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OAB Direito Penal

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DIREITO PENAL 
EXAME XVIII 
Mário subtraiu uma TV do seu local de trabalho. Ao chegar em casa com a coisa subtraída, é 
convencido pela esposa a devolvê-la, o que efetivamente vem a fazer no dia seguinte, quando o 
fato já havia sido registrado na delegacia. O comportamento de Mário, de acordo com a teoria do 
delito, configura 
a) desistência voluntária, não podendo responder por furto. 
b) arrependimento eficaz, não podendo responder por furto. 
c) arrependimento posterior, com reflexo exclusivamente no processo dosimétrico da pena. 
d) furto, sendo totalmente irrelevante a devolução do bem a partir de convencimento da esposa. 
 
Glória é contratada como secretária de Felipe, um grande executivo de uma sociedade 
empresarial. Felipe se apaixona por Glória, mas ela nunca lhe deu atenção fora daquela necessária 
para a profissão. Felipe, então, simula a existência de uma reunião de negócios e pede para que a 
secretária fique no local para auxiliá-lo. À noite, Glória comparece à sala do executivo acreditando 
que ocorreria a reunião, quando é surpreendida por este, que coloca uma faca em seu pescoço e 
exige a prática de atos sexuais, sendo, em razão do medo, atendido. Após o ato, Felipe afirmou 
que Glória deveria comparecer normalmente ao trabalho no dia seguinte e ainda lhe entregou 
duas notas de R$ 100,00. Diante da situação narrada, é correto afirmar que Felipe deverá 
responder pela prática do crime de 
a) violação sexual mediante fraude 
b) assédio sexual. 
c) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual. 
d) estupro. 
 
No ano de 2014, Bruno, Bernardo e Bianca se uniram com a intenção de praticar, reiteradamente, 
a contravenção penal de jogo do bicho. Para tanto, reuniam-se toda quarta-feira e decidiam em 
quais locais o jogo do bicho seria explorado. Chegaram, efetivamente, em uma oportunidade, a 
explorar o jogo do bicho em determinado estabelecimento. Considerando apenas as informações 
narradas, Bruno, Bernardo e Bianca responderão 
a) pela contravenção penal do jogo do bicho, apenas. 
b) pela contravenção penal do jogo do bicho e pelo crime de associação criminosa. 
c) pela contravenção penal do jogo do bicho e pelo crime de organização criminosa. 
d) pelo crime de associação criminosa, apenas. A 
 
 
Cacau, de 20 anos, moça pacata residente em uma pequena fazenda no interior do Mato Grosso, 
mantém um relacionamento amoroso secreto com Noel, filho de um dos empregados de seu pai. 
Em razão da relação, fica grávida, mas mantém a situação em segredo pelo temor que tinha de seu 
pai. Após o nascimento de um bebê do sexo masculino, Cacau, sem que ninguém soubesse, em 
estado puerperal, para ocultar sua desonra, leva a criança para local diverso do parto e a deixa 
embaixo de uma árvore no meio da fazenda vizinha, sem prestar assistência devida, para que 
alguém encontrasse e acreditasse que aquele recém-nascido fora deixado por desconhecido. 
Apesar de a fazenda vizinha ser habitada, ninguém encontra a criança nas 06 horas seguintes, 
vindo o bebê a falecer. A perícia confirmou que, apesar do estado puerperal, Cacau era imputável 
no momento dos fatos. Considerando a situação narrada, é correto afirmar que Cacau deverá ser 
responsabilizada pelo crime de 
a) abandono de incapaz qualificado. 
b) homicídio doloso. 
c) infanticídio 
d) exposição ou abandono de recém-nascido qualificado. 
 
Maria mantém relacionamento clandestino com João. Acreditando estar grávida, procura o seu 
amigo Pedro, que é auxiliar de enfermagem, e implora para que ele faça o aborto. Pedro, que já 
auxiliou diversas cirurgias legais de aborto, acreditando ter condições técnicas de realizar o ato 
sozinho, atende ao pedido de sua amiga, preocupado com a situação pessoal de Maria, que não 
poderia assumir a gravidez por ela anunciada. Durante a cirurgia, em razão da imperícia de Pedro, 
Maria vem a falecer, ficando apurado que, na verdade, ela não estava grávida. Em razão do fato 
narrado, Pedro deverá responder pelo crime de 
a) aborto tentado com consentimento da gestante qualificado pelo resultado morte 
b) aborto tentado com consentimento da gestante 
c) homicídio culposo. 
d) homicídio doloso. 
 
Vinícius, primário e de bons antecedentes e regularmente habilitado, dirigia seu veículo em 
rodovia na qual a velocidade máxima permitida era de 80 km/h. No banco do carona estava sua 
namorada Estefânia. Para testar a potência do automóvel, ele passou a dirigir a 140 km/h, 
acabando por perder o controle do carro, vindo a cair em um barranco. Devido ao acidente, 
Estefânia sofreu lesão corporal e foi socorrida por policiais rodoviários. No marcador do carro 
ficou registrada a velocidade desenvolvida. Apesar do ferimento sofrido, a vítima afirmou não 
querer ver o autor processado por tal comportamento imprudente. Apresentado o inquérito ao 
Ministério Público, foi oferecida denúncia contra Vinícius pela prática do injusto do Art. 303 da Lei 
nº 9503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), que prevê a pena de 06 meses a 02 anos de detenção e 
a suspensão ou proibição da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor. 
Considerando o acima exposto, a defesa de Vinícius deverá requerer 
a) a extinção do processo por não ter o Ministério Público legitimidade para oferecer denúncia, 
em razão da ausência de representação da vítima. 
b) a realização de audiência de composição civil. 
c) a realização de audiência para proposta de transação penal. 
d) a suspensão condicional do processo, caso a denúncia seja recebida. 
 
EXAME XIX 
Durante uma discussão, Theodoro, inimigo declarado de Valentim, seu cunhado, golpeou a barriga 
de seu rival com uma faca, com intenção de matá-lo. Ocorre que, após o primeiro golpe, pensando 
em seus sobrinhos, Theodoro percebeu a incorreção de seus atos e optou por não mais continuar 
golpeando Valentim, apesar de saber que aquela única facada não seria suficiente para matá-lo. 
Neste caso, Theodoro 
a) não responderá por crime algum, diante de seu arrependimento. 
b) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de sua desistência voluntária. 
c) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de seu arrependimento eficaz. 
d) responderá por tentativa de homicídio. 
 
Pedro e Paulo bebiam em um bar da cidade quando teve início uma discussão sobre futebol. 
Pedro, objetivando atingir Paulo, desfere contra ele um disparo que atingiu o alvo desejado e 
também terceira pessoa que se encontrava no local, certo que ambas as vítimas faleceram, 
inclusive aquela cuja morte não era querida pelo agente. Para resolver a questão no campo 
jurídico, deve ser aplicada a seguinte modalidade de erro: 
a) erro sobre a pessoa. 
b) aberratio ictus. 
c) aberratio criminis. 
d) erro determinado por terceiro. 
 
Após realizarem o roubo de um caminhão de carga, os roubadores não sabem como guardar as 
coisas subtraídas até o transporte para outro Estado no dia seguinte. Diante dessa situação, 
procuram Paulo, amigo dos criminosos, e pedem para que ele guarde a carga subtraída no seu 
galpão por 24 horas, admitindo a origem ilícita do material. Paulo, para ajudá-los, permite que a 
carga fique no seu galpão, que é utilizado como uma oficina mecânica, até o dia seguinte. A polícia 
encontra na mesma madrugada todo o material no galpão de Paulo, que é preso em flagrante. 
Diante desse quadro fático, Paulo deverá responder pelo crime de 
a) receptação. 
b) receptação qualificada. 
c) roubo majorado. 
d) favorecimento real. 
 
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União 
(pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 
20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito(Art. 163, parágrafo único, inciso III, do 
Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, 
destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de 
janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. 
Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser 
considerada, em caso de condenação, a pena de 
a) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei 
penal mais benéfica ao réu. 
b) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. 
c) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o 
ato). 
d) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. 
 
Durante uma operação em favela do Rio de Janeiro, policiais militares conseguem deter um jovem 
da comunidade portando um rádio transmissor. Acreditando ser o mesmo integrante do tráfico da 
comunidade, mediante violência física, os policiais exigem que ele indique o local onde as drogas e 
as armas estavam guardadas. Em razão das lesões sofridas, o jovem vem a falecer. O fato foi 
descoberto e os policiais disseram que ocorreu um acidente, porquanto não queriam a morte do 
rapaz por eles detido, apesar de confirmarem que davam choques elétricos em seu corpo 
molhado com o fim de descobrir o esconderijo das drogas. Diante desse quadro, que restou 
integralmente provado, os policiais deverão responder pelo crime de 
a) lesão corporal seguida de morte. 
b) tortura qualificada pela morte com causa de aumento. 
c) homicídio qualificado pela tortura. 
d) abuso de autoridade. 
 
Patrício, ao chegar em sua residência, constatou o desaparecimento de um relógio que havia 
herdado de seu falecido pai. Suspeitando de um empregado que acabara de contratar para 
trabalhar em sua casa e que ficara sozinho por todo o dia no local, Patrício registrou o fato na 
Delegacia própria, apontando, de maneira precipitada, o empregado como autor da subtração, 
sendo instaurado o respectivo inquérito em desfavor daquele “suspeito”. Ao final da investigação, 
o inquérito foi arquivado a requerimento do Ministério Público, ficando demonstrado que o 
indiciado não fora o autor da infração. Considerando que Patrício deu causa à instauração de 
inquérito policial em desfavor de empregado cuja inocência restou demonstrada, é correto afirmar 
que o seu comportamento configura 
a) fato atípico. 
b) crime de denunciação caluniosa dolosa. 
c) crime de denunciação caluniosa culposa. 
d) calúnia. 
 
EXAME XX 
 
Guilherme, funcionário público de determinada repartição pública do Estado do Paraná, enquanto 
organizava os arquivos de sua repartição, acabou, por desatenção, jogando ao lixo, juntamente 
com materiais inúteis, um importante livro oficial, que veio a se perder. Considerando apenas as 
informações narradas, é correto afirmar que a conduta de Guilherme: 
a) configura crime de prevaricação 
b) configura situação atípica. 
c) configura crime de condescendência criminosa. 
d) configura crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento. B 
 
Wellington pretendia matar Ronaldo, camisa 10 e melhor jogador de futebol do time Bola Cheia, 
seu adversário no campeonato do bairro. No dia de um jogo do Bola Cheia, Wellington vê, de 
costas, um jogador com a camisa 10 do time rival. Acreditando ser Ronaldo, efetua diversos 
disparos de arma de fogo, mas, na verdade, aquele que vestia a camisa 10 era Rodrigo, 
adolescente que substituiria Ronaldo naquele jogo. Em virtude dos disparos, Rodrigo 
faleceu. Considerando a situação narrada, assinale a opção que indica o crime cometido por 
Wellington. 
a) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro na 
execução. 
b) Homicídio consumado, considerando-se as características de Rodrigo 
c) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro sobre a 
pessoa. 
d) Tentativa de homicídio contra Ronaldo e homicídio culposo contra Rodrigo. 
 
 
 
 
Rafael foi condenado pela prática de crime a pena privativa de liberdade de 04 anos e 06 meses, 
tendo a sentença transitado em julgado em 10/02/2008. Após cumprir 02 anos e 06 meses de 
pena, obteve livramento condicional em 10/08/2010, sendo o mesmo cumprido com correção e a 
pena extinta em 10/08/2012. Em 15/09/2015, Rafael pratica novo crime, dessa vez de roubo, 
tendo como vítima senhora de 60 anos de idade, circunstância que era do seu conhecimento. Dois 
dias depois, arrependido, antes da denúncia, reparou integralmente o dano causado. Na sentença, 
o magistrado condenou o acusado, reconhecendo a existência de duas agravantes pela 
reincidência e idade da vítima, além de não reconhecer o arrependimento posterior. O advogado 
de Rafael deve pleitear 
a) reconhecimento do arrependimento posterior. 
b) reconhecimento da tentativa. 
c) afastamento da agravante pela idade da vítima. 
d) afastamento da agravante da reincidência. 
 
 
Aproveitando-se da ausência do morador, Francisco subtraiu de um sítio diversas ferramentas de 
valor considerável, conduta não assistida por quem quer que seja. No dia seguinte, o proprietário 
Antônio verifica a falta das coisas subtraídas, resolvendo se dirigir à delegacia da cidade. Após 
efetuar o devido registro, quando retornava para o sítio, Antônio avistou Francisco caminhando 
com diversas ferramentas em um carrinho, constatando que se tratavam dos bens dele subtraídos 
no dia anterior. Resolve fazer a abordagem, logo dizendo ser o proprietário dos objetos, vindo 
Francisco, para garantir a impunidade do crime anterior, a desferir um golpe de pá na cabeça de 
Antônio, causando-lhe as lesões que foram a causa de sua morte. Apesar de tentar fugir em 
seguida, Francisco foi preso por policiais que passavam pelo local, sendo as coisas recuperadas, 
ficando constatado o falecimento do lesado. Revoltada, a família de Antônio o procura, 
demonstrando interesse em sua atuação como assistente de acusação e afirmando a existência de 
dúvidas sobre a capitulação da conduta do agente. Considerando o caso narrado, o advogado 
esclarece que a conduta de Francisco configura o(s) crime(s) de: 
a) latrocínio consumado. 
b) latrocínio tentado. 
c) furto tentado e homicídio qualificado. 
d) furto consumado e homicídio qualificado 
 
A Lei Maria da Penha objetiva proteger a mulher da violência doméstica e familiar que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial, desde que o 
crime seja cometido no âmbito da unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima 
de afeto. Diante deste quadro, após agredir sua antiga companheira, porque ela não quis retomar 
o relacionamento encerrado, causando-lhe lesões leves, Jorge o (a) procura para saber se sua 
conduta fará incidir as regras da Lei nº 11.340/06. Considerando o que foi acima destacado, você, 
como advogado (a) irá esclarecê-lo de que 
a) o crime em tese praticado ostenta a natureza de infração de menor potencial ofensivo. 
b) a violência doméstica de que trata a Lei Maria da Penha abrange qualquer relação íntima de 
afeto, sendo indispensável a coabitação. 
c) a agressão do companheiro contra a companheira, mesmo cessado o relacionamento, mas 
que ocorra em decorrência dele, caracteriza a violência doméstica e autoriza a incidência da Lei 
nº 11.340/06. 
d) ao contrário da transação penal, em tese se mostra possível a suspensão condicional do 
processo na hipótese de delito sujeito ao rito da Lei Maria da Penha. C 
 
Durante dois meses, Mário, 45 anos, e Joana, 14 anos, mantiveram relações sexuais em razão de 
relacionamentoamoroso. Apesar do consentimento de ambas as partes, ao tomar conhecimento 
da situação, o pai de Joana, revoltado, comparece à Delegacia e narra o ocorrido para a autoridade 
policial, esclarecendo que o casal se conhecera no dia do aniversário de 14 anos de sua filha. 
Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que a conduta de Mário 
a) é atípica, em razão do consentimento da ofendida. 
b) configura crime de estupro de vulnerável. 
c) é típica, mas não é antijurídica, funcionando o consentimento da ofendida como causa 
supralegal de exclusão da ilicitude. 
a) configura crime de corrupção de menores. 
 
EXAME XXI 
 
Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de uma 
aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no meio da viagem, já no espaço 
aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro com o qual estava insatisfeito, vindo 
a causar-lhe lesão corporal gravíssima. 
Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta. 
A) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da 
territorialidade. 
B) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da 
extraterritorialidade e princípio da justiça universal. 
C) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da 
extraterritorialidade, desde que ingresse em território brasileiro e não venha a 
ser julgado no estrangeiro. 
D) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira, pois o crime foi cometido no exterior 
e nenhuma das causas de extraterritorialidade se aplica ao caso. 
 
 
Carlos, 21 anos, foi condenado a cumprir pena de prestação de serviços à comunidade pela prática 
de um crime de lesão corporal culposa no trânsito. Em 01/01/2014, seis meses após cumprir a 
pena restritiva de direitos aplicada, praticou novo crime de natureza culposa, vindo a ser 
denunciado. 
Carlos, após não aceitar qualquer benefício previsto na Lei nº 9.099/95 e ser realizada audiência 
de instrução e julgamento, é novamente condenado em 17/02/2016. O juiz aplica pena de 11 
meses de detenção, não admitindo a substituição por restritiva de direitos em razão da 
reincidência. 
Considerando que os fatos são verdadeiros e que o Ministério Público não apelou, o(a) 
advogado(a) de Carlos, sob o ponto de vista técnico, deverá requerer, em recurso, 
A) a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
B) a suspensão condicional da pena. 
C) o afastamento do reconhecimento da reincidência. 
D) a prescrição da pretensão punitiva. 
 
Carlos presta serviço informal como salva-vidas de um clube, não sendo regularmente contratado, 
apesar de receber uma gorjeta para observar os sócios do clube na piscina, durante toda a 
semana. Em seu horário de “serviço”, com várias crianças brincando na piscina, fica observando a 
beleza física da mãe de uma das crianças e, ao mesmo tempo, falando no celular com um amigo, 
acabando por ficar de costas para a piscina. Nesse momento, uma criança vem a falecer por 
afogamento, fato que não foi notado por Carlos. 
Sobre a conduta de Carlos, diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
A) Não praticou crime, tendo em vista que, apesar de garantidor, não podia agir, já que 
concretamente não viu a criança se afogando. 
B) Deve responder pelo crime de homicídio culposo, diante de sua omissão culposa, violando o 
dever de garantidor. 
C) Deve responder pelo crime de homicídio doloso, em razão de sua omissão dolosa, violando o 
dever de garantidor. 
D) Responde apenas pela omissão de socorro, mas não pelo resultado morte, já que não havia 
contrato regular que o obrigasse a agir como garantidor. 
 
Felipe sempre sonhou em ser proprietário de um veículo de renomada marca mundial. Quando 
soube que uma moradora de sua rua tinha um dos veículos de seu sonho em sua garagem, Felipe 
combinou com Caio e Bruno de os dois subtraírem o veículo, garantindo que ficaria com o produto 
do crime e que Caio e Bruno iriam receber determinado valor, o que efetivamente vem a ocorrer. 
Após receber o carro, Felipe o leva para sua casa de praia, localizada em outra cidade do mesmo 
Estado em que reside. Os fatos são descobertos e o veículo é apreendido na casa de 
veraneio de Felipe. Considerando as informações narradas, é correto afirmar que Felipe deverá ser 
responsabilizado pela prática do crime de 
A) furto simples. 
B) favorecimento real. 
C) furto qualificado pelo concurso de agentes. 
D) receptação. 
 
No curso de uma assembleia de condomínio de prédio residencial foram discutidos e tratados 
vários pontos. O morador Rodrigo foi o designado para redigir a ata respectiva, descrevendo tudo 
que foi discutido na reunião. Por esquecimento, deixou de fazer constar ponto relevante debatido, 
o que deixou Lúcio, um dos moradores, revoltado ao receber cópia da ata. Indignado, Lúcio 
promove o devido registro na delegacia própria, comprovando que Rodrigo, com aquela conduta, 
havia lhe causado grave prejuízo financeiro. Após oitiva dos moradores do prédio, em que todos 
confirmaram que o tema mencionado por Lúcio, de fato, fora discutido e não constava da ata, o 
Ministério Público ofereceu denúncia em face de Rodrigo, imputando-lhe a prática do crime de 
falsidade ideológica de documento público. 
Considerando que todos os fatos acima destacados foram integralmente comprovados no curso da 
ação, o(a) advogado(a) de Rodrigo deverá alegar que 
A) ele deve ser absolvido por respeito ao princípio da correlação, já que a conduta por ele 
praticada melhor se adequa ao crime de falsidade material, que não foi descrito na denúncia. 
B) sua conduta deve ser desclassificada para crime de falsidade ideológica culposa. 
C) a pena a ser aplicada, apesar da prática do crime de falsidade ideológica, é de 01 a 03 anos de 
reclusão, já que a ata de assembleia de condomínio é documento particular e não público. 
D) ele deve ser absolvido por atipicidade da conduta. 
 
Alberto, policial civil, passando por dificuldades financeiras, resolve se valer de sua função para 
ampliar seus vencimentos. Para tanto, durante o registro de uma ocorrência na Delegacia onde 
está lotado, solicita à noticiante R$2.000,00 para realizar as investigações necessárias à elucidação 
do fato. 
Indignada com a proposta, a noticiante resolve gravar a conversa. Dizendo que iria pensar se 
aceitaria pagar o valor solicitado, a noticiante deixa o local e procura a Corregedoria de Polícia 
Civil, narrando a conduta do policial e apresentando a gravação para comprovação. 
Acerca da conduta de Alberto, é correto afirmar que configura crime de 
A) corrupção ativa, em sua modalidade tentada. 
B) corrupção passiva, em sua modalidade tentada. 
C) corrupção ativa consumada. 
D) corrupção passiva consumada. 
 
EXAME XVIII 
 
Bruna foi presa em flagrante e denunciada pela prática de um crime de falsificação de documento 
público. Na ocasião da prisão, foi apreendida uma mochila que estava dentro do veículo de Bruna, 
sendo que em seu interior existiam algumas joias. Diante da natureza do crime apurado, não 
existe mais interesse na mochila apreendida com as joias para o desenrolar do processo. Cláudia, 
colega de trabalho de Bruna, requer a restituição desses bens, alegando ser proprietária. Existe, 
porém, dúvida quanto ao direito da reclamante. Considerando as informações narradas na 
hipótese, é correto afirmar que 
a) a restituição poderá ser ordenada pela autoridade policial ou pelo juiz, sempre ouvido o 
Ministério Público. 
b) o pedido de restituição não deverá ser autuado em autos em apartado. 
c) havendo dúvida sobre o verdadeiro dono, não superada no incidente, o juiz remeterá as 
partespara o juízo cível, ordenando o depósito das coisas. 
d) não caberá produção de provas no incidente de restituição. 
 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Cristiano, Luiz e Leonel pela prática do crime 
de associação para o tráfico. Na audiência designada para realização dos interrogatórios, Cristiano, 
preso em outra unidade da Federação, foi interrogado através de vídeoconferência. Luiz foi 
interrogado na presença física do magistrado e respondeu às perguntas realizadas. Já Leonel 
optou por permanecer em silêncio. Sobre o interrogatório, considerando as informações narradas, 
assinale a afirmativa correta. 
a) O interrogatório judicial, notadamente após o advento da Lei nº 10.792/2003, deve ser 
interpretado apenas como meio de prova e não também como ato de defesa dos acusados. 
b) Luiz, ainda que não impute crime a terceiro, não poderá mentir sobre os fatos a ele imputados, 
apesar de poder permanecer em silêncio. 
c) A defesa técnica de Cristiano não poderá, em hipótese alguma, formular perguntas para o 
corréu Luiz. 
d) O interrogatório por vídeoconferência de Cristiano pode ser considerado válido se 
fundamentado, pelo magistrado, no risco concreto de fuga durante o deslocamento. 
 
 
Estando preso e cumprindo pena na cidade de Campos, interior do estado do Rio de Janeiro, Paulo 
efetua ligação telefônica para a casa de Maria, localizada na cidade de Niterói, no mesmo Estado, 
anunciando o falso sequestro do filho desta e exigindo o depósito da quantia de R$ 2.000,00 (dois 
mil reais), a ser efetuado em conta bancária na cidade do Rio de Janeiro. Maria, atemorizada, 
efetua a transferência do respectivo valor, no mesmo dia, de sua conta-corrente de uma agência 
bancária situada em São Gonçalo. Descoberto o fato e denunciado pelo crime de extorsão, 
assinale a opção que indica o juízo competente para o julgamento. 
a) Vara Criminal de Campos. 
b) Vara Criminal de Niterói. 
c) Vara Criminal de São Gonçalo. 
d) Vara Criminal do Rio de Janeiro. 
 
Determinada autoridade policial recebeu informações de vizinhos de Lucas dando conta de que 
ele possuía arma de fogo calibre .38 em sua casa, razão pela qual resolveu indiciá- lo pela prática 
de crime de posse de arma de fogo de uso permitido, infração de médio potencial ofensivo, 
punida com pena de detenção de 01 a 03 anos e multa. No curso das investigações, requereu ao 
Judiciário interceptação telefônica da linha do aparelho celular de Lucas para melhor investigar a 
prática do crime mencionado, tendo sido o pedido deferido. De acordo com a situação narrada, a 
prova oriunda da interceptação deve ser considerada 
a) ilícita, pois somente o Ministério Público tem legitimidade para representar pela medida. 
b) válida, desde que tenha sido deferida por ordem do juiz competente para ação principal. 
c) ilícita, pois o crime investigado é punido com detenção. 
d) ilícita, assim como as dela derivadas, ainda que estas pudessem ser obtidas por fonte 
independente da primeira. 
 
No dia 10 de maio de 2015, Maria, 25 anos, foi vítima de um crime de estupro simples, mas, 
traumatizada, não mostrou interesse em dar início a qualquer investigação penal ou ação penal 
em relação aos fatos. Os pais de Maria, porém, requerem a instauração de inquérito policial para 
apurar autoria, entendendo que, após identificar o agente, Maria poderá decidir melhor sobre o 
interesse na persecução penal. Foi proferido despacho indeferindo o requerimento de abertura de 
inquérito. Considerando a situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
a) Do despacho que indefere o requerimento de abertura de inquérito policial não cabe qualquer 
recurso, administrativo ou judicial. 
b) Em que pese o interesse de Maria ser relevante para o início da ação penal, a instauração de 
inquérito policial independe de sua representação. 
c) Caso Maria manifeste interesse na instauração de inquérito policial após o indeferimento, 
ainda dentro do prazo decadencial, o procedimento poderá ter início, independentemente do 
surgimento de novas provas. 
d) Apesar de os pais de Maria não poderem requerer a instauração de inquérito policial, o 
Ministério Público pode requisitar o início do procedimento na hipótese, tendo em vista a 
natureza pública da ação. 
 
EXAME XIX 
Antônio foi denunciado e condenado pela prática de um crime de roubo simples à pena privativa 
de liberdade de 4 anos de reclusão, a ser cumprido em regime fechado, e 10 dias-multa. Publicada 
a sentença no Diário Oficial, o advogado do réu se manteve inerte. Antônio, que estava preso, foi 
intimado pessoalmente, em momento posterior, manifestando interesse em recorrer do regime 
de pena aplicado. Diante disso, 2 dias após a intimação pessoal de Antônio, mas apenas 10 dias 
após a publicação no Diário Oficial, sua defesa técnica interpôs recurso de apelação. O juiz de 
primeira instância denegou a apelação, afirmando a intempestividade. Contra essa decisão, o 
advogado de Antônio deverá apresentar 
a) Recurso de Agravo. 
b) Carta Testemunhável. 
c) Recurso Ordinário Constitucional. 
d) Recurso em Sentido Estrito. 
 
João, no dia 2 de janeiro de 2015, praticou um crime de apropriação indébita majorada. Foi, então, 
denunciado como incurso nas sanções penais do Art. 168, §1º, inciso III, do Código Penal. No curso 
do processo, mas antes de ser proferida sentença condenatória, dispositivos do Código de 
Processo Penal de natureza exclusivamente processual sofrem uma reforma legislativa, de modo 
que o rito a ser seguido no recurso de apelação é modificado. O advogado de João entende que a 
mudança foi prejudicial, pois é possível que haja uma demora no julgamento dos recursos. Nesse 
caso, após a sentença condenatória, é correto afirmar que o advogado de João 
a) deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, pois se aplica ao caso o princípio da 
imediata aplicação da nova lei. 
b) não deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, em razão do princípio da 
irretroatividade da lei prejudicial e de o fato ter sido praticado antes da inovação. 
c) não deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, em razão do princípio da ultratividade 
da lei. 
d) deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, pois se aplica ao caso o princípio da 
extratividade. 
 
No dia 18 de março de 2015, Bruce foi indiciado pela prática de um crime de roubo majorado que 
teve como vítima Lourdes, famosa atriz com patrimônio avaliado em R$ 3.000.000,00 (três 
milhões de reais). Antes de oferecer denúncia, entendendo que haveria indícios veementes da 
autoria e de que a casa de Bruce havia sido adquirida com os proventos da infração, o Ministério 
Público requereu, em 14 de abril de 2015, o sequestro desse bem imóvel, sendo a medida deferida 
e concluída a diligência do sequestro no dia seguinte. Em 26 de agosto de 2015, Bruce o procura 
para, na condição de advogado, confirmar que a casa foi adquirida com proventos do crime, mas 
diz que, até aquela data, não foi denunciado. Considerando a situação narrada, em relação à 
medida assecuratória decretada, o advogado de Bruce deverá requerer o levantamento do 
sequestro, pois 
a) a medida assecuratória decretada pelo magistrado foi inadequada, tendo em vista que caberia o 
arresto. 
b) a ação penal não foi intentada nos 60 dias posteriores à conclusão da diligência. 
c) a medida assecuratória não poderia ter sido decretada antes do oferecimento da denúncia. 
d) o Ministério Público não tinha legitimidade para requerer a medida, pois não havia interesse da 
Fazenda Pública e o ofendido não era pobre. 
 
Thales foi denunciado pela prática de um crime de apropriação indébita.Para oitiva da vítima 
Marcos, residente em cidade diversa do juízo competente, foi expedida carta precatória, sendo 
todas as partes intimadas dessa expedição. Antes do retorno, foi realizada audiência de instrução 
e julgamento, mas apenas foram ouvidas as testemunhas de acusação João e José, que 
apresentaram versões absolutamente discrepantes sobre circunstâncias relevantes, sendo que 
ambas afirmaram que estavam no local dos fatos. Hélio, padre que escutou a confissão de Thales e 
tinha conhecimento sobre a dinâmica delitiva, em razão de seu dever de guardar segredo, não foi 
intimado. Com a concordância das partes, a audiência de continuação para oitiva das testemunhas 
de defesa e interrogatório foi remarcada. Considerando apenas as informações narradas, assinale 
a afirmativa correta. 
a) O depoimento de João foi inválido, já que a oitiva do ofendido deve ser realizada antes das 
demais testemunhas e a expedição de carta precatória suspende a instrução criminal. 
b) O juiz poderá fazer a contradita, diante das contradições sobre circunstâncias relevantes nos 
depoimentos das testemunhas. 
c) Hélio está proibido de depor sem autorização da parte interessada, salvo quando não for 
possível, por outro modo, obter a prova do fato. 
d) O advogado do acusado não precisa ser intimado pessoalmente da data designada para 
audiência a ser realizada no juízo deprecado. 
 
Em 16/02/2016, Gisele praticou um crime de lesão corporal culposa simples no trânsito, vitimando 
Maria Clara. Gisele, então, procura seu advogado para saber se faz jus à transação penal, 
esclarecendo que já foi condenada definitivamente por uma vez a pena restritiva de direitos pela 
prática de furto e que já se beneficiou do instituto da transação há 7 anos. Deverá o advogado 
esclarecer sobre o benefício que 
a) não cabe oferecimento de proposta de transação penal porque Gisele já possui condenação 
anterior com trânsito em julgado. 
b) não cabe oferecimento de proposta de transação penal porque Gisele já foi beneficiada pela 
transação em momento anterior. 
c) poderá ser oferecida proposta de transação penal porque só quem já se beneficiou da transação 
penal nos 3 anos anteriores não poderá receber novamente o benefício. 
d) a condenação pela prática de furto e a transação penal obtida há 7 anos não impedem o 
oferecimento de proposta de transação penal. 
 
EXAME XX 
José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de receptação (Art. 180 
do Código Penal – pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa). Em que pese seja tecnicamente 
primário e de bons antecedentes e seja civilmente identificado, possui, em sua Folha de 
Antecedentes Criminais, duas anotações pela prática de crimes patrimoniais, sem que essas ações 
tenham resultados definitivos. Neste caso, de acordo com as previsões expressas do Código de 
Processo Penal, assinale a afirmativa correta 
a) .Estão preenchidos os requisitos para decretação da prisão preventiva, pois as ações penais em 
curso demonstram a existência de risco para a ordem pública. 
b) A autoridade policial não poderá arbitrar fiança neste caso, ficando tal medida de 
responsabilidade do magistrado. 
c) Antes de decidir pela liberdade provisória ou conversão em preventiva, poderá a prisão em 
flagrante do acusado perdurar pelo prazo de 10 dias úteis, ou seja, até o oferecimento da 
denúncia. 
d) O juiz não poderá converter a prisão em flagrante em preventiva, mas poderá aplicar as 
demais medidas cautelares. 
 
 
Clodoaldo figura como indiciado em inquérito policial que investiga a prática de um crime de 
estupro de vulnerável. Já no curso das investigações, Clodoaldo apresenta sinais de que poderia 
ser portador de doença mental. Concluídas as investigações, é oferecida denúncia contra o 
indiciado. Durante a audiência, o advogado de Clodoaldo requer a instauração de incidente de 
insanidade mental, sendo o pleito indeferido pelo magistrado, que considerou o ato protelatório. 
Sobre o tema incidente de insanidade mental, é correto afirmar que: 
a) se o perito concluir que o acusado era inimputável ao tempo da infração, o processo 
prosseguirá, mas se a insanidade surgiu após o ato criminoso imputado, o processo ficará 
suspenso. 
b) da decisão do magistrado que indeferiu a instauração do incidente caberá recurso em sentido 
estrito. 
c) diante da suspeita da autoridade policial, poderia ela mesmo ter instaurado incidente de 
insanidade mental. 
d) o incidente de insanidade mental é processado em autos em apartado e não gera, de imediato, 
qualquer suspensão do processo. 
 
Lúcio Flavio, advogado, ofereceu queixa-crime em face de Rosa, imputando-lhe a prática dos 
delitos de injúria simples e difamação. As partes não celebraram qualquer acordo e a querelada 
negava os fatos, não aceitando qualquer benefício. Após o regular processamento e a instrução 
probatória, em alegações finais, Lúcio Flávio requer a condenação de Rosa pela prática do crime 
de difamação, nada falando em sua manifestação derradeira sobre o crime de injúria. Diante da 
situação narrada, é correto afirmar que: 
a) deverá ser extinta a punibilidade de Rosa em relação ao crime de injúria, em razão da 
perempção. 
b) deverá ser extinta a punibilidade de Rosa em relação ao crime de injúria, em razão do perdão 
do ofendido. 
c) deverá ser extinta a punibilidade de Rosa em relação ao crime de injúria, em razão da renúncia 
ao direito de queixa. 
d) poderá Rosa ser condenada pela prática de ambos os delitos, já que houve apresentação de 
alegações finais pela defesa técnica do querelante. 
 
 
 
Guilherme foi denunciado pela prática de um crime de lesão corporal seguida de morte. Após o 
recebimento da denúncia, Guilherme é devidamente citado. Em conversa com sua defesa técnica, 
Guilherme apresenta prova inequívoca de que agiu em estado de necessidade. Diante da situação 
narrada, o advogado de Guilherme, em resposta à acusação, deverá requerer a 
a) rejeição de denúncia, que fará coisa julgada material. 
b) absolvição sumária do réu, que fará coisa julgada material. 
c) absolvição imprópria do réu, que fará coisa julgada material. 
d) impronúncia do acusado, que não faz coisa julgada material. 
 
José foi absolvido em 1ª instância após ser denunciado pela prática de um crime de extorsão em 
face de Marina. O Ministério Público interpôs recurso de apelação, sendo a sentença de primeiro 
grau reformada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina para condenar o réu à pena de 05 anos, 
sendo certo que o acórdão transitou em julgado. Sete anos depois da condenação, já tendo 
cumprido integralmente a pena, José vem a falecer. Posteriormente, Caio, filho de José, encontrou 
um vídeo no qual foi gravada uma conversa de José e Marina, onde esta admite que mentiu ao 
dizer que foi vítima do crime pelo qual José foi condenado, mas que a atitude foi tomada por 
ciúmes. Caio, então, procura o advogado da família. Diante da situação narrada, é correto afirmar 
que Caio, através de seu advogado, 
a) não poderá apresentar revisão criminal, pois a pena de José já havia sido extinta pelo 
cumprimento. 
b) não poderá apresentar revisão criminal, pois o acusado, que é quem teria legitimidade, já é 
falecido. 
c) poderá apresentar revisão criminal, sendo competente para julgamento o Superior Tribunal de 
Justiça. 
d) poderá apresentar revisão criminal, sendo competente para julgamento o Tribunal de Justiça 
de Santa Catarina. 
 
EXAME XXI 
PROCESSO PENAL 
Em uma mesma rua da cidade de Palmas, em dois imóveis diversos, moram Roberto e Mário. 
Roberto foi indiciado pela prática do crime de estelionato, razão pela qual o magistrado deferiurequerimento do Ministério Público de busca e apreensão de documentos em sua residência, sem 
estabelecer o horário em que deveria ser realizada. Diante da ordem judicial, a Polícia Civil 
compareceu à sua residência, às 04h da madrugada para cumprimento do mandado e ingressou 
no imóvel, sem autorização do indiciado, para cumprir a busca e apreensão. 
Após a diligência, quando deixavam o imóvel, policiais receberam informações concretas de 
popular, devidamente identificado, de que Mário guardava drogas para facção criminosa em seu 
imóvel e, para comprovar o alegado, o popular ainda apresentou fotografias. Diante disso, os 
policiais ingressaram na residência de Mário, sem autorização deste, onde, de fato, apreenderam 
1 kg de droga. 
Sobre as diligências realizadas, com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
A) Nas residências de Roberto e Mário foram inválidas. 
B) Na residência de Roberto foi inválida, enquanto que, na residência de Mário, foi válida. 
C) Nas residências de Roberto e Mário foram válidas. 
D) Na residência de Roberto foi válida, enquanto que, na residência de Mário, foi inválida. 
 
Marlon, Wellington e Vitor foram denunciados pela prática de um crime de lesão corporal dolosa 
gravíssima em concurso de agentes. Após o recebimento da denúncia, o oficial de justiça 
compareceu ao endereço indicado no processo como sendo de residência de Marlon, mas não o 
encontrou, tendo em vista que estava preso, naquela mesma unidade da Federação, por decisão 
oriunda de outro processo. Marlon, então, foi citado por edital. Wellington, por sua vez, estava em 
local incerto e não sabido, sendo também citado por edital. 
Em relação a Vitor, o oficial de justiça foi à sua residência em quatro oportunidades, constatando 
que ele, de fato, residia no local, mas que estava se ocultando para não ser citado. Após certificar-
se de tal fato, foi realizada a citação de Vitor com hora certa. 
Considerando a hipótese narrada, o(a) advogado(a) dos acusados deverá alegar ter sido inválida a 
citação de 
A) Marlon, apenas. 
B) Marlon e Vitor, apenas. 
C) Vitor, apenas. 
D) Marlon, Wellington e Vitor. 
 
 
Luciana e Carla, duas amigas de faculdade, estavam voltando de uma festa de madrugada, quando 
foi solicitada a parada do veículo em que estavam por policiais militares em blitz. 
Os policiais, devidamente fardados e no exercício da função pública, solicitaram que as jovens os 
acompanhassem até o quartel e, em seu interior, pediram que elas os auxiliassem com a entrega 
de R$50,00 cada, para que pudessem almoçar de maneira confortável no dia seguinte e que, com 
isso, as deixariam ir embora sem maiores problemas. Além disso, deixaram Luciana e Carla por 
mais de duas horas dentro do veículo, na madrugada, sem adotar qualquer conduta como pedido 
de documentos ou revista no veículo. 
Sobre a hipótese apresentada, considerando a prática dos crimes de abuso de autoridade e 
corrupção, em conexão, assinale a afirmativa correta. 
A) Ambos os delitos deverão ser julgados perante a Justiça Militar. 
B) O crime de abuso de autoridade deverá ser julgado perante a Justiça Comum Estadual, 
enquanto que o de corrupção deverá ser julgado pela Justiça Militar. 
C) Ambos os delitos deverão ser julgados perante a Justiça Comum Estadual. 
D) O crime de corrupção deverá ser julgado perante a Justiça Comum Estadual, enquanto que o de 
abuso de autoridade perante a Justiça Militar. 
 
Carlota foi denunciada pela prática de um crime contra a ordem tributária. Após ser citada, sua 
advogada foi intimada para apresentar resposta à acusação. Analisando os autos, o(a) advogado(a) 
de Carlota entendeu que deveria apresentar certas exceções. 
Considerando a situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
A) A arguição de suspeição precederá a de litispendência, salvo quando aquela for fundada em 
motivo superveniente. 
B) As exceções serão processadas nos autos principais, em regra. 
C) As exceções serão processadas em autos em apartado e suspenderão, em regra, o andamento 
da ação penal. 
D) Se Carlota pretende recusar o juiz, deverá fazer em petição assinada por ela própria ou por 
procurador com poderes gerais. 
 
 
Victória e Bernadete entram em luta corporal em razão da disputa por um namorado, vindo 
Victória a desferir uma facada no pé da rival, que sofreu lesões graves. Bernadete compareceu em 
sede policial, narrou o ocorrido e disse ter intenção de ver a agente responsabilizada 
criminalmente. 
Em razão dos fatos, Victória é denunciada e pronunciada pela prática do crime de tentativa de 
homicídio. Em sessão plenária do Tribunal do Júri, os jurados entendem, no momento de 
responder aos quesitos, que Victória foi autora da facada, mas que não houve dolo de matar. 
Diante da desclassificação, será competente para julgamento do crime residual, bem como da 
avaliação do cabimento dos institutos despenalizadores, 
A) o Juiz Presidente do Tribunal do Júri. 
B) o corpo de jurados, que decidiu pela desclassificação. 
C) o Juiz Criminal da Comarca, a partir de livre distribuição. 
D) o Juiz em atuação perante o Juizado Especial Criminal da Comarca em que ocorreram os fatos.

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