria 
caso todos os indivíduos sobrevivessem e tivessem o número máximo de descendentes. Como os 
indivíduos em realidade variam, conforme exposto acima, isto não ocorre; alguns indivíduos morrem 
antes do início da fase reprodutiva, enquanto outros se reproduzem diferencialmente abaixo deste 
potencial máximo. Os fatores responsáveis por esta sobrevivência e reprodução abaixo do “ótimo” são 
diversos, como inimigos naturais (doenças, competidores, predadores), escassez de recursos, 
adversidades climáticas, seleção sexual, entre outros. Em outras palavras, o número de descendentes 
que um indivíduo deixa depende, em grande parte, da interação deste indivíduo com o ambiente onde 
vive. Aqui, é importante lembrar que o estudo das interações dos indivíduos com o ambiente consta, 
por sua vez, como um dos objetivos maiores da ecologia (aula 2), a qual é comumente assim definida; 
 
4. Consequentemente, diferentes indivíduos deixarão um número diferente de descentes. Logo, 
cada descendente sobreviverá diferencialmente e deixará um número particular de descendentes, os 
quais variam entre si e assim sucessivamente no decorrer das gerações. 
 
Em relação aos níveis de organização em ecologia (aula 3), são abordados quatro níveis 
fundamentais, a saber: indivíduos, populações, comunidades e ecossistemas, nesta ordem. As 
caraterísticas de cada um destes níveis estão pormenorizadas na referida aula. 
 
Desta forma, conclui-se que o nível de organização em ecologia indivíduo é o alvo da seleção 
natural. Este fato é de crucial importância uma vez que, embora de forma menos expressiva na 
natureza, a seleção natural também atue nos níveis de parentesco (por exemplo, insetos sociais) e de 
grupo (ainda em debate entre os pesquisadores). Ainda, que o nível de organização em ecologia que 
evolui é a população e não o indivíduo (vide conceito de seleção natural acima). 
 
Como consequência, ecologia pode também ser definida como “evolução em ação”, já que esta 
ciência objetiva compreender as pressões seletivas ambientais que levam a sobrevivência e reprodução 
diferencial dos indivíduos, modulando o perfil adaptativo das populações de uma dada espécie. 
 
Bibliografia consultada: 
Begon, M., Harper, J.L. & Townsend, C.R. 2007. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. 4
a
 ed. Porto 
Alegre, Artmed Editora. 752p.

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