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A2 - Legislação de Segurança Privada

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LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA 
PRIVADA 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. José Paulo D. Pereira 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Nesta aula veremos a legislação da escolta armada, os cursos de 
formação, a segurança pessoal, os serviços orgânicos e a legislação referente 
aos grandes eventos. 
 
TEMA 1: LEGISLAÇÃO DE ESCOLTA ARMADA 
 O Art. 63 da Portaria 3233/2012 trata do exercício da atividade de 
ESCOLTA ARMADA. Reza o artigo que dependerá de autorização prévia do 
DPF, por meio de ato do Coordenador-Geral de Controle de Segurança 
Privada, publicado no Diário Oficial da União - DOU, mediante o 
preenchimento dos seguintes requisitos: 
I. Possuir autorização há pelo menos 01 ano na atividade de vigilância patrimonial ou 
transporte de valores; 
II. Contratar, e manter sob contrato, o mínimo de 08 vigilantes com extensão em escolta 
armada e experiência mínima de 01 ano nas atividades de vigilância ou transporte de 
valores; 
III. Comprovar a posse ou a propriedade de, no mínimo, 02 veículos especiais. 
 Ainda, os veículos deverão obedecer às seguintes características: estar 
em perfeitas condições de uso, ter 04 portas e sistema que permita a 
comunicação ininterrupta com a central da empresa, serem identificados e 
padronizados, com inscrições externas que contenham nome, o logotipo e a 
atividade executada pela empresa. 
 As empresas autorizadas a exercer a atividade de escolta armada 
deverão comunicar o início de suas atividades à Secretaria de Segurança 
Pública da respectiva unidade da federação, conforme Art. 65 da Portaria. 
 Nos termos do Art. 66 da Portaria 3233, os vigilantes empenhados na 
atividade de escolta armada deverão compor uma guarnição mínima de 04 
vigilantes por veículo, já incluído o condutor, todos especialmente habilitados. 
 Conforme § 1º do Art. 66, quando o transporte de cargas ou valores de 
pequena monta, a critério do contratante, a guarnição de vigilantes poderá ser 
reduzida ATÉ A METADE. 
 
 
3 
 A execução da escolta armada se iniciará, OBRIGATORIAMENTE, no 
âmbito da unidade da federação em que a empresa possua autorização, nos 
termos do Art. 67. 
 Como sabemos, a fiscalização das empresas é da DPF, sendo assim, 
nos termos do Art. 68, se as empresas que exercerem a escolta armada cujos 
veículos necessitarem, no exercício das atividades, transitar por outras 
unidades da federação, deverão comunicar a operação previamente às 
unidades do DPF e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal - DPRF, e 
às Secretarias de Segurança Pública respectivas. 
 
TEMA 2: LEGISLAÇÃO DE CURSOS DE FORMAÇÃO 
 A partir do Art. 74 da Portaria 3233, temos os requisitos para a atividade 
dos cursos de formação. A Portaria DPF 3.233/12 disciplina a matéria. 
 O objeto social da empresa deverá estar relacionado somente às 
atividades de curso de formação e a autorização para o funcionamento de 
curso de formação inclui a possibilidade de realização do serviço de vigilância 
patrimonial de suas próprias instalações, § 2º do Art. 74. 
 O interessado que pretender autorização para funcionamento de 
empresa de curso de formação deverá possuir certificado de segurança nos 
mesmos moldes das demais empresas especializadas em segurança privada, 
conforme o Art. 79 da Portaria. 
 As empresas de curso de formação expedirão certificados de conclusão 
de curso, que deverão conter o CNPJ e os dados de identificação do vigilante, 
o período de duração e a carga horária do curso, Art. 81 da Portaria. 
 Os certificados de conclusão terão validade em todo o território nacional, 
após devidamente registrados pela Delesp ou CV, parágrafo único do Art. 81. 
 Para que os instrutores das empresas de curso de formação possam 
atuar, DEVERÃO ser previamente credenciados pelo DPF, conforme Art. 80 da 
Portaria. 
 
 
 
4 
 NÃO SERÃO AUTORIZADOS os cursos de formação, extensão e 
reciclagem de vigilantes realizados por instituições MILITARES e POLICIAIS, 
sendo que somente as instituições autorizadas pela DPF poderão dar tais 
cursos, Art. 85 da Portaria. 
 Como a atividade de vigilante é perigosa, faz-se necessário que o 
vigilante esteja treinado no manuseio das armas. Sendo assim, as empresas 
de cursos de formação poderão ministrar treinamentos complementares de tiro 
aos vigilantes que não estejam com a reciclagem vencida. Para a matrícula do 
vigilante no treinamento complementar de tiro não é necessária novamente a 
comprovação do preenchimento dos requisitos exigidos para o exercício da 
atividade de vigilantes. Entretanto, o interessado deve declarar, por escrito e 
sob as penas da Lei, que não possui impedimento para o exercício da profissão 
de vigilante, conforme Art. 87 da Portaria. 
 
TEMA 3: LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA PESSOAL 
 A Portaria DPF 3.233/12 disciplina o curso de formação, e este habilitará 
o vigilante ao exercício da atividade de vigilância patrimonial e os cursos de 
extensão prepararão os candidatos para exercerem as atividades específicas 
de transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal. 
 Reza o Art. 69 da Portaria 3233/2012: 
Da Segurança Pessoal 
Dos Requisitos de Autorização 
 Art. 69 - O exercício da atividade de segurança pessoal dependerá de 
autorização prévia do DPF, mediante o preenchimento dos seguintes 
requisitos: 
I. Possuir autorização há pelo menos um ano na atividade de vigilância patrimonial ou 
transporte de valores e; 
II. Contratar, e manter sob contrato, o mínimo de oito vigilantes com extensão em 
segurança pessoal e experiência mínima de um ano nas atividades de vigilância ou 
transporte de valores. 
 
 
5 
 Para o exercício da profissão, Art. 155 da Portaria 3233/2012, o vigilante 
deverá preencher os seguintes requisitos, comprovados documentalmente: 
I. Ser brasileiro, nato ou naturalizado; 
II. Ter idade mínima de 21 anos; 
III. Ter instrução correspondente à 4ª série do ensino fundamental; 
IV. Ter sido aprovado em curso de formação de vigilante, realizado por empresa de curso 
de formação devidamente autorizada; 
V. Ter sido aprovado em exames de saúde e de aptidão psicológica; 
VI. Ter idoneidade comprovada mediante a apresentação de certidões negativas de 
antecedentes criminais, sem registros de indiciamento em inquérito policial, de estar 
sendo processado criminalmente ou ter sido condenado em processo criminal de onde 
reside, bem como do local em que foi realizado o curso de formação, reciclagem ou 
extensão: da Justiça Federal; da Justiça Estadual ou do Distrito Federal; da Justiça 
Militar Federal; da Justiça Militar Estadual ou do Distrito Federal e da Justiça Eleitoral; 
VII. Estar quite com as obrigações eleitorais e militares; e possuir registro no Cadastro de 
Pessoas Físicas (CPF). 
 O vigilante deve fazer o curso de reciclagem e formação e sua validade 
é de 2 anos. Além disso, é fundamental que o vigilante tenha sempre consigo a 
sua Carteira Nacional de vigilante, que possui validade de 5 anos, para 
identificação se necessário. 
 Para exercer atividade de segurança pessoal dependerá de autorização 
da DPF, possuir autorização há pelo menos um ano, contratar e manter pelo 
menos 8 vigilantes com extensão em segurança pessoal, nos termos do Art. 69 
e incisos I e II da Portaria 3233/2012. 
 A execução da segurança pessoal se iniciará, OBRIGATORIAMENTE, 
no âmbito da unidade da federação em que a empresa possua autorização, 
conforme Art. 72 da Portaria. 
 Caso o serviço de segurança pessoal ocorra com o uso de veículos em 
outras unidades da federação, esse trânsito só poderá ocorrer com autorização 
do DPF e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal - DPRF,e das 
Secretarias de Segurança Pública respectivas, conforme reza o Art. 73 da 
Portaria. 
 
 
 
 
6 
TEMA 4: LEGISLAÇÃO DE SERVIÇOS ORGÂNICOS DE SEGURANÇA 
 Qual a diferença entre empresa especializada de segurança e 
segurança orgânica? 
 Empresas especializadas são as prestadoras de serviço de segurança 
privada, autorizadas a exercer atividades de vigilância patrimonial, transporte 
de valores, escolta armada, segurança pessoal e cursos de formação, 
conforme definição contida na Portaria 3233/2012. 
 Já as empresas de segurança orgânica são aquelas pessoas jurídicas 
de direito privado autorizadas a constituir um setor próprio de vigilância 
patrimonial ou de transporte de valores. Em outras palavras, essas empresas, 
exercem atividades econômicas diversas, mas têm equipe própria de vigilantes 
e veículos próprios para a realização de transporte de valores. Importante 
ressaltar que essas empresas não poderão prestar serviços para outras 
empresas. 
 O Art. 94 da Portaria 3233/2012 define quais são os requisitos para que 
o serviço orgânico seja instituído. 
 Art 94 - A empresa que pretender instituir SERVIÇO ORGÂNICO DE 
SEGURANÇA deverá requerer autorização prévia ao Coordenador-Geral de 
Controle de Segurança Privada, mediante o preenchimento dos seguintes 
requisitos: 
 Exercer atividade econômica diversa da vigilância patrimonial e 
transporte de valores; utilizar os próprios empregados na execução das 
atividades inerentes ao serviço orgânico de segurança; comprovar que 
os administradores, diretores, gerentes e empregados que sejam 
responsáveis pelo serviço orgânico de segurança não tenham 
condenação criminal registrada; possuir instalações físicas adequadas, 
comprovadas mediante certificado de segurança. 
 A empresa ainda deve ter: 
 
 
 
 
7 
 Dependências destinadas ao setor operacional dotado de sistema 
de comunicação; sistema de alarme ou outro meio de segurança 
eletrônica, conectado com a unidade local da polícia militar, civil ou 
empresa de segurança privada; local seguro e adequado para a guarda 
de armas e munições. 
 Os estabelecimentos das empresas com serviço orgânico de segurança 
deverão possuir certificado de segurança, ficando dispensados no caso de 
possuirem no máximo 05 armas de fogo, devendo, nesta hipótese, manter o 
referido armamento em COFRE EXCLUSIVO. 
 As filias precisam comprovar apenas os requisitos relativos às suas 
instalações físicas, ressalvados os casos de dispensa de certificado de 
segurança. 
 Assim como as empresas especializadas em segurança pessoal, as 
empresas com serviço orgânico, autorizadas a funcionar de acordo com os 
requisitos acima estudados, deverão informar o início da sua atividade de 
vigilância patrimonial ou transporte de valores à Secretaria de Segurança 
Pública da respectiva unidade da federação. A empresa com serviço orgânico 
de segurança poderá exercer as atividades de vigilância patrimonial e de 
transporte de valores, desde que devidamente autorizada e exclusivamente em 
proveito próprio. A atividade de vigilância patrimonial somente poderá ser 
exercida dentro dos limites dos estabelecimentos da empresa com serviço 
orgânico de segurança, assim como das residências de seus sócios ou 
administradores, com a finalidade de garantir a incolumidade física das 
pessoas e a integridade do patrimônio no local, ou nos eventos sociais. 
 
TEMA 5: LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA PARA GRANDES EVENTOS 
 Como é de conhecimento geral, o país tem tido vários problemas com 
segurança em grandes eventos. A maioria dos problemas ocorrem em 
decorrência da falta de pessoal capacitado para exercer tal serviço. 
 
 
 
 
8 
 Preocupado com os inúmeros casos de morte e com os eventos 
internacionais que o país sediaria, a Copa e as Olimpíadas, o governo 
entendeu por bem instituir regras para a segurança em grandes eventos. Foi 
criada a Portaria 3559/2013, que alterou o Art. 208 da Portaria 3233/2012. 
 Reza o Art. da Portaria 3559/2013 que: 
Art. 1º. O artigo 208 da Portaria nº 3.233, de 10 de dezembro de 2012, do Departamento 
de Polícia Federal, passa a vigorar com a seguinte redação: 
Art. 208. A qualificação do vigilante em extensão em segurança para grandes eventos, 
prevista nos artigos 19 e 156, inciso XI, será exigida a partir de dez meses para eventos 
esportivos em geral, e a partir de dezoito meses para os demais, contados da publicação 
desta Portaria. 
 O currículo prevê 50 horas/aula, bem como altera a carga horária do 
curso de formação de vigilante para 200 horas/aula e 50 horas/aula para o 
curso de atualização (reciclagem). 
 O objetivo desse curso é treinar o vigilante para atuar em grandes 
eventos de forma preventiva e repressiva no limite das suas atribuições. Como 
é característico da segurança privada, será um serviço que irá complementar 
aos órgãos estatais incumbidos da segurança pública. 
 
NA PRÁTICA 
 Com o grande número de eventos de grande porte no país, esses 
eventos só podem ter sua segurança feita por empresas autorizadas e os 
vigilantes que atuarão nesses eventos devem possuir uma qualificação extra. 
 Caso contrário, estarão atuando de forma vedada e responderão pelos 
eventos ali ocorridos. 
 
SÍNTESE 
 Nesta aula vimos a legislação da escolta armada, os cursos de formação 
e seus requisitos de validade, a segurança pessoal e particularidades no 
tocante a veículos e vestimenta dos vigilantes, os serviços orgânicos operado 
pelas empresas e a legislação de segurança para grandes eventos. 
 
 
9 
REFERÊNCIAS 
LEI nº 7.102, de 20 de junho de 1983. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7102.htm>. Acesso em: 23 jan. 2017. 
PORTARIA nº 3.233, de 10 de dezembro de 2012. Disponível em: 
<http://www.lex.com.br/doc_24057336_PORTARIA_N_3233_DE_10_DE_DEZ
EMBRO_DE_2012.aspx>. Acesso em: 23 jan. 2017. 
PORTARIA nº 3.559-DG/DPF altera a Portaria nº 3.233/12-DG/DPF. Disponível 
em: <http://www.pf.gov.br/servicos-pf/seguranca-privada/legislacao-normas-e-
orientacoes/portarias/2012/3559%20-2.pdf/view>. Acesso em: 23 jan. 2017.

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